Por
Pr. João d'Eça Concedí por telefone a seguinte entrevista ao repórter Antônio Nogueira do blog "Política Limpa", para uma entrevista sobre o momento político e eleições. Transcrevo abaixo as principais perguntas feitas e as minhas respostas: PL: "O sr. critica bastante o socialismo! O sr. tem admiração por alguma ideologia política?" Jd: "Eu tenho simpatia pelos princípios republicanos, do tipo americano, mais discordo do modêlo político republicano para a saúde e para a educação. Eu creio que a principal e fundamental atribuição de um governo é promover saúde, educação e segurança ao cidadão. Acredito até que deveria ser proibida a atuação da iniciativa privada nestas áreas. Para mim a saúde deveria ser universal e de qualidade excelente, sendo vedado à iniciativa privada fazer hospitais privados ou planos de saúde em grupo. O Estado deveria proporcionar ao seus cidadãos que pagam impostos, o retorno desses impostos nessas três áreas principais". PL: "Mais isso não é socialismo?" Jd: "Eu concordo com algumas coisas no socialismo, essa é uma delas. O que eu não concordo no socialismo é o humanismo exacerbado, é colocar o homem como centro de tudo. Não concordo com a "divinização" do homem ou da sociedade. Não concordo com política de "valores" do socialismo, que exclui o sentimento religioso e propõe a destruição da família através de politicas educacionais e de direitos às minorias através de força de lei e perseguição de quem se opõe". PL: "O senhor é contrário às políticas para as minorias?" Jd: "De jeito nenhum, acredito que as minorias devem ser resguardadas por leis que protejam os seus direitos, mas, por exemplo, leis como a Lei do Aborto (proposta do governo de esquerda do PT) e o PLC 122/2006, a chamada "Lei anti-homofobia", são um verdadeiro absurdo. A primeira não leva em consideração o direito à vida dos infantes, deixando que a mãe ou o pai de forma cruel, possa decidir assassinar legalmente o filho que geraram. A segunda, dá à minoria dos homossexuais, direitos acima de qualquer outro cidadão, tornando os adeptos do homossexualismo, como intocáveis, inquestionáveis, in-criticáveis. Já existem leis que protegem essas minorias e outras. O que precisa é se aperfeiçoar as leis para que esses cidadãos tenham direitos de fato, mas respeitem os que pensam em contrário e vivam a sua homossexualidade na sua privacidade". PL: "Mas os heterosexuais não vivem também em público a sua afetividade? Porque os de outra identidade não podem?" Jd: "Porque é algo anti-natural. Choca as pessoas, causa espanto até mesmo quando vemos um casal hetero em carícias, imaginem quando se vê um homem com outro homem ou uma mulher com outra mulher? Isso deve ser guardado para a privacidade e não para ser exposto em público". PL: "Voltando à política, o sr. vota em "irmão"?" Jd: "Depende quem seja esse irmão de fé. Por exemplo, se ele é um pastor eu não votarei nele com certeza. Entendo que o pastor tem um chamado de Deus, ele recebeu um cajado para conduzir ovelhas, essa é a sua principal tarefa, sua vida, seu sacerdócio. Assim como não voto em um médico para qualquer que seja o cargo político, pois entendo que a medicina é também um sacerdócio. Não posso admitir um médico querer ser um político só para ganhar mais dinheiro. Se pelo menos fossem para o parlamento para fazer leis que dessem ao cidadão o direito à saúde de qualidade vá lá, mais não é isso que vemos. Tantos médicos no parlamento ou no executivo e nada de mudanças. Assim também é com relação aos pastores. Creio que pastor é "pastor", político é "político". Agora se um irmão da igreja almejar a carreira política e tiver um chamado cristão para isso, eu apoio a iniciativa, desde que seja sob a orientação pastoral e não partidária". PL: "O que o sr. acha que os pastores candidatos estão almejando?" Jd: "Particularmente eu creio que a grande maioria deles querem se locupletar, querem obter ganhos para os seus ministérios, querem ganhar muito dinheiro e por fim, querem dominar. Essa é a típica "Síndrome de Lúcifer", quando ele disse pra Jesus em Mateus 4, mostrando-lhe os reinos e tesouros do mundo, falou: "tudo isso te darei se prostrado me adorares". Jesus não aceitou a proposta, mas muitos homens até hoje a aceitam". PL: "O argumento de muitos que eu entrevistei, é que por muito tempo eles foram esquecidos e que os recursos públicos só servem pra folclore e eventos como carnaval, festas juninas e outros..." Jd: "Creio que a obra de Deus é feita com a fidelidade dos fiéis (dízimos e ofertas voluntárias), que as pessoas virão a Deus não por força de persuasão como disse Miquéias: "Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor. Não creio que a igreja de Deus precise da política para ser a igreja militante e testemunha da Verdade. A igreja católica romana que se aliou com a política no passado, de Constantino até Hitler, cometeu crimes tanto por ação quanto por omissão. Esse é o resultado da união da política com a religião, não dá certo". PL: "O sr. já tem os seus candidatos para a eleição de domingo? Eles são crentes?" Jd: "Sim eu já tenho os meus candidatos. Aliás quando os nomes são postos à escolha do eleitor, logo nos primeiros dias eu escolho os meus e até hoje eu nunca tive de mudar. Quanto a se são crentes? Só um deles é, o meu candidato a vereador, e ele não é pastor".
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