sexta-feira, 11 de maio de 2007

DISCURSO DE BENTO XVI – “A ÚNICA IGREJA DE CRISTO, SUBSISTE NA IGREJA CATÓLICA”.


Por
Rev. João d'Eça
Há cerca de 20 minutos atrás o papa Bneto XVI, proferiu o seu discurso aos Bispos reunidos na Catedral da Sé em São Paulo. Falando sobre Ecumenismo, o papa fez a seguinte declaração, trancrita abaixo:

“...O ecumenismo, ou seja, a busca da unidade dos cristãos, torna-se nesse nosso tempo, no qual se verifica o encontro das culturas e o desafio do secularismo, uma tarefa sempre mais urgente da Igreja Católica. Como a multiplicação porém, de sempre novas denominações cristãs, e sobre tudo, diante de certa formas de proselitismo, frequentemente agressivo, o empenho ecumênico torna-se uma tarefa complexa.

Em tal contexto é indispensável uma boa formação histórica e doutrinal, que habilite ao necessário discernimento e ajude a entender a identidade específca, de cada uma das comunidades, os discernimentos que dividem e aqueles que ajudam no caminho da construção da unidade.

O grande campo comum, de colaboração, deveria ser a defesa dos fundamentais valores morais, transmitidos pela tradição bíblica, contra a sua destruição numa cultura relativista e consumista, mas ainda a fé, em Deus Criador e em Jesus Cristo, seu Filho encarnado. Além dos mais, vale sempre o princípio do amor fraterno e da busca de compreensão e de proximidade mútuas, mas também a defesa de fé do nosso povo confirmando na feliz certeza que a única igreja de Cristo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”.

Comentário das palavras acima:

1 - Com relação ao Ecumenismo, é muito difícil para católicos e protestantes, judeus e ortodoxos, sentarem-se numa mesa, a não ser para discutirem questões meramente de trabalhos sociais em conjunto ou para protestarem juntos por uma causa, como por exemplo, a Lei do Aborto e a Lei Anti-Homofobia que está sendo proposta pelo Governo Lula. O Aborto e a questão do Homossexualismo é uma causa comum tanto de protestantes quanto de católicos.

2 - Não podemos nos unir em torno de questões doutrinárias, estas irão sempre nos separar, pois as crenças e entendimentos bíblicos-doutrinários entre católicos e protestantes, se excluem:

a - A Mariolatria - Nenhum protestante que tenha a Bíblia Sagrada como sua regra de fé e prática, aceitará Maria como intermediadora, pois essa doutrina claramente contraria a Bíblia;

b - Nenhum protestante que tenha a Bíblia Sagrada como Palavra revelada de Deus, aceitará Maria como có-redentora ou que Pedro tenha sido Bispo de Roma (primeiro papa), pois não há nenhuma menção na Bíblia e na História de que o apóstolo Pedro, sequer tenha estado em Roma durante a sua vida, ou que tenha liderado a Igreja como líder hierarquicamente superior aos demais;

c - Nenhum protestante sério, que tenha a Bíblia como regra de fé, aceitará jamais o papa como mediador, ou líder da igreja cristã Universal. Ele é líder da igreja romana, não da igreja Mundial, não de todas as igrejas. A ICAR (Igreja Católica Romana), alega a liderança de uma igreja que tenha um só rebanho e um só pastor, sendo este "pastor", o papa. Isto é impossível. Nenhum cristão sério, que tenha a Bíblia Sagrada como Palavra revelada de Deus, aceitará tamanha blasfêmia. Nosso Pastor é Jesus Cristo.

(João 10:16) - "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor".

(Hebreus 13:20) - "Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas".

(I Pedro 2:25) - "Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas".

c - Nenhum protestante que aceite a Bíblia como a única verdade revelada de Deus, aceitará jamais a "Tradição" como uma outra "verdade", nem aceitará jamais o magistério da Igreja Romana como "revelação de Deus";

d - Nenhum outro cristão sério, que tenha a Bíblia Sagrada como Palavra de Deus escrita(Logos) e revelada (Rhema), aceitará a afirmação do papa que disse: "...mas também a defesa de fé do nosso povo confirmando na feliz certeza que a única igreja de Cristo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”. Não podemos aceitar uma afirmação dessa, pois ela é uma afirmação arrogante, prepotente e desrespeitosa. Desrespeita os Ortodoxos, desrespeita os Anglicanos e desrespeita os Protestantes, além de desrespeitar outros grupos crsitãos que submetem-se a Cristo, mas não ao papa de Roma. (Atos 4:12) - "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos".

Conclusão:

A palavra de "sua santidade" o papa romano foi muito infeliz. Aliás, ele foi infeliz em muitas de suas declarações no Brasil, mas como os brasileiros são superficialmente religiosos, sem profundidade doutrinária, não se preocupam em examinar as Escrituras pelas Escrituras, (João 5:39) - "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam".

Mas esta, já é outra história...

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bem feito esse seu artigo. Muito bem explicado usando textos bíblicos. Parabéns.

Acho que o Papa romano deveria ser mais diplomático com os outros grupos cristãos. Na verdade ele desrespeitou os outros cristãos.


Israel Jr.
Curitiba - PR

Minhas postagens anteriores