sábado, 1 de fevereiro de 2014

SOCIALISMO x LEI DA PALMADA

Benjamin Tisseau, um soldado guilhotinado na cidade de Mans, França em 1911, na véspera de sua execução, enviou quatro cartas ao seu advogado: Uma para os seus pais, duas a pessoas indicadas por ele e a última deveria ser enviada à imprensa.

Num dos principais trechos da carta ele diz:

“Estas linhas tem por objetivo fazer saber como eu, filho de uma família honrada de operários, cai tão baixo na vida, em consequência do ensino que recebi na minha adolescência.

Na escola que eu frequentei me ensinaram que os pais tem autoridade limitada sobre os seus filhos, que de acordo com as leis do país os pais não tem direito de disciplinar os seus filhos e que roubar os pais não seria furto e a lei não puniria o filho que assim fizer.

Sendo eu um ser humano e naturalmente inclinado para o mal aquelas ideias e as outras que ouvi sobre a igualdade dos homens e de que não deve haver ricos, mas que todos devem ser iguais, me excitavam sobremaneira.

Chegou o momento de eu cometer o meu primeiro delito, e depois disso fui recolhido a uma casa de correção. O diretor da casa era tão áspero e rude e tratava os jovens com desumanidade e desprezo, que quando sai dali estava pior do que quando entrei.


Quando sai daquela casa, fiquei abandonado à minha própria sorte, sem noção verdadeira da vida que é vivida de forma boa e justa. Andei sempre por caminhos tortuosos, convicto de que o que aprendi sobre socialismo era o certo, e ai, sucumbi.”

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