segunda-feira, 29 de abril de 2019

DEVERES DE CADA MEMBRO PARA COM A SUA IGREJA


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João d’Eça


Introdução:



         Os deveres que relacionamos abaixo, são aqueles que são tidos como os principais de um membro para com a sua igreja. Não são deveres que esgotam o assunto, mas apenas iniciam a lista dos deveres que cada crente tem e que são assumidos perante as testemunhas no culto onde o crente faz a sua pública profissão de fé

Dever 1 - Orar pela Igreja

         Orar por sua igreja é o primeiro dever de um membro de igreja. Quando o dever de orar pela sua igreja é fielmente cumprido, os outros deveres ficam muito mais fácil de serem cumpridos.

         Orar pela igreja é orar pelo nosso próprio bem-estar espiritual, porque todos os membros de uma igreja compartilham das bençãos de serem membros e orar reforça em cada um as virtudes da alma.

         Nenhum crente que ora, de forma sincera e fervorosa pela causa do Mestre Jesus, jamais sentirá frieza em seu coração. Orar demonstra amor pelos irmãos, mostra interesse por tudo que promove o bem-estar da igreja e revela um crente que está vivendo perto do Senhor, que diz que responderá as orações do fiel que clama (Mateus 7.7-20).

         Nenhuma igreja prosperará em seu trabalho de evangelização e discipulado, se os seus membros não forem pessoas dedicadas à oração. Sem oração há desfalecimento, com oração a igreja se torna um Jardim do Senhor, que exala frescor, beleza e fragrância.

Dever 2 - Frequentar os Cultos

         O culto é um dos deveres de cada crente que não pode ser negligenciado. Negligenciar os cultos da igreja é desprezar a conversão dos pecadores, é ficar indiferente à edificação dos crentes, é sustar a promoção da glória de Deus, para o qual, cada crente foi chamado.

         É dever de todo crente professo participar ativamente em todos os cultos da igreja, e, só será desculpável em caso de obstáculos insuperáveis para a sua participação. O culto é momento de comunhão com os irmãos e os irmãos são a família espiritual, e faltar aos cultos é desprezar a própria família espiritual que Deus nos deu.


A participação dos crentes dos cultos da igreja, promove:

1) A honra do Senhor na participação dos sacramentos em comunhão uns com os outros;

2) Alegra e ajuda aos irmãos enfraquecidos em sua fé;

3) Fortalece os laços de amizade entre os irmãos;

4) Atrai as pessoas para ouvir a pregação do Evangelho, com o exemplo dado pelo crente;

5) Promove o bem-estar espiritual do crente;

6) Promove a Glória de Deus;

7) Alegra o coração do pastor e o ajuda na pregação do Evangelho.


A ausência do crente aos cultos, gera:

1) Desonra o Senhor Jesus Cristo que está no culto para ser adorado;

2) Entristecerá os outros irmãos e causará dano a sua fé;

3) Os maus exemplos arrastam. A ausência de um estimulará o outro a ausentar-se também;

4) Impede que o crente receba as bençãos, pois ele estará fora do lugar;

5) Desestimulará o pastor e tem o poder de tornar desleixado nos estudos e consequentemente não alimentará as ovelhas adequadamente.


Por que é importante frequentar os cultos?

         Porque as pessoas trazidas por Deus para a igreja verão a comunhão e o empenho dos crentes pela salvação de sua alma. Caso contrário ele poderá receber a acolhida em outra igreja. Estar presente em todos os cultos é importante porque faz com que o crente interrompa as distrações do mundo.

         É dever de cada crente estabelecer o hábito de estar presente em cada culto. A ausência aos cultos deve ser para o crente fiel um momento de tristeza. É o que o autor de Hebreus nos diz:

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”

(Hebreus 1.24-25)


Dever 3 – Sustentar a Igreja

         Ultimamente esse dever não tem sido cumprido pelos membros da igreja. Chegamos onde chegamos como igreja, porque os irmãos do passado cooperavam financeiramente com desprendimento. Usavam os seus recursos para promover o Reino de Deus.

         Hoje temos templos bonitos, confortáveis e arejados, porque no passado os irmãos traziam suas ofertas liberais com amor. Hoje a maioria dos crentes são avarentos, mesquinhos e não contribuem porque usam os seus recursos exclusivamente para promover o seu próprio bem-estar e desprezam o avanço do Reino de Deus, assim como os mundanos fazem.

         Há muitos que consideram a contribuição financeira como algo de somenos importância, como se nada tivessem de responsabilidade quanto as despesas necessárias para manter o culto no santuário. Esse tipo de omissão denota desprezo e desconsideração pela obra de Deus.

         Quando consideramos as despesas fixas da igreja com salários, energia, reparos, manutenção, segurança e outras despesas que devem ser sanadas, vemos que o necessário para as despesas de uma igreja não é coisa pequena.

         Todos os recursos devem ser providos para a Casa de Deus (Malaquias 3.8-10). As pessoas de fora repelem um lugar com aparência negligenciada, mas são atraídas pela evidência de ser bem cuidada.

         Nenhum crente deveria ficar satisfeito por não contribuir para a manutenção do culto de Deus. A decisão de cada membro da igreja deve ser a do rei Davi:

“... porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que não me custem nada.”

(II Sm. 24.24)


Conclusão:

         Concluímos, portanto, que todo o membro deve contribuir com sua parte. O princípio a ser observado a respeito da manutenção vem desde a antiguidade.

         Deus não pede mais do que nós podemos contribuir. Ninguém é chamado a contribuir além das suas possibilidades. Se não contribui com o que lhe é exigido, é porque é infiel, negligente e despreza a Deus.

Deus estabeleceu o princípio de contribuição dizimal para a igreja e para o seu povo. Assim diz o Senhor:


“Cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a benção que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido.”

(Deuteronômio 16.17)

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