domingo, 30 de agosto de 2015

TODA GLÓRIA SEJA DADA A JESUS CRISTO

A pregação abaixo ocorreu no reinício dos trabalhos do Instituto de Teologia Reformada - INSTER, no qual estou como Deão Acadêmico.


I Cor. 10.31

Abertura das aulas no INSTER – 10/08/2015 – Rev. João d’Eça


Introdução:

Com base nesse versículo vemos que Deus quer que a sua vida traga glória ao Seu nome. O que esse trecho da Escritura diz pra mim e pra você, é que em tudo o que você faça, se comer ou se beber, tudo o que você sente e tudo o que você pensa, deve ter como objetivo a glória de Deus. Todos os seres humanos foram criados para esse fim, trazer glória para o nome do Senhor.

Meu desejo sincero, irmãos, é que Deus nos capacite a viver desse modo durante todas as décadas de vida que ele nos conceder.

É claro que Deus não nos chamou para vivermos uma vida que o glorifique invisivelmente, portanto, o ponto principal, não é que nós vamos viver o cristianismo invisivel, mas quando essa mudança e essa consciência ocorre em nossa vida, nós somos libertos da escravidão do pecado para vivenciar o amor, isso trona-se claro para os que nos cercam.... Dessa forma, a raiz da nossa salvação glorifica a Deus privadamente, mas o fruto dessa salvação glorifica a Deus publicamente..... Se isso é verdade na sua vida, então você está cumprindo a sua razão de existir.


Quero propor três etapas para detectar se na prática estamos vivendo assim:

- Você está totalmente satisfeito e confiante em Deus?

- Jesus Cristo é Senhor em sua vida pessoal?

- Você é livre para evidenciar no seu dia-a-dia os sacrifícios do amor?


I – VOCÊ ESTÁ TOTALMENTE SATISFEITO E CONFIANTE EM DEUS?

 
Lembre-se do nosso texto: “Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”.

Antes de confiarmos em Jesus Cristo, nós estavamos “mortos em nossos delitos e pecados”. Nós precisamos ser ressuscitados dentre os mortos. Jesus Cristo nos deu vida. (Ef. 2. 1-10).

Temos de nos preocupar irmãos, que nos corredores das nossas igrejas, ainda há muitas pessoas que não são convertidas, apesar delas nem saberem disso. Essas pessoas não nasceram de novo, não são crentes verdadeiros, não tem a fé salvadora.

Surge então a questão?....  Qual é então a fé salvadora? - Fé salvadora é o resultado do crente está totalmente satisfeito em Jesus Cristo e experimentar Seu senhorio em sua vida.

João 6.35 diz: "... Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. - Agora, observe o paralelo: O quem VEM jamais terá fome e o que CRÊ, jamais terá sede.

Vir, é uma metáfora geográfica. A alma vem onde há uma fonte de vida, a alma vem onde há pão vivo em abundância. Jesus é a minha satisfação, Jesus é o meu tudo. Por isso a alma sedenta busca a sua satisfação em Cristo. - O pão e a água são as duas metáforas de Jesus. O mais importante é que a satisfação não é passageira, mas permanente.

Finalizo esse popnto com  Hb. 11. 6: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.

A única maneira de agradar a Deus é pela fé, crendo.


II – JESUS CRISTO É SENHOR EM SUA VIDA PESSOAL?


O que Jesus Cristo é para você?

Nosso Senhor Jesus Cristo tem supremacia em todo o universo. Ele é o criador. Por meio dele e pela sua palavra todas as coisas vieram a existência.

Pela sua palavra o Senhor sustenta o universo. Ele controla todas as coisas, das moléculas aos átomos e todo o mundo subatômico que o homem ainda nem sonhou em descobrir os seus segredos.

Poderiamos passar o resto da noite falando sobre a Soberania de Deus sobre todas as coisas. Em que pese esses conceitos e definições, o que de fato Jesus Cristo, nosso Senhor, representa em tua vida?

- Você somente o conhece de ouvir falar, ou ele é Senhor?
- Como você pode fazer de Jesus o Senhor da sua vida?

A chave é entender que Jesus já é o Senhor de sua vida. Nós não fazemos Jesus Cristo Senhor, ele é senhor.... O que devemos fazer é submeter-nos ao seu Senhorio.... Outra resposta ao Senhorio de Jesus é "submissão".

Para nós, significa ceder a nossa vontade ao seu controle.... Por exemplo, quando a Escritura ordena que nos amemos uns aos outros (João 15.17), isso é o que deve ser feito.... Significa que quando a Escritura diz que não devemos cometer adultério ou roubo (Êx. 20.14-15), estas coisas não devem ser feitas.

Deve ser entendido, que submissão ou obediência aos mandamentos de Deus, estão diretamente relacionados ao crescimento e a maturidade do crente.

Devemos perceber que a completa obediência não pode ser realizada simplesmente desejando isso, com a nossa força de vontade. Estamos sempre propensos a condutas e pensamentos pecaminosos, nossos desejos são somente para a satisfação da carne. Porém, pelo poder do Espírito Santo em nós poderemos alcançar uma vida de obediência (João 14. 16-17).

Em termos práticos, isso acontece quando o crente responde positivamente à liderança do Espírito Santo. Referindo-me às decisões do dia-a-dia:

- Responder amavelmente a alguém que tenha nos maltratado (Rm. 12.17);
- Sendo verdadeiros em nossa comunicação com os outros (Ef. 4.25);
- Sendo honestos em nossos negócios (Ef. 4.28);
- Gastando tempo em oração e estudo da Palavra de Deus como somos ordenados (II Tm. 2.15).

Estes são apenas alguns exemplos de decisões diárias que demonstram submissão a Cristo.

Sendo mais prático ainda, quando nos colocamos diante de situações de decisões difíceis, a primeira coisa que devemos fazer é orar, pedindo ao Senhor que nos ajude a tomar a decisão certa.

Para resumir a idéia do Senhorio de Cristo, ele não consiste de um ato de obediência, mas sim é medido pela soma de nossa obediência diária, e não pode ser realizada na nossa própria força ou poder, mas pela posse do poder à nossa disposição pela habitação do Espírito Santo.


III - VOCÊ TEM LIBERDADE PARA VIVER NO SEU DIA-A-DIA O AMOR DE JESUS?

O nosso maior desafio é evidenciar aquilo que Jesus nos ordenou a fazer: “amar uns aos outros?" - A Escritura deixa claro que Jesus sabia que os relacionamentos são o bem mais precioso que temos, mas, por vezes, o mais difícil de manter.

É por isso que em João 13.34 ele ensinou: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outro; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. E acrescentou: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (v, 35).

A marca distintiva do seguidor de Cristo é um amor profundo e sincero pelo seu próximo. O apóstolo João nos lembra deste fato em outro lugar: “Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1 João 4:21).

Ao dar este mandamento, Jesus fez algo que o mundo nunca tinha visto antes, Ele criou um grupo identificado por uma coisa: o amor.

Existem muitos grupos no mundo, e eles se identificam de muitas maneiras: pela cor da pele, pelo uniforme, pelo interesse comum, etc.... Um grupo tem tatuagens e piercings, outro grupo se abstém de carne.... Mas a igreja é única. Pela primeira e única vez na história, Jesus criou um grupo cujo fator de identificação é o amor.

A cor da pele não importa. A língua materna não importa. Não há regras sobre dieta ou uniformes. Os seguidores de Cristo são identificados pelo seu amor uns pelos outros.

A igreja primitiva demonstrou o tipo de amor que Jesus estava falando. Havia gente de todo mundo em Jerusalém (Atos 2.9-11). Aqueles que foram salvos se reuniram e começaram imediatamente a atender às necessidades de cada um (Atos 2. 44-45). Este foi o amor em ação, e a Escritura nos diz que causou uma boa impressão sobre o povo daquela cidade.


As declarações de Jesus em João 13.34-35 levanta perguntas que precisamos responder:

- Em primeiro lugar, como é o amor de Jesus?

·         Ele ama independente de nós (Rm. 5.8),
·         Com amor sacrifícial (II Co. 5.21),
·         Com amor que perdoa (Ef. 4.32), e
·         Eternamente (Rm. 8.38-39).

Ao mesmo tempo, o amor de Jesus é santo, e caracterizado pela pureza moral transcendente, porque Ele é santo (Hb 7.26). O ponto culminante do amor de Cristo por nós é a Sua morte na cruz, e a sua ressurreição (1 Jo, 4.9-10). Os crentes devem amar uns aos outros assim.

- Em segundo lugar, "Como pode então o crente em Cristo amar como Cristo amou?"

Como dissemos antes, o crente tem o Espírito Santo vivendo nele (1 Co. 6.19-20). Obedecendo ao Espírito, através da Palavra de Deus, o crente pode amar como Cristo amou. Ele também mostra o amor de Cristo aos amigos, aos membros da família, aos colegas de trabalho, etc. (Ef. 5.18-6. 4; Gl. 5.16, 22-23). Até mesmo os inimigos são os destinatários do amor de Cristo (Mt. 5.43-48).

Amor X Amor

O amor de Cristo visto através do crente é diferente do "amor" gerado pela carne. Este é egoísta, egocêntrico, implacável, e insincero. I Co. 13.4-8 dá uma descrição maravilhosa do que o amor de Cristo será como em e através do crente que anda no Espírito.

Para amar assim, deve haver uma mudança de coração.

Em Cristo, sabemos que somos realmente amados por Deus.

A nova vida que recebemos em Cristo nos dá a capacidade de amar como Cristo ama.

Amar uns aos outros é amar como Cristo nos ama.


Conclusão:

Prezados alunos, o nosso desafio ao nos apresentarmos para estudos aprofundados da Bíblia, é nos preparar para ajudarmos àqueles a quem o Senhor nos enviará para exercermos o nosso ministério, seja como ministro, pastor, missionário, professor, diácono ou presbítero, é ensinar as pessoas a estarem totalmente satisfeitas e confiantes em Deus, a terem Jesus Cristo como Senhor da sua vida pessoal e viverem a liberdade de vivenciar no seu dia-a-dia o amor de Jesus.

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