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João d’Eça
Introdução:
Nunca esqueçamos
de que o domingo é o dia de descanso hebdomadário, e que é um dom precioso do
Criador, que de forma benfazeja oferece aos seus eleitos e ao mundo inteiro,
porque o Senhor deseja a sua saúde física, mental e espiritual.
Nós também não
devemos nos cansar de fazer todos os esforços necessários para que a igreja
tenha parte nesse dom da misericórdia divina. Os que podem ter o privilégio de
usufruir do descanso dominical não devem gozar dele egoisticamente. As pessoas
que usufruem do descanso dominical, não podem esquecer daqueles que não podem
usufruir, por questões alheias à sua vontade, porque com uma vida moderna tão
cheia de atividades e agitações, as pessoas precisam de um momento de descanso.
No caso contrário, a falência material se instala, puxando consigo a falência
moral.
A
necessidade do descanso dominical
Constata-se,
que apesar das resistências e oposições que ainda encontramos, onde reina o
egoísmo e a busca desenfreada por diversão, a causa do descanso dominical,
obedecendo ao mandamento do Senhor, ainda é observada na maioria dos países
civilizados, se não como causa religiosa, mas como causa social e filantrópica,
o que já é alguma coisa, mas não é aquilo que desejamos que seja, conforme
ensina a Escritura.
A
igreja deve levantar a sua voz e exigir os seus direitos
Assim
como o boi que não sabe a força que tem, a igreja também não sabe e por não
saber não reivindica os seus direitos. É necessário que a igreja reclame que os
trabalhadores sejam tratados do ponto de vista do seu descanso, como é
necessário para todos os homens.
O
que nossas igrejas devem enfatizar com muita veemência é que as pessoas não
devem ser escravas do trabalho contínuo. Esse é um princípio humanitário e que
traz bênçãos para a sociedade como um todo e não prejudica o país, pelo
contrário, os trabalhadores terão mais saúde e mais disposição,
consequentemente, maior produção.
A
santificação do domingo
O
descanso dominical deve ser completado com a santificação do domingo. Fazer
qualquer atividade laboral, no domingo, dia de descanso, é violar a Lei de
Deus, é o mesmo que rebaixar o mandamento e tirar do dia de descanso o selo
divino. Tanto a nossa vida, quanto as nossas famílias, nossas almas e o culto
devido a Deus, devem ser beneficiados pelo descanso dominical.
Se
os nossos domingos não são os dias em que o Senhor ocupa o lugar principal e em
que cuidamos das nossas almas, se não o consagrarmos a Deus, que nos lembra a
cada domingo, da ressurreição de nosso Salvador Jesus, então os nossos domingos
se tornarão apenas em dias de dissipação e de perdição.
O
domingo do cristão não é um domingo qualquer. A guarda e observância do Dia do
Senhor, pode redundar para nós, para nossas famílias e para a nossa pátria, em
prosperidade e muitas bênçãos. Não precisamos de domingos para exaltar a
preguiça e o ócio, ou para gastá-lo com bebedices, diversões e entretenimentos,
mas precisamos de domingos em que, conjuntamente com as puras e legítimas
distrações concedidas por Deus para o bem dos nossos pobres corpos, devemos
fazer dele o dia por excelência dos nossos progressos morais e espirituais, o
Dia do Senhor.
Conclusão
Analisando
desde o passado vemos que o progresso da nossa sociedade no que se refere à
ética e espiritualidade regrediu a níveis baixíssimos. Tudo de ruim que vemos
hoje, na sociedade e principalmente nas igrejas, dá-se pela não observância do
descanso dominical e da santificação do domingo. Temos violado o mandamento do
Senhor e temos pago um alto preço por essa violação e negligência.
A
quebra do mandamento não se dá somente pro alguém trabalhar no dia do Senhor,
mas também, por negligenciar a observância espiritual. Crentes que vão se
divertir em sítios, chácaras, praia, festas, campos de futebol,
shoppings-centers ou entretenimento, seja qual for, em detrimento do trabalho
religioso ou descanso com a família em casa, em preparação para os serviços
religiosos na igreja, estão violando o mandamento de Deus.
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