segunda-feira, 25 de agosto de 2014

SOU CRISTÃO E COMUNISTA ?????

“SOU CRISTÃO E COMUNISTA”

Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
(Atos 4.32)

Introdução:
        
         Na entrevista do candidato Flávio Dino ao Governo do Maranhão, pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), ele citou ao reporter Sidney Pereira o texto de Atos 4.32 que encima esse artigo, para tentar provar que a filosofia comunista é bíblica. Num lance exegético sofrível, ele tentou ligar a situação da igreja cristã nascente com os princípios filosóficos comunistas.
        
         O candidato na tentativa de iludir os mais ignorantes usa um texto bíblico fora de contexto. No contexto dos primeiros cristãos, a comunidade vivia na perspectiva do retorno iminente do nosso Senhor Jesus Cristo, e não fazia sentido ter posses, já que a volta de Cristo era esperada para aquela geração, portanto, não faz nenhum sentido tentar dizer que os cristãos viviam uma filosofia comunista no início.

         O assunto que deve ser discutido não somente em tempos de eleição, mas também, no dia-a-dia da vida, e que exige uma discussão mais aprofundada e sóbria é o comunismo.

         Dentre tantas razões porque o ministro evangélico deve se sentir obrigado a falar a seu povo sobre este tema pertinente, principalmente num momento delicado por que vive o Brasil, elencarei três razões, que são:

         1) O reconhecimento da ampla influência do comunismo, como uma onda vermelha que se espalhava pela Rússia, China, Europa Oriental, chegando até a América Latina, onde hoje, grande parte dos líderes políticos reivindicam uma nação bolivariana em toda a América do Sul. No auge da onda vermelha, o comunismo tinha quase um bilhão de pessoas que acreditavam em seus ensinamentos, onde pelo menos metade dessa multidão abraçava o comunismo como uma nova religião e a ela se entregaram completamente.

         2) Não podemos e nem devemos ignorar a força do COMUNISMO, a razão principal é que o comunismo, assim como o islamismo (eles são parentes próximos), são o único rival sério para o cristianismo. Ninguém que familiarizado com os fatos do nosso mundo contemporâneo pode negar que o comunismo é rival do cristianismo.

         3) A última das três razões, é que o COMUNISMO tem ludibriado uma imensidão de pessoas, e por causa dos governantes passados, em sua grande maioria corruptos, o povo ficou desesperançado, vítimas incautas de um discurso populista dos partidos de esquerda do Brasil.

         Mas o que fazer? Que respostas dar à comunidade crista brasileira?

         Muitas pessoas cristãs estão com um orgulho indevido, se identificando com o COMUNISMO. Tenho visto a frase “SOU CRISTÃO E COMUNISTA” espalhada pela cidade e afixada em carros de crentes e em camisas que eles vestem. Mas não é justo condenar um sistema antes de sabermos o que esse sistema ensina.

CRISTIANISMO É DIFERENTE DE COMUNISMO

          Minha premissa principal aqui é: o comunismo e o Cristianismo se excluem. O verdadeiro cristão não pode ser um verdadeiro comunista, as duas cosmovisões são antitéticas e absolutamente nada pode reconcilia-las. Por que isso é verdade?:

         1) O comunismo está baseado numa cosmovisão materialista e humanista da vida e da história. De acordo com a teoria comunista, o que há é somente matéria, não existindo portanto, mente ou espírito, eles se julgam a última palavra em termos de verdade, for a dos seus postulados, tudo é falso. Esta filosofia e suas premissas são declaradamente secularistas e ateistas. De acordo com eles, Deus é apenas um produto da imaginação, a religião é um produto do medo e da ignorância, e a igreja é uma invenção dos governantes para controlar as massas. Além disso, o comunismo, como o humanismo, prospera com a grande ilusão de que o homem, sem a ajuda de qualquer poder divino, pode salvar a si mesmo e inaugurar uma nova sociedade.
        
         2) O comunismo é ateísmo frio com vestes do materialism. O comunismo não dá nenhum espaço para Deus ou Cristo. No centro da fé cristã está a afirmação de que Deus é o supremo criador e sustentador do universo. Um ser de infinito amor e poder ilimitado, Deus é o conservador dos valores. Em oposição ao materialismo ateu do comunismo, o cristianismo postula que Deus é a realidade última, essa realidade não pode ser explicada pela matéria em movimento ou pelas forças econômicas. O Cristianismo afirma que no centro da realidade, Deus é um Pai amoroso que trabalha através da história da salvação dos seus eleitos. 

O COMUNISMO E O RELATIVISMO ÉTICO
        
         O homem não pode salvar a si mesmo, pois ele não é a medida de todas as coisas e a humanidade não é Deus. A humanidade está presa pelas correntes de seu próprio pecado e finitude, o homem precisa de um Salvador. O comunismo está baseado no relativismo ético e não aceita absolutos morais estáveis. O certo e o errado são relativos, dai a mudança de comportamentos antes tidos como imorais e ilegais do ponto de vista ético e moral, e a exigência de que se aceite essas mudanças sob pena de punição legal.
        
         O comunismo explora a filosofia de que o fins justificam os meios. Ele enuncia a teoria de uma sociedade sem classes, onde todos os indivíduos são nivelados por baixo e onde todos se submetem a um poder central que se introniza como se fora Deus. Os métodos usados para alcançar esses objetivos são a infiltração em todas as áreas da sociedade: movimentos sociais, movimentos populares, escolas, universidades, sindicatos, formação de conselhos populares, e, quando esses objetivos forem atingidos, o próximo passo será eliminar a oposição (a quem eles chamam de “contra-revolucionários” e “inimigos do povo”), através da violência, assassinato e tortura. Esses são considerados meios justificáveis ​​para atingir o fim pore les proposto.
        
         Nas palavras do ditador soviético, Lenin, está a real estrategia da teoria comunista. Diz ele: "Devemos estar prontos para empregar trapaça, fraude, violação da lei, na fonte e esconder a verdade” (grifo meu).  Milhares de inocentes na Rússia, na China, em Cuba e em outras repúblicas socialistas, já conheceram muitas noites tortuosas e dias cheios de terror, porque os seguidores do COMUNISMO levaram esta afirmação à sério. 

O CRISTIANISMO E OS ABSOLUTOS DE DEUS

         Contrastando com o relativismo ético do comunismo, o Cristianismo estabelece um sistema de valores morais absolutos e afirma que Deus colocou dentro da própria estrutura do universo certos princípios morais que são fixos e imutáveis. A lei do amor como um imperativo é a norma para todas as ações do homem. Além disso, o cristianismo se recusa a viver por uma filosofia dos fins que justificam os meios. Meios destrutivos não podem trazer fins construtivos. Meios imorais não podem trazer fins morais.

O COMUNISMO E O ESTADO SOBERANO


         O comunismo atribui valor final ao Estado. O homem é feito para o Estado e não o Estado para o homem. A teoria comunista é que o Estado é uma "realidade provisória", que irá "desaparecer" quando a sociedade sem classes emergir. Na teoria comunista, o homem não tem direitos inalienáveis. Seus únicos direitos são derivados, e conferido pelo Estado. Debaixo desse sistema não existe liberdade. Tudo fica restrito ao controle do governo, sejam a imprensa, as reuniões (clubes, igrejas, etc.), o voto, a liberdade de ouvir e de ler o que quiser, a arte, a religião, a educação, a música e a  ciência, tudo controlado pelo comitê central do partido. O homem deve ser um servo obediente ao Estado onipotente.

         Tudo isto é contrário não à doutrina cristã de Deus. O Cristianismo ensina que o homem é a coroa da criação, e que é muito importante porque ele é filho de Deus, feito à Sua imagem e semelhança. O homem é mais importante do que um animal guiado por forças econômicas; ele é um ser de espírito, coroado de glória e honra, dotado do dom da liberdade. A fraqueza final do comunismo é que ele rouba do homem essa qualidade que faz dele um homem. “O homem”, diz Paul Tillich, “é homem porque ele é livre”.

         Debaixo do comunismo a alma individual é acorrentada; seu espírito é obrigado pelas algemas da fidelidade partidária. Ele é despojado da consciência e da razão. O problema do comunismo é que ele não tem nem uma teologia nem uma Cristologia; portanto, surge com uma antropologia confusa. Confusa a respeito de Deus e sobre Deus. Também confusa sobre o homem.

         Apesar de sua conversa cativante sobre o bem-estar das massas, os métodos e a filosofia do comunismo tira do homem a sua dignidade e valor, deixando-o como pouco mais que uma peça despersonalizada na engrenagem do Estado. 

CONCLUSÃO


         Não devemos nos enganar, o CRISTIANISMO e o COMUNISMO não podem ser reconciliados. Eles representam formas diametralmente opostas de cosmovisões. Como crentes nós devemos, orar pelos comunistas, pedindo que Deus arranque essa filosofia da sua cabeça e coração, mas não podemos, como verdadeiros cristãos, tolerar a filosofia do comunismo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A GUERRA E A BÍBLIA - I Parte

A guerra e a Bíblia.


Introdução:
             A guerra faz parte da humanidade desde pouco depois da sua origem. O primeiro ato de guerra foi de um homem contra o outro, de Caim contra Abel, o que resultou da morte de Abel, assassinado pelo seu irmão, Caim.
            Em seguida o que se viu foi inúmeros conflitos entre pessoas, resultando em vários assassinatos, depois guerras entre tribos, entre estados e entre nações. Ao longo da história, não houve paz duradoura entre as nações até os dias de hoje. O Centro Carter, que monitora conflitos ao redor do globo diz que existem hoje mais de 100 conflitos entre nações.
            No início Antigo Testamento, a guerra foi muitas vezes vista como uma guerra santa, um conflito iniciado e guiado por Deus, uma guerra declarada por Deus ( Êxodo 17.16 ; Números 31.1-3 , 1 Samuel 15.1-3 ), e todas as facetas da guerra tinha um significado religioso. A arca sagrada da aliança, que simboliza a presença de Deus, muitas vezes foi levada para a batalha (1 Samuel 4.3). Mais tarde na história de Israel, os profetas viam o terror da guerra como um juízo de Deus contra os pecados do seu povo, (Habacuque 1.5-11Jeremias 21.3-7). Israel então começou a olhar para o dia em que o ciclo interminável de guerra seria quebrado, conforme, Isaias 2.3-4).
            No Novo Testamento, a guerra é universalmente visto como mal e Jesus enfatizou a paz em seu lugar. Ele nos aconselhou a evitar retaliação e vingança e estender nosso amor, mesmo aos nossos inimigos (Mateus 5.38-45). O apóstolo Paulo e outros escritores do Novo Testamento ampliaram esse sentimento de Jesus:
           
            - Nunca pague o mal com o mal a ninguém;
            - Respeite o que é correto aos olhos de todos os homens;
            - Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens;
            - Nunca tome vingança, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: "Minha é a vingança, eu retribuirei", diz o Senhor."
            - Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem. (Rm. 12.17-21).
           
            Apesar do imenso mal da guerra, Jesus disse que é inevitável que as guerras continuem até que Ele volte (Marcos 13.7-8), e a Bíblia não se opõe a governos terrestres ou ao seu direito de manter exércitos (Mateus 8.5-10).

A Teoria da Guerra Justa
           
            O claro ideal cristão é a total eliminação da guerra e instalação do amor fraterno entre todos os povos. No entanto, neste mundo imperfeito, a guerra pode ser imposta àqueles que não a desejam. Agostinho de Hipona (354-430) e Tomás de Aquino (1225-1274) são os principais responsáveis ​​pela formulação da teoria da Guerra Justa, cuja abordagem se mantem até hoje no meio dos círculos cristãos. Os pontos principais dos defensores da guerra justa são:

- Deve haver uma causa justa para a guerra;
- A guerra deve ser travada apenas em resposta a danos causados ​​pelo agressor;
- O motivo para a guerra deve ser impedir o avanço do mal;
- O objetivo final da guerra deve ser o de trazer a paz;
- Vingança, revolta, busca pelo poder ou exploração não são justificação para a guerra;
- Todos os meios possíveis para se evitar o conflito devem ser esgotados antes;
- A guerra não deve causar um mal maior do que o mal a ser eliminado;
- A popilação civil deve ser protegida;
- Os vencidos devem ter um julgamento justo.

            A maioria dos cristãos são opositores à guerra. O pacifismo é a natureza do cristão. Os pacifistas tomam o seu exemplo de Jesus que nunca resistiu aos Seus perseguidores. Quando a turba veio prendê-lo, um de seus seguidores tentou defendê-lo com uma espada. Mas Jesus o repreendeu (Mateus 26: 52-53). A maioria dos apóstolos de Jesus e outros seguidores também foram martirizados por sua fé, mas nunca usaram de violência para resistir a seu destino. Outra justificativa para o pacifismo é a crença de que o reino de Deus está separado do mundo (Mateus 5.207.13-14João 18.36). O mundo vai continuar no pecado de todos os tipos, incluindo a guerra (Mateus 24.6-7Marcos 13.7-8), mas aqueles que realmente pertencem ao reino de Deus são chamados a colocar a sua total confiança em Deus (Mateus 10.28João 14.1) e obedecer a todos os ensinamentos de Jesus (Mateus 7.2128.18-20Lucas 6.46João 14.1515.10), incluindo seus ensinamentos contra a violência.


Continua.....

domingo, 10 de agosto de 2014

FELIZ DIAS DOS PAIS

Dia dos Pais é uma celebração em homenagem aos pais e celebra a paternidade, títulos paternos, e a influência dos pais na sociedade. Muitos países celebram no terceiro domingo de junho, embora também seja celebrada amplamente em outros dias por muitos outros países. Dia dos Pais foi criado para complementar o Dia das mães.


A primeira comemoração do Dia dos Pais foi realizada no dia 05 de julho de 1908, em Fairmont, West Virginia , na Williams Memorial Methodist Episcopal Church, hoje conhecida como Central United Methodist Church. Em dezembro 1907, um desastre na vizinha Monongah matou 361 homens, 250 deles eram pais, deixando cerca de mil órfãos. Clayton sugeriu ao seu pastor Robert Thomas Webb, que fizessem algo para honrar todos os pais, e assim foi feito, porém a data foi esquecida nos anos posteriores, vindo a ser celebrado somente anos depois.

As duas celebrações, Dia das Mães e Dia dos Pais, tem origem evangélica e começou em igrejas protestantes Norte Americanas.

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