sábado, 24 de outubro de 2009

ABUSO SEXUAL NA IGREJA CATÓLICA ERA PROBLEMA HOMOSSEXUAL, NÃO PEDOFILIA.


Hilary White


GENEBRA, Suíça, 29 de setembro de 2009 (Notícias Pró-Família) —

A crise de abuso sexual na Igreja Católica dos EUA e do exterior era uma questão de homossexuais espreitando rapazes adolescentes, não de pedofilia, disse o representante do Vaticano na ONU em Genebra, Suíça. É “mais correto”, disse o Arcebispo Silvano Tomasi, falar em efebofilia, atração homossexual para com adolescentes do sexo masculino, do que pedofilia, em relação aos escândalos.

“De todos os padres envolvidos nos abusos, 80 a 90 por cento pertencem a essa minoria de orientação sexual que se envolve sexualmente com rapazes adolescentes entre as idades de 11 e 17”, disse Tomasi. Sua declaração foi apoiada por um relatório comissionado pelos bispos dos EUA que revelou que na maioria esmagadora dos casos o clero envolvido era homossexual, com 81 por cento das vítimas sendo adolescentes do sexo masculino.

Tomasi também respondeu às críticas, dizendo que embora a Igreja Católica tenha estado “ocupada limpando sua própria casa, seria bom se outras instituições e autoridades, onde a maior parte dos abusos foi registrada, pudessem fazer a mesma coisa e informar os meios de comunicação sobre isso”. De acordo com informações de várias fontes, o problema do abuso sexual de menores em organizações religiosas é geral entre as igrejas protestantes e comunidades judaicas.

A declaração vem como resultado de acusações no Conselho de Direitos Humanos da ONU, que publicou uma declaração escrita de um grupo secular, a União Humanista e Ética Internacional (UHEI), alegando que o Vaticano era responsável pela proliferação de casos de abuso sexual envolvendo padres católicos. A UHEI acusou a Igreja Católica de não honrar obrigações sob a Convenção da ONU dos Direitos da Criança.

“A Santa Sé foi duramente implicada durante décadas no acobertamento de casos de abuso sexual praticados por seu clero e ordens religiosas, na obstrução da justiça e na negligência de lidar adequadamente com os abusadores”, disse Roy Brown, principal representante da UHEI no encontro da ONU em Genebra.

“Por tempo longo demais o mundo deu total liberdade para a Igreja Católica, por sua presumida liderança moral. Nosso relatório é o primeiro a trazer a questão para a atenção do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Estaremos fazendo menção ao nosso relatório no plenário desse conselho na próxima semana”.

Contudo, Tomasi defendeu o passado da Igreja, dizendo que “as pesquisas disponíveis” mostram que só 1,5 a 5 por cento do clero católico haviam sido implicados em alegações de abuso, e sugerindo que parte do foco deve ser mudada para outras organizações que estão empesteadas de acusações de abuso sexual.


A vasta pluralidade das igrejas protestantes nos EUA, contando mais de 224.000, inclusive milhares de grupos não denominacionais independentes, tornam inteiramente impossível o tipo de monitoramento e registro organizado de casos individuais de abuso como era feito na Igreja Católica. Apesar disso, alguns dos casos de abuso sexual em outros grupos religiosos foram documentados de forma bem fragmentada.

Em junho de 2007, a Associated Press revelou que três empresas que fazem o seguro da maioria das igrejas protestantes dos EUA disseram que receberam mais de 260 relatórios anuais de menores de 18 anos sendo abusados sexualmente pelo clero, funcionários da igreja, voluntários ou membros da congregação. As empresas Church Mutual Insurance Co., GuideOne Insurance Co. e Brotherhood Mutual Insurance Co., que fazem o seguro de 165.495 igrejas por responsabilidades civis por abuso sexual de crianças, frisaram que suas estatísticas nem sempre especificavam quais casos eram contra menores e acrescentaram que nem todas as alegações eram acompanhadas de condenações ou até mesmo investigações.

Pesquisas nacionais feitas pelo Christian Ministry Resources (CMR), uma editora de conselhos de leis e impostos que trabalha para mais de 75.000 congregações e 1.000 agências denominacionais, também divulgou um relatório que revelou que as alegações de abuso sexual de crianças contra as igrejas protestantes são de uma média de 70 por semana desde 1993, com uma leve piora começando em 1997. O mesmo relatório também revelou que entre as igrejas protestantes, há mais probabilidade de que os voluntários, não os pastores ou funcionários, sejam os abusadores.

Em 2002, o Rev. William Persell, bispo da diocese episcopal de Chicago, disse num sermão sobre a Sexta-Feira da Paixão: “Seríamos ingênuos e desonestos se disséssemos que esse é um problema católico e que não tem nada a ver conosco, pois temos na nossa igreja pastores casados e pastoras. O pecado e a conduta abusiva não conhecem fronteiras eclesiásticas”.

O Relatório John Jay, comissionado pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA e baseado em pesquisas finalizadas pelas dioceses católicas nos Estados Unidos, revelou que entre 1950 e 2002, um total de 10.667 indivíduos haviam feito alegações de abuso sexual de crianças na Igreja Católica. Desse número, as dioceses puderam confirmar 6.700 acusações contra 4.392 padres.

Em 2002, no auge do furor contra os casos de abuso sexual na Igreja Católica, James Cobble, diretor executivo do CMR, disse que embora a Igreja Católica tivesse recebido a maioria da atenção dos meios de comunicação, “esse problema é ainda maior nas igrejas protestantes simplesmente por causa de seus números muito maiores”. Das aproximadamente 350.000 nos EUA, só 5 por cento são católicas.

Além disso, a evidência mostrou que os casos de abuso na Igreja Católica haviam sido ligados à onda de permissividade sexual na sociedade em geral coincidindo com a “revolução sexual” da década de 1960. Os abusos alegados aumentaram dramaticamente na década de 1960, chegaram ao máximo na década de 1970, diminuíram na década de 1980 e na década de 1990 voltaram aos níveis da década de 1950.

Leia a cobertura relacionada de LifeSiteNews.com:

Abuse in the Church: Homosexuality, Dissent and Modernism

http://www.lifesitenews.com/ldn/2002/jun/020618a.html

Traduzido originalmente por: http://www.juliosevero.com/

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