segunda-feira, 4 de setembro de 2006
QUE PAÍS EU QUERO ?
Por
Rev. João d’Eça
No próximo dia 1º de Outubro desse ano, todos os brasileiros irão às urnas para eleger deputados estaduais, federais, senadores, governadores de Estado e do Presidente do Brasil. Os brasileiros estarão depositando todas as suas esperanças de ver um Brasil melhor na escolha de homens e mulheres que lhes representem dignamente. É isso que queremos. Queremos representantes do Poder Legislativo que cumpram suas responsabilidades para com o país. Estamos cansados dos “anões do Orçamento”, “Mensaleiros” e “Sanguessugas”, de políticos que só pensam em seus próprios interesses, que elegem-se na base de falsas promessas e que não abrem mão de vantagens pessoais enquanto a população é vergonhosamente deixada nas mãos da criminalidade.
Queremos reformas admistrativas, queremos reformas no Código Penal, queremos reformas políticas de preferência com voto distrital, queremos reformas em todas as instâncias legais que garantam ao povo brasileiro um mínimo de segurança e dignidade. Queremos um país em que os maus temam a justiça e sejam castigados se cometerem crimes e os cidadãos de bem sintam-se motivados e sejam premiados.
Estas reivindicações se baseiam nas simples constatações abaixo:
-Gasta-se mais, com um preso em uma penitenciária, do que com uma criança na escola, e isto mensalmente;
-Doentes amputados ou com enfermidades terminais gritam de dor nas enfermarias de hospitais, por falta de analgésicos adequados, enquanto uma máfia despudorada enche os bolsos com recursos de venda fraudulenta de ambulâncias (Os Deputados e Senadores Sanguessugas).
-Policiais têm menos direitos que os bandidos. O crime organizado arrecada milhões e financia desde cursos de Direito, Concursos em órgãos públicos da Justiça até candidaturas políticas.
-Leis que precisam ser aprovadas encontram-se engavetadas, pois não são consideradas prioritárias por um Congresso incompetente, cujos parlamentares só pensam em se locupletar. Aliás, tal Congresso inocenta corruptos confessos e condena outros a penas ridículas.
-Os congressistas denominados cristãos, componentes da “bancada evangélica”, mergulham no mar de lama, encaminham projetos voltados apenas para o benefício de seus currais evangelicais e não se preocupam com a totalidade da Nação, esmagada pelo opróbrio e descaso público. Se travestem de “crentes” mas na realidade são “lobos devoradores”. Eu não conheço nenhum pastor ou crente que seja canalha ou mal caráter, mas eu conheço muitos canalhas e hipócritas que se dizem pastores e crentes.
-O País oferece poucas perspectivas para o honesto e o íntegro. Os investimentos em pesquisa de ponta são pífios, a carga tributária desestimula a geração de emprego e renda. Os mais fracos não são defendidos da truculência dos poderosos. O Brasil não se posiciona eficazmente no mercado internacional, gasta mais do que arrecada, tem pouco a oferecer à próxima geração de aposentados — considerados como simples “peso” ou “despesa”. Não há um plano de longo prazo para viabilização nacional, muito menos líderes dispostos a implementar algo semelhante. Os cabeças da nação nada mais fazem do que trocar acusações enquanto tentam esconder as próprias fraudes.
-Os jovens tornam-se politicamente cínicos; não têm projeto político. Desejam apenas encontrar seus lugares ao sol, se divertir e consumir, esquecendo-se da sociedade que mergulha no caos. A única esperança do país é uma nova geração de dirigentes com uma nova utopia lastreada no temor a Deus e valorização do homem. Quem quer fazer parte dssa nova geração?
-O Brasil, nesse exato momento, é um país de manipulados, pois, diante de tudo isso, os índices de popularidade dos corruptos é imenso. Parece que as pessoas não têm como abrir os olhos para ver a realidade. Pessoas inocentes são enganadas com programas que distribuem esmolas, com “bolsas” que nada mais são do que compra de votos, onde a população carente que precisa realmente, que foi jogada nessa situação por políticas de exclusão, agora se vê como “massa de manobra” para perpetuar no poder gente mentirosa que tem discurso mentiroso, que prometeu uma coisa e depois “cuspiu” em tudo que falou anteriormente.
É preciso orarmos por mudanças radicais em nosso País. É preciso agir. Podemos começar a fazer isso a partir de primeiro de Outubro desse ano, mas não apenas isso. É preciso que nós que temos a mente de Cristo, possamos nos articular em diversos âmbitos da sociedade, refletindo, criando ações que promovam a mudança na estrutura do país. Pequenas ações que mudem porções pequenas, mas, que juntas, formarão um novo mosaico de justiça, esperança e solidariedade. O crime está cada vez mais “organizado”, os corruptos estão cada vez mais “organizados”. Os cidadãos de bem do Brasil, que amam essa nação, não podem mais apenas abaixar as cabeças. Temos de agir, pelo bem de nossos filhos e netos. Pelo bem da próxima geração. Que legado lhes deixaremos?
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