segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O SERMÃO DA MONTANHA = SOCIEDADE IDEAL

Uma montanha em Israel, serviu de cátedra para o maravilhoso sermão de Jesus Cristo, as Bem-aventuranças. O texto está em Mateus, nos capítulos 5 a 7 do seu Evangelho.

O Sermão da Montanha é a Constituição para o governo da justiça social, com fundamento na vida das relações espirituais.

Enquanto os homens e os governos não se organizarem de acordo com os postulados da Justiça de Jesus Cristo, com  base na economia, na moral e na vida espiritual, não haverá paz na terra, pois os homens continuarão em desobediência e pecado.

Em nosso tempo fala-se muito em Justiça Social. Sistemas políticos e governamentais tem proposto muitas e variadas soluções para o problema, porém, a sociedade ideal tem sido apenas sonhada. Nunca foi organizada na terra. Ainda não aconteceu até agora! Será que acontecerá no futuro?

No Egito antigo, as classes mais privilegiadas eram as classes dos sacerdotes e guerreiros, vindo em seguida a classe dos operários, dos agricultores, dos criadores e dos artistas. Por fim vinha a classe dos escravos. Entre os assírios e babilônicos era semelhante, tendo a classe dos sacerdotes e dos guerreiros maiores privilégios.

Os medos e persas conferiam privilégios aos sátrapas. Os árias na Índia, implantaram a mais odiosa organização social, com o regime de castas. Na China antiga exigia-se obediência total.

As civilizações viviam sob a égide do terror dos seus cidadãos e da despótica figura dos monarcas, com sistemas legais rígidos.

Assim também as civilizações clássicas. Os gregos embora tivessem governos populares com tendências republicanas, mantinham os seus hilotas, enquanto que os romanos mantinham-se divididos em patrícios, clientes, plebeus e escravos.

Na Idade Média, era o clero que sobrepujava os cidadãos comuns em todos os setores da vida.

Nos regimes totalitários os indivíduos se anulam e as coletividades (comunismo) se escravizam ao Estado (socialismo) materializado na pessoa dos ditadores ou do Partido.

Reina por toda parte o desejo por uma sociedade ideal em que todas as pessoas tenham pão, moradia e vivam felizes.

Jesus Cristo oferece no Sermão da Montanha as bases para a sociedade ideal. Nessa sociedade ideal, a vida dos discipulos de Jesus deve ser o "sal da terra" e a "luz do mundo", onde a Lei de Deus deve ser observada, onde a justiça deve ser exercida para os que querem ingressar no Reino. O perdão é o alvo e o objetivo de todos para a vida em paz e em harmonia entre a criatura e o criador.

A alma vale mais do que o corpo. A pureza da vida vale mais do que um olho ou uma mão, que podem até serem decepados para não prejudicar a entrada da alma no Reino.

O amor é a lei suprema, a boa-vontade é fundamental. Na sociedade ideal existem pobres e eles são bem-aventurados, existem esmolas, porém estas devem ser ocultadas para poderem ser vistas por Deus. Nessa sociedade ideal os tesouros celestiais valem muito mais que os terreais. Ao invés da preocupação com o dia de amanhã, Jesus indica que se busque em primeiro lugar o Reino de Deus para que todas as outras coisas sejam acrescentadas.

Na sociedade ideal existe uma regra, "a Regra de Ouro": "Aquilo que quereis que os homens vos façam, façais vós primeiro a eles". Na sociedade ideal, a porta da salvação é estreita, enquanto que largo e espaçoso é o caminho da perdição.

Os misericordiosos alcançaram misericórdia, os que tem fome e sede de justiça serão fartos, os que choram serão consolados, o reino é garantido aos pobres também e os puros de coração verão a Deus. A palavra deve ser a verdadeira, a mentira deve ser abolida, o vosso falar seja sim, sim e não, não, o que passa disso é de procedência maligna.O leito conjugal deve ser mantido sem mácula, o perdão entre os homens é condição de felicidade e Deus somente aceitará a adoração daquele que se reconciliar com o seu irmão.

O Sermão da Montanha é a Constituição da Sociedade Ideal, é o fundamento da paz, é o modo ideal de vida para alegria e felicidade entre os homens.

*Em honra à memória de Natanael Cortêz

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