sexta-feira, 1 de setembro de 2006

COISAS PEQUENAS TRANSFORMADAS EM AÇÕES GRANDIOSAS.

Sermão Monólogo. Autor: Rev. João d’Eça Sermão Monólogo da História do Menino com cinco pães e dois peixinhos. João 6: 9-13; Mat. 14: 13-21; Mc. 6: 30-44; Lc.9: 10-17. Eram já, quatro horas da manhã, e como fazíamos todos os dias lá em casa, levantamos cedo de uma agradável noite de sono, e fomos todos cuidar dos afazeres da casa, que ao nascer do sol, tudo deveria estar pronto para a primeira refeição do dia. Meu pai era um bom pescador, e garantia o sustento da família pescando em Tiberíades. A nossa refeição nesta bela manhã de verão foi pão de cevada com peixes. Minha mãe, como sempre fazia, preparou tudo com muito carinho e de uma maneira saborosa. Antes de comer nós orávamos, agradecendo a Deus pelas bênçãos derramadas sobre as nossas vidas. Eu naquela manhã não conseguia esconder a ansiedade de sair novamente a procura daquele mestre de quem todos falavam muito bem. Soube que ele está vindo para esses lados, e dessa vez eu não vou perder a oportunidade de conhece-lo, pois me disseram que ele é diferente de todos, pois fala como quem tem autoridade e os que o conhecem, não encontram defeito em seu caráter, e dizem que ele recebe a todos, grandes e pequenos, ricos e pobres da mesma maneira, com respeito e consideração. Aindo sou muito moço, tenho 15 anos, sou considerado uma criança, mas sei que já sou um homem, pelo menos eu acho assim. Pela manhã, após fazer minhas tarefas de casa, saí e levei comigo um pouco da comida da manhã, eram cinco pães de cevada e dois peixinhos, para o caso de eu sentir fome, pois estou decidido a ficar até o final do dia para ver o Mestre e talvês ouvir o som de sua voz. Andei até o local onde muitos estavam indo, seguindo aqueles que também queriam ouvir o mestre de Nazaré, andei muito, cheguei cansado mais feliz, principalmente porque fiz alguns amigos no caminho. Ao chegarmos ao local, logo avistei um grupo de homens, todos juntos, mas não consegui distinguir aquele que queria, pois todos eles eram iguais, porém quando alguns deles fizeram sinal para todos assentarem-se, vi um homem diferente, cujos gestos eram todos bem suaves, coordenados, tranqüilos. Não havia ninguém ao meu redor que não estivessem admirados com aquele homem. Com um gesto de mãos ele fez sinal para todos aquietarem-se sentando na relva. Todos obedeceram, então ele começou a falar. Ele falava de uma maneira que todos compreendiam os seus ensinos e todos davam a devida atenção. Até mesmo quem passava rumo a outra atividade, ao ouvir aquela voz, pareciam ser arrebatados por suas palavras, paravam e o ouviam. Aquele homem falou do modo de vida correto que se deve viver diante de Deus e dos homens, ele tocava vidas, descortinava os corações, as suas palavras tirava a venda de muitos olhos, foi muito bom ouvir aquele homem, quizera que meus pais estivessem aqui também. Após as suas lindas palavras um dos seus discípulos, como que prevendo a necessidade do momemto, saiu por entre as pessoas como que procurando algo. Ele veio em minha direção e me perguntou: - Menino! O que você traz no seu alforge? - Somente cinco pães de cevada e dois peixinhos, senhor. Respondi. O homem virou-se e voltou para junto do mestre. O Mestre após proferir o seu discurso, de dizer coisas tão belas e úteis para a vida, olhou a multidão com grande compaixão que seus olhos mostravam, então chamou um de seus homens e perguntou: - Filipe, onde compraremos pão para lhes dar de comer? O homem então respondeu assustado: - Não lhes bastariam duzentos denários de pão para receber cada um o seu pedaço. Jesus então olhou para o homem de uma maneira que para mim me pareceu que ele já sabia que aquela seria a resposta, e no mesmo momento o homem que havia indagado de mim sobre o que eu levava no alforge, lhe disse: - Mestre, está ai um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas o que é isto para tanta gente? No primeiro momento eu nem percebi que ele falava de mim, até que vi o mestre vindo em minha direção sem que ninguém o apontasse, e enquanto vinha disse a outro discípulo chamado André: - Fazei o povo assentar-se. Jesus chegou até mim, o seu semblante estava radiante e calmo e passou-me uma paz jamais sentida. Ele olhou-me nos olhos com profundo amor e parecia que ele já sabia o que ia acontecer. Ele me disse: - Filho, dá-me o que tu tens. Sem dizer palavra, com os olhos marejados de lágrimas entreguei-lhe não somente os cinco pães e os dois peixinhos, mas também ali, naquele momento, entreguei-lhe a minha vida, o meu destino e dediquei-lhe a partir de então, todo o meu amor. Jesus afastou-se e novamente acenou com um gesto suave para que todos se assentassem, pegou os cinco pães de cevada e os dois peixinhos, colocou-os em um cesto pequeno, levantou-os ao Céu e fez uma oração de agradecimento a Deus, baixou tudo de novo e começou a tirar de dentro do cesto pães e peixes, multiplicados milagrosamente, mandando os seus discípulos distribuírem para o povo que estava assentado. Ninguém ficou de fora da distribuição. Ao final, já próximo do início da tarde, quando todos já haviam se alimentado, Jesus chamou os seus doze seguidores e disse-lhes: - Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. Cada um dos discípulos ajuntou os seus cestos repletos de pedaços de pão. Todos os participantes diziam: “Este é de fato o profeta que devia vir ao mundo”. Jesus mudou a minha vida; desde ai, eu aprendi que o Senhor pode usar a nossa insignificância e os parcos recursos que dispomos para fazer coisas extraordinárias. Se nos dispuzermos a entregar tudo a Jesus, a começar de nossa vida, Ele mudará o nosso ser por completo e também o nosso destino. Garantirá para quem se rende a ele uma gloriosa esperança e a mais completa paz. Jesus mudou a minha vida para sempre.

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