sábado, 21 de novembro de 2015

RELIGIÃO NÃO SE DISCUTE...


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Rev. João d'Eça, MD
 
Já passamos 15 anos do século XXI, do terceiro milênio da era cristã e ainda o espírito perverso e diabólico dos jesuítas perdura no meio da sociedade, envolvendo-a nas trevas do obscurantismo e do indiferentismo da incredulidade.
A inquisição jesuítica, tragicamente consumiu a vida de inúmeros cristãos que tentaram invalidar as falsas doutrinas do romanismo querem ainda hoje, em que pese a liberdade de afirmação de crenças e da influência do Evangelho, que baniu a Inquisição, logo depois da queda da Bastilha trazendo os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O aspecto marcante da queda da Bastilha em 14 de julho de 1789 foi o de demonstrar que o movimento em curso para buscar a extinção do regime absolutista contava a partir de agora com a população em geral e não mais de um grupo de deputados que pretendiam modificar o regime através de leis.
Na época, o sistema legislativo francês dividia-se em três grupos, os chamados três Estados: o primeiro compreendia os representantes da nobreza; o segundo representava o clero católico; finalmente, o terceiro, representava a população em geral. Os dois primeiros grupos votavam quase sempre em conjunto deixando o Terceiro Estado isolado e marginalizado, tornando qualquer proposta de mudança da situação pela via política bastante difícil.
Em nossos dias o espírito dos Jesuítas sobrevive através da procura de outros meios, por eles julgados mais apropriados, e entre eles engendrados para ludibriar a população e fazê-las escravas das suas crendices e cada vez mais longe da verdade do Evangelho, estabeleceram a ideia de que “religião não se discute”.
Assim, se as pessoas comprarem essa falsa ideia jesuítica de que “religião não se discute”, a ordem de Jesus no final do evangelho de Mateus fica impraticável: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mt. 28.19). Muitas vezes, baseados nesse provérbio maldito dos jesuítas, as pessoas se negam a ouvir a pregação do evangelho e ainda usam o diabólico refrão: “religião não se discute”.
Esse é o argumento desprovido de inteligência, de lógica e de fé que lançam os partidários da ignorância e do erro, para se absterem do verdadeiro conhecimento da verdade genuína do cristianismo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A IMORTALIDADE DA ALMA



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Rev. João d’Eça, MD

  

Introdução


Muitos que se dizem cristãos, alegam a sua crença em Deus, mas não acreditam na imortalidade da alma, assim, a alma deixaria de existir no momento da morte, essa é a afirmação deles. O homem orgulhoso prefere o aniquilamento do que se submeter ao julgamento divino.

Este mundo não satisfaz o crente que foi alcançado pela graça de Deus, mas o homem natural, esse não está satisfeito com nada, quanto mais alcança, mais quer alcançar, numa busca frenética por preencher o vazio de sua alma. De igual modo, só que de forma positiva, o crente que tem aspirações espirituais, quando alcança o conhecimento de uma verdade, esse se torna apenas o ponto de partida para novas e mais profundas investigações, nesse ponto, é que aspiramos as coisa que não podem ser alcançadas pelo sentidos humanos, mas que uma voz secreta, espiritual, nos diz que existe uma vida sem fim e uma liberdade sem limites.

Nós, os seres humanos, estamos acostumados com o temporal, vemos no nosso dia-a-dia as coisas que nos cercam, elas desaparecem e morrem, Dai a pergunta: Quem nos deu a ideia da eternidade? Isso não será o sonho do nosso espírito fraco e limitado? Não! Porque quando a humanidade é estudada, em todas as épocas, em todas as geografias, revela que a humanidade sempre sonhou com o infinito, sejam os filósofos especuladores gregos, sejam os ignorantes onde quer que eles estejam.


A preservação da história

         Os homens são levados naturalmente a procurar os meios que lhe preservem o nome do esquecimento, ou que o tornem imortal. Para os homens, a ideia de morrer e ser esquecido é trágica. Será por que? Talvez encontremos um caminho no texto de Eclesiastes 3.11, que diz:


Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim.


Depois de depositado na tumba fria, no fundo tenebroso do sepulcro, não se pode ouvir mais nada dos elogios que foram feitos, nem contemplar as estátuas erguidas em homenagem à nossa honra.

A memória que se guardará de nós, será limitada a um curto espaço de tempo, assim foi com os grandes homens da história da humanidade. Alguns poucos são lembrados, mas a grande maioria é esquecida completamente. Os maiores homens da humanidade como Júlio César, Pompeu, Galileu, Napoleão, um dia serão esquecidos, em que pese ainda hoje serem lembrados nos anais da história.


Mesmo sabendo que seremos esquecidos estamos sempre prontos a tudo sofrer, contanto que possamos fazer alguma coisa que faça o nosso nome ser lembrado na posteridade. Assim também é o nosso desejo de tornarmos imortal o nome de nossa família.


Quando nos tornamos pais, a tendência é que esqueçamos de nós mesmos para lembrarmos da nossa prole. Nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos, e para que esse futuro seja glorioso, geralmente sacrificamos o bem-estar dos que vivem em prol dos que haverão de vir. Esquecemos que a história guarda a memória de umas raras famílias, que por circunstâncias extraordinárias se tornaram lembradas no decorrer das eras.

A loucura que acomete a humanidade

         A humanidade ainda não se curou dessa loucura, dessa busca desenfreada pela perpetuação do seu nome. Assim fizeram os que construíram a Torre de Babel, cuja intenção era a de preservar os seus nomes. O texto Sagrado de Gn. 11.4 diz:
 

Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até os céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda terra.

 
É certo que por essa ambição humana podemos afirmar categoricamente que o último homem que estiver vivo sobre a terra, será dominado pelo desejo irresistível de perpetuar o seu nome.

Esse desejo humano atesta uma necessidade de ordem moral a que ninguém se esquiva, pois é tão certo como a morte. Todos os filhos de Adão são atingidos por esse desejo. O ser humano tem a necessidade do infinito, da eternidade, da imortalidade. Isso está gravado na constituição humana, para isso ele foi criado.

Quando o homem se entrega totalmente à conquista das coisas aqui da terra, ele faz isso na tentativa de transportar a imortalidade para essa existência efêmera, passageira, de curta duração. O homem natural, mas que tem uma alma imortal, que seguirá após a morte para uma existência eterna em Deus ou separada dele, supõe que foi criado somente para essa existência e por isso não aceita separar-se das suas conquistas terrenas e nem cogita na possibilidade que seja esquecido, isso é uma prova inconteste da imortalidade.

Os adeptos do materialismo alegam a eternidade da matéria. Descrer no Deus único e pessoal, no Deus que se relaciona com o homem e que é o criador da eternidade, quando age assim, ele faz da matéria o seu “deus”. Faça o homem o que fizer para fugir dessa realidade incontestável da imortalidade, adultere o quanto puder a sua consciência, camufle o máximo possível os sentimentos da sua alma e do seu coração, ele não poderá nunca eliminar da sua existência a necessidade de uma vida sem fim.

Conclusão

A imortalidade é uma realidade gravada na alma humana, é a marca do seu criador na existência humana. Deus, no entanto, jamais fez surgir na alma humana uma necessidade sem lhe proporcionar ao mesmo tempo um meio de satisfazê-la. Deus deu à alma humana a sede devoradora da felicidade imortal. Deus fez brotar das profundezas da eternidade uma fonte, em cujas águas cristalinas e doces, a alma poderá beber até ficar plenamente saciada.

Jesus disse em João 4.14:


Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

SOLENIDADE NO SENADO FEDERAL PELOS 156 ANOS DA IPB E 145 ANOS DA UNIVERSIDADE MACKENZIE.

Nesse dia 16 de Novembro de 2015, o Senado Federal realizou Sessão Solene pela passagem dos 156 anos da IPB e pelos 145 anos da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Com a participação de vários pastores presbíteros e políticos, a Sessão foi realizada por iniciativa do Senador pelo Estado do Mato Grosso, José Medeiros.

Publicaremos abaixo os pronunciamentos dos maranhenses, Senador Roberto Rocha, do Reitor da UPM, Benedito Guimarães Aguiar Neto e do Presidente da IPB, Rev. Roberto Brasileiro da Silva. Vejam as Imagens:


PRONUNCIAMENTO DO SENADOR ROBERTO ROCHA

Senhor presidente, senhores e senhoras senadores e senadoras

Nesta feliz homenagem, duas palavras que tem o mesmo sentido, embora diferentes origens, estão reunidas. A palavra grega “Presbyteros”, que significa ancião, e a palavra latina “Senatus”, que tem o mesmo significado.

Portanto, senadores e presbíteros, na origem, são a mesma coisa. Ambos remetem à sabedoria dos mais velhos, dos experientes, daqueles que aconselham os caminhos para os mais jovens.

A título de curiosidade, lembro que a palavra “senil” tem a mesma raiz que a palavra “Senado”. E o nome científico da chamada vista cansada, que acomete os mais velhos, é “Presbiopia”, da mesma raiz de “Presbítero”.

Vejam então, colegas senadores e ilustres representantes da Igreja e do Instituto Presbiteriano, que nós temos a responsabilidade de preservar o sentido etimológico que nos une, não pela condição de mais velhos, mas a de mais sábios. Ou, dizendo de outra maneira, não como um status, mas como um valor.

E é exatamente sobre valores que eu gostaria de falar, ao evocar os 156 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil e o 145º aniversário do Instituto Presbiteriano Mackenzie, tão oportunamente lembrados pelo senador José Medeiros, a quem presto minhas homenagens.

Pois é disso que se trata. Não se está aqui simplesmente homenageando o grandioso percurso institucional do Mackenzie. Seus 45 mil alunos, suas unidades educacionais, seus prestigiados cursos. O que estamos louvando é a proeza de crescer graças ao adubo dos valores plantados na sua fundação, há mais de um século.

E o primeiro valor é a tradição humanista da concepção calvinista que afirma que a ética não pode ser uma imposição moral autoritária. Nessa perspectiva calvinista, a fé relaciona-se com a disposição ao trabalho disciplinado, com a adesão ao pensamento racional, a capacidade de inovar e correr riscos.

Esse senso ético valoriza aspectos como a honestidade, a confiança, a tolerância, o autodomínio, a honra e a perseverança.

Nesse sentido, a educação do Mackenzie, de raiz confessional, excluía o proselitismo religioso, acreditando firmemente que os valores cristãos são ensinados pelo exemplo, não pela doutrinação. No conceito calvinista de educação, a ética deriva da fé e nesse sentido não é a escola que está a serviço da instituição eclesiástica. É esta que está a serviço da escola.

Uma escola que formasse homens sábios na mente, prudentes nas ações e piedosos no coração.

Está aí a origem do formidável sucesso do Mackenzie. Não pela capacidade gerencial ou empreendedora de seus fundadores, mas pela capacidade de injetar valores em todo o seu ideário.

Não é à toa que muitos desses valores deram ao Mackenzie o prestígio de um pioneirismo singular para os padrões de nossa sociedade excludente e desigual. Por exemplo o valor da Igualdade, que desde sempre mesclou nas salas de aula alunos de diversas origens sociais.

Não havia nas salas de aula preconceito de cor, credo, classe social. Não havia o castigo físico, a temida palmatória, símbolo maior do modelo educacional que perdurou no Brasil por mais de um século.

Outro valor cristão sempre presente, a compaixão, resultou no pioneirismo da instituição das bolsas de estudo para aqueles que não podiam pagar. Ainda hoje quase 20 mil alunos desfrutam de algum tipo de bolsa.

O Mackenzie também foi o primeiro centro de ensino no Brasil que fundou um Centro Acadêmico, para dar representação aos alunos. Também foi das primeiras escolas a contar com biblioteca própria e Ginásio de Esportes. Aliás, a primeira partida de futebol oficial de São Paulo foi Mackenzie x Germânia, clubes que não existem mais.

Em 1929, quando o crack da bolsa quebrou os cafeeiros, o Mackenzie perdoou a inadimplência dos filhos dos fazendeiros. Em 1932, o ginásio virou enfermaria para os feridos da revolução paulistana. Nesse mesmo ano, dez anos antes do Senai, criou uma escola técnica de química Industrial, Mecânica e Eletricidade.

São esses valores, preservados ao longo da história, que ainda hoje mantém o chamado Mackenzie solidário, com frentes de assistência jurídica, acolhimento de crianças em vulnerabilidade, treinamento de professores de outros estados e de povos indígenas.

Portanto, o Mackenzie é o fruto da conjugação da ética do trabalho com os valores cristãos da tolerância, da compaixão, da humildade, da sagrada igualdade entre todos os humanos.

Senhor presidente, vivemos tempos de intolerância, de exclusão, de ambições e vaidades. Ainda estamos atônitos com a escalada de violência alimentada pelo discurso da fé. A grande lição que o Mackenzie nos dá é de que não só é possível conviver com diferentes visões de mundo, mas é possível também afirmar sua própria visão pelo exemplo, sem imposição de verdades, sem proselitismo e com genuína aceitação da diferença.

Muito obrigado!!


PARA OUVIR OS PRONUNCIAMENTOS DO DR. BENEDITO
GUIMÃRÃES AGUIAR E DO REV. ROBERTO BRASILEIRO

CLICK NO LINK ABAIXO
http://www12.senado.gov.br/radio/1/plenario/156-anos-da-igreja-presbiteriana-do-brasil-e-145-anos-da-instituicao-mackenzie




quinta-feira, 12 de novembro de 2015

OS PRIMEIROS CRISTÃOS ERAM COMUNISTAS?


(Atos 2.43-47)

 
Introdução:

         Um fenômeno que tem invadido as igrejas nos últimos trinta anos, é a categoria de crentes progressistas ou crentes adeptos do sistema político conhecido como socialismo-comunismo, uma aberração. Na tentativa de transformar o nosso país em uma sociedade comunista, os partidos de esquerda se implantaram no país depois do período denominado redemocratização, à partir de 1985 e com um discurso pseudo-democrático, criticaram o período do regime militar que o nosso país viveu, satanizaram os militares e tentaram de toda forma implantar o comunismo no Brasil.


         Respondendo a pergunta que intitula essa lição, dizemos que em Jerusalém, nos primeiros séculos do cristianismo, não havia comunismo na acepção da doutrina político-sociológica atual. Para justificar a tese que propomos, apresentaremos o antagonismo existente entre a doutrina cristã e o comunismo.

1 – O comunismo não admite Deus, ao passo que os primeiros cristãos criam, adoravam e serviam a Deus;

2 – O alvo do comunismo é materialista, ao passo que o alvos dos crentes do primeiro século era espiritual;

3 – O comunismo divide a humanidade em duas classes, capitalistas e trabalhadores (proletários). O cristianismo considera a humanidade com uma. A mensagem do cristianismo é para todos, porque todos sofrem do mesmo mal, o pecado, bem como todas as pessoas precisam do mesmo remédio para a sua situação de pecado, a salvação por meio de Jesus Cristo. A ordem a todos os crentes é: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Jesus diz ainda: “Vinde a mim todos os cansados e oprimidos”.  Essa é a mensagem de Jesus Cristo dirigida a toda a humanidade, ricos e pobres, oprimidos e opressores. Deus quer o bem de todas as pessoas.

4 – O comunismo confisca a propriedade privada, ao passo que os cristãos primitivos, voluntariamente usaram as suas propriedades e bens, sem nenhum cunho político ou ideológico, sem nenhuma pressão, para beneficiar os mais necessitados, pelo simples fato de que Cristo Jesus havia transformado a sua vida e ele aguardavam o retorno do Senhor ainda na sua geração, não fazendo sentido, portanto, acumular bens.

         No comunismo o homem é obrigado a abrir mão de sua propriedade pelo poder coercitivo do Estado, que passa a ser o único capitalista e proprietário admissível. O objetivo do comunismo é a extinção da propriedade privada.

5 – O cristianismo ensina que a salvação do homem é um fato espiritual, contrário ao que doutrina o comunismo, que considera a salvação como uma questão material e econômica.

6 – O cristianismo visa a vida espiritual do homem, enquanto que o comunismo só está preocupado com a sua vida material nesse mundo.


Como pudemos ver o comunismo é antagônico ao cristianismo nos seus princípios. Veremos na sequência o que se deu entre os primitivos cristão para que eles doassem as suas propriedades e bens entre os necessitados para que todos tivessem em comum. Na verdade não era uma prática sociológica que possamos classificar de comunismo.


I – OS MOTIVOS DA DIUSTRIBUIÇÃO DE BENS ENTRE OS PRIMITIVOS CRISTÃOS (At. 5.32).


         O que eles faziam não era comunismo. Aquele prática era uma forma transitória para suprir as necessidades dos crentes pobres da igreja de Jerusalém. Já entre os Essênios, seita judaica do tempo de Cristo, havia esse trabalho de solidariedade para com os necessitados, portanto, essa prática não se originou com Jesus Cristo ou com os seus discípulos.

         Os motivos pelos quais os primitivos cristãos praticaram a “comunidade de bens” foram as condições econômicas de muitos membros necessitados na igreja de Jerusalém, que levou os mais abastados a socorrerem-se mutuamente. Esta nova ordem social era o resultado da ação do cristianismo nos corações dos homens. “Não havia necessitados” porque todos tinha se reunido para minorar as necessidades dos outros.

         O amor fraternal em Cristo Jesus era outro motivo da “comunidade de bens”. “O coração e a alma eram um só”. O amor fraternal com base em Jesus Cristo era evidentemente praticado. “Eles tinham tudo em comum”.

         A outra condição que ocasionava essa vida entre os primitivos cristãos era a interpretação sobre o retorno iminente de Jesus Cristo. Os primeiros crentes entendiam que o retorno de Jesus seria breve e que ele viria para implantar o seu reino na terra e eles esperavam esse retorno ainda na sua geração.

         Somente o amor fraternal, e principalmente este, levavam os primitivos cristãos a desfazer-se dos seus bens usando para benefício comum. Não havia necessitados porque cada um era socorrido de acordo com a sua necessidade. O espírito de equidade regulava as relações dos primeiros crentes, mesmo em se tratando de interesses materiais.


II – A DISTRIBUIÇÃO DE BENS ENTRE OS PREIROS CRISTÃOS ERA ESPONTÂNEA E VOLUNTÁRIA (At.4.34-37).

         Vender as suas propriedades e bens e depositar aos pés dos apóstolos, isto é, à disposição da liderança espiritual da igreja, era fruto espontâneo e voluntário do amor. Não havia uma lei estabelecida nem pela igreja, nem pelos próprios apóstolos. Também não havia coação ou imposição a que todos fizessem os seus bens comuns (v, 34,35).

         Nada disso podemos comparar com a doutrina comunista. Era uma expressão voluntária de abnegação e filantropia. A doutrina comunista estabelece obrigatoriedade na extinção da propriedade privada. Barnabé, companheiro de viagem do apóstolo Paulo, na sua primeira viagem missionária, é apresentado como um dos que seguiram voluntariamente o exemplo de outros, depositando o preço de sua herdade mãos pés dos apóstolos.


III – AS DIFERENÇAS OBSERVADAS À PARTIR DESSA PRÁTICA (At. 5.1-10; 6.1-4).

         A pratica da comunidade de bens entre os primeiros cristãos de Jerusalém não deu bons resultados, levantando-se logo alguns problemas. Enquanto alguns vendiam e davam o preço voluntariamente, para agradar ao Senhor e servir aos seus irmãos na fé, apareceu um casal, que se tornou o tipo da ostentação hipócrita de uma piedade que não possuía. O pecado deste casal, Ananias e Safira, estava em mentir ao Espírito Santo, pois que era livre para dar o que quisesse, mas sem mentir.

         Não ficou terminada a dificuldade no exemplo deste casou que sofreu o castigo merecido. Maiores dificuldades vieram mais tarde com as queixas e murmurações, por motivo da distribuição dos recursos da igreja (At. 6.1).

         Esta foi outra dificuldade por causa da prática da comunidade de bens. Depois disto não se ouve falar mais desta prática em mais nenhuma igreja apostólica. Foi, como já nos referimos, uma coisa eventual, passageira, local e não tomou forma de doutrina ou prática social entre os cristãos primitivos.

Aplicação:

         Ser crente e socialista/comunista é uma aberração, não se enquadra em nenhuma possibilidade. Ambas as ideias se excluem.

         O socialismo/comunismo nivela todas as pessoas por baixo, não há liberdade de desenvolvimento, não há propriedade privada, tudo passa a ser propriedade do governo central que torna-se controlador das vidas e assistencialista. Ninguém tem nenhuma possibilidade de ascender socialmente.

         O socialismo/comunista é gerador de pobreza, de miséria. Enquanto todos os demais ficam pobres e necessitados, os dirigentes do partido ficam bilionários e engordando as suas contas bancárias.

O Estado torna-se capitalista, enquanto que a população vira um monte de máquinas para fazer funcionar a engrenagem.

Em que pese o capitalismo não ser um sistema perfeito, mas dá a chance das pessoas ascenderem socialmente, há liberdade de criação, de trabalho e de desenvolvimento. Há verdadeira democracia no capitalismo.

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