quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Senado, a Traição e a Corrupção.



Por



Rev. João d'Eça





Não é porque o plenário do Senado Federal resolveu absolver o senador, que signifique que ele é inocente. Ele pode ser qualquer coisa, menos inocente. Ele foi inocentado pelo corporativismo irresponsável e vendido, dos seus pares aliados, e, só Deus sabe o que rolou por baixo dos panos, mais uma coisa é certa, inocente ele não é.


Ele não é inocente porque ele mesmo confessou a sua traição e indignidade. Ele mesmo declarou ter traido a sua mulher num relacionamento extra-conjugal com outra. Sim, ele não é inocente. Ele é culpado de ter quebrado os sagrados votos do matrimônio, culpado de ter traido a confiança de sua família, de sua esposa e de seus filhos, culpado de ter faltado com a palavra quando prometeu amar a sua esposa, honrá-la, respeitá-la. Culpado quando faltou com a palavra diante da lei (Juíz de paz e Cartório de Registro de casamento), quando faltou com a palavra diante do povo (testemunhas do casamento), quando faltou com a palavra diante de Deus (representado pelo sacerdote oficiante da cerimônia).


Um homem que falta com a palavra desse modo, não é digno de confiança. Alguém que trai a própria esposa (a quem prometeu amor eterno), os filhos, os amigos, os parentes dessa forma, é capaz de cometer qualquer outra indignidade em qualquer outra área da vida.


O senador não é íntegro, ele mesmo declacrou. Não é digno de um cargo de tamanha responsabilidade e dignidade, nem ele, nem os que o absolveram, nem os que o apoiam, pois relativizaram um absoluto.


Dignidade não diz respeito somente à profissão ou ao cargo, dignidade tem a ver com a vida toda. Um homem só é digno se o for por completo. Trair a esposa ou o marido é uma indignidade, confessar em público é uma declaração de incompetência e desonra.


Por tudo isso é que para mim, ele é culpado de tudo que o acusam. Se um homem que se diz inocente e justo é capaz de trair a mulher da sua mocidade e a sua própria família, ele é capaz de tudo. Tudo passa a ser relativo na sua mente. Ele trai a esposa, trai os filhos, trai os amigos, trai a Nação, trai a si mesmo.


"Os fins justificam os meios" (Maquiavel).



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