sábado, 30 de setembro de 2006

TRÊS PASSOS PARA A FELICIDADE

Por Pr. João d'Eça Damos aqui três princípios orientadores para os que estão na encruzilhada da vida, que precisam de afirmação, que estão em busca da felicidade e da paz de espírito. Hoje em dia carecemos tanto de paz de espírito em meio a este mundo atribulado e violento, que só o fato de pensarmos na paz, a paz nos invade. Siga estes princípios e eles ajudarão muito a sua jornada pela vida. 1 – SEJA VOCÊ MESMO. Você não está aqui por acaso. Tudo o que Deus criou tem uma personalidade própria. Nada é precisamente igual a outra coisa do mesmo reino ou da mesma espécie, nem irmãos gêmeos são iguais por completo. Ninguém é, foi ou será igual a mim ou a você. Nossas impressões digitais nos identificam em qualquer lugar do mundo,porque nenhuma é igual à outra, assim como a nossa íris é igual à de qualquer outro ser humano do mundo. Nós somos únicos em nosso modo de ser e de pensar, descobrir isso é de extrema importância para qualquer um de nós, pois isso nos dá a certeza de que a nossa contribuição para o universo é especial. Robert Louis Stevenson disse certa vez: “Ser aquilo que somos e vir a ser um dia o que somos capazes de ser, eis o verdadeiro objetivo da vida.” Jesus Cristo, o mestre por excelência já havia dito algo semelhante: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” Isto nos faz entender que cada um de nós tem uma razão especial para estar aqui. Se você entender bem isso, vai se livrar de pensamentos defeituosos, de coisas que não edificam, se livrará de mágoas e do sentimento de inferioridade. Esbarramos sempre em pessoas que possuem qualidades melhores que as nossas, mas se nós entendermos que Deus nos fez como nós somos, com qualidades que só nós possuímos, entenderemos que Ele tem um propósito especial para a nossa vida e que outros possuem também qualidades diferentes que completam uns aos outros. Devemos nos convencer e criar em nossa mente uma nítida imagem da pessoa que Deus queria que fossemos, quando nos criou. Vá para frente do espelho e experimente perguntar a si próprio, mirando a sua imagem, porque eu nasci? Qual é o propósito de eu estar aqui? Se você imaginar o melhor pra sua vida, o melhor virá, pois os bons pensamentos nos estimulam a buscar o melhor, a escolher o melhor caminho, a lembrar e praticar a Vontade de Deus, que é boa e agradável. 2 – DECIDA-SE As pessoas bem sucedidas no mundo dos negócios decidem. Quando tem algo a decidir elas decidem o que é preciso, não titubeiam, não duvidam, mas decidem. A decisão não nos isenta de errar, más é melhor errar, tentando acertar, do que nunca tentar por medo de errar. Quando vacilamos em tomar uma decisão, perdemos outras oportunidades que aparecem. Uma das maiores causas do fracasso, da angústia e da infelicidade é a incapacidade de se tomar decisões. Quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve. Nossas decisões nem sempre serão as melhores, nós não somos infalíveis, mas para sermos triunfantes, é preciso que tomemos decisões, que corramos riscos, que sigamos em frente, sempre. Decisão é decisão. A dúvida destrói o sucesso e as possibilidades de triunfo. Tudo na vida precisa por parte do indivíduo que ele decida. Os casamentos fracassam porque os cônjuges casam-se mas ainda tem dúvidas se é mesmo aquilo que querem. As pessoas agem contrárias à justiça e à honestidade, porque ainda não se decidiram se querem ou não ser justos e honestos, assim a tentação de ser injusto ou desonesto, não irá trazer nenhum problema, porque isso já foi solucionado pela decisão. 3 – APRENDA A TER FÉ. Na bíblia lemos vários trechos que exaltam a fé de homens e mulheres, que foram vitoriosos por meio de uma fé simples e objetiva. O episódio da mulher com fluxo hemorrágico já há vários anos, nos mostra que a fé pode efetuar milagres grandiosos para os que crêem. Ela decidiu-se por apenas tocar nas vestes de Jesus, pois acreditava que com esse toque estaria curada, assim, pois aconteceu. Jesus surpreendentemente, apertado por todos os lados sentiu que dEle havia saído poder, pois dizia Ele: “Alguém me tocou”. Foi um toque diferente. Enquanto a multidão o comprimia, ele sentiu aquele toque de fé, e foi aquele toque de fé que curou a mulher. Tudo é possível ao que crer. William James disse: “Com bastante freqüência nossa fé antecipada num resultado incerto é a única coisa que o torna possível”. Quem deseja triunfar tem que primeiro aprender a crer. Eliminemos a palavra “impossível” do nosso vocabulário. Diga que você crer, mesmo que não consiga ver. “A fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” (Hebreus 11:1). No centro da fé cristã está Deus, Todo Poderoso, autor e consumador de nossa fé. Com a ajuda de Deus, você se tornará um vencedor. Com Deus agindo em sua vida. Seu viver fará toda a diferença.

"A QUESTÃO NÃO É SUCESSO, MAS FIDELIDADE"

Por Pr. João d'Eça Tenho encontrado muita gente em meu caminho que tende a medir as coisas por meio de números, outros se preocupam só com estatísticas, para eles, números e estatísticas é que determinam o sucesso ou o fracasso de alguém. Já conversei com várias pessoas do meu circulo de amizades e parentes, que dizem que Jesus Cristo foi um fracassado, porque morreu. Ora mas se Ele veio cumprir Sua missão de morrer pelos seus eleitos, onde está o fracasso? Muitos pastores medem o sucesso do seu ministério pelo tamanho das suas congregações, mesmo tendo que sustentar a mebresia "passando a mão na cabeça" de pessoas pecadoras contumazes, sem disciplina, sem órdem, só para não perder o membro e o que elepode gerar em termos de Receita, ou seja, preferem conviver com o erro e o pecado, mantendo um número de membros grande, mas sem vida, do que ter que fazer o certo, cortar o mal e trabalhar pela pureza e pela santidade. Eles tem medo de recomeçar. Em 1940, Clarence Jordan fundou a Fazenda Koinonia, no estado da Geórgia, como um oásis de unidade e cooperação racial em uma região conhecida por seu violento racismo. Em 1954, os encapuzados da Ku Klux Klan – o famoso grupo perseguidor da minoria negra nos Estados Unidos – queimaram todos os prédios da fazenda, deixando apenas a casa de Jordan. No meio do ataque, Jordan reconheceu a voz de um repórter do jornal local. No dia seguinte, enquanto os prédios ainda fumegavam, o mesmo repórter apareceu para fazer uma matéria. Ele achou Jordan no campo plantando sementes e indagou: “Fiquei sabendo das coisas terríveis que aconteceram na noite passada e vim aqui para escrever um artigo sobre o fechamento de sua fazenda”. Jordan apenas continuou arando e plantando as sementes. O repórter continuou com suas espetadas, sem conseguir resposta alguma de Jordan. Finalmente, o repórter disse: “Você tem dois doutorados, investiu 14 anos de trabalho nesta fazenda e agora não sobrou nada. Que tipo de sucesso você acha que alcançou?” Com esta afirmação, Jordan parou de arar e disse: “Vocês não conseguem entender, não é mesmo? Vocês não entendem a nós, cristãos. Para nós a questão não é sucesso, mas fidelidade”.

A TENTAÇÃO DO DESVIO.

Por Pr. João d'Eça Há um poeta americano chamado William Stafford (gravura ao lado), que disse certa vez: "os desvios e distrações da vida nos definem melhor que as estradas retas que nos levam ao objetivo" Essa imagem não me agrada, pois em termos de caráter, de personalidade e de ética, fala daqueles que se encantam facilmente com a facilidade de uma proposta a-moral. Amanhã, domingo dia 1º de Outubro, os milhões de brasileiros de todas as regiões do país, estarão escolhendo, além de deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o Presidente da República. Muitos destes que ainda agora são candidatos, amanhã, a partir das 19 horas, já saberemos os possíveis eleitos. Há os que fazem prognósticos, que definem logo de antemão os eleitos, que publicam antecipadamente a lista dos vitoriosos (se vivêssemos em um país onde se aplicam as leis, isso nunca aconteceria). Serão eleitos políticos experientes e marinheiros de primeira viagem. Os experientes já conhecem "o caminho das pedras", mas os novatos, logo aprenderão e se sentirão tentados a desviar a sua conduta para auferir benefícios particulares. Serão convidados a participar de esquemas e serão incentivados a usar a prerrogativa da famigerada "imunidade parlamentar" para escapar da Lei e da Justiça. A tentação do desvio é muito forte, e como disse o poeta "nos definem melhor que as estradas retas que nos levam ao objetivo". Será que o que dizem que cada homem tem o seu preço é verdade? Será que a tentação do lucro fácil desvia qualquer um do seu rumo original? Será que as boas propostas que ouvimos são só discursos? A resposta para estas perguntas, só teremos ao longo do processo, mas, desde já, quero dizer que não vale a pena o desvio, não vale a pena trocar uma consciência limpa, tranquila pelo desassossego de um travesseiro insone. Não desvie-se do caminho do bem.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

NESSE DIA 28 DE SETEMBRO - DIA DA MORTE PARA OS DEFENSORES DO ABORTO.

Por Pr. João d'Eça Recebí o E-mail abaixo e resolvi postá-lo porque valorizo a vida e combato os que são à favor da morte, principalmente de criancinhas inocentes e indefesas. Declaro ainda que sou solidário à Arquidiocese do Rio de Janeiro, por esta razão estou publicando o E-Mail que recebi. Aos que também valorizam a vida podem usar os links abaixo para se manifestar. Rio de Janeiro: Jandira proíbe a Igreja e os católicos de falar Candidata move processo contra a Arquidiocese (PROC 29 Nº 734, PROTOCOLO 692602006) Rio de Janeiro, Urgente: A candidata ao senado Jandira Feghali (coligação PT, PSB e PCdoB) atacou a Igreja e os católicos levando fiscais à invadirem sua sede no Rio de Janeiro e a juíza calar o Cardeal Arcebispo e seus Vigários. Jandira conseguiu que oficiais de justiça fizessem uma Busca e Apreensão (Mandado nº 761/06) nos dez andares da sede da Igreja no Rio. Os fiscais buscavam panfletos, mas a busca foi em vão, não encontraram nada. O motivo da invasão é tentar proibir a Igreja de denunciar que a candidata luta pela liberação total do aborto no Brasil há mais de oito anos (projeto de lei 1135/91). Não satisfeita, Jandira fez uma nova petição, que provocou os mandatos 795 e 796. Oficiais de justiça notificaram o Cardeal para calar seus Vigários Paroquiais "sob pena de caracterizar-se desobediência à presente ordem judicial". Como é possível promover tamanho desrespeito? Além de discordar da Igreja, Jandira passa a atacá-La e tenta censurá-La. Assim, Jandira declara guerra à Religião. Precisamos dizer NÃO a este absurdo! Jandira tenta censurar e amordaçar os católicos! Atenciosamente, Sérgio Luiz Ferreira Passos, estudante / Centro de Filosofia e Ciências Humanas / Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) E-mail: emdefesadaigreja @ yahoo.com.br Para deixar comentário no Blog Em Defesa da Igreja, clique em: http://defesadaigreja.blogspot.com/ Para ligar ao Comitê Jandira Feghali Senadora: Tel (21) 2232-1347

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

CONTRA O ASSASSINATO CHAMADO ABORTO, A FAVOR DA VIDA.

Por Pr. João d'Eça No próximo dia 28 de Setembro será comemorado na América Latina e Caribe, o famigerado dia de Luta Pró-Aborto. Se é que se pode chamar isso de comemoração. Para mim na verdade, é um ato público em favor da morte, da matança indicriminada de seres humanos, de genocídio, de crime contra a humanidade, coisa de gente sem princípios, de gente mal-amada, de gente que se assemelha hienas, que comem os restos mortais de outros animais e ainda dão gargalhadas. Sejamos Justos, o aborto é um dos crimes mais hediondos que existem. Matar um pessoa indefesa, que não pediu pra nascer, que foi gerado por irresponsabilidade de pessoas que sabendo como se preservar, não o fizeram, só por vaidade, não podemos aceitar. Como cristãos, como cidadãos e como seres humanos, temos que combater essa atitude de "bestas humanas", que praticam o aborto e ainda incentivam outros a praticarem. Temos que ir de encontroa eles e combater políticos, partidos ou qualquer entidade que levante a bandeira do Assassinato legalizado chamado ABORTO. Ninguém tem o direito de matar quem quer que seja, principalmente um ser que está sendo gerado e que não pode se defender. O desamor e a maldade de uma mãe ou de um pai que opta por abortar o filho indejado, assemelha-se à maldade dos assassinos em série, dos maníacos e psicopatas. Aborto é o crime mais cruel que o ser hamano pode cometer. Levanta-se a voz contra a matança de baleias, contra a destruição de árvores, contra o assoreamento dos rios, mas nada se diz contra a morte de seres humanos indefesos? E ainda chamam essa gente de humanos? Isso não é coisa de humanos, é coisa de "bestas". O partido do atual governo e outros partidos da base aliada estão prontos para aprovar o projeto de lei 1135/91, de autoria dos deputados Eduardo Jorge e Sandra Starling, cuja relatora é a deputada Jandira Feghali do PC do B/RJ, que estabelece que a mulher tem o direito de abortar em qualquer tempo, até mesmo dentro do nove meses. Ainda por cima, eles tentam iludir o povo brasileiro, dizendo que não é bem assim, mas que ao proporem no artigo 9º a extinção dos artigos 124, 126, 127 e 128 do Decreto-Lei 2848 de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), que são os principais artigos que consideram CRIME o aborto provocado só por vaidade, estão com isso tentando legalizar o assassinato de pessoas inocentes. Os que defendem o ABORTO em qualquer tempo, dizem que a mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo. Isto não é verdade. Se a mulher quiser matar-se (suicídio), ela comete um crime e vai responder por ele. Além do mais, segundo estudos científicos, a criança que está sendo gerada na barriga da mãe, não é parte do seu corpo. O envolvimento pela placenta e o liquido onde a criança está sendo gerada, estão lá, para que o organismo da mãe não expulse a criança, entendendo como um corpo estranho, portanto, ninguém tem o direito de MATAR o ente que ali está sendo gerado, isto é assassinato em terceiro grau. Entendemos que existem casos em que se faz necessário uma intervenção cirúrgica para retirada do feto quando a gravidez põe em risco a vida da mãe, ou quando não há nenhuma possibilidade de sobrevida do feto, por defeito congênito ou por donça degenerativa, mas esses casos são excepcionais, são a excessão e não a regra. É preciso lutar para que a vida seja preservada de qualquer jeito. É preciso botar na cadeia todos os que defendem o aborto por vaidade, os que elaboram leis que legalizam esse crime bárbaro e os profissionais que praticam por dinheiro. É preciso valorizar a vida e punir os que defendem a morte de inocentes indefesos.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

O DISCURSO DO PAPA BENEDICTO XVI, NA ÍNTEGRA.

No último dia 12 de setembro de 2006, durante sua visita à Alemanha, o Papa Bento XVI fez um discurso numa universidade em que fazia uma análise sobre questões de religião e fé, propondo a paz entre as diferentes religiões, mas fazendo uma ligação entre o islamismo e a violência, dizendo que “o deus do Islã transcende a razão". O Trecho que causou polêmica: "Ele (o imperador) se dirige a seu interlocutor, de maneira flagrantemente brusca, com a questão central sobre a relação entre religião e violência, dizendo: 'Mostre o que Maomé trouxe de novo, e achará somente coisas más e desumanas, como sua ordem para espalhar pelo medo da espada a fé que pregava'", dizia o texto, em que analisava a fé e citava um livro sobre o imperador Manoel II e um persa do século 14. Agora leia na íntegra todo o discurso do papa Bento, fornecido pela Santa Sé. Discurso do Papa Bento XVI em Regensburg, Alemanha- na íntegra.

Ilustres Senhores, gentis Senhoras!

É emocionante para mim estar novamente na cátedra da universidade e poder dar uma vez mais uma aula. Meu pensamento volta àqueles anos em que, depois de um maravilhoso período no Instituto Superior de Freising, iniciei minha atividade de professor acadêmico na Universidade de Bonn. 1959 era ainda o tempo da velha universidade dos professores ordinários. Para as cátedras individuais não existiam nem assistentes nem datilógrafos, mas em compensação havia um contato muito direto com os estudantes e principalmente também entre os professores. Davam-se encontros antes e depois das lições nos quartos dos docentes.

Os contatos com os historiadores, os filósofos, os filólogos e naturalmente também entre as duas faculdades teológicas eram muito estreitos. Uma vez por semestre havia um assim chamado dies academicus , em que os professores de todas as faculdades se apresentavam diante dos estudantes de toda a universidade, fazendo possível uma verdadeira experiência de universitas : o fato de que nós, não obstante todas as especializações, que às vezes nos fazem incapazes de nos comunicar entre nós, formamos um todo e trabalhamos no todo da única razão com suas várias dimensões, estando assim juntos também na comum responsabilidade pelo reto uso da razão; convertia-o em experiência viva. A universidade, sem dúvida, estava orgulhosa também de suas duas faculdades teológicas. Era claro que também elas, interrogando-se sobre a racionalidade da fé, desenvolvem um trabalho que necessariamente faz parte do "todo" da universitas scientiarum , inclusive se não todos podiam compartilhar a fé, por cuja correlação com a razão comum se esforçam os teólogos.

Esta coesão interior no cosmos da razão tampouco foi perturbada quando se soube que um dos colegas havia dito que em nossa universidade havia uma estranheza: duas faculdades que se ocupavam de uma coisa que não existia: Deus. Que também frente a um ceticismo assim radical permanece necessário e razoável interrogar-se sobre Deus por meio da razão e aquilo deva ser feito no contexto da tradição da fé cristã; no conjunto da universidade era uma convicção indiscutível.Tudo isto veio à minha mente quando recentemente li a parte editada pelo professor Theodore Khoury (Münster) do diálogo que o douto Imperador bizantino Manuel II Paleólogo, talvez durante o tempo de inverno do 1391 em Ankara, teve com um persa culto sobre o Cristianismo e o Islã, e a verdade de ambos. Foi provavelmente o Imperador mesmo quem anotou, durante o assédio de Constantinopla entre 1394 e 1402, este diálogo.

Explica-se isto porque seus raciocínios são reportados muito mais detalhadamente que as respostas do erudito persa. O diálogo trata o âmbito das estruturas da fé contidas na Bíblia e no Corão e se detém sobretudo na imagem de Deus e do homem, mas necessariamente também na relação entre as "três Leis": Antigo Testamento –Novo Testamento- Corão.

Queria tocar nesta lição só um argumento –mais que nada marginal na estrutura do diálogo– que, no contexto do tema "fé e razão" me fascinou e que servirá como ponto de partida para minhas reflexões sobre este tema.Na sétima conversa editada pelo professor Khoury, o imperador toca o tema da jihad (guerra santa). Certamente o imperador sabia que na sura 2, 256 se lê: "Nenhuma constrição nas coisas da fé". É uma das suras do período inicial em que Maomé mesmo ainda não tinha poder e estava ameaçado. Mas, naturalmente, o Imperador conhecia também as disposições, desenvolvidas sucessivamente e fixadas no Corão, aproxima a guerra santa. Sem deter-se nos particulares, como a diferença de tratamento entre aqueles que possuem o "Livro" e os "incrédulos", ele, de modo surpreendentemente brusco, dirige-se a seu interlocutor simplesmente com a pergunta central sobre a relação entre religião e violência, em geral, dizendo: "mostre-me também aquilo que Maomé trouxe de novo, e encontrará somente coisas malvadas e desumanas, como sua diretiva de difundir por meio da espada a fé que ele pregava".

O Imperador explica assim minuciosamente as razões pelas quais a difusão da fé mediante a violência é uma coisa irracional. A violência está em contraste com a natureza de Deus e a natureza da alma. "Deus não goza do sangue; não atuar segundo a razão é contrário à natureza de Deus. A fé é fruto da alma, não do corpo. Quem portanto quer conduzir o outro à fé necessita da capacidade de falar bem e de raciocinar corretamente, não da violência nem da ameaça… Para convencer uma alma racional não é necessário dispor nem do próprio braço, nem de instrumentos para agredir nem de nenhum outro meio com o que se possa ameaçar uma pessoa de morte…".A afirmação decisiva nesta argumentação contra a conversão mediante a violência é: não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus. O editor, Theodore Khoury, comenta que para o imperador, como bizantino crescido na filosofia grega, esta afirmação é evidente. Para a doutrina muçulmana, ao contrário, Deus é absolutamente transcendente.

Sua vontade não está ligada a nenhuma de nossas categorias, inclusive àquela da racionalidade. Neste contexto Khoury cita uma obra do conhecido islamista francês R. Arnaldez, que a destaca a Ibh Hazn que vai até o ponto de declarar que Deus não estaria ligado nem sequer por sua mesma palavra e que nada o obrigaria a nos revelar a verdade. Se fosse sua vontade, o homem deveria praticar também a idolatria.Aqui se abre, na compreensão de Deus e portanto na realização concreta da religião, um dilema que hoje nos desafia de um modo muito direto. A convicção de atuar contra a razão está em contradição com a natureza de Deus, é somente um pensamento grego ou vale sempre por si mesmo? Penso que neste ponto se manifesta a profunda concordância entre aquilo que é grego no melhor sentido e aquilo que é fé em Deus sobre o fundamento da Bíblia. Modificando o primeiro verso do Livro do Gênesis, João iniciou o prólogo de seu Evangelho com as palavras: "Ao princípio era o logos". É justamente esta palavra a que usa o imperador: Deus atua com logos .

Logos significa conjunto de razão e palavra, uma razão que é criadora e capaz de comunicar-se, mas, como razão. João com aquilo nos doou a palavra conclusiva sobre o conceito bíblico de Deus, a palavra em que todas as vias freqüentemente fatigantes e tortuosas da fé bíblica alcançam sua meta, encontrando sua síntese. No princípio era o logos , e o logos é Deus, diz-nos o evangelista. O encontro entre a mensagem bíblica e o pensamento grego não era uma simples casualidade. A visão de São Paulo, diante do qual se fechou os caminhos da Ásia e que, em sonhos, viu um macedônio e escutou sua súplica: "Vem à Macedônia e nos ajude!", esta visão pode ser interpretada como uma "condensação" da necessidade intrínseca de uma aproximação entre a fé bíblica e o interrogar-se grego.

Na verdade, esta aproximação já se iniciou desde há muito tempo. Já o nome misterioso de Deus da sarça ardente, que separa Deus do conjunto das divindades com múltiplos nomes afirmando somente seu ser, é, confrontando-se com o mito, uma resposta com a que está em íntima analogia a tentativa de Sócrates de vencer e superar o mito mesmo. O processo iniciado para a sarça alcança, ao interior do Antigo Testamento, uma nova maturidade durante o exílio, onde o Deus de Israel, agora privado da Terra e do culto, anuncia-se como o Deus do céu e da terra, apresentando-se com uma simples fórmula que prolonga as palavras da sarça: "Eu sou".

Com este novo conhecimento de Deus vai ao mesmo paso uma espécie de iluminismo, que se expressa de modo drástico na mofa das divindades que são somente obra das mãos do homem. Assim, não obstante toda a dureza do desacordo com os soberanos helenísticos, que queriam obter com a força a adequação ao estilo de vida grego e a seu culto idolátrico, a fé bíblica, durante a época helenística, ia interiormente ao encontro da melhor parte do pensamento grego, até um contato recíproco que depois se realizou especialmente na tardia literatura sapiencial. Hoje nós sabemos que a tradução grega do Antigo Testamento, realizada na Alexandria –a Bíblia dos "Setenta" –, é mais que uma simples (por avaliar de modo talvez pouco positivo) tradução do texto hebraico: é de fato um testemunho textual a si devido, e um específico e importante passo da história da Revelação, no qual se realizou este encontro de um modo que para o nascimento do cristianismo e sua divulgação teve um significado decisivo. No fundo, trata-se do encontro entre fé e razão, entre autêntico iluminismo e religião.

Partindo verdadeiramente da íntima natureza da fé cristã e, ao mesmo tempo, da natureza do pensamento helenístico fundido já com a fé, Manuel II podia dizer: Não atuar "com o logos " é contrário à natureza de Deus.Honestamente é necessário anotar, que na tardia Idade Média, desenvolveram-se na teologia tendências que rompem esta síntese entre espírito grego e espírito cristão. Em contraste com o assim chamado intelectualismo agostiniano e tomista que iniciou com o Duns Scoto uma impostação voluntarística, a qual ao final levou a afirmação que nós conheceremos de Deus somente a voluntas ordinata . Além desta existiria a liberdade de Deus, em virtude da qual Ele teria podido criar e fazer também o contrário de tudo aquilo que efetivamente tem feito. Aqui se perfilam posições que, sem lugar a dúvidas, podem aproximar-se daquelas do Ibn Hazn e poderiam levar até a imagem de um Deus- Árbitro, que não está ligado nem sequer à verdade e ao bem. A trascendência e a diversidade de Deus são acentuadas de modo tão exagerado, que também nossa razão, nosso sentido do verdadeiro e do bem não são mais um verdadeiro espelho de Deus, cujas possibilidades abismais permanecem para nós eternamente inalcançáveis e escondidas atrás de suas decisões efetivas.

Em contraste com isso, a fé da Igreja ateve-se sempre à convicção de que entre Deus e nós, entre seu eterno Espírito criador e nossa razão criada, existe uma verdadeira analogia, em que certamente as dessemelhanças são imensamente maiores que as semelhanças, mas não ao ponto de abolir a analogia e sua linguagem. Deus não se faz mais divino pelo fato de que o empurremos longe de nós em um voluntarismo puro e impenetrável, mas sim o Deus verdadeiramente divino é aquele Deus que se mostrou como o logotipos e como logotipos atuou e atua cheio de amor a nosso favor. Certo, o amor "sobrepassa" o conhecimento e é por isso capaz de perceber mais que o simples pensamento, entretanto permanece como o amor de Deus – logos , pelo qual o culto cristão é um culto que concorda com o Verbo eterno e com nossa razão.

A aqui mencionada recíproca aproximação interior, que se teve entre a fé bíblica e o interrogar-se sobre o plano filosófico do pensamento grego, é um dado de importância decisiva não só do ponto de vista da história das religiões, mas também desde aquilo da história universal –um dado que nos obriga também hoje. Considerado este encontro, não é surpreendente que o cristianismo, não obstante sua origem e importante desenvolvimento no Oriente, tenha encontrado seu rastro historicamente decisivo na Europa. Podemos expressá-lo também inversamente: este encontro, ao qual se adiciona ainda sucessivamente o patrimônio de Roma, criou a Europa e permanece como fundamento daquilo que, com razão, pode-se chamar a Europa.À tese de que o patrimônio grego, criticamente purificado, seja uma parte integrante da fé cristã, opõe-se o pedido da deselenização do cristianismo, um pedido que desde o início da idade moderna domina de modo crescente a busca teológica. Visto mais de perto, podem-se observar três ondas no programa da deselenização: embora relacionadas entre si, em suas motivações e em seus objetivos são claramente distintas uma da outra.A deselenização emerge primeiro em conexão com postulados fundamentais da Reforma do século XVI.

Considerando a tradição das escolas teológicas, os reformadores se viam diante de uma sistematização da fé condicionada totalmente pela filosofia, diante, quer dizer, de uma determinação da fé do externo com força em um modo de pensar que não derivava desta. Assim, a fé não aparecia mais como vivente palavra histórica, mas sim como elemento inserido na estrutura de um sistema filosófico. A sola Scriptura ao contrário, busca a pura forma primitiva da fé, como esta mesma está presente originariamente na Palavra bíblica. A metafísica aparece como um pressuposto derivado de outra fonte, da que ocorre libertar a fé para fazê-la retornar a ser totalmente ela mesma. Kant atuou baseado neste programa com uma radicalidade imprevisível para os reformadores. Com isso ele ancorou a fé exclusivamente à razão prática, negando-lhe o acesso ao todo da realidade.A teologia liberal dos séculos XIX e XX acompanha a segunda etapa do processo de deselenização, com Adolf von Harnack, como seu máximo representante.

Quando era estudante e em meus primeiros anos como docente, este programa influenciava altamente a teologia católica também. Tomou como ponto de partida a distinção que Pascal faz entre o Deus dos filósofos e o Deus de Abraão, Isaac e Jacob. Em meu discurso inaugural em Bonn em 1959 tratei de me referir a este assunto. Não repetirei aqui o que disse naquela ocasião, mas eu gostaria de descrever, ao menos brevemente, o que era novo neste processo de deselenização. A idéia central de Harnack era voltar simplesmente ao homem Jesus e a sua mensagem simples, sem as adições da teologia e inclusive com a helenização: Esta simples mensagem foi vista como a culminação do desenvolvimento religioso da humanidade. Dizia-se que Jesus pôs fim ao culto em favor da moralidade. Ao final era apresentado como o pai da mensagem moral humanitária. A meta fundamental era fazer que o Cristianismo estivesse em harmonia com a razão moderna, quer dizer, liberando-o dos elementos aparentemente filosóficos e teológicos, como a fé na divindade de Cristo e em Deus Uno e Trino.

Neste sentido, a exegese histórica-crítica do Novo Testamento restaurou o lugar da teologia na universidade: Para Harnack, a teologia é algo essencialmente histórico e portanto estritamente científico. O que se pode dizer criticamente de Jesus, é por assim dizer, expressão da razão prática e conseqüentemente se pode aplicar à Universidade como um tudo. Neste pensamento se apóia a própria limitação da razão, classicamente expressa nas "Críticas" de Kant, mas nesse momento radicalizada pelo impacto das ciências naturais. Este conceito moderno está apoiado, para dizê-lo brevemente, na síntese entre o Platonismo (Cartesianismo) e o empirismo, uma síntese confirmada pelo sucesso da tecnologia. Por um lado pressupõe a estrutura matemática da matéria, e sua intrínseca racionalidade, que faz possível entender como a matéria funciona e a usa eficientemente: Esta premissa básica é, por assim dizer, o elemento platônico no entendimento moderno da natureza. Por outro lado, existe a capacidade da natureza de ser explorada para nossos propósitos, e neste caso só a possibilidade da verificação ou falsificação através da experimentação pode chegar à certeza final.

O peso entre os dois pólos pode, dependendo das circunstâncias, mudar de um lado ao outro. Como fortemente o fez o pensador positivista J. Monod, que declarou a si mesmo um convencido platonista/cartesiano.Isto permite que emerjam dois princípios que são cruciais para o assunto ao que chegamos. Primeiro, só a classe de certeza que resulta de interpolar elementos matemáticos com empíricos pode se considerar científica. Qualquer disciplina que queira exigir status de ciência deve ser medido com este critério. Daí que as ciências humanas, como a história, psicologia, sociologia e filosofia, não possam se conformar a este cânon de cientificidade. Um segundo ponto que é importante para nossas reflexões, é que por sua própria natureza este método exclui a pergunta de Deus, fazendo-a aparecer como não científica ou pré-científica. Conseqüentemente, enfrentamos uma redução do raio da ciência e da razão, que precisa ser questionado.Devemos retornar ao problema depois. Enquanto isso, há que observar-se que desde este lugar, qualquer tentativa da teologia de manter seu status de "científica" terminaria por reduzir o Cristianismo a um simples fragmento de si mesmo.

Mas temos que dizer mais: É o homem mesmo quem termina sendo reduzido, as perguntas especificamente humanas sobre nossa origem e nosso destino, as perguntas originadas da religião e da ética, já não têm lugar no modo de ver da razão coletiva definida como "ciência" e tem que relegar-se ao espaço do subjetivo. É o sujeito quem decide então, apoiado em sua experiência, o que considera é matéria da religião, e a "consciência" subjetiva se converte somente no árbitro do que é ético. Desta maneira, entretanto, a ética e a religião perdem seu poder de criar uma comunidade e se convertem em um assunto completamente pessoal. Este é um estado perigoso para os assuntos da humanidade, como podemos ver nas diversas patologias da religião e a razão que necessariamente emergem quando a razão é tão reduzida que as perguntas da religião e a ética já não preocupam.

Tentativas de construir a ética a partir das regras da evolução ou a psicologia terminam sendo simplesmente inadequados.Antes de esgrimir as conclusões às que tudo isto leva, tenho que me referir brevemente à terceira etapa de deselenização, que ainda está acontecendoe. À luz de nossa experiência com o pluralismo cultural, com freqüência se diz em nossos dias que a síntese com o Helenismo obtida pela Igreja em seus inícios foi uma inculturação preliminar que não deve ser vinculante para outras culturas. Este último se diz para ter o direito a voltar para simples mensagem do Novo Testamento anterior à inculturação, para inculturá-lo novamente em seus meios particulares. Esta tese não é falsa, mas sim é ordinária e imprecisa. O Novo Testamento foi escrito em grego e traz consigo a estampagem do espírito grego, que chegou à maturidade dado que o Antigo Testamento se desenvolveu. Certo, há elementos na evolução da Igreja em seus inícios que não devem se integrar em todas as culturas, Entretanto, as decisões fundamentais sobre as relações entre a fé e o uso da razão humana são parte da fé mesma, são desenvolvimentos conseqüentes com a natureza da própria fé.E assim chego à conclusão. Esta tentativa, feita com umas poucas pinceladas, de uma crítica à razão moderna desde dentro, não tem nada a ver pondo o relógio no tempo anterior ao Iluminismo e rejeitar as perspectivas da era moderna.

Os aspectos positivos da modernidade devem ser conhecidos sem reserva: Estamos todos agradecidos pelas maravilhosas possibilidades que abriram para a humanidade e para o progresso que nos deu. O ethos científico, além disso, deve ser obediente à verdade, e, como tal, leva uma atitude que se reflete nos princípios do Cristianismo. A intenção aqui não é o reducionismo ou a crítica negativa, mas sim ampliar nosso conceito de razão e sua aplicação. Enquanto nos regozijamos nas novas possibilidades abertas à humanidade, também podemos contemplar os perigos que emergem destas possibilidades e temos que nos perguntar como podemos superá-las. Teremos êxito ao fazê-lo somente se a razão e a fé avançarem juntas de um modo novo, se superarmos a limitação imposta pela razão mesma ao que é empiricamente verificável, e se uma vez mais gerarmos novos horizontes. Neste sentido a teologia pertence corretamente à universidade e está dentro do amplo diálogo das ciências, não só como uma disciplina histórica e ciência humana, mas precisamente como teologia, como uma aprofundamento na racionalidade da fé.

Só assim nos fazemos capazes de obter este diálogo genuíno de culturas e religiões que necessitamos com urgência hoje. No mundo ocidental se sustenta amplamente que somente a razão positivista e as formas da filosofia apoiadas nela são universalmente válidas. Inclusive as culturas profundamente religiosas vêem esta exclusão do divino da universalidade da razão como um ataque a suas mais profundas convicções. Uma razão que é surda ao divino e que relega a religião ao espectro das subculturas é incapaz de entrar em diálogo com as culturas. Ao mesmo tempo, como tratei que demonstrar, a razão científica moderna com seus elementos intrinsecamente platônicos gera uma pergunta que vai além de si mesmo, de suas possibilidades e de sua metodologia. A razão científica moderna simplesmente tem que aceitar a estrutura racional da matéria e sua correspondência entre nosso espírito e as estruturas racionais que prevalecem como nos deu, nas que sua metodologia deve se apoiar. Inclusive a pergunta por que isto tem que ser assim? é uma questão real, que tem que ser dirigida pelas ciências naturais a outros modos e planos de pensamento: À filosofia e à teologia. Para a filosofia e, embora seja certo que de outra forma, para a teologia, escutar as grandes experiências e perspectivas das tradições religiosas da humanidade, de maneira particular aquelas da fé cristã, é fonte de conhecimento; ignorá-la seria uma grave limitação para nossa escuta e resposta. Aqui recordo algo que Sócrates disse a Faedo.

Em conversas anteriores, verteram-se muitas opiniões filosóficas falsas, e por isso Sócrates diz: "Seria mais facilmente compreensível se a alguém incomodassem tanto todas estas falsas noções que pelo resto de sua vida desdenhasse e se burlasse de toda conversação sobre o ser, mas desta forma estaria privado da verdade da existência e sofreria uma grande perda".O Ocidente foi posto em perigo por muito tempo por esta aversão em que se apóia sua racionalidade, e portanto só pode sofrer grandemente. A coragem para comprometer toda a largura da razão e não a negação de sua grandeza: Este é o programa com o que a teologia ancorada na fé bíblica ingressa no debate de nosso tempo. "Não atuar razoavelmente (com logos) é contrário à natureza de Deus" disse Manuel II, de acordo com o entendimento cristão de Deus, em resposta a seu interlocutor persa. É a este grande logos, à largura da razão, onde convidamos a nossos companheiros no diálogo das culturas. É a grande tarefa da universidade redescobri-lo constantemente.

Nota: O Santo Padre deseja proporcionar uma versão posterior deste texto, complementado com notas de rodapé.

portanto, o presente texto deve ser considerado provisório.

Texto original em alemão.

Fonte: Sala de Imprensa da Santa Sé. Tradução: ACI Prensa.

O PARADOXO DA VIOLÊNCIA.

Por Pr. João d'Eça Interessante ver como os islâmicos se ofenderam quando o papa Benedito 16 sugeriu que eles eram violentos. Acontece que para provar que não eram violentos, eles reagiram com protestos violentos ao redor do mundo, com ameaças de morte ao papa de Roma, queimando igrejas e bonecos como se fosse o próprio chefe do Vaticano. Esperava-se uma reação de protestos pacíficos por parte do mundo muçulmano, já que foram acusados de serem incitadores de violência, mas para provar que não eram violentos eles reagiram com mais violência ainda. Dá pra entender essa lógica?

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

A TENTAÇÃO DE JESUS CRISTO E OS NEO-ADORADORES DO DIABO.

Por Pr. João d’Eça Em Mateus capítulo quatro, Marcos capítulo Um e Lucas capítulo quatro, nos dão o relato da tentação de Jesus Cristo. A narrativa inicia dizendo que Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. Diz ainda que Jesus Cristo havia jejuado durante 40 dias e 40 noites, ai teve fome. Aproveitando-se da fome do Cristo, diz a narrativa que o tentador chegou-se próximo d’Ele e lhe fez três propostas diretamente relacionada com a aparente fraqueza que Jesus sentia naquele momento. Primeiro, saciar sua fome; Segundo, demonstrar o poder que Ele dizia ter, mostrando ao mundo, através desse milagre, que Ele era realmente Deus, e, Terceiro, fez-lhe uma proposta de glória terrena, de domínio através do poder de controlar tudo e todos pela riqueza e poder político. Jesus Cristo rechaçou a todas as tentações do Diabo e o texto bíblico diz: “Com isto, o deixou o Diabo, e eis que vieram anjos e o serviram” É ai que está o problema. Nesta saída do Diabo. O texto não diz, mas acho que enquanto o Diabo retirava-se cabisbaixo, derrotado, imaginando talvez, que havia perdido a batalha em definitivo. Mas eis que na minha imaginação, aparece na cena o homem. Ele ouve a conversa tentadora do Diabo para Jesus, ouve Jesus fazer a negativa em todas as propostas inclusive na última e resolve entrar em cena, na saída do Diabo, ele diz: - Ei, espera um pouco. Como é aquela história de dar as riquezas e os reinos do mundo? O que eu tenho que fazer? Eu topo. Ai começou a desgraça da humanidade, o diabo encontrou alguém que aceitou a sua proposta, adorar a ele. Então viu que o homem aceita qualquer proposta, basta lhe oferecer algo de valor temporal, basta lhe ofertar o vil metal. Ao longo da história, Satanás foi oferecendo cada vez mais coisas aos homens e obteve muitas conquistas. Havia porém um entrave nisso tudo. Homens fiéis se mantiveram ao lado de Deus, sofreram martírios no decorrer do tempo e isso fortalecia a fé de muitos que não se rendiam ao oferecimento satânico, e a igreja mantinha-se firme na sua caminhada e o Diabo não prevalecia contra ela como disse Jesus. Hoje vemos uma realidade completamente diferente, os homens tornaram-se mais egoístas do que nunca, e, aqueles que deveriam dar o exemplo de dignidade e serviço útil ao Reino de Deus, estão indo, na contramão daquilo que lhes é exigido no evangelho, aceitaram a oferta satânica, estão se prostrando e adorando ao Diabo para obterem vantagens pessoais com isso, para usufruírem das benesses do sistema mundano regido pelo Diabo. Assistimos todos os dias o nascimento de uma nova comunidade neo-pentescostal com esse propósito. São membros de igrejas que insatisfeitos com sua própria vida, estão montando igrejas com esse objetivo de ganhar dinheiro e ter poder, não se submetem à liderança sobre eles constituídas, e vão em busca de formar um séqüito para se locupletarem, ou seja, estão aceitando a proposta do nosso inimigo comum. É ou não é assim que fazem? É ou não é um caso típico de tentação diabólica? Aquela proposta do Diabo, ainda hoje ressoa no universo: “mostrando ele todos os reinos do mundo, disse: tudo isto te darei se prostrado me adorares”. Jesus venceu a tentação, não se rendeu ao Diabo. Mais quantos homens ainda hoje tem ouvido esta proposta e tem aceitado se prostrar e “adorar” ao “espírito do mal” em nome de poder e de dinheiro. Infelizmente, até na igreja vemos que muitos estão se rendendo a ele, mas cremos que AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO contra a igreja do Senhor, pois a igreja é mais que vitoriosa, Jesus já venceu Satanás já foi derrotado.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

QUE RELAÇÃO HÁ ENTRE UM CRENTE E UM FILME DE TERROR?

Por Pr. João d’Eça A resposta para a pergunta que encabeça esse artigo, só pode ser uma: Não há nenhuma relação, pelo simples fato de que o crente não perde seu tempo para ver um filme assim. Eu duvido muito da conversão de alguém que sente prazer em ver um filme de terror. Eu sou um apreciador de bons filmes, geralmente quando vou à Locadora, procuro sempre a sessão de Romance, Drama, Aventura e até comédias e desenhos animados. Fico curioso em ver, que a maior parte dos filmes expostos, são de extremo terror ou de violência. O pior de tudo é que segundo os donos da locadora esses são sempre um dos gêneros mais procurados. Ver um filme de terror e gostar do que vê não é coisa de Crente não. Não posso admitir que um Crente, conhecedor da Palavra de Deus, ignore o que diz as Escrituras sobre esse assunto. Não acredito que o verdadeiro Crente, convertido a Cristo, possa se deleitar em ver um filme desse gênero, que se assemelha a mesma perversão de quem ver um filme pornográfico. É contraproducente, é contra os valores que um crente deve cultivar. Não entendo como pode um gostar de ver o “feio”, o “sujo”, o “trágico”, a violência e ainda por cima apreciar a “morte”. Gostar de ver filmes de terror é o mesmo que apreciar o demoníaco e o diabólico. A Bíblia nos ensina em vários textos, que os que agem assim, como o Mundo o faz, apreciando o que não presta, está na contramão dos ensinos do Senhor. Vejamos alguns textos escolhidos especialmente para fundamentar essa tese. Primeiro, Isaias 33: 15 e 16: (Edição Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica do Brasil). “O que anda em Justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de Opressão; o que, com um gesto de mãos recusa a acatar suborno; o que Tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos para não ver o mal, este habitará nas alturas; as fortalezas da Rocha serão o seu alto Refúgio, o seu pãp lhe será dado, as suas águas serão certas.” Como pastor tenho acompanhado jovens e também pessoas adultas, que se envolvem com filmes de terror, jogos de RPG, Vídeo Games de violência e de personalismo maléfico e muitos outros, que se tornam as pessoas mais descompromissadas com o trabalho, os estudos, a igreja, a família, a esposa e os filhos. São pessoas que parecem perder a personalidade e passam a viver em um mundo virtual. Tenho visto jovens e adolescentes se perderem, esquecerem de Deus, da igreja e da família por causa dessas coisas. Já vi casos de jovens que viviam trancados em seus quartos, não permitiam que ninguém entrasse, nem mesmo pais e mães, nem quando não estavam lá. Presenciei uma mãe crente arrombar o quarto de um filho de 17 anos que já havia abandonado a igreja, que era assíduo em ver filmes de terror e jogos de RPG, e quando o quarto foi aberto, o que vi ali com aquela mãe, uma irmã e minha esposa, era de assustar, de dar medo, de dar pena. Não havia ordem nenhuma no quarto. Tudo estava sujo, imundo, deprimente. Ele já estava naquelas condições há meses. Não tomava banho, não lavava a roupa de cama, seu quarto era cheio de imagens de terror pregada na parede, de bruxas penduradas no teto e o computador completamente cheio de tudo que não vale nada. Filmes sujos, jogos malditos e muito mais. Aquele jovem, já estava parecendo um “Zumbí”. Só queria estar na presença de pessoas afins, era rebelde, já havia abandonado a Escola, não obedecia aos pais, não respeitava o seu pastor e agora descria em Deus. Segundo Texto: Filipenses 4:8 (Ed. Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica do Brasil). “Finalmente irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Quando amamos a Deus queremos agradá-lo em tudo. De Deus só nos vem coisas boas e maravilhosas. Ele disse logo após a criação: “eis que tudo que fizera era muito bom”. Se alguém se diz crente e gosta de viver assim, pode ser qualquer coisa, menos crente. Está precisando de conversão, pois vive longe dos princípios de Deus, dos valores do evangelho de Cristo. Queridos leitores, saia dessa vida se você já começou. Peça ajuda se já está afundado nessa lama. Não se deixe influenciar por aqueles que lhe convidam pra viver esse lixo. Isso não é inofensivo como dizem alguns, não é Diabólico, é demoníaco, fuja disto ou isto lhe levará para o inferno.

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

POLITICAMENTE CORRETO.

Por Pr. João d’Eça Um dos marcos da chegada da era pós-moderna, dizem os especialistas no assunto, foi a queda do muro de Berlim em 1989. A era pós-moderna caracteriza-se pela não aceitação de absolutos, pelo discurso politicamente correto, que é caracterizado por cada indivíduo poder viver sua própria vida sem ser criticado pelo estilo de vida que vive. O politicamente correto é sempre diplomático, mesmo que tenha opiniões bem definidas, não as expõe, pois expô-las pode significar contrariar idéias e interesses de outrem. O politicamente correto não enfrenta nada, está sempre “em-cima-do-muro”, nunca se “queima”, nunca se expõe, nunca passa por alguém que é “do contra”. Os politicamente corretos são mestres em viver só de aparências. Não discutem assuntos polêmicos para não serem “deselegantes” se tiverem de expor as suas propostas, para não terem de ser taxados de “politicamente incorretos”. Eles vivem em silêncio, enclausurados na sua própria necessidade de agradar a todos, são úteis para políticos e politiqueiros, para corruptos, para déspotas e para minorias marginalizadas. Entretanto, o politicamente correto, só pensa em si, em garantir o seu pedaço, em conservar o seu espaço e em preservar o seu “quinhão”. Jesus Cristo não era “políticamente correto”, talvez por isso ele seja tão odiado hoje. Ele dizia o que pensava, diante de quem quer que fosse. Chamou os líderes religiosos de sua época de “raça de víboras e fariseus hipócritas”. Disse aos seus ouvintes: “façam tudo o que eles vos disserem, mas, não os imiteis nas suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põe sobre os ombros dos outros, mas eles nem com o dedo querem movê-los.” Por essas e outras é que eu sou admirador incondicional de Jesus e abomino os politicamente corretos. Sim. Sou um “politicamente incorreto” de carteirinha, pois nunca vou me acovardar em dizer o que penso pra me preservar, os que me conhecem sabem disso. Os “politicamente corretos” podem até ser confundidos com os “prudentes”, mas não possuem essa virtude, o que eles tem na verdade é um grande defeito, o defeito da COVARDIA, sim, os “politicamente corretos” são covardes, tem medo de perder a sua “boquinha” se tiverem de opinar. Eu conheço dois políticos aqui no meu Estado (sei que em todos os Estados os tem), que são os típicos covardes que posam de politicamente corretos, são hipócritas, mentirosos e enganadores. Já presenciei por pelo menos três vezes eles criticando a liderança do grupo que eles fazem parte, com críticas pesadas nos bastidores, mas quando estão em público é um “puxasaquismo” de dar nojo, ou seja, só estão no grupo por prestígio, por instinto de preservação, nada mais. Quando assisto os telejornais vejo e ouço: “O Hesbollah atacou Israel e 23 pessoas morrem. Israel, porém, retaliou, e apenas matou três militares, mas matou 13 civis”. Ora, quando se trata dos palestinos, diz-se que três militares foram mortos, e 13 civis inocentes. Entretanto, em Israel, parece não existir criança e nem civis, pois, tudo o que de lá se reporta tem a ver com números gerais, como se todo o país fosse militar...”. Assim são os ‘POLITICAMENTE CORRETOS”, uns FROUXOS.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

O casamento está ficando fora de moda?

Por Pr. João d'Eça Goetei muito do artigo do Presbítero Solano Portela, postado abaixo, porque passei por uma experiência em nada agradável, quando soube que vários amigos meus crentes, estão separados ou em processo de separação. Sou defensor da indisolubilidade do casamento, pois creio que o mesmo é pra sempre e não acredito que o mesmo possa ser rompido, mas vejo também que por causa de vaidade e pecados carnais, os casais estão separando-se. Quando assistimos isso no meio secular, tudo bem, afinal esse é o curso do mundo, mas não deve ser assim entre crentes, entre pessoas que prometeram amor, solidariedade, compreensão, seja na saúde ou na doença, seja na alegria ou na tristeza, até que a morte os separe. Como dói, saber que irmãos conhecedores da verdade da Bíblia estão se assemelhando a gente pagã, e pelos motivos mais absurdos. Sei que há pessoas em nossas igrejas que já estão em um segundo casamento, mas eles aderiram a fé (se é que posso me expressar assim!), nessa condição. Não conheciam a verdade, não sabiam nada dos princípios e valores da Escritura Sagrada. Mas crentes, leitores da Bíblia, frequentadores de cultos de doutrina, conhecedores da verdade? Não, eu não aceito. Não há explicação lógica. É desobediência à Palavra e nada mais. Eis o maravilhoso artigo do Solano. Foi postado no Blog que ele administra com o Rev. Augustos e o Rev. Mauro Meister (Há um Link aqui que vai para lá). Este artigo foi postado em Janeiro de 2006. Estou usando porque tenho autorização do Pb. Solano para usar os textos que precisar. Desde já agradeço e quero compartilhá-lo com os meus leitores. Eis ai. ===================== O CASAMENTO ESTÁ FICANDO FORA DE MODA? Por Solano Portela "Meu filho Daniel casa hoje à noite com Aline, uma linda moça de fé e caráter mais bonitos ainda. Meu filho mais velho, David, casou há seis meses com Tati – igualmente bela em todos os aspectos. Um presente de Deus para os dois e para as famílias! Para completar a alegria, meus pais fizeram 60 anos de casados agora, em dezembro de 2005 – estou “de peito estufado”! Eu deveria, além de estar contando as bênçãos, estar descansando e não “blogando”, para não ficar estressado na cerimônia. Se você acha que só os noivos ficam nervosos, espere até casar seus primeiros filhos. No entanto é difícil não pensar no desgaste que a instituição da família vem sofrendo e nas distorções que têm ocorrido nas relações humanas na terra – especialmente quanto ao casamento. Há anos a instituição do casamento vem sendo atacada e demolida por uma sociedade sem Deus. Rotula-se ele como algo ultrapassado, que pode ter servido em algum momento na evolução sociológica do homem, mas que não tem mais lugar em pessoas modernas e esclarecidas. Esse ataque começa sempre pelo questionamento de sua indissolubilidade. Casamentos existentes são quebrados com a maior facilidade e, por maior que tenha sido a cerimônia original, a quebra ocorre sem a menor cerimônia. Seguindo o mesmo curso de pensamento, a sociedade passa a considerar o passo inicial como desnecessário. Deve-se “experimentar” a vida conjunta, “para ver se dá certo”. E “se der certo”, para que se casar? A felicidade, nos dizem, não depende da cerimônia. Aliado ao descaso e desprezo pelo casamento, temos a banalização do mesmo, com resultados possivelmente até mais destrutivos. Personalidades famosas, do mundo esportivo ou televisivo, “casam-se” em um festivo evento social, às vezes até no meio de comprometimentos conjugais passados que ainda não foram formalmente ou juridicamente encerrados. Os novos relacionamentos são detonados poucos meses depois, com grande publicidade e, invariavelmente, com grandes somas de dinheiro trocando de bolsos. Infelizmente, já notamos reflexos dessas atitudes dentro das nossas igrejas. Não somente os abandonos, o repúdio e o divórcio tornam-se cada vez mais comuns, mas muitos jovens já não dão a importância devida à cerimônia de casamento. Aceitam naturalmente a sua banalização. Enquanto muitos cristãos estão desenvolvendo idéias bem diferentes das que a Bíblia apresenta, é incrível que alguns alertas surjam até dos que estão do lado de fora das igrejas evangélicas. O conhecido Stephen Kanitz escreveu alguns pensamentos sóbrios sobre o formalismo que cerca os relacionamentos matrimoniais e sobre a cerimônia de casamento (VEJA, 1873, 29.09.04). Nesse artigo, que tem recebido ampla circulação, ele disse: "A essência do contrato de casamento é a promessa de amar o outro para sempre. Muitos casais, no altar, acreditam que estão prometendo amar um ao outro enquanto o casamento durar. Mas isso não é um contrato... Banalizamos a frasemais importante do casamento. "Eu amarei você para sempre" deixou de ser uma promessa social e passou a ser simplesmente uma frase dita para enganar o outro.Contratos, inclusive os de casamento, são realizados justamente porque o futuro é incerto e imprevisível". Essa colocação do Kanitz é verdadeira. Os integrantes do casal, ao longo do seu percurso após o casamento, encontrarão muitos homens e mulheres, que poderiam até ser classificados como “ideais”, mas o contrato firmado deveria elevar o bom senso acima da atratividade pontual. Ele continua: "O contrato de casamento foi feito para resolver justamente esse problema. Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas. As promessas e os contratos preenchem essa lacuna, preenchem essaincerteza..." Kanitz chama a nossa atenção, portanto, para muitos aspectos que estão sendo deixado de lado, em nossa sociedade e que contribuem progressivamente para a dissolução dela mesma. Acho digno de nota que algumas pessoas estejam verificando a necessidade de dar importância ao formalismo e aos votos que são proferidos em uma cerimônia de casamento. Mas para nós, cristãos, este momento envolve mais do que um contrato horizontal fechado entre dois lados – Deus está envolvido na cerimônia e nas promessas proferidas e isso é um pacto solene feito na sua presença (Ml 2.13-16). Nesse pacto, Deus está bem mais comprometido, do que as partes humanas poderiam estar, com o cumprimento do acordo. O projeto de Deus foi e ainda é bom! – um homem e uma mulher – pessoas de sexos opostos, deixam suas famílias para formar uma união singular – uma nova família independente. Esta é a regra dada pelo Criador à raça humana, para sua própria preservação! Paulo compara o relacionamento entre Jesus e a sua igreja àquele existente entre um marido e uma esposa (Ef 5.25-32). Nossos casamentos devem ilustrar esse tipo de amor, aos nossos filhos e ao mundo! Assim, quando participarmos da próxima cerimônia de um casamento cristão, não vamos pensar que estamos apenas atravessando os trejeitos de uma convenção social em extinção. Não vamos concentrar nossas mentes nos aspectos cansativos da ocasião. Vamos nos lembrar de que estamos tendo o privilégio de participar e testemunhar a realização de um pacto solene, igualmente testemunhado e atestado por nosso Deus Santo e Soberano.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Orando pela Ética na Política.

A CNE - Comissão Nacional de Evangelização da IPB, lançou o seguinte folheto "A Igreja Orando pela Ética na Política", com um excelente texto do Rev. Hernandes Dias Lopes da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória - ES. Transcrevemos o folheto e o texto, por julgarmos relevante para a vida social do Brasil, principalmente enquanto aguardamos o Pleito de 01 de Outubro. Eis o excelente texto do Rev. Hernandes: "Nosso povo está com a esperança morta. Nós, os brasileiros, estamos atordoados pela avassaladora crise moral que se abateu sobre a nação. Há uma inquietação perturbadora nos corredores do poder. Muitos dos nossos representantes políticos estão num profundo atoleiro moral, num charco de lama. Nosso parlamento está nu, nossas instituições abaladas, nossa credibilidade moral cambaleante. As investigações das comissões parlamentares de inquérito descobrem a cada dia abismos mais escuros, fossos mais profundos e esquemas de corrupção ainda mais criminosos. A ganância insaciável, o despudor moral e o senso de impunidade produziram um esquema de corrupção vergonhoso e dantes nunca visto em nossa nação. O dinheiro que deveria socorrer os aflitos, construir escolas, hospitais e promover o desenvolvimento da nação é desviado para paraisos fiscais e ou para gordas contas bancárias de pessoas que se servem do poder ou nele se empoleiram para se enriquecerem. A crise, entretanto, é uma oportunidade de reflexão e mudança de rumo. O nosso país está em crise porque tem abandonado a Deus. O pecado é o opróbrio da nação. Temos colocado nossa confiança em homens em vez de colocá-la no Deus vivo. A solução para sua vida, sua família e nossa nação, não está numa ideologia ou partido político, mas em Deus. A sua maior e mais urgente necessidade é de Deus. Mas, apesar disso, temos abandonado a Deus, a fonte das águas vivas, para cavarmos as cisternas rachadas de uma religiosidade descomprometida, de um humanismo idolátrico e de uma ética sem absolutos. Temos corrido atrás do prazer do sexo, da ilusão do poder e da fascinação da riqueza em vez de buscarmos a Deus. Seu coração não encontrará paz até você repousar em Deus. Sua alma não encontrará descanso até você correr para os braços de Jesus. Há um vazio no seu coração do tamanho de Deus; só Ele pode preenchê-lo. Só Jesus pode dar sentido à sua vida. Só Jesus pode mudar o curso da atual realidade em nosso pais. Conclamamos a nação brasileira a arrepender-se do seu pecado e a voltar-se para Deus. Rogamos a você que se reconcilie já com Deus, por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Ele é o único caminho para Deus, Ele é a porta do céu, o único que pode perdoar os seus pecados e dar-lhe vida abundante. Entregue agora mesmo a sua vida a Jesus e receba de graça, pela fé, o dom da vida eterna."

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

ORDENAÇÃO FEMININA

Por Pr. João d’Eça Temos visto nos últimos tempos uma enxurrada de ordenações de mulheres ao Ministério, e, creio eu estão com isso descumprindo o preceito bíblico. Aliás é o que mais se está fazendo hoje, vemos o descalabro, o descompromisso de líderes de igrejas que estão abrindo mão da verdade em nome do pós-modernismo, de uma teologia inventada para se parecer atuais e cumpridores da regra que diz que os direitos são iguais. Os defensores da ordenação feminina advogam que os tempos são outros, que o contexto cultural é diferente, que a hermenêutica evoluiu e que precisamos rever as nossas interpretações. É preciso que abramos os nossos olhos para a influência que nós estamos sujeitos a sofrer, principalmente de movimentos de minorias organizadas e que estão mais e mais tendo espaço na mídia para expor as suas idéias e valores e para constranger as pessoas a serem politicamente corretas, no que tange a se aceitar as manifestações de grupos GLS, movimento feminista e outros. Vemos com isso que a forma com que muitos grupos estão interpretando a Bíblia tem sofrido forte influência desses grupos minoritários, por isso, hoje já se ouve falar em uma teologia Gay e já se publica a Bíblia da Mulher, voltada especialmente ao público feminino. Se dissermos algo que soe como crítica, somos logo taxados de “machistas”. Hoje a força das mulheres na sociedade é indiscutível e elas estão reivindicando direitos que lhes foram negados ao longo da história, com isso muitas igrejas se vêem forçadas a repensar a forma de interpretar a Escritura nesse ponto em particular. As mulheres estão reivindicando o direito de serem pastoras, de liderarem comunidades onde os homens estão permitindo, que assim aconteça, em completo desrespeito aos princípios bíblicos. Os defensores da Ordenação feminina costumam dizer que as mulheres tiveram um tratamento diferente no Novo Testamento em comparação com o que tinham no Antigo. Mencionam ainda mulheres destacadas no NT como Lídia, Priscila e Júnias (não se sabe se é um nome de homem ou de mulher), para justificarem a idéia de que não nenhuma restrição à ordenação feminina. É preciso no entanto, que se diga que a Escritura define muito bem as posições de homem e de mulher. Na bíblia o homem é sempre o cabeça, exerce função de líder na família e na igreja e isso não tem nada a ver com preconceito ou condição cultural, mas com a função dada por Deus já na criação, de que a mulher deveria ser ajudadora e não a cabeça do homem ou sua igual em função. A Bíblia estabelece as funções de forma bem definida, não dando margem para outras interpretações. Ao homem cabe o governo na igreja, a pregação e o ensino. Em nenhuma outra passagem da Escritura estes ofícios são conferidos a mulheres. Se observarmos bem, o apóstolo Paulo estabelece, que o problema não se dá por questões preconceituosas ou culturais, mas é uma ordenança de Deus baseada na Criação, onde homem e mulher, depois da queda, recebem cada um as suas funções bem definidas e Paulo diz que foi de acordo com o que Deus fez, primeiro criou o homem e deste à mulher. Além do mais, a mulher foi enganada pela serpente, e não o homem. Mais ainda, Deus primeiro criou o homem e depois, a partir deste, a mulher. Os que reivindicam a ordenação feminina ao Sagrado Ministério da Palavra, não estão andando de conformidade com o que diz a Sagrada Escritura, estão sim, seguindo o curso do sistema mundano, estão olhando a questão não com as lentes divinas, mas sim, com as lentes do moderno movimento feminista, segundo o curso deste mundo.

A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO.

Por Pr. João d’Eça “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gênesis 2: 18). “Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; ENTRETANTO, NÃO FOI ASSIM DESDE O PRINCÍPIO.” (Grifo meu). (Mateus 19: 8). Nesta semana de feriadão eu recebi algumas notícias que me deixaram triste. Fui como palestrante até um clube na praia, para participar de um evento promovido pela SAF da minha igreja. A palestra teve como tema: A Restauração da Alegria do Casamento. Quando lá cheguei encontrei alguns casais de nossa igreja que já haviam chegado e nos confraternizamos alegremente até o momento da palestra, que começou por volta das dez horas da manhã. Quando iniciei a palavra, notei que muita gente chegava ao clube como se tivessem vindo em caravana e realmente era. Percebi que chegava gente conhecida, eram irmãos de uma outra igreja, na verdade irmãos da minha adolescência e juventude, pessoas queridas que cresceram junto comigo e que formaram família quase que ao mesmo tempo, naquela época dos nossos 20 anos. Alguns desses irmãos me reconheceram a certa distância, mas como apesar disso, não se chegaram para conversar ou para ouvir a palestra eu estranhei, porque em outras épocas o comportamento era outro, não deixavam uma oportunidade como essa passar para revivermos juntos, as lembranças de quando éramos bem mais jovens. Como se mantiveram afastados de onde estávamos ao ar-livre, apesar de que a distância não era tão grande, aquilo me incomodou e eu por três vezes interrompi a palestra para chamá-los pra junto de nós, chamado que só foi atendido na terceira vez, porém só veio um irmão que ao chegar foi indagado por mim, porque a sua esposa não veio pra junto de nós, foi ai que recebi a triste notícia de que eles estão separando-se. A princípio eu não entendi e até achei que fosse brincadeira, já que eles estavam juntos ali no local, mas ele explicou que era por causa da filha do casal, uma adolescente que também estava junto. A igreja da minha juventude foi organizada em 1980, eu e minha esposa fomos os primeiros jovens que casaram ali naquele templo. Depois vieram outros casamentos. Houve cerimônias religiosas e civis, mas quase todos os jovens da minha idade, amigos meus, crentes, casaram-se naquela época. Vou fazer 17 anos de casado em Janeiro do ano que vem e esse tempo de união matrimonial deve ser de quase todos os outros, talvez com diferença de um ou dois anos, ao todo deve ter havido uns 10 casamentos ali naquela época. O triste da história, é que após a palestra no clube, resolvi conversar com alguns amigos de outrora, perguntando por outros casais amigos que não estavam ali, mas que sempre nos encontrávamos em eventos assim. Fui sabendo que quase todos os outros casais estão separados ou em vias de separação, na verdade dos 10 casais da minha época, Acho que somente o meu e mais dois casamentos resistiram ao tempo, ou seja, de 10 casamentos, somente três resistiram, e o pior, pessoas crentes, que deveriam ser exemplo de dignidade para a sociedade, estão dando o maior exemplo de indignidade possível, a separação de uma união que segundo Deus, deve ser pra sempre. Existem inúmeros textos na Palavra de Deus que falam da indissolubilidade do casamento, mas eu resolvi usar os dois que encimam esse texto, porque acredito que são porções da Escritura Sagrada que são bastante claros e que mostram a preocupação do Criador desde o início, em providenciar o complemento para o homem e a mulher na união matrimonial. “Não é bom que o homem esteja só”. Vemos a preocupação de Deus em providenciar companhia para o homem e a mulher; vemos Deus criando a primeira e mais importante Instituição humana, o casamento. No outro texto, os fariseus interrogam a Jesus sobre o divórcio e eles ouvem do Senhor a mais completa de todas as respostas a respeito do assunto, no meu modo de ver: ENTRETANTO, NÃO FOI ASSIM DESDE O PRINCÍPIO (grifo meu). Quando eles interrogaram o Mestre, experimentando-o acerca do divórcio, perguntando-lhe se era lícito ao homem (ou mulher) repudiar o seu cônjuge por qualquer motivo, Jesus lhes diz que Deus os fez uma só carne, e que, o que Deus uniu, não o separe o homem. Porém a resposta mais completa no meu entendimento é a do versículo 8, quando Jesus diz que Moisés permitiu o divórcio, por causa da dureza dos corações deles e não como concessão para troca-troca de casais ao bel prazer, como acontece hoje em nossa sociedade sem limites e sem parâmetros. Diz ainda Jesus na sua resposta que NO PRINCÍPIO NÃO ERA ASSIM (grifo meu), ou seja, não está no plano de Deus desde o princípio que os casais se separem, porque a fidelidade matrimonial representa a fidelidade a Deus. Como que casais que juraram perante Deus e os homens que iriam manter o amor pra sempre, agora estão traindo o seu compromisso, fugindo da responsabilidade de cultivar a união indissolúvel, e o que é pior, por causa dos motivos mais banais, numa prova inconteste de desrespeito ao outro, à instituição de Deus, à falta de palavra, à traição do compromisso, de demonstração de falta de conversão. Fico triste quando vejo casais separando-se, percebo que o rompimento é feito por pura vaidade, por mundanismo mesmo, por carnalidade, por falta de conhecimento de Deus, por não observarem os preceitos de Deus em sua Palavra, por viverem somente pra seu próprio estômago, por seguirem o curso deste mundo e do príncipe das trevas o seu dominador, por adotarem os valores do mundo, de uma sociedade caída que despreza os absolutos e relativiza até mesmo a virtude do amor, como se este fosse um mero sentimento e que portanto, por ser sentimento, justifica a troca de casais, alegando não mais sentirem amor. “O amor não é um sentimento não, sentimentos sempre vem e vão.” Amor é decisão, é tomada de atitude, é pra gente séria, sincera, de personalidade, de caráter, que não quebra o compromisso, que não volta atrás na decisão tomada, que faz o que for possível para manter o relacionamento em Deus, que cuida do amor como de um jardim, regando-o todos os dias para não murchar. Sim, o casamento é uma união indissolúvel que só pode ser rompido pela morte, porque até no caso excepcional que Jesus fala, relações sexuais ilícitas (traição conjugal), pode haver perdão, pode haver restauração e o encontro da felicidade. Aliás, ninguém casa para ser feliz, nós casamos pra fazer o outro feliz. TALVÊZ ESTEJA AI O SEGREDO.

sábado, 9 de setembro de 2006

“O BARÃO DE ARARUNA” E OS POLÍTICOS DE HOJE.

Por Rev. João d’Eça Assistindo a um dos capítulos da novela “Sinhá Moça” da Rede Globo de televisão, vi um personagem muito interessante, o “Barão de Araruna”. A novela é ambientada no século XIX onde os “coronéis” mandavam e desmandavam, mandavam prender e mandavam soltar, desterravam pessoas, adversários políticos, quem os contrariassem e até os padres tinham que “rezar pela sua cartilha”, caso contrário, eles usavam a sua influência com o Bispo para mandar o “frei” para outro lugar. Ainda temos hoje os “coronéis” da política brasileira, e eles estão principalmente aqui no Nordeste brasileiro, também mandam e desmandam. Controlam prefeitos, senadores, deputados, políticos em geral e lideranças de comunidades longínquas e das Capitais dos Estados. O mesmo poder exercido pelos antigos “coronéis” da política dos idos de 1850, é exercido hoje pelos oligarcas modernos, guardadas as devidas proporções, porém a busca desenfreada pelo poder, a eliminação dos seus adversários e o tráfico de influência para se locupletar, existem hoje da mesma forma. O “barão de Araruna” age com dois pesos e duas medidas. Por um lado ele faz um mal terrível. Persegue pessoas, determina o destino dos que se levantam contra ele, age como um déspota com a linda esposa e com a filha, defende criminosos que estão ao seu lado e persegue gente inocente, acusando-as de criminosos só porque ousam lhe contrariar. Ao mesmo tempo usa de algum tipo de benevolência para com os seus escravos e para aqueles que estão ao seu serviço, para parecer altruísta diante deles ou dos outros, mas o que ele quer mesmo é posar de bonzinho, porque já vislumbra a chegada do Sistema Republicano é quer garantir os votos daqueles que foram vítimas de sua “jogada” política. Quando for preciso irá cobrar os dividendos daquilo que fez. Eu reconheço essa prática em muitos políticos contemporâneos. Eles fazem do mesmo jeito. Ainda outro dia fui procurado por um cabo eleitoral de um determinado candidato que até algum tempo atrás era feirante e agora é dono de um patrimônio digno de um “Kalifa de Bagdá”, sendo que o mesmo até hoje só foi Parlamentar e nunca exerceu um mandato no Executivo, no entanto ficou milionário em pouco mais de 20 anos. Esse meu amigo pediu que eu votasse no seu candidato e quando lhe disse que votar naquele homem era uma declaração tácita de ignorância política, porque eu conhecia a sua trajetória como parlamentar e conhecia também os crimes por ele praticado no exercício do mandato, o meu amigo, na tentativa de me convencer que o seu candidato era “gente boa”, que inclusive fazia o bem pra muita gente, pra muitas comunidades carentes com dinheiro do seu próprio bolso, eu dei uma gargalhada e disse-lhe que o bem que ele fazia para essas comunidades carentes, visava muito mais o seu próprio benefício, do que o benefício das comunidades. Se ele gasta 100 ou 200 mil Reais por mês com esse trabalho, já desviou 20 ou 30 vezes mais para o seu próprio bolso. O que ele faz, ou é para desencargo de consciência ( O que não acredito. Essas pessoas não tem consciência), ou é para parecer bonzinho e altruísta, para garantir votos na próxima eleição. Em resumo, eles só fazem o bem para alguém, quando esse bem lhes beneficia mais do que beneficia as pessoas que estão sendo atingidas. Vejam se esse não é o retrato exato do “barão de Araruna” personagem de mais de 150 anos atrás, mas que está tão vivo hoje nas atitudes e procedimentos dos políticos brasileiros, “Mensaleiros”, “Vampiros do Orçamento” e “sanguessugas” (Prov. 30:15). As mesmas práticas da época dos “coronéis” estão mais vivas do que nunca hoje. Aqueles que deveriam lutar pelo desenvolvimento do país, que deveriam promover o bem do povo, não com políticas de “esmolas”, assistencialismo através de “bolsas isso ou aquilo”, mais de Infra-Estrutura de Saúde e Educação, de abertura de Estradas, de desenvolvimento agrícola e de desenvolvimento científico. Deveriam ser patriotas a gerar oportunidades para que o povo brasileiro mostre o seu valor para o mundo. Infelizmente os nossos dirigentes políticos fazem tudo isso, mas só a nível pessoal. Mandam seus filhos para as melhores escolas daqui e de outros países (investimento em Educação), pagam os mais caros Planos de Saúde para si e para as suas famílias (Investimentos em Saúde), abrem estradas que vão facilitar o escoamento da produção de suas Fazendas, ou que facilitem o acesso aos seus sítios e mansões (Investimentos em Infra-estrutura). Sim queridos leitores, nós estamos alimentando esse tipo de gente quando votamos neles em troca de alguma benesse pessoal. Quando eles estão acostumados a fazer assim antes do pleito, já estão pagando pelo voto e com isso estarão descompromissados com aqueles que lhes venderam o voto, ai vão se locupletar. Essa é a hora de mostrarmos o que queremos. Queremos viver debaixo da chibata dos “coronéis”, ou queremos mudanças para melhor na sociedade? Reflita. Para saber mais sobre a vida de políticos: http://noticias.uol.com.br/fernandorodrigues/politicosdobrasil/ Para conhecer a Declaração de Renda dos Candidatos a Federal: http://perfil.transparencia.org.br/

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

A BÍBLIA, A MENTE DE DEUS.

Por Rev. João d’Eça. O Senhor deu para a Bíblia, um lugar proeminente na história do gênero humano em geral, e na história da redenção em particular. Na realidade, se nós pensarmos bem nisto, chegaremos à conclusão de que Ele se deu esta proeminência. Isto porque, desde que a Bíblia é a própria Palavra de Deus, e a porção revelada da Sua mente divina, não podemos separar a mente de uma pessoa da própria pessoa. Nós nunca poderemos separar a Bíblia do próprio Deus, como se fosse possível lidar com um sem também negociar com o outro. Quando nós falamos deste modo, não estamos recorrendo à Bíblia como um livro físico, do qual há muitas cópias impressas, mas nós estamos recorrendo à Palavra "sobrenatural" de Deus. Nós estamos recorrendo àquela porção da mente divina que Ele revelou a nós. Porém, no texto que segue eu usarei o termo “Bíblia” ao invés de “Palavra” para enfatizar aquilo que Deus revelou de Sua mente a nós, e que registrou os seus conteúdos em forma verbal e escrita compreendendo esse todo, a Sua revelação. Deus governa pela Bíblia. Através deste livro, Ele se declara como o criador e o homem é a Sua criatura. Como o oleiro tem o direito de moldar o vaso de barro que está fazendo do jeito que lhe agradar, Deus tem o direito como criador, de fazer como quiser, com respeito às Suas criaturas. Ele pode usar as suas criaturas para qualquer propósito que desejar. Deus revela para o homem qual é o lugar dele como criatura no universo, através da Bíblia e da história. Através da Bíblia, Deus diz para o homem qual o padrão pelo qual ele tem que viver neste mundo, e ele exige do homem, obediência ao Seu Mandato. Através da Bíblia, O Senhor define o que é verdade e o que é erro, o que é correto e o que é errado. Mostra também o que é falso e o que verdadeiro, revela as doutrinas falsas dos homens, o engano de Satanás e seus demônios e qual o objeto verdadeiro da nossa fé: Jesus Cristo. Diz ainda que todo pensamento deve ser “cativo a Jesus Cristo”. Membros da comunidade científica vivem a encorajar as pessoas a não darem crédito à Bíblia como Palavra de Deus, afirmando que ela não passa de um simples livro como outro qualquer. Dizem que crer nesse livro é falta de inteligência e declaração de irracionalidade. Quando alguém resolve crer sem precisar de empirismo ou de “cintificismo”, eles ficam enfurecidos. Eles chamam a religião de irracional, e é irracional porque é não-científica, não-experimental. Mas o que é o método científico? É assumir através da confiança na indução ou na dedução, sem nenhuma justificação prévia, elaborar questionamentos preconcebidos e então cometer a falácia lógica de afirmar a conseqüência inúmeras vezes. Deus, a Bíblia, e assim o Cristianismo, é livre da hipocrisia de ciência e das falsas religiões. Este livro lhe diz que se você tentar fazer uma investigação independente de Deus para verdade espiritual, fora da Revelação divina, então você será enganado e chegará a uma falsa conclusão. A razão para isto é que ninguém pode se propor a fazer uma investigação independente para a verdade partindo de um princípio qualquer fora de Deus e de Sua revelação. Considerando que Cristianismo é a verdade, executar qualquer investigação independentemente para a verdade, significará a investigação adotou um falso ponto de partida. Em outras palavras, se você tentar fazer uma investigação para verdade, que seja independente de verdade (Bíblia), então sua investigação nunca chegará à verdade. A Bíblia é corajosa e honesta. Lhe diz, que se você discordar dos seus princípios, então você está errado, e Deus o responsabilizará por sua falsa conclusão e a por sua falsa conduta que decorrerá da falsa conclusão. A Bíblia e os seus absolutos (coisa que os pós-modernistas morrem de raiva) não lhe dá o direito de se opor ou debater contra a verdade. Você tem que concordar com a verdade bíblica, tem que acreditar nela, e tem que obedecê-la. A Bíblia não nos dá o direito de termos os nossos próprios valores independentes e opiniões privadas, como se nós fossemos cada um, o nosso próprio deus, como se tivéssemos lidando com um ser humano igual a nós. Isto porque quando lidamos com a Bíblia, não estamos lidando com outros seres humanos, mas com o próprio Deus. Até mesmo os direitos que nós temos, quando lidamos com outros seres humanos iguais a nós, têm de vir da própria Bíblia, desde que Deus é a regra de todos nós e é Ele quem define a própria relação entre as Suas criaturas. Através deste livro, Deus orienta todos os aspectos da vida humana. Ele nos ensina o modo correto de ganharmos e de gastarmos o nosso dinheiro, por exemplo. Nos mostra como e o que ensinar às nossas crianças. Nos diz que tipo de pessoas podemos confiar e com que tipo devemos nos casar. Estabelece os papéis na sociedade, de acordo com a idade, grau de conhecimento, sexo, conhecimento espiritual e maturidade. Regula o que alguns consideram como assuntos privados, como a sexualidade humana. Muitas pessoas pensam que sexualidade é o próprio negócio deles, mas a Bíblia prescreve instruções exatas e preceitos para lidarmos com o assunto. Anuncia princípios relativos ao consumo de álcool, e fala sobre o pecado da glutonaria. Contém ordenanças para que consideremos até os nossos pensamentos e motivações, de maneira que diz que não só é pecado roubar, mas também, só desejar roubar se a oportunidade aparecer. Este livro contém toda a Aliança de Deus com o gênero humano. Também representa toda a orientação de Deus para o gênero humano em qualquer área da vida. Os homens se rebelam contra Deus porque não querem submeter-se aos seus princípios de santidade. O que os homens querem é viver de acordo com o seu próprio estômago, com a sua própria vontade depravada, de acordo com a sua natureza caída, que clama por um envolvimento maior a cada dia com os pecados da carne. Quanto mais se libera, tanto mais o homem quer e mais este se torna animalesco nas suas atitudes.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

SOCIEDADE EM FRANGALHOS.

Assim como as respostas dadas nesta entrevista, dos acontecimentos americanos, assim mesmo estamos vendo acontecer as mesmas coisas no Brasil. Veja as respostas da filha de Billy Graham e compare com o que está ocorrendo aqui, se não é igual? O que podemos esperar de um país assim? Finalmente, a verdade é dita na TV Americana: A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no EarlyShow e a apresentadora Jane Clayson perguntou a ela: - Como é que DEUS teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro? Anne Graham deu uma resposta extremamente profunda e sábia. Ela disse: - Eu creio que DEUS ficou profundamente triste com oque aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos nóstemos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como DEUS é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que DEUS nos dê a Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco? À vista dos acontecimentos recentes, ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc. Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'Hare (que foi assassinada e seu corpo encontrado recentemente), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião. Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas...A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, não devemos roubar, e devemos amar o nosso próximo como anós próprios. E nós concordamos. Logo depois, o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima (O filho do Dr. Spock cometeu suicídio). E nós dissemos: "um perito nesse assunto deve saber oque está falando", e então concordamos com ele. Depois alguém disse que os professores e os diretores das escolas não deveriam disciplinar os nossos filhos quando eles se comportassem mal. Os administradores escolares então decidiram que nenhum professor em suas escolas deveria tocar em um aluno quando se comportasse mal, porque não queriam publicidade negativa, e não queriam ser processados. (Há uma grande diferença entre disciplinar e tocar,bater, dar socos, humilhar echutar, etc.) E nós concordamos com tudo. Aí alguém sugeriu que devería mos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem, e que nem precisariam contar aos pais. E nós aceitamos essa sugestão sem ao menos questioná-la. Em seguida algum membro da mesa administrativa escolar muito sabido disse que, como rapazes serão sempre rapazes, e que como homens iriam acabar fazendo o inevitável, que então deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem, para que eles pudessem se divertir à vontade, e que nem precisaríamos dizer aos seus pais que eles as tivessem obtido na escola. E nós dissemos, "está bem". Depois alguns dos nossos oficiais eleitos mais importantes disseram que não teria importância alguma o que nós fizéssemos em nossa privacidade, desde que estivéssemos cumprindo com os nossos deveres. Concordando com eles, dissemos que para nós não faria qualquer diferença o que uma pessoa fizesse em particular, incluindo o nosso presidente daRepública, desde que o nosso emprego fosse mantido ea nossa economia ficasse equilibrada. Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia, e uma apreciação natural da beleza do corpo feminino. E nós também concordamos. Depois uma outra pessoa levou isto a um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição na Internet. E nós dissemos, "está bem, isto é democracia, e eles têm direito de ter a liberdade de se expressar e fazer isso". A indústria de entretenimento então disse: "Vamos fazer shows de TV e filmes que promovam profanação,violência e sexo ilícito. Vamos gravar música que estimule o estupro, drogas, assassínio, suicídio e temas satânicos." E nós dissemos: "Isto é apenas diversão, e não produz qualquer efeito prejudicial. Ninguém leva isso a sério mesmo, então que façam isso! Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência, e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, o certo e errado, porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...Provavelmente, se nós analisarmos tudo isto seriamente, iremos facilmente compreender que nós colhemos exatamente aquilo que semeamos! Se uma menina escrevesse um bilhetinho para DEUS, dizendo: "Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?" A resposta Dele seria: "Querida criança, não me deixam entrar nas escolas! Do Seu DEUS." É triste como as pessoas simplesmente culpam DEUS enão entendem por que o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia nos diz. É triste como todo o mundo quer ir para o céu, desdeque não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina. É triste como alguém diz: "Eu creio em DEUS", masa inda assim segue a Satanás, que por sinal, também"crê" em DEUS. É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados! Como podemos enviar centenas de piadas pelo email, e elas se espalham como fogo, mas quando tentamos enviar algum email a respeito de DEUS, as pessoas têm medo de compartilhar e re-enviá-lo a outros! É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas uma discussão pública a respeito de DEUS é suprimida rapidamente na escola e no trabalho. É triste ver como as pessoas ficam inflamadas a respeito de Cristo no Sábado ou Domingo, mas depois se transformam em cristãos invisíveis pelo resto da semana. Você está achando graça? Você mesmo pode não querer re-enviar esta mensagem a muitos da sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado. Não é verdade? Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que DEUS pensa... Rev. João d'Eça

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

O Caráter do Político Astuto: Um Estudo sobre a Vida de Absalão.

Por Pb. Solano Portela 2 Samuel, capítulos 13 a 18 Introdução: A história de Absalão não é uma história bonita. Filho do Rei Davi, ele teve uma existência marcada por inúmeros pecados. Era uma pessoa atraente, simpática, e famosa, que realmente chamava a atenção. Poucas pessoas no mundo poderiam receber o tipo de descrição que dele é feita em 2 Sm 14.25: “Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum”. Quando lemos a sua história, registrada nos capítulos 13 a 18 de 2 Samuel, vemos que ele era um daqueles “líderes natos”, com personalidade marcante e carismática. Era impulsivo em algumas ações, mas igualmente maquinador e conspirador para preencher suas ambições de poder. Por trás de um passado que abrigava até um assassinato de seu irmão, ele não hesitou em utilizar e manipular pessoas e voltar-se contra seu próprio pai, para vir a governar Israel. Uma vez no poder, demonstrou mais impiedade, crueldade e imoralidade. No seu devido tempo, foi castigado por Deus, sofrendo uma morte inglória, sendo Davi reconduzido ao poder.O caráter de Absalão não é diferente de muitos personagens contemporâneos de nossa política. Na realidade, ele reflete bem como a ambição pelo poder, conjugada com outros pecados, transtorna o comportamento de políticos “espertos” e “astutos”, levando-os a uma vida de engano e egoísmo desenfreado, na maioria das vezes com o aproveitamento pessoal do bem público. Necessitamos de sabedoria e discernimento, para penetrarmos a couraça de fingimento que é mostrada à sociedade. Necessitamos de uma conscientização de nossas responsabilidades, como cidadãos, para que estejamos cobrando, com o devido respeito, as responsabilidades de nossos governantes, conforme estipuladas nas Escrituras em Romanos 13. Nosso propósito, neste artigo, é estudar as ações de Absalão registradas no capítulo 15 de 2 Samuel, versos 1 a 12, identificando algumas peculiaridades de sua pessoa e caráter para que sirva de alerta à nossa percepção do mundo político e da busca pelo poder. Queremos verificar se essas características são reflexos da natureza humana submersa em pecado, e aprender que devemos resguardar nosso apoio irrestrito, a tais pessoas de intensa ambição. Devemos também agir responsavelmente como cidadãos cristãos, na medida do possível, para que as instituições que tais pessoas pretendem governar sejam também resguardadas. As Características de Absalão Vejamos, 10 características do político astuto e matreiro que foi Absalão, conforme o relato que temos no capítulo 15 do Segundo livro de Samuel: 1. Ostentação e demonstração de poder. No verso 1, lemos: “Depois disto, Absalão fez aparelhar para si um carro e cavalos e cinqüenta homens que corressem adiante dele”. No capítulos 13 e 14 lemos como Absalão ficou foragido, após assassinar seu irmão. Aparentemente, Davi tinha grande amor por Absalão e, após três anos dos acontecimentos que culminaram no assassinato e fuga, Davi o recebe de volta. Absalão era famoso. Em 2 Sm 14.25 lemos que ele era “celebrado” por suas qualidades físicas invejáveis e impecáveis. Possivelmente tudo isso havia “subido à cabeça”. Em vez de assumir uma postura de humildade e contrição, em seu retorno, o texto nos diz que ele trafegava em uma carruagem com cavalos. Semelhantemente a tantos políticos contemporâneos ele se deleitava na ostentação e na demonstração de poder. Nesse sentido, formou um extraordinário séquito de “batedores” – cinqüenta homens que corriam “adiante dele”. Certamente tudo isso contribuía para chamar ainda mais atenção, para a sua pessoa, e ia se encaixando nos planos que possuía, para a tomada do poder. Vamos ter cuidado com aqueles que buscam a ostentação e a demonstração do poder que já possuem, pois irão aspirar sempre mais e mais, às custas de nossa liberdade. 2. Comunicação convincente. O verso 2, diz: “Levantando-se Absalão pela manhã, parava à entrada da porta; e a todo homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: De que cidade és tu? Ele respondia: De tal tribo de Israel é teu servo...”. Parece que Absalão não era preguiçoso. Levantava-se cedo e já estava na entrada da cidade, falando com as pessoas. Possivelmente tinha facilidade de comunicação, de “puxar conversa”. Identificava aqueles que tinham necessidades, aqueles que procuravam acertar alguma disputa e logo entrava em conversação com eles. Certamente essa é uma das características que nunca falta aos que aspiram o poder. Devemos olhar além da forma – devemos atentar para o conteúdo e a substância, procurando discernir os motivos do comunicador. 3. Mentira. O verso 3 mostra que Absalão era mentiroso. Era isso que Absalão comunicava àqueles com os quais ele conversava, com os que tinham demandas judiciais a serem resolvidas: “Então, Absalão lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei”. Descaradamente ele minava a atuação, autoridade e função do rei Davi, seu pai. Com a “cara mais limpa”, como muitos políticos com os quais convivemos, passava uma falsidade como se fosse verdade. Certamente existia quem ouvisse as pessoas, em suas demandas. Certamente, nem toda causa era “boa e reta”, mas Absalão não estava preocupado com isso, nem com a verdade. Ele tinha os seus olhos postos em situação mais remota. Ele queria o poder a qualquer preço. Para isso não importava se ele tinha que atropelar até mesmo o seu pai. Não sejamos crédulos às afirmações inconseqüentes, às generalizações mentirosas de tantos que aspiram o poder. 4. Ambição e engano. O verso 4, confirma a linha de ação adotada por Absalão, na trilha da decepção: “Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!” Será que realmente acreditamos que o malévolo Absalão estava mesmo preocupado com o julgamento reto das questões? Será que ele tinha verdadeira “sede e fome de justiça”? A afirmação demonstra, em primeiro lugar que a sua ambição era bem real – ele queria ser “juiz na terra” – posição maior que era ocupada pelo rei seu pai. Quanto à questão de “fazer justiça” – será que realmente podemos acreditar? Certamente com a demonstração de impiedade e injustiça que retratou posteriormente, quando ocupou o poder, mostra que isso era ledo engano aos incautos. Quantas pessoas terão sido iludidas por ele! Quantas o apoiaram porque acharam que ali estava a resposta a todas as suas preces e anseios – “finalmente, alguém para fazer justiça”! Como é fácil sermos iludidos e enganados em nossas necessidades! Não sejamos ingênuos para com promessas que não poderão ser cumpridas. 5. Bajulação. No verso 5, vemos como Absalão era mestre em adular aos que lhe interessavam: “Também, quando alguém se chegava para inclinar-se diante dele, ele estendia a mão, pegava-o e o beijava”. Que político charmoso! Estava prestes a receber um cumprimento, mas ele se antecipava! Com uma modéstia que era realmente falsa, como veríamos depois, ele fazia as honras para com o que chegava. Realmente era uma pessoa que sabia fazer com que os que o visitavam se sentissem importantes. Sempre gostamos de receber um elogio, de sermos bem tratados. Tenhamos a percepção de verificar quando existem interesses ocultos ou motivos noturnos por trás da cortesia aparente. 6. Furto de corações O despertar de seguidores ferrenhos! O verso 6 fala literalmente dessa característica. Não, Absalão não violava sepulturas, nem estava interessado em transplantes de órgãos. Mas no sentido bem coloquial ele “roubava corações”: “Desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo e, assim, ele furtava o coração dos homens de Israel”. Com as ações descritas nos versos precedentes, Absalão angariava seguidores apaixonados por seu jeito de ser. Sua bandeira de justiça livre e abundante para todos, capturava o interesse, atenção e lealdade dos cidadãos de Israel. Não importava se havia um rei, legitimamente ungido pelo profeta de Deus. Aqui estava um pretendente ao poder que prometia coisas muito necessárias. Que era formoso de parecer. Que falava bem. O que mais poderiam as pessoas esperar de um governante? Será que alguém se preocupou em averiguar a sinceridade das palavras e das proposições? Será que alguém tentou aferir se as promessas proferidas eram possíveis de ser cumpridas? O alerta é para cada um de nós, também. 7. Falsa religiosidade Os versos 7 a 9 registram: “Ao cabo de quatro anos, disse Absalão ao rei: Deixa-me ir a Hebrom cumprir o voto que fiz ao SENHOR, Porque, morando em Gesur, na Síria, fez o teu servo um voto, dizendo: Se o SENHOR me fizer tornar a Jerusalém, prestarei culto ao SENHOR”. É incrível como muitos políticos, mesmo desrespeitando os mais elementares princípios éticos, pretendem, em ocasiões oportunas, demonstrar religiosidade e devoção. No transcorrer do texto, vemos que tudo não passava de casuísmo, da parte de Absalão. Ele procurava costurar alianças. Procurava trafegar pela terra realizando os seus contatos, mas a fachada era a sua devoção religiosa. Pelo amor ao poder, antigos ateus declarados, se apresentaram como religiosos devotos. No campo evangélico deve haver uma grande conscientização de que existe uma significativa força eleitoral e política. Na busca pelo voto evangélico, muitos se declaram adoradores do Deus único e verdadeiro. Não nos prendamos às palavras, mas examinemos a vida e as obras de cada um, à luz das idéias que defendem. Vejamos também se as propostas apresentadas se abrigam ou contradizem os princípios da Palavra de Deus. 8. Conspiração O verso 10, mostra que, finalmente, Absalão partiu para a conspiração aberta: “Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom”. Insurgiu-se de vez contra o rei que havia sido ungido por Deus, para governar Israel. Não – ele não era um democrata que queria instalar uma república naquela terra. Valia-se de sua personalidade magnética, do seu poder de comunicação e das ações comentadas e registradas nos versos anteriores, para instalar um governo que seria não somente despótico, como opressor e abertamente imoral (2 Sm 16.22). Que Deus nos guarde dos políticos conspiradores, que desrespeitam as leis e autoridades e que são egoístas em sua essência. 9. Utilização de inocentes úteis Leiamos o verso 11: “De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio”. Certamente essas duzentas pessoas, selecionadas a dedo, eram pessoas importantes e influentes. Certamente transmitiram a impressão que havia um apoio intenso e uniforme às pretensões de Absalão. Vemos que não é de hoje que as pessoas participam de uma causa sem a mínima noção de todas as implicações que se abrigam sob o apoio prestado. Devemos procurar pesquisar e estarmos informados sobre as causas públicas e sobre as questões que afetam a nossa vida e a da nossa nação. Nunca devemos permitir que sejamos utilizados como “inocente úteis” em qualquer causa, como foram aqueles “convidados” de Absalão. 10. Populismo O verso 12 registra: “Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão”. Vemos que, saindo do estágio secreto, a campanha ganhou as ruas e ganhou intensa popularidade, ao ponto em que um mensageiro chegou a dizer a David (v. 13) “o coração de todo Israel segue a Absalão”. Um dos ditos populares mais falsos é: “a voz do povo é a voz de Deus”. Não nos enganemos – muitas questões são intensamente populares, mas totalmente contrárias aos princípios da Palavra. Assim é também com as pessoas – a popularidade não é um selo de aprovação quanto ao comportamento ético e justo. Democracia (a regência pela maioria do povo) não é uma forma de se estabelecer o que é certo e o que é errado, mas uma maneira administrativa de se reger o governo sob princípios absolutos que não devem ser manipulados pela maioria, ou por minorias que se insurgem contra esses preceitos de justiça. Como cristãos, devemos ter uma visão muito clara dos princípios eternos de justiça, ética e propriedade revelados por Deus em Sua Palavra. Conclusão A história de Absalão que se iniciou no capítulo 13, continua até o capítulo 18. Absalão sempre gravitou próximo ao poder, mas aspirava o poder absoluto. Para isso, fez campanha, conspirou e lutou contra o seu próprio pai. Aparentemente esse político astuto foi bem sucedido. Foi alçado ao poder e lá se consolidou perseguindo e aniquilando os seus inimigos, entre os quais classificou o seu pai Davi, a quem tentou, igualmente, matar. Ocorre que os planos de Deus eram outros. Seu conturbado reinado foi de curta duração. Causou muita tristeza, operou muita injustiça e terminou seus dias enganchado pelos cabelos em uma árvore, enquanto fugia, e foi morto a flechadas.Parece que vivemos permanentemente em campanha eleitoral, em nossa terra. A política, naturalmente, desperta fortes paixões, interesses e defesas. Muitos políticos, em sua busca pelo poder, passam a demonstrar muitas características demonstradas na vida de Absalão. É natural que alguém que almeja um cargo de liderança qualquer, possua um comprometimento intenso às suas idéias e objetivos. Os partidários, também submergem nesse mesmo espírito de luta. O problema vem quando a paixão, quer pelo líder, quer pelo poder, leva à cegueira moral, como na vida de Absalão. Nesse caso, desaparece a ética e princípios são atropelados. Os partidários, às vezes até sem perceberem, são sugados e manipulados. Em muitas ocasiões verificam que se encontram em uma posição de defender até o que não acreditam.O cristão tem que se esforçar para ter uma consciência e vida tranqüila e serena perante Deus e perante os homens. Ele tem que se conscientizar que a sua lealdade é primordialmente para com Deus, para com a Sua Palavra objetiva, para com a causa do evangelho. Participação política consciente não significa lealdade inconseqüente. Na maioria das vezes o cristão verificará que se apoia esse ou aquele candidato, assim o faz não porque ele é o ideal e defensável em qualquer situação, mas porque representa o menor dos males, entre as escolhas que lhes são apresentadas. Sobretudo ele não pode se deixar manipular, como no caso dos seguidores de Absalão. Devemos, sempre, com respeito, apontar o desrespeito aos princípios encontrados nas Escrituras, por aqueles sobre os quais Deus colocou a responsabilidade de liderar o governo e as instituições de nosso país, lembrando 1 Tm 2.1-8, intercedendo sempre por eles em oração Este artigo pertence à pena do Pb. Solano Portela (www.solanoportela.net). Usado com a devida autorização do autor. Há um link aqui que leva direto para o Blog do Solano, Augustos e Mauro Meister.

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