segunda-feira, 22 de abril de 2019

O DÍZIMO, VOLUNTÁRIO OU OBRIGATÓRIO?


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João d’Eça


O dízimo faz parte do projeto de Deus para sustento de sua Igreja e para o bem do homem.

Introdução:
            A Igreja Cristã, iniciada por Jesus Cristo, tem uma missão a cumprir no mundo – evangelizar. Mas mesmo que a evangelização seja próximo, e não distante como a atuação de muitas igrejas através de missionários, para cumprir a missão de evangelizar a igreja precisa de dinheiro. Dinheiro não cai do céu, portanto, compete aos homens e mulheres sustentarem a Igreja visível na parte financeira.

O dízimo é uma ordenança bíblica, é uma ordem de Deus que não pode ser discutida e é como toda ordenança do Senhor, é para o bem do homem. O plano de contribuição deve levar o crente a reconhecer a soberania de Deus sobre todas as coisas.

Objeções ao dízimo
            Geralmente quem se opõe à prática do dízimo nessa dispensação, são os avarentos que não contribuem e estão roubando o Senhor (Ml. 3.8). As objeções que se levantam sempre vão pelo mesmo caminho argumentativo:

            - O dízimo é da lei e não est6amos mais debaixo da lei de Moisés!
Resposta: Ocorre que a prática do dízimo faz parte de uma lei moral, porque reconhece que tudo vem de Deus;

            - Jesus não deixou um mandamento sobre o dízimo!
            Resposta: O nosso Senhor falou sobre o dízimo em duas oportunidades (Mt. 23.23, 24). No v, 23 Jesus  Cristo apoia integralmente a prática do dízimo conforme está na Lei;

            - Paulo não faz referência ao dízimo!
            Resposta: Em I Co. 16.2 há um esquema de contribuição, da seguinte forma:

                        1 – “No primeiro dia da semana” – Oferta sistemática;
                        2 – “Cada um de vós” – Oferta Pessoal;
                        3 – “Ponha de parte, em casa” – Oferta preparada;
                        4 – “Conforme a sua prosperidade, e vá juntando” – Oferta proporcional;
                        5 – “Para que se não façam coletas” – Ofertas preventivas. Isso mostra que as ofertas de Paulo era total.

            - A igreja primitiva não era dizimista!
            Resposta: Quem usa esse argumento, deve então contribuir como contribuía a igreja primitiva:

            Atos 2.44,45: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. VENDIAM AS SUAS PROPRIEDADES E BENS, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.” (Grifo meu!).

            Atos 4.34-37: “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, VENDENDO-AS, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho da exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos.”

            - Eu sou pobre, meu dízimo é muito pouco!
            Resposta: Deus não dividiu a humanidade entre pobres e ricos. O pobre pode entregar a parte de Deus proporcionalmente, como Deus pede e andar com a cabeça erguida, tranquilo em paz com a sua consciência.

            - Eu ganho pouco e nada sobra!
            Resposta: Deus não quer de nós as sobras, os restos, ele exige de nós o que nos pede, a fidelidade. O dízimo não é pesado para o pobre e leve para o rico, isso é uma falácia. O dízimo é proporcional a cada um. Ninguém pode estabelecer a proporção para menos, a não ser para mais. O dízimo não pode ser retido, sob pena de roubo. A pessoa pode contribuir com mais de 10%, mas nunca com menos do que esse percentual estabelecido por Deus.

Como entregar o dízimo biblicamente.
            O dízimo deve ser administrado pela igreja e nunca por quem o entrega. Há pessoas que querem administrar o dízimo do jeito que querem. Trazem notas de gastos para serem contabilizados na hora de entregar o seu dízimo no altar, como se fossem eles que administrassem os recursos da casa do Senhor e não a liderança estabelecida por Deus. Fazer isso é motivo de atrair problemas para si. Gaste o que é seu e não o que é do Senhor.

O dízimo é anterior a Lei de Moisés (Gn. 14.18-20; Gn. 28.20-22). Há uma taxa mínima. Paulo recomenda contribuir conforme propôs no coração, mas nunca abaixo do estabelecido. Se uma pessoa quer contribuir com um dízimo de 15% dos seus rendimentos, pode, mas se quiser contribuir com 8% ai não pode, deixa de ser dízimo e passa a ser oferta. A fidelidade deve ser completa, dentro do que Deus estabeleceu em sua palavra. Tentar administrar os dízimos ao seu bel-prazer, atrai, como diz a Escritura, maldição (Ml. 3.8,9 e Ageu 1.5,6).

                        Ageu 1.5,6“Ora, pois, assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai o vosso passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado.”

Ser dizimista fiel garante receber as bênçãos divinas (Ml. 3.10). Os períodos de declínio espiritual eram marcados pelo abandono do dízimo, assim é também nos nossos dias (Neemias 13.10-14). Em contrapartida, a prática do dízimo trouxe bênçãos (II Cr. 31.5-10). E para as igrejas que estão atravessando crises na área financeira, a solução para resolver o problema na igreja de Deus, é os dizimistas se manterem fieis.

Conclusão:
O dízimo não é voluntário, é uma obrigação de honra de cada crente. O dízimo é do Senhor e por isso deve ser entregue à igreja. Nenhum crente jamais viverá em paz com Deus e jamais terá paz na família, se falhar nessa área.

Reconheça que Deus é o dono de tudo, que não precisa de nada seu, mas você sim, precisa de Deus em tudo. Ele te pede fidelidade. Portanto, separe a décima parte de seus vencimentos para entregar ao Senhor, no culto, como prova de adoração e do reconhecimento do domínio do Senhor sobre a tua vida e sobre tudo o mais.

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