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João
d’Eça
Os deveres que relacionamos abaixo, são
aqueles que são tidos como os principais de um membro para com a sua igreja.
Não são deveres que esgotam o assunto, mas apenas iniciam a lista dos deveres
que cada crente tem e que são assumidos perante as testemunhas no culto onde o
crente faz a sua pública profissão de fé
Dever 1 - Orar pela Igreja
Orar por sua igreja é o primeiro dever
de um membro de igreja. Quando o dever de orar pela sua igreja é fielmente
cumprido, os outros deveres ficam muito mais fácil de serem cumpridos.
Orar pela igreja é orar pelo nosso
próprio bem-estar espiritual, porque todos os membros de uma igreja
compartilham das bençãos de serem membros e orar reforça em cada um as virtudes
da alma.
Nenhum crente que ora, de forma sincera
e fervorosa pela causa do Mestre Jesus, jamais sentirá frieza em seu coração.
Orar demonstra amor pelos irmãos, mostra interesse por tudo que promove o
bem-estar da igreja e revela um crente que está vivendo perto do Senhor, que
diz que responderá as orações do fiel que clama (Mateus 7.7-20).
Nenhuma igreja prosperará em seu
trabalho de evangelização e discipulado, se os seus membros não forem pessoas
dedicadas à oração. Sem oração há desfalecimento, com oração a igreja se torna
um Jardim do Senhor, que exala frescor, beleza e fragrância.
Dever 2 - Frequentar os Cultos
O culto é um dos deveres de cada crente
que não pode ser negligenciado. Negligenciar os cultos da igreja é desprezar a
conversão dos pecadores, é ficar indiferente à edificação dos crentes, é sustar
a promoção da glória de Deus, para o qual, cada crente foi chamado.
É dever de todo crente professo
participar ativamente em todos os cultos da igreja, e, só será desculpável em
caso de obstáculos insuperáveis para a sua participação. O culto é momento de
comunhão com os irmãos e os irmãos são a família espiritual, e faltar aos
cultos é desprezar a própria família espiritual que Deus nos deu.
A participação dos crentes dos cultos da igreja, promove:
1)
A honra do Senhor na participação dos sacramentos em comunhão uns com os
outros;
2)
Alegra e ajuda aos irmãos enfraquecidos em sua fé;
3)
Fortalece os laços de amizade entre os irmãos;
4)
Atrai as pessoas para ouvir a pregação do Evangelho, com o exemplo dado pelo
crente;
5)
Promove o bem-estar espiritual do crente;
6)
Promove a Glória de Deus;
7)
Alegra o coração do pastor e o ajuda na pregação do Evangelho.
A ausência do crente aos cultos, gera:
1)
Desonra o Senhor Jesus Cristo que está no culto para ser adorado;
2)
Entristecerá os outros irmãos e causará dano a sua fé;
3)
Os maus exemplos arrastam. A ausência de um estimulará o outro a ausentar-se
também;
4)
Impede que o crente receba as bençãos, pois ele estará fora do lugar;
5)
Desestimulará o pastor e tem o poder de tornar desleixado nos estudos e
consequentemente não alimentará as ovelhas adequadamente.
Porque as pessoas trazidas por Deus
para a igreja verão a comunhão e o empenho dos crentes pela salvação de sua
alma. Caso contrário ele poderá receber a acolhida em outra igreja. Estar
presente em todos os cultos é importante porque faz com que o crente interrompa
as distrações do mundo.
É dever de cada crente estabelecer o
hábito de estar presente em cada culto. A ausência aos cultos deve ser para o
crente fiel um momento de tristeza. É o que o autor de Hebreus nos diz:
“Consideremo-nos também uns aos outros,
para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos,
como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes
que o Dia se aproxima.”
(Hebreus 1.24-25)
Ultimamente esse dever não tem sido
cumprido pelos membros da igreja. Chegamos onde chegamos como igreja, porque os
irmãos do passado cooperavam financeiramente com desprendimento. Usavam os seus
recursos para promover o Reino de Deus.
Hoje temos templos bonitos,
confortáveis e arejados, porque no passado os irmãos traziam suas ofertas
liberais com amor. Hoje a maioria dos crentes são avarentos, mesquinhos e não
contribuem porque usam os seus recursos exclusivamente para promover o seu
próprio bem-estar e desprezam o avanço do Reino de Deus, assim como os mundanos
fazem.
Há muitos que consideram a contribuição
financeira como algo de somenos importância, como se nada tivessem de
responsabilidade quanto as despesas necessárias para manter o culto no
santuário. Esse tipo de omissão denota desprezo e desconsideração pela obra de
Deus.
Quando consideramos as despesas fixas
da igreja com salários, energia, reparos, manutenção, segurança e outras despesas
que devem ser sanadas, vemos que o necessário para as despesas de uma igreja
não é coisa pequena.
Todos os recursos devem ser providos
para a Casa de Deus (Malaquias 3.8-10). As pessoas de fora repelem um lugar com
aparência negligenciada, mas são atraídas pela evidência de ser bem cuidada.
Nenhum crente deveria ficar satisfeito
por não contribuir para a manutenção do culto de Deus. A decisão de cada membro
da igreja deve ser a do rei Davi:
“... porque não oferecerei ao Senhor,
meu Deus, holocaustos que não me custem nada.”
(II Sm. 24.24)
Conclusão:
Concluímos, portanto, que todo o membro
deve contribuir com sua parte. O princípio a ser observado a respeito da
manutenção vem desde a antiguidade.
Deus não pede mais do que nós podemos
contribuir. Ninguém é chamado a contribuir além das suas possibilidades. Se não
contribui com o que lhe é exigido, é porque é infiel, negligente e despreza a
Deus.
Deus estabeleceu o princípio de contribuição dizimal
para a igreja e para o seu povo. Assim diz o Senhor:
“Cada um oferecerá na proporção em que
possa dar, segundo a benção que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido.”
(Deuteronômio 16.17)