Reproduzo abaixo o excelente artigo publicado no blog do Júlio Severo , do Rev. Samuel Vitalino, pastor presbiteriano em Teresina, que pergunta: "Onde estão os meus direitos?", fazendo alusão ao grito da comunidade "gay" que nas paradas estão pedindo "direitos iguais". E o direito dos que tem direito de serem contrários a um determinado estilo de vida?
Leia o artigo na íntegra, pois o mesmo nos faz refletir naquilo que querem tirar de nós, a nossa liberdade de expressão, em nome de um comportamento aberrante.
ONDE ESTÃO OS MEUS DIREITOS?
Por
Rev. Samuel Vitalino.
Uma coisa me chamou a atenção na última “Parada Gay” na cidade de São Paulo foi o grito por “direitos Iguais”. Isso me despertou para ver como andam os meus próprios direitos no Brasil.
Levando-se em consideração que sou homem, brasileiro, 32 anos, sem deficiência física, branco, classe média e heterossexual, comecei a me preocupar com a escassez de direitos dirigidos a minha pessoa.
Como sou homem, se esvaem pelas mãos os direitos próprios da mulher. A coisa estranha é que a isonomia nesses casos iguala as mulheres em todas as coisas, menos nas que os homens seriam beneficiados com a “igualdade”. Tudo bem. Abrimos mão de tudo pela fragilidade feminina. Elas merecem e nós até sorrimos!
Não sou estrangeiro, por isso não possuo alguns direitos dentro do meu próprio país que eles possuem. Um protecionismo internacional que só vejo precedente nos Estados Unidos. Lá eu tenho mais direitos que aqui: Soy latino!
Minha idade é uma lástima. Não tenho direito às leis de proteção à infância e adolescência nem à juventude. Mas também ainda não cheguei à boa idade e me escapam os direitos dos idosos. Também não tem problemas. Amamos as cãs e mesmo que não houvesse leis específicas creio que todos nós cederíamos os primeiros lugares nas filas para eles (e as grávidas, mães de colo e deficientes sem problema nenhum).
E por falar em deficientes, eu não tenho deficiência física (à parte da minha feiúra) e, embora assine em baixo as leis de proteção aos deficientes, temos o exemplo máximo de um dedinho que não permite o homem ser torneiro mecânico, mas o habilita a ser Presidente da República. Esse nosso país…
Sou branco. E por mais que espere o verão para “pegar uma corzinha” não se reserva cotas específicas aos bronzeados artificialmente. Por vezes me sinto discriminado com essas coisas.
Como pertencente à classe média, a coisa é muito esquisita. Não sou apto para ser beneficiado por nenhum dos projetos paternalistas do Governo, ao passo que não tenho recursos para não me preocupar com a situação financeira — tenho esposa e dois filhos para cuidar.
Como pertencente à classe média, a coisa é muito esquisita. Não sou apto para ser beneficiado por nenhum dos projetos paternalistas do Governo, ao passo que não tenho recursos para não me preocupar com a situação financeira — tenho esposa e dois filhos para cuidar.
Mas o grito gay para mim foi o mais interessante. Assustador, até! O que significa “direitos iguais”? Primeiro, eles querem ser tratados como um sexo — mas não são. Querem ser tratados como uma raça – mas não são também. Mais ainda, querem ter todo o direito de liberdade de expressão (mesmo que invadindo preceitos de retidão e caráter), mas lutam para que alguém como eu — notadamente minoria — não tenha sequer a possibilidade de criticá-los (PL 122).
Quanta incoerência! Tentam se utilizar do Artigo 5 da Constituição Federal, mas interpretam ao seu bel prazer. Se não há distinção — porque eles buscam a distinção? Se há liberdade de crença, por que não posso crer que o homossexualismo é pecado segundo a Bíblia que creio afirma? Se há liberdade de expressão, por que não querem ouvir pela minha livre expressão que eles estão errados na escolha deteriorante que fizeram?
Mais incoerência. Ao falar contra o homossexualismo somos acusados de racistas. Certamente isso é uma grande loucura. Racismo existe (infelizmente) entre brancos, negros, índios e até argentinos, mas homossexual não pode ser considerado como raça. Não se pode admitir isso, por qualquer hipótese. Nem mesmo sexo. Sabemos da existência de dois sexos: macho e fêmea, homem e mulher. A terceira é a via da aberração — falo sem qualquer preconceito, mas com convicção.
Como parte de uma ínfima minoria (masculina, brasileira, branca, adulta e heterossexual), eu não conseguirei juntar 3 milhões de minha espécie na Av. Paulista. Afinal, sou minoria mesmo. Por isso, sozinho aqui, do meu dia-a-dia no Piauí, levanto a bandeira em passeata solitária: onde estão os meus direitos?
Leia também o artigo do professor Ives Gandra da Silva Martins, no Blog do Júlio Severo
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