quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

12 de dezembro - Hoje na História Cristã



1666 - O Conselho de Moscou depôs o patriarca ortodoxo russo Nikon, 61 anos. O sínodo da igreja havia procurado pôr fim à luta entre o Czar Alexis e o patriarca Nikon, mas o antagonismo, iniciado como um apelo à reforma litúrgica, em última análise, se transformou em uma luta sobre a relação entre Igreja e Estado.
1712 - A colônia da Carolina do Sul aprovou uma "lei dominical", exigindo das pessoas: "Irem à igreja obrigatoriamente todos os domingos, a absterem-se de mão de obra qualificada, não fazer viajar a cavalo ou carroça além do necessário. Os infratores dessa lei eram multados em 10 xelins e / ou uma ou duas horas de serviços comunitários.
1767 – John Newton, escritor de hinos, anglicano escreveu em uma carta: "... Nada nos acontece, além do que é ajustado pela sua sabedoria e amor. Ele vai, de uma forma ou de outra, adoçar cada cálice amargo, e muito antes Ele enxugará todas as lágrimas dos nossos olhos."
1808 - A Sociedade Bíblica da Filadélfia foi organizada, o primeiro de seu tipo na América. O Rev. William White foi eleito o primeiro presidente da nova organização, cujo objetivo era o de promover e distribuir as Escrituras.
1974 - O Papa Paulo VI anunciou sua intenção de canonizar Elizabeth Ann Seton Bayley (1774-1821), que fundou a primeira escola livre católica dos EUA, bem como a ordem religiosa conhecida como as Irmãs de Caridade de São José.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

LUTERO, USADO POR DEUS PRA REFORMAR A IGREJA



Nos Estados alemães que participaram diretamente do movimento da Reforma do séc. XVI, o dia 31 de outubro de cada ano, o comércio local é fechado em observância ao Dia da Reforma. Esse feriado alemão comemora o ato de Matinho Lutero, quando no dia 31 de outubro de 1517, portanto a 495 anos atrás, ele pregou as suas 95 teses em latim, na porta da Igreja de Wittenberg.

O objetivo de Lutero ao fixar as teses na porta da igreja, por volta das 5 horas da manhã daquele dia, antes de haver circulação de gente pela cidade, o que ocorria logo depois do amanhecer, Lutero estava com isso, solicitando um debate acadêmico, como era costume na época. Ao fazer isso, Lutero não estava negando a veracidade das indulgências , por si só , mas sim, ele estava escrevendo contra o abuso de quem fornecia, ou seja, o dominicano, João Tetzel, que manipulava as massas através da venda dessas indulgências para lucro próprio e ganho ímpio. 

João Tetzel era um infame, ele coagia os habitantes ignorantes e ingênuos a comprar os documentos que garantiriam (essa era a tese do papa), a remissão dos pecados passados, presentes e futuros. Demagógicamente Tetzel usava frases como: “tenha pena de nós”, “estamos em tormento”, “você pode nos redimir com apenas uma moeda”, e depois, ele arrematava com as seguintes palavras: “Assim que a moeda tilintar no fundo do cofre, mas uma alma sai do purgatório em direção ao paraíso”.

Para Lutero, havia três questões principais contra Tetzel e a venda das indulgências. As teses de Lutero se concentravam em três pontos principais:
1 – Ele discordava do fim para o qual as indulgências estavam sendo cobradas,
2 - Ele negava que o papa tivesse algum poder espiritual sobre o purgatório,

3 – Ele dizia que o papa não tinha preocupação alguma com o bem-estar do pecador. Assim, fica evidente a partir dos escritos de Lutero, que sua tese principal era o abuso daquelas indulgências, e não necessariamente a cobrança em si.

Os conceitos das doutrinas da Graça não faziam parte desse Lutero inicial. Não vemos nos seus primeiros escritos nenhuma menção particularmente reformada em suas teses. Não há menção da doutrina da justificação, não há nenhuma discussão sobre a imputação da justiça de Cristo, não há nenhuma linguagem comentando sobre as doutrinas da graça, nem há qualquer indicação da idéia de Sola Scriptura. Todos esses conceitos bíblicos ainda não tinham germinado completamente na mente de Lutero. Levaria algum tempo antes que Lutero viesse a perceber que todo o sistema de indulgências era a antítese das Escrituras. 

O dia 31 de outubro de 1517 ficou convencionado como o começo da Reforma Protestante. As 95 teses de Lutero, foram as palavras que desencadearam o movimento para recuperar a pureza da mensagem apostólica perdida no cristianismo medieval, e começou uma revolução dentro da igreja que nunca poderia ser desfeita. “Por amor e preocupação com a verdade, e com o objetivo de provocar", ele começou seus escritos,  preocupado com os abusos inerentes a igreja romana em que ele nasceu e foi criado e para a qual ele dedicou sua vida.

Lutero, antes de questionar pra valer a hierarquia estabelecida, ele suportou uma profunda tempestade espiritual. Lutero passou décadas em tormento e medo antes que ele pudesse proclamar com o apóstolo Paulo: "Sendo justificados mediante a fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5:1).

Aprouve a Deus usar Lutero para a realização de seus objetivos no mundo. Apesar de ele ser um homem normal, cheio de contradições, de medos, mas ao mesmo tempo corajoso, porque ele sabia que era Deus que o conduzia, ele estava convicto de que estava fazendo a vontade de Deus, e nesse propósito, ninguém o deteria.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO DIA DA REFORMA


Ao ouvir aquelas marteladas na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha, poucas pessoas suspeitavam que esse som seria ouvido em todo o mundo e conduziria, à mais importante transformação da sociedade ocidental desde que os primeiros apóstolos pregaram o Evangelho por todo o Império Romano. 
Martinho Lutero pregou as suas 95 teses na porta da igreja em 31 de outubro de 1517, e provocou um debate que culminou finalmente no que hoje chamamos de a Reforma Protestante.
Lutero foi um herdeiro de Agostinho de Hipona. Martinnho Lutero é uma das figuras mais importantes que Deus levantou desde aquela época. Era um estudante de direito que virou monge agostiniano tornou-se o centro de uma grande polêmica depois que as suas teses foram copiadas e distribuídas por toda a Europa. Inicialmente protestando contra a tentativa do papa de vender a salvação por meio das indulgências. Os estudos que Lutero fez das Sagradas Escrituras logo o levaram a opor-se à igreja de Roma, em questões doutrinárias que são basilares para a fé protestante, como por exemplo, o Sola Scriptura, e que diverge dos ensinos de homens e de concílios da igreja católica.
Lutero contribuiu significativamente para a teologia cristã, ele escreveu 60 mil páginas, além de hinos sacros que vieram a ser uma espécie de mola propulsora da Reforma.
Uma das principais doutrinas pregada por Lutero, claramente verificada no Novo Testamento, que foram comentadas pelos pais da Igreja, é a doutrina de que a salvação é exclusivamente pela fé, sem a necessidade de obras (sola fide), ou seja nenhum mérito humano é capaz de alcançar o favor de Deus. A salvação é pela graça somente através da fé (Ef. 2.8).
A redescoberta de Martinho Lutero dessa verdade levou a adesão de muitas outras igrejas e a implementação de reformas sociais que nós nunca experimentaríamos no Ocidente, caso o movimento reformista fosse sufocado.
Uma das maiores contribuições de Lutero, foi a sua tradução da Bíblia para a língua comum do povo alemão, ele colocou a Palavra de Deus nas mãos do povo, e isso gerou o fato de hoje termos as Escrituras disponível em língua vernácula de muitos países, permitindo que os leigos possam estudá-la. Ele reformou a liturgia do culto a Deus, colocando-a na língua comum para que as pessoas simples pudessem ouvir e entender a palavra de Deus pregada e pudessem também adorar ao Senhor com clareza. 
Lutero permitiu que os milhares de padres e freiras que quisessem e que aderiram à Reforma, pudessem se casar, numa época em que era muito comum a fornicação entre clérigos, essa foi uma das atitudes que mais fortaleceu o movimento e que transformaram radicalmente a própria instituição. 
Lutero ensinou, e também Calvino depois dele, o princípio bíblico do sacerdócio universal de todos os crentes, mostrando a todas as pessoas que o seu trabalho tinha um propósito e uma dignidade, porque através dele, poderiam servir ao seu Criador. Lutero deixou um legado pra todo o Ocidente. Esse legado de Lutero está expresso nos credos e confissões de instituições protestantes em todo o mundo. 
Ao considerarmos a importância do Dia da Reforma, devemos nos equipar para sermos anunciadores, conhecedores e defensores da verdade bíblica. Que o nosso propósito seja o de pregar o Evangelho de Deus para o mundo e, assim, desencadear uma nova reforma da igreja e da cultura.

sábado, 13 de outubro de 2012

12 MANDAMENTOS PARA DESTRUIR SUA REPUTAÇÃO NO FACEBOOK


Toda vez que você posta algo, corre o risco de ferir os outros e você mesmo.

A rede social Facebook, assim como todas as outras redes sociais é uma ótima ferramenta para você construir e manter relacionamentos com pessoas, tanto dentro de sua igreja como em sua comunidade. Mas o Facebook não é isento de riscos. Toda vez que você postar algo, corre o risco de magoar, ofender ou distanciar-se das pessoas.

Damos aqui 12 mandamentos para quem deseja ver a sua reputação estragada no Facebook.

1. POSTAR ALGO QUE LHE FRUSTROU, NO CALOR DO MOMENTO. 
Todos nós ficamos frustrados às vezes. Postar qualquer coisa na hora da raiva, da frustração ou quando está ferido nunca é uma boa ideia. Deixe passar um tempo, umas horas, e depois pense se você realmente quer usar o Facebook para desabafar.

2. CRITICAR AS PESSOAS. 
Mesmo se você não usar o nome de uma pessoa, há uma grande chance de que os amigos do Facebook conheçam essa pessoa, ou alguém que talvez saiba de quem você está falando.

3. ENVERGONHAR SUA FAMÍLIA. 
Nossas famílias dizem e fazem coisas engraçadas o tempo todo. A maioria dessas coisas podem ser postados no Facebook sem nenhum problema, e elas ajudam as pessoas a nos ver como pessoas normais, como uma família normal. Mas é bom ter muito cuidado com o que se vai postar sobre algué, é melhor perguntar antes se pode postar.

4. BASTA FALAR SOBRE SI MESMO. 

Quando vamos a um evento social, nós não gostamos de estar próximo a uma pessoa que só fala sobre si mesmo, e parece que nunca se interessa por você, não é verdade? Quando vc estiver on-line não seja uma dessas pessoas.

5. AJA COMO SE A SUA VIDA FOSSE PERFEITA. 

Ninguém é perfeito, e todos sabem disso. Se você agir como se tudo estivesse bem o tempo todo, você vai ser percebido como alguém que está usando uma máscara.

6. AJA COMO SE ESTIVESSE SEMPRE "ALEGRE NO SENHOR." 

Ninguém é feliz o tempo todo também.

7. AJA COMO SE VOCÊ TIVESSE TODAS AS RESPOSTAS. 

Ninguém gosta de um sabe-tudo. Deve-se compartilhar conhecimento e assessoria, quando solicitado. Seja confiante, mas não arrogante.

8. AGIR COMO SE FOSSE ESPIÃO DA POLÍCIA OU UM PALADINO DA MORALIDADE. 

Seus amigos do Facebook não são perfeitos. Algumas vezes eles irão xingar, postar fotos questionáveis e compartilhar coisas que você não concorda. Se algo for muito ruim, considere entrar em contato com a pessoa em particular sobre isso.

9. SER EXCESSIVAMENTE POLÍTICO. 

Não falhe aqui. Se você quiser irritar meio mundo, fale de política de forma crítica, seja de que lado ou partido for. Essa é uma grande forma de se adquirir inimigos e de se perder a reputação.

10. ENVOLVER AS PESSOAS EM DEBATES. 

Os debates On-line, não tem o poder de fazer alguém mudar de posição.

11. PUBLICAR UM MONTE DE COISAS DE CUNHO TEOLÓGICO. 

É bom que pastores falem de teologia no Facebook e de conversas espirituais, mas deve-se evitar a publicação de sua tese de mestrado ou doutorado. As pessoas não gostam disso.

12. NÃO RESPONDER. 

Quando as pessoas lhe enviam mensagens, postam em seus perfis, comentam suas atualizações de status e links, é importante e educado que você responda. Responda às perguntas das pessoas. Agradeça as pessoas  pelos elogios, felicitações e críticas.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A FÉ DE MITT ROMNEY E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS NO BRASIL


Pela primeira vez na história dos EUA, um candidato a presidência pelo partido Republicano, é mórmon, membro ativo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Um pastor recentemente colocou a questão de saber se os cristãos podem ou devem votar em um candidato presidencial se ele faz parte de um grupo que há muito considerado uma seita.

História da América
Na história americana, esta não é a primeira vez que os cristãos têm sido confrontados com um desafio na eleição presidencial, embora este seja o primeiro mórmon em jogo. Recentemente, li uma biografia sobre George Washington, que foi muito fascinante e esclarecedor. Não há dúvida de que Deus usou Washington como seu instrumento para orientar a América em um momento extremamente importante. No entanto, quanto mais você aprende sobre Washington, mais você percebe que a maçonaria constituiu o seu sistema de crença primária. Ele foi, no entanto, vigilante na proteção dos direitos dos cristãos e igrejas.

George Washington não era um cristão, no verdadeiro sentido da palavra, mas Deus, no entanto, utilizou Washington em um momento crítico da história americana, que permitiu que a nação crescesse, prosperasse e florescesse como uma nação em grande parte cristã. Não é preciso rever a história e dizer que George Washington era um crente e que por isso Deus o usou. Ao longo da história, Deus tem usado o improvável, o absoluto, e até mesmo o irreverente de fazer a Sua vontade. Lembre-se, por um tempo, ele mesmo dirigiu Faraó, que estava segurando o povo de Israel da escravidão, a fim de cumprir o Seu propósito.

Não uma teocracia
É preciso lembrar, que desde muito tempo atrás, as pessoas se refiram aos Estados Unidos como uma nação cristã, mas a verdade é os EUA não é uma teocracia. Isso é o que os governos islâmicos tentam instituir, através da implementação da lei Sharia. Os fanáticos é que querem nacionalizar religião. Os americanos ainda não se atreveram a cair nessa armadilha. Talvez hoje uma religião cristã nacionalizada, e amanhã? A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos declara: "O Congresso não legislará no sentido de estabelecer uma religião, ou proibindo o livre exercício dela ..." e no artigo VI especifica que "nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito em qualquer escritório ou entidade pública nos Estados Unidos." Esses importantes princípios tem sido defendidos pelo povo americano ao longo do tempo. Os americanos defendem e não prejudicam os esforços públicos para impedir que as pessoas sejam alijadas por causa de sua fé ou religião.

Os EUA, assim como toda a América está na UTI espiritual. Todos nós precisamos de Deus! O caminho espiritual foi perdido, as pessoas estão desesperadas com o futuro. Mas o certo é que não será a presidência de um país, ou o seu Tribunal Superior, ou os seus partidos, ou os seus governadores e prefeitos, ou as suas câmaras altas ou baixas que determinará a salvação ou o nível espiritual de um povo. Nossa oração e agradecimento é para que o Senhor estabeleça nas posições de influência e nos governos, pessoas que honrem a Deus acima de tudo, que busquem a orientação do Senhor para cada decisão que tiverem de tomar. Queremos ver os crentes humilhando-se perante Deus em oração e pedindo perdão pelos seus pecados, clamando a Deus para restaurar a terra.

Queremos os verdadeiros crentes no comando. Precisamos de líderes comprometidos com os princípios e valores do Reino de Deus, senão a nossa única alternativa será a anarquia.

Considerando as opções.
Nós os eleitores crentes as vezes somos confrontados com uma espécie de dilema eleitoral. Queremos que os verdadeiros crentes assumam posições de governo, esse é o nosso desejo e oração, mas as associações, a vida e os acordos de um candidato devem ser pesados na balança. Devemos pedir a orientação de Deus e o discernimento sobre a nossa decisão de encarar uma escolha numa eleição.

Os partidos ou pessoas que o candidato se associou, podem garantir as suas promessas de campanha, principalmente no que se refere ao aborto, casamento gay?, defesa da liberdade de culto?, Punição para os criminosos do colarinho branco? Quanto a isso Paulo nos adverte, escrevendo a Timóteo: “...tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.” (II Tim. 3:5). Isso é muito importante. As ações, associações e valores de um candidato, são mais importantes do que a sua aparência religiosa.

Nem sempre o crente é a melhor escolha
Os americanos elegeram o batista e professor da EBD, Jimmy Carter, mas depois que ele assumiu, escolheu Ministros para o seu gabinete, que adotaram políticas hostil às igrejas.

Ronald Reagan, que sucedeu Carter, apesar de ser um cristão todo torto, foi um presidente que é lembrado com carinho pelos americanos crentes, porque sempre foi um aliado das igrejas e sua política isenta, beneficiava a população como um todo. Quero enfatizar que o fato de o candidato se declarar crente, por si só é uma base inadequada para as nossas decisões eleitorais.

Assuma seu voto
Assuma seu voto, mas o faça em espírito de oração e dependência de Deus. Decida com base no seguinte:

- Quem é dos candidatos, o mais provável, que em vez de respeitar as liberdades, poderá restringi-las? Pode ser para o candidato ou para quem está associado a ele.
- Quem aparece mais propenso a tomar posições que honram as suas convicções bíblicas?
- Quem tem mais tendência de depois de eleito, forçar a implementação de políticas que desrespeitem os direitos dos crentes e a moral da nação?

Jesus não é o prefeito da cidade, ele é o único e suficiente Salvador.

Qual dos candidatos irá garantir a aplicação de leis morais que não firam os valores eternos de Deus e da Sua Sagrada Palavra?

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

QUEM FOI NA VERDADE VILLEGAIGNON?


Nicolas Durant de Villegaignon, foi um navegador francês, nascido na cidade de Provins e fundador da França Antártica, no Rio de Janeiro, logo depois do descobrimento do Brasil. Era vice-almirante da Bretanha.

Para muitos ele foi um herói, mas na verdade era um bandido, criminoso sanguinário, assassino de pessoas inocentes, oportunista e covarde.

No processo de estabelecimento da França Antártica no Rio de Janeiro desde as primeiras incursões em 1554, ele que nascido em família tradicional católica, bandeou-se para o lado protestante, sem nunca ter experimentado a conversão, na verdade era um oportunista que queria somente estar sob o financiamento e proteção da ala protestante francesa, para tocar os seus empreendimentos interesseiros.

Usando o texto do capítulo I do meu livro, História da Igreja Presbiteriana do Maranhão, reproduzo abaixo, algumas dessas considerações sobre o episódio que revelou quem realmente era Villegaignon.

A França Antarctica
         As tentativas de colonização protestante no Brasil começaram 5º anos depois do descobrimento. Em seguida a esse momento do descobrimento do Brasil, Portugal não se interessou logo pela ocupação do território, estabelecendo uma colônia, o que ocasionou o interesse das outras nações. Algumas nações europeias aproveitaram a oportunidade para tentar colonizar a nova terra recém-descoberta e explorar as suas riquezas. Uma das nações que tiveram essa iniciativa foi a França que no início do século XVI ainda mantinha conflitos com os germânicos e a preocupação era também com o surgimento do protestantismo, nesse tempo a França era governada por Carlos V.

   O controle da costa brasileira era ainda muito limitado, preocupados coma situação, Portugal enviou para o Brasil o primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, que estabeleceu a primeira capital da colônia, Salvador na Bahia. O ano da chegado de Tomé de Sousa foi 1549.

Nesse tempo um aventureiro francês resolveu fundar uma colônia francesa no Brasil numa região que já era bem conhecida dos navegadores franceses, a baia da Guanabara. Há indícios de que os franceses já haviam navegado para o Brasil antes do descobrimento, pois “os índios dão a entender a Cabral que antes haviam visto na região outros estrangeiros com barbas ruivas. Eram já os franceses.”

O mais certo é que Villegaignon empreendeu essa aventura para ganhar fama e fortuna em primeiro lugar e depois para conquistar novos territórios para o seu país, tendo ainda a ideia de encontrar refúgio para as pessoas que sofriam por causa da intolerância religiosa na França, porém, é bem provável que essa motivação tenha sido somente, para se aproveitar da situação e receber apoio dos perseguidos. Villegignon já havia sido ferido antes, por defender o catolicismo na França.

         Villegaignon nunca foi uma homem de brios religiosos, era na verdade um oportunista em busca de satisfazer a sua vontade de ser notado e não deixava passar nenhuma oportunidade que fosse para agradar aos seus financiadores, tanto é que ele se associou num primeiro momento ao vice-almirante Gaspard de Coligny, que era um dos principais conselheiros do reino de França e que nutria fortes simpatias pela Reforma. Por causa dessa associação, Villegaignon conseguiu o apoio do rei Henrique II, que forneceu dois navios aparelhados e financiou a viagem. Vilegaignon recrutou para marinheiros até pessoas condenadas e partiu do porto de Havre, Normandia, no dia 15 de julho de 1555.

         A esquadra de Villegaignon chegou ao Rio de Janeiro em 10 de novembro de 1555 e foram recebidos pelos nativos tupinambás que não tiveram nenhuma dificuldades em reconhecer os franceses com quem já estavam familiarizados. Instalaram-se numa ilha e construíram um Forte, chamado de Forte Cologny e denominaram o lugar de França Antarctica.

         Como Villegaignon tinha uma personalidade oportunista e que claramente demonstrava querer usar a colônia em proveito próprio, não estando nenhum pouco preocupado com o bem-estar daqueles que com ele viajaram, em pouco tempo conseguiu que os colonos o antipatizassem. Com mão de ferro, passou a explorar os colonos e lhes impor pesados trabalhos, sem a devida recompensa, nem mesmo de alimentação, era uma forma de trabalho escravo. Diante de situação como essa, era de se esperar que aparecessem as revoltas, e quando elas apareceram, ele as reprimiu com força desproporcional à revolta.

         Villegaignon escreveu à Igreja Reformada de Genebra, onde Jean Calvin era pastor, solicitando o envio de pastores e outros religiosos que viessem para melhorar o nível espiritual da colônia e evangelizarem os índios. Villegaignon já conhecia a Jean Calvin, o reformador, porque ambos estudaram na mesma escola. Coligny recebeu a mesma carta enviada à igreja Reformada de Genebra e aproveitando a oportunidade, convidou um conhecido seu chamado senhor Du Pont, para irem nessa empreitada protestante a convite de Villegaignon. Calvino e os pastores de Genebra escolheram com muita alegria as seguintes pessoas: os pastores Pierre Richier de 50 anos, e Guillaume Cartier (30 anos). Richier, doutror em teologia. Esses dois escaparam à sanha sanguinária de Villegaignon, o primeiro, Richier, depois que voltou do Brasil, morou em La Rochele e lá faleceu em 1580. Chartier, mais tarde tornou-se capelão de Jeanne D’Albret, mãe do futuro rei Henry IV.

Viagem para a morte
         Não sabiam os huguenotes que foram escolhidos e enviados para o Brasil, que a grande maioria deles estariam fazendo uma viagem sem volta. Os que viajaram foram Pierre Bourdon, Matthieu Verneil, Jean Du Bordel, André Lafon, Nicolas Denis, Jean Gardien, Martin David, Nicolas Raviquet, Nicolas Carmeau, Jacques Rousseau e o sapateiro Jean de Léry, que veio ser o cronista da viagem e que relatou em sua obra as atrocidades de Villegaignon cometidas contra os protestantes.

         O grupo de huguenotes embarcou para o Brasil no dia 19 de novembro. A frota era comamdada por um sobrinho de Villegaignon, Bois Le Conte. Viajaram com ele em três navios, 290 pessoas entre homens e mulheres, estas sendo uma pequena minoria. O desembarque, depois de uma viagem difícil, aconteceu no dia 10 de março de 1557, uma quarta-feira, o vice-almirante Villegaignon os recebeu com alegria, porque vinham estabelecer uma igreja Reformada. Em seguida a essa recepção, todos se reuniram no centro da ilha e lá foi realizado um culto em ação de graças, conhecido como o primeiro culto protestante ocorrido no Brasil e no Novo Mundo.

         O pastor Richier orou agradecendo a Deus e cantaram juntos, segundo o costume de Genebra “Aux paroles que jê veux dire, plaise-toi l’aureille prester” Depois desse primeiro momneto o pastor Richier pregou um sermão com base no Salmo 27:4. Depois da celebração os huguenotes recém-chegados tiveram o prazer de comer a primeira refeição em solo brasileiro, de acordo com a culinária indígena: Moqueca de Peixe, farinha de mandioca e raízes assadas. Na hora de dormir tiveram a experiência de pela primeira vez dormir em redes como os índios faziam.

         Villegaignon deu ordens para que todas as noites, após a lida, fossem feitas reuniões de orações, que os pastores pregassem todos os dias e aos domingos tivessem duas pregações. Em todos os cultos eram entoados Salmos, segundo o rito reformado. A primeira ceia (eucaristia) foi celebrada no dia 21 de março de 1557. Ai começaram os problemas para os huguenotes e que teve um final trágico para alguns deles. De repente o vice-almirante, motivado pelos sacerdotes católicos ao seu redor, sofrendo pressão e com medo de perder os seus privilégios, ele que antes era simpático aos protestantes, agora começou a hostilizá-los, principalmente sobre o tema relacionado à Santa Ceia (eucaristia). Com o passar do tempo Villegaignon começou a criar problemas sobre outros pontos doutrinários, tudo para agradar aos sacerdotes católicos, até que declarou ter mudado de opinião sobre Calvino, dizendo que ele era um herege e proibiu a pregação dos pastores. Jean de Lery opinou que a razão disso foi que Villegaignon recebeu cartas do cardeal de Lorena censurando-o fortemente por ter abandonado a fé católica, e ele, por medo das consequências dessa censura do cardeal, mudou de opinião. Os reformados foram expulsos da ilha para o continente, para um lugar chamado Brigueterie (Olaria), passando dois meses lá, à espera de navio que os levassem de volta à França.

A Confissão de Fé da Guanabara
         Os huguenotes que vieram da França por causa do pedido de Villegaignon, agora estavam a espera de condução que os levasse de volta pra sua terra, por causa das perseguições do mesmo vice-almirante. No dia 4 de janeiro de 1558, 11 meses depois de terem chegado, partiram frustrados por não terem alcançados os objetivos de sua missão. Villegaignon deu ao mestre do navio cartas dirigidas ao primeiro magistrado da França, acompanhado de um processo em que pedia que os huguenotes fossem presos e queimados como hereges.

Homenagem da Marinha Brasileira
         É lamentável que a Marinha Brasileira tenha enaltecido um assassino desumano como o foi Villegaignon, que merecia a desonra e o desprezo. Independente de que a Escola Naval esteja localizada na ilha do Rio de Janeiro que leva o seu nome, não era necessário que a Marinha do Brasil erguesse na cidade natal de Villegaignon um momumento à sua honra, como aconteceu, segundo Mariz e Provençal:


Na França, na cidade natal de Villegaignon, Provins, um monumento oferecido pela Marinha Brasileira foi inaugurado no dia 1º de agosto de 2000. O comandante Lucien Provençal foi um dos oradores da cerimônia e teve a honra de recordar aos habitantes da cidadea biografia desse seu ilustre concidadão, tão pouco lembrado.


         Creio que a Marinha Brasileira desconhece quem de fato foi Villegaignon, se o soubesse não teriam feito essa homenagem. Esse ato fere e desonra a memória de pessoas inocentes, que foram martirizadas pelas mãos de um oportunista covarde, por causa de sua fé, como veremos nos relatos a seguir.

Se a Marinha do Brasil não conhecia toda a história de Villegaignon e prestou-lhe a homenagem na França com o dinheiro do contribuinte, inclusive dos protestantes, então deve um pedido de perdão a todos os protestantes do Brasil e do mundo, se porém a Marinha do Brasil já conhecia a história desse traidor e criminoso, então optou por ser conivente com um bandido, não se importando com os seus crimes e desprezando as suas vítimas. 

         O navio que os huguenotes tomaram para voltara a França, era velho e não garantia comida para todas as pessoas a bordo, em número de 45, etre passageiros e tripulação. O comandante avisou que a viagem seria penosa e por causa disso, Jean de Léry com outros huguenotes se ofereceram para voltar à terra. No último momento desitiu e desceram somente Pierre Bourdon, Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, André Lafon e Jacques Le Balleur. Esses cinco homens aportaram em uma praia e de lá resolveram voltar ao Forte Coligny. Villegaignon os recebeu cordialmente e depois de dez dias mudou radicalmente a sua atitude para com eles, acusou-os de traidores e espiões e decidiu executá-los por heresia.

         Villegaignon era o representante do rei da França, Henrique II, na ilha, e como tal podia exigir que eles declarassem publicamente a sua fé e é nesse contexto que surge um dos mais importantes documentos para a história do protestantismo no mundo. Villegaignon, assessorado pelos padres, formulou um questinário sobre questões de doutrina e trouxe aos prisioneiros, exigindo que eles respondessem ao mesmo em doze horas. Os huguenotes dispunham somente de um exemplar da Escritura Sagrada e não eram versados em teologia. Jean du Bourdel, o méis velho entre eles, mais estudado e conhecedor do latim, foi o encarregado de redigir a resposta ao vice-almirante Villegaignon. Depois que eles revisaram aquela declaração várias vezes, cada um apôs a sua assinatura indicando que aquela era a sua crença.

         Esse documento, conhecido como “A Confissão de Fé da Guanabara” ou “Confissão de Fé Fluminense”, escrita como resposta as exigências de Villegaignon é considerado hoje como um dos primeiros documentos confessionais reformados. Os principais documentos da Fé Reformada, como: A Confissão Galicana (1559), A Confissão Belga (1561), O Catecismo de Heidelberg (1566) e a Confissão de Fé de Westminster (1648), são todos documentos produzidos depois da Confissão de Fé da Guanabara. É importante mencionar o esboço desse documento aqui para que se veja o despropósito da decisão de Villegaignon.

A Introdução faz uma bela aplicação do texto de 1 Pedro 3.15. A Confissão de Fé em si é composta de 17 parágrafos de diferentes tamanhos que tratam de cinco ou seis questões principais:

1. Parágrafos 1-4: a doutrina da Trindade, em especial a pessoa de Cristo, com suas naturezas divina e humana.
2. Parágrafos 5-9: a doutrina dos sacramentos; a Ceia é tratada em quatro artigos e o batismo em um.
3. Parágrafo 10: a questão do livre arbítrio.
4. Parágrafos 11-12: a autoridade dos ministros para perdoar pecados e impor as mãos.
5. Parágrafos 13-15: divórcio, casamento dos bispos, voto de castidade.
6. Parágrafos 16-17: a intercessão dos santos e orações pelos mortos.

           
         Analisando o esboço do documento o prof. Dr. Alderí Matos, historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil mostra no seu comentário que não havia nenhum motivo justificável para Villegaignon ir em frente no seu intento de matar os protestantes, ele diz:

Considerando o documento como um todo, percebem-se três características: (a) é uma confissão de fé bíblica: está repleta de referências e argumentos extraídos diretamente das Escrituras; (b) é uma confissão de fé cristã: expressa convicções e conceitos dos primeiros séculos da igreja; (c) é uma confissão de fé reformada: contém pontos importantes do calvinismo, como a centralidade das Escrituras, a natureza simbólica dos sacramentos, a supremacia de Cristo, a importância da fé, o batismo infantil e a eleição, entre outros.[3]

A morte dos protestantes
         Depois que Villegaignon recebeu o documento respondido pelos huguenotes, o vice-almirante, como um juiz togado, declarou todos os artigos como heréticos, então, depois dessa declaração, o vice-almirante mandou buscar os protestantes que se encontravam no continente e lançou-os em uma prisão na Ilha, ficando de fora somente um deles, Pierre Bourdon que estava doente. A decisão de Villegaignon foi de executar os protestantes por estrangulamento e depois jogá-los ao mar, essa decisão foi tomada em virtude do carrasco da colônia não ter experiência em execuções, sendo que essa forma seria a mais fácil de ser executada.

         A execução deu-se em 9 de fevereiro de 1558 e o primeiro a vir para ser executado foi Jean du Bourdel, autor da Confissão de Fé. Ele foi agredido e humilhado por Villegaignon e depois conduzido até a rocha de onde seria jogado. Antes de ser sufocado e jogado ele orou a Deus e cantou louvores. O segundo foi Matthieu Verneil. Ele confrontou o vice-almirante perguntando porque estava sendo executado, já que o motivo de sua execução era a declaração de fé, a mesma que foi feita por Villegaignon, alguns meses antes. Pediu que não fosse morto e que ficasse como escravo. Villegaignon dise que se ele se retratasse ficaria livre, diante da negativa, foi executado. O seguinte foi André Lafon, que disse ia se retratar se eles provassem os seus erros pelas Escrituras, foi poupado e ficou preso na fortaleza. Na verdade ele foi poupado por ser o único alfaiate na ilha e eles precisavam dele, então o persuadiram a dizer que ia retratar-se. Pierre Bourdon foi conduzido pessoalmente por Villegaignon sob a informação de que seria poupado, mas ao chegarem na ilha ele foi estrangulado o jogado ao mar. Jaques Le Balleur escapou e depois de se tornar pregador itinerante, foi preso, enviado à Bahia onde ficou encarcerado por oito anos. Depois do encarceramento Le Balleur foi enciado ao Rio de Janeiro para ser executado por pregar suas “heresias”. No momento da sua execução, o carrasco declarou-se inexperiente para a tarefa, no qual foi auxiliado pelo Padre José de Anchieta. Esse episódio foi a causa da demora no processo de canonização de Anchieta, conhecido como “apóstolo do Brasil”.

         Depois desses acontecimentos, Villegaignon mandou distribuir víveres em abundância aos seus servos e comandados e depois que voltou à França, o traidor da fé, carrasco e sanguinário, escreveu livros contra os protestantes e foi refutado em cada um deles.

         Jean de Léry recebeu a Confissão de Fé da Guanabara das mãos do senhor Du Pont, que havia recebido dos colonos que escaparam da ilha e viajaram durante cinco meses até a França, levando consigo não só a Confissão de Fé, mas todo o processo contra os huguenotes feito por Villegaignon. Jean de Léry entregou os documentos no ano de 1558 a Jean Crespin para que fosse reproduzido no seu livro “História dos Mártires” de 1564. Villegaignon foi apelidado de o “Caim da América”.

         Jean de Léry formou-se em teologia em Genebra e depois de pastorear algumas igrejas, incentivado por amigos escreveu a sua mais famosa obra, “Viagem à terra do Brasil”. Ele escapou da morte no massacre de São Bartolomeu. O seu livro mencionado acima teve uma edição ampliada e foi um dos livros de viagens mais lidos nos séculos XVI a XVIII. A tradução para o português foi feita por Sérgio Milliet, publicada em 1941. 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

HISTÓRIA DE CONVERSÕES DO CATOLICISMO AO PROTESTANTISMO.


Hoje em dia nós não temos o hábito de relatar as conversões de pessoas ilustres da sociedade ao protestantismo, a não ser muitas falsas conversões de celebridades, talvez por causa de nos dias de hoje isso ser um fato raro, o certo é que no passado, no início do protestantismo no Brasil, as conversões eram mais destacadas entre intelectuais, pessoas ilustres e entre sacerdotes católicos.

Em seu livro “O Protestantismo Brasileiro – Estudo de Eclesiologia e História Social”, Émile – G. Leonard (Juerp-ASTE, 1963), fazendo referência principalmente a Kidder e a Themudo Lessa, relata conversões de sacerdotes católicos ocorridas no início da evangelização do Brasil logo depois da segunda metade do século XIX.

A mais famosa conversão dessa época foi a do padre José Manoel da Conceição, que tornou-se pastor presbiteriano e ajudou a consolidar a pregação do Evangelho e das doutrinas da Graça no interior de São Paulo. Hoje o seu nome é destacado entre os presbiterianos e até um Seminário com o seu nome, existe na cidade de São Paulo.

SACERDOTES CONVERTIDOS AO PROTESTANTISMO
O nome que sempre vem a nossa mente quando lembramos de conversões de sacerdotes católicos é o da conversão de Martinho Lutero no séc. XVI, aquele que perpetrou o movimento da Reforma e outros que também foram protagonistas desse movimento da Idade Média. Aliás à época milhares de padres e freiras abandonaram as fileiras do catolicismo e aderiram ao protestantismo.

CONVERSÕES DE SACERDOTES CATÓLICOS AO PROTESTANTISMO NO BRASIL.
            Alguns desses novos conversos ao protestantismo e que saíram do catolicismo, estão os nomes de indivíduos que eram figuras de grande projeção no cenário nacional em seu tempo.

            - Francisco Rodrigues dos Santos Saraiva (1834-1900). Foi padre. Era filologista, especialista na língua hebraica, foi um dos amigos pessoais de D. Pedro II. Escreveu o livro: “O catolicismo romano ou A velha e fatal ilusão da sociedade”. Ele foi também o tradutor de um esplendido trabalho nos Salmos intitulado “A Harpa de Israel”.

            - Antônio Teixeira de Albuquerque (1840-1887). Era padre. Foi o primeiro pastor batista de Maceió-AL, cidade onde já havia sido vigário. Escreveu a obra: “Três razões porque deixei a Igreja Romana”, foi reeditada pela Casa Publicadora Batista em 1945. No livro ele dá as razões de sua saída, que eram: A Transubistanciação, o celibato dos padres e a confissão absolutória.

            - Antônio Lino da Costa (1850-1913). Era padre. Sobrinho do Bispo Dom Sebastião Pinto do Rego. Ele foi pastor presbiteriano depois de convertido ao protestantismo.


            - Hipólito de Oliveira Campos – Foi vigário de Juiz de Fora-MG e era membro de uma família ilustre do Estado. Abandonou o sacerdócio católico após 26 anos de trabalhos e se tornou um pastor da Igreja Metodista. Publicou em 1919 uma Miscelânia Religiosa anti-católica.

            - ex-cônego, Dr. Honório Benedito Ottoni - Foi pastor batista. Foi o tradutor da Apologética de Tertuliano.

            - José Domingos Batista – Ex-cônego – Publicou entre os anos de 1898 e 1900 a sua autobiografia intitulada: “Cinquenta anos em Cativeiro”.

            Podemos citar ainda as conversões ao protestantismo dos padres João Francisco da Cruz e dos padres italianos Constâncio Omegna, Luiggi Fideli e Joseph Piani, os dois últimos eram salesianos, que se converteram em virtude da violência contra os protestantes da região de Recife.

Essas e outras conversões podem ser confirmadas na bibliografia. Existiram também conversões temporãs de indivíduos que abandonaram a batina, e depois de um tempo abandonaram a fé e se tornaram pessoas comuns da sociedade, atuando na área educacional, principalmente.


Bibliografia:

ÉMILE - G. Leonard - O protestantismo Brasileiro - Estudo de Eclesiologia e História Social. Juerp/ASTE. 1963.

TEMUDO LESSA, Vicente. Anais Históricos da 1ª Igreja Presbiteriana de São Paulo. São Paulo, 1938.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

NOTAS DIÁRIAS - CRISTO, O FIM DA LEI PARA JUSTIÇA - Rom. 10: 1-11

O interesse de Paulo pelo seu povo residia no fato de esperarem na justiça da lei, ao passo que Moisés, em quem confiavam, disse claramente que somente os praticantes da lei podiam viver por ela.

Paulo havia mostrado antes que ninguém guardaria a lei e por conseguinte a vida eterna não podia ser alcançada por esse meio. A lei é para ser observada ponto por ponto: transgredir um mandamento é transgredir a todos (Tg. 2:10). A maldição pairava sobre quantos não permanecessem em tudo quanto estava escrito no livro da lei (Gal. 3:10). O judeu, entretanto, sendo zeloso de Deus, procurava estabelecer sua própria justiça pela guarda da lei. Mas a lei apontava para Cristo. 

O alvo e propósito da lei era justamente dar conhecimento do pecado e, como pedagogo, levar até Cristo. Assim, Cristo era o fim da lei (o ponto visado por ela) para justificar o crente. 

Que todos O confessem como Senhor e no coração creiam que ele ressurgiu dos mortos. Assim serão salvos, porquanto a Pessoa (reconhecida como o Senhor) salva, e, o Verbo (palavra) dá a certeza disso.

terça-feira, 3 de julho de 2012

NOTAS DIÁRIAS DA BÍBLIA - O PROPÓSITO DE DEUS NA ELEIÇÃO - ROMANOS 9: 19-33

Deus é Soberano, a Escritura assim o declara, essa é uma doutrina basilar de Gênesis a Apocalipse. Deus reclama para si o direito soberano de usar de misericórdia para com quem quer e não para quem não quer. Quem ousará contestar-lhe esse direito? Quem poderia tomar decisão tão sábia e soberana? O nosso papel é somente aceitar a eleição e reconhecer que Deus é Deus.

Deus usa a sua Soberania, que é um dos seus atributos, desde a eternidade. Deus exerceu a sua soberania quando decretou que o mais velho servisse ao mais novo, no caso de Esaú (o "profano", Heb. 12: 16) e Jacó ( a quem nomeou "Israel" - principe).

Outra vez vemos Deus exercendo a sua soberania quando escolheu a Faraó provocador e de coração endurecido para servir de lição objetiva de Sua ira.

Fez igualmente ao chamar os gentios que crêem para serem Seu povo, os quais antes não eram povo Seu.

Fez também ainda, quando restaurou o remanescente fiel de Israel aos privilégios e bençãos.

Além do mais, Ele tem declarado ser Sua vontade que todos quantos chamados à justiça da fé, encontrem-na. Ninguém fale em fatalismo - "Quem quiser tome de graça da água da vida" (Apoc. 22: 17).

segunda-feira, 2 de julho de 2012

NOTAS DIÁRIAS D BÍBLIA - TRIUNFO EM CRISTO - ROM. 8:28-39

O capítulo 8 de Romanos é um hino grandioso da certeza do triunfo de Cristo, é uma ode triunfal dessa certeza. A segurança eterna do crente é incontestável pelas seguintes razões:

1 - Ele é eleito e predestinado (vv, 29, 33) na graça soberana de Deus. Nada pode mudar a sua situação. Deus soberanamente decidiu salvá-lo. Ele decretou e predestinou a sua salvação, foi chamado, justificado e glorificado;

2 - Foi comprado por grande preço, a própria morte do filho de Deus. Adquirido por um preço tão grande, não será desprezado. Ninguém compraria uma pérola de valor tão alto dando por ela tudo quando tivesse, para depois jogá-la fora;

3 - Ninguém o condena. Deus não o condena, porque já o justificou. Nem Cristo, porque morreu pelo pecador e está à mão direita de Deus e intercede por ele.

4 - Nada pode separá-lo do amor de Deus, como manifesto em Cristo - nada nesta vida, nada depois da morte (v, 38).

sábado, 30 de junho de 2012

NOTAS DIÁRIAS DA BÍBLIA - A VIDA GUIADA PELO ESPÍRITO - Rom. 8: 14-17

O sinal que distingue o verdadeiro crente é ser ele habitado pelo Espírito Santo. Lutero disse: "que deve ser rejeitada toda e qualquer manifestação que contradiga o evangelho, mesmo que essa manifestação faça chover milagres."

A vida controlada e dirigida pelo Espírito, apresenta algumas características. O Espírito Santo faz o seguinte:

1 - Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, nos dando a certeza de que somos aceitos e que ninguém tem o que contestar;

2 - O Espírito Santo nos guia como filhos de Deus, de sorte que não somos deixados à mercê de nossa própria sabedoria e habilidade, mas em tudo somos dirigidos por ele. O Espírito usa para isso a Palavra de Deus, que é a sua espada ou instrumento.

3 - O Espírito Santo é o penhor da nossa herança. Agora nós sofremos e gememos num corpo que ainda não foi redimido, mas fomos salvos pela graça e essa graça nos dá esperança, da qual o Espírito é o ante gozo.

4 - O Espírito nos ajuda em nossas orações, infundindo em nós desejos tais que só os podemos expressar em gemidos. Deus, que sonda o coração, pode compreender e responder esses gemidos.

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