quarta-feira, 10 de abril de 2019

OS BENEFÍCIOS DO CALVINISMO


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João d’Eça


Introdução:

            Na postagem anterior dissemos que iríamos fazer uma nova postagem dando alguns pontos que certificam que o calvinismo é uma benção. Em que pese ouvirmos gente que nunca abriu uma página das Institutas e nem de nenhum escrito de Calvino, denegrindo o ensino do calvinismo, sabemos que são pessoas desprovidas do conhecimento, que enxergam em uma só direção e não tem coragem de estudar a sério a doutrina, por ter medo do que pode lhe acontecer.
            Abaixo listo alguns motivos por que creio que o calvinismo é uma benção para a igreja cristã. Você que é calvinista, não permita que o opositor leve vantagem em denegrir a imagem de nossa doutrina. Estude-a, ame-a, pregue-a, isso só trará benefício para a sua vida e ministério.

            Coloca o homem no seu próprio lugar – O homem não é Deus, é simplesmente homem. Cheio de pecados, de erros éticos e morais. O homem carnal em seu estado natural de Queda, é inimigo de Deus, todas as suas inclinações são contra Deus. O homem é mal, e como diz Paulo em Efésios, “filhos da ira” (Ef. 2.3).  Nesse sentido o homem é escravo do pecado e não tem liberdade para escolher entre o bem e o mal, como escravo do pecado, irá sempre escolher o mal. A não ser que Deus faça a obra de atrair para Si o pecador, este nunca escolherá seguir a Deus. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Cor. 2.14).

            Enfatiza o efeito salvador da morte de CristoA morte de Jesus Cristo na cruz efetivamente produz vida. Jesus Cristo morreu em favor da salvação dos eleitos. Ele pagou a penalidade do pecado (Rm. 5.8). Era preciso um homem perfeito para cumprir com as exigências da penalidade do pecado, mas não havia homem algum sobre a terra que pudesse cumprir essa exigência. Ele deveria também ser divino para poder suportar o peso da culpa do pecado. Jesus Cristo cumpriu em si essas duas exigências. Verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. O pagamento não será feito duas vezes. Jesus já pagou o preço em nosso lugar.

Cristo não morreu por todos os homens sem exceção, mas somente pelo “mundo” dos eleitos. A Palavra de Deus ensina assim. Cristo se deu a si mesmo, mas no sentido de dar Sua vida pelas suas ovelhas (João 10.15). Ele se deu “em resgate de muitos” (Marcos 10.45). Aqueles por quem Cristo morreu são todos salvos. Ele salvou-os por Sua morte no lugar deles. Ele não morreu em vão. Alguns autores da atualidade alegam o universalismo, ou seja, que a morte de Cristo proporcionou a salvação para todos, sem exceção, portanto, estarão no banquete das bodas do Cordeiro, todos os déspotas, facínoras e criminosos assentados, juntamente com as suas vítimas. Esse pensamento anula totalmente o ensino bíblico tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento.

            Enfatiza a Graça de Deus – Como diz a Sagrada Escritura, o pecador “está morto em seus delitos e pecados” (Ef. 2.1). Um morto não exerce vontade, se está morto, só pode levantar-se se alguém o ressuscitar, e só Deus pode ressuscitar um morto, seja física ou espiritualmente. O Espírito Santo, através da pregação do Evangelho, “convence o homem do pecado, da justiça e do juízo” (João 16. 7-11).

Deus enviou o Seu Filho unigênito para levar os nossos pecados em Seu próprio corpo sobre a cruz (Isaías 53.6); no devido tempo envia Seu Espírito Santo para nos vivificar; e dá pleno perdão e nos livra para sempre de todas as nossas culpas e pecados (Ef. 1.7). Esse é o efeito de Sua maravilhosa Graça.

            Garante a Salvação – Salvação não é roupa que se veste e tira conforme a conveniência. Se estamos firmados na rocha que é Cristo, estamos garantidos. “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28). A Escritura diz que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Ora, se os que estão em Cristo podem ainda ser condenado, se a morte e o inferno tem o poder de arrancar aquele que está em Cristo, então o poder dele é fraco, não teria forças para nos sustentar em suas mãos e o poder do pecado seria mais forte que o poder de Deus.

            Garante a pregação do evangelho – Deus tem um povo escolhido. O número dos eleitos nem aumenta e nem diminui, então eu terei entusiasmo na pregação do evangelho, porque sei que somente através da pregação é que os eleitos virão a Cristo. A carta aos Romanos 10.9-15 ensina isso. “Não temas, mas fala, e não te cales… pois tenho muito povo nesta cidade” (Atos 18.10). Nossa tarefa é anunciar o evangelho em todo lugar, e o fato de sabermos que o Senhor chamará os seus eleitos pela pregação, deve nos incentivar a pregar a verdade, dai, os pecadores ao ouvirem a voz do evangelho, buscarão a reconciliação com o Senhor.

Conclusão:

            Essa é somente uma síntese que lhe ajudará a redescobrir a riqueza do calvinismo e a sua validade para a igreja contemporânea. Em nenhuma hipótese o calvinismo perderá a sua relevância. Já está ai nesses 500 anos de caminhada, ajudando a igreja a se proteger contra os males da deturpação da Sagrada Escritura, que de tempos em tempos assola a igreja e enreda muitos ao erro.

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