segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SOBRE PRATOS E XÍCARAS

Esta crônica foi lida no culto do dia dos pais por uma filha lembrando o seu pai falecido esse ano do 2011. Resolví publicá-la aqui por julgar uma contribuição valiosa para a reflexão sobre o tema da perda de um ente querido.

Sobre pratos e xícaras


É interessante, ao acrodarmos e nos posicionarmos à mesa para tomar o café da manhã, a disposição das louças. Colocamos sempre a quantidade exata para o número de pessoas que irão deliciar-se com o dejejum.

Engraçado como temos alguma coisa a ver com simples objetos, seres inanimados, irracionais. Dispor xícaras e pratos à mesa, equivalentes à quantidade de membros da família, é como se nós estivéssemos numa escala proporcional às louças, como se a presença de um, dependesse da existência do outro.

Pensando bem, o tempo de vida útil de pratos e xícaras, assim como o dos copos e talheres depende sim da presença de um habitante do lar.

Lembro-me bem da manhã seguinte ao casamento do meu irmão mais velho. Minha mãe, como sempre, de pé, muito cedo, preparando as delícias matinais. Seis lugares a postos. Isso indicava que seis pessoas sentariam ali, seis xícaras seriam usadas, num café da manhã regado a muitas conversas, umas boas, outras que soavam como puxões de orelha, mas que seriam as nossas conversas. Coitada de minha mãe! Ela ainda não havia se acostumado com apenas cinco pessoas. Ainda não havia internalizado que o grupo familiar havia diminuído, que meu irmão deixou de ser família para virar parente que nos visitaria somente nos finais de semana, isso quando não fosse arrastado para a casa da sogra. Nesse dia, sorrimos.

Passado algum tempo, algo fez com que minha mãe não tivesse vontade de preparar nosso café da manhã. Não sei nem se ela conseguiu dormir na noite anterior.

Fui à cozinha, e, com os olhos marejados, preparei o café e dispus as louças. Eu já estava acostumada a ver só cinco xícaras na mesa. Mas nesse dia, com um aperto no coração, coloquei somente quatro.

Depois de muita insistência minha e de meus irmãos mais novos, minha mãe saiu do quarto para tomar café. Ela não conseguiu quebrar o jejum. Faltava uma xícara. Faltava alguém. Alguém que não iria nos visitar nos fins de semana para colocarmos uma louça a mais na mesa. Faltava o meu pai.

Desde aquele dia, sentamos-nos à mesa, mas há um vazio. As conversas? Talvez elas voltem. A xícara? Talvez também seja colocada, talvez quebre, mas com a certeza de que poderá ser substituída. Mas, meu pai, insubtituível, esse deixará um vazio, que nunca poderá ser preenchido.

Em memória a Francisco Luís da Silva.

Priscilla Robertha de Andrade

terça-feira, 9 de agosto de 2011

IGREJA É REINO DE DEUS OU É UMA EMPRESA?

Hoje à tarde antes de sair de casa para um compromisso, um carro parou ao meu lado e vi que era um pastor amigo meu da Igreja Batista da CBB, e que a muito tempo que já não via.

Ele começou demonstrando interesse em saber como eu estava indo, como vai a minha família e como vai o meu ministério. Eu lhe disse que tudo estava indo bem, e que a família estava bem também. Quanto a igreja, eu lhe disse que já estava pastoreando uma igreja em outro bairro e que tudo ia bem e caminhando. Ele perguntou com quantos membros eu contava e lhe respondi que a minha igreja conta com um pouco mais de 100 membros, dai ele comentou que isso se dá por causa da doutrina, já que ele havia abolido, segundo ele, “esse negócio” e que estava “gerindo” a sua igreja, num tipo de “Estratégia de Gestão” que logo pude detectar como aquilo que os empresários fazem, então eu disse:

- Irmão, enquanto você diz que aboliu a doutrina, creio que tenha sido por esta razão que a maioria das Igrejas Batistas perdeu a sua identidade, pois eu creio que a doutrina é fundamental, afinal Paulo disse pra Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.” (I Tm 4: 6).

Como ele sabe que eu sou presbiteriano, me respondeu:

- Se é assim, a Igreja Presbiteriana também vai perder a identidade, porque se quiser crescer, tem de assumir uma “Estratégia de Gestão”.

Eu lhe retruquei:

- Irmão, isso não é igreja, é uma empresa, não gera discípulos, mas consumidores. Isso não é estratégia, é pragmatismo, deforma o Evangelho e só faz o que dá certo, procura agradar os consumidores e tem de se renovar sempre, cada vez uma novidade diferente, caso contrário os consumidores procurarão outra novidade em outro lugar.

Toda essa conversa me fez pensar sobre os rumos que as igrejas estão tomando. Na verdade muitos pastores já foram contaminados pelo “vírus” da mega-igreja e pagam qualquer preço para alcançar esse objetivo. A desculpa é que estão ganhando almas para o reino de Cristo.

O apóstolo Paulo em I Coríntios explica que: “Paulo plantou, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento, ou seja, independe da “estratégia” (I Cor. 3: 6), de Marketing, ou outra qualquer usada, pois se Deus não tiver no centro e no alvo, a igreja não prospera. Pode até ser que o negócio [igreja] do “pastor” prospere, mas será um negócio cheio de “consumidores”, mas não de verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ENTREVISTA DO REV. JOÃO d'EÇA PARA O BLOG CAMINHOS DE MEMÓRIAS.

Rev. João d'Eça foi entrevistado pelo Blog "CaminhodeMemórias" da Aline Gomes, direto de Nova York

Perguntas:

CM: No livro When the Hurt Runs Deep, autora Kay Arthur afirma: "O fato de que um indivíduo tira a própria vida não destina a pessoa ao inferno. O destino eterno de uma pessoa é determinado por como ele respondeu à oferta de salvação em Jesus Cristo durante sua vida, não se ele tirou ou não sua própria vida." (Tradução livre, p.113).


Em seguida ela diz que algumas pessoas se matam por desejarem estar logo na presença de Deus, mas que eles se esquecem que terão que se apresentar diante dEle para prestar contas.

"Ao tirarem suas próprias vidas, eles contradizem a suficiência de Sua graça e a verdade de Suas promessas. Suicídio não é uma forma valorosa para um filho de Deus morrer, em fato, é vergonhoso." (Tradução livre, p. 114).

O texto bíblico utilizado pela autora é João 10: 24-30, ênfase no versículo 29: "Meu pai mas deu (...) e ninguém pode arrebatá-las da mão do meu Pai", sendo que nem mesmo a pessoa que comete suicídio pode perder a salvação se ela pertencer a Deus.

COMENTE.

Resposta do Rev. João D'Eça: Antes de responder as perguntas propriamente ditas, queira me permitir comentar o texto bíblico citado de João 10: 24-30.

1 – O texto não fala de suicídio ou morte física, mas o principal tema do texto é a doutrina bíblico-reformada da Eleição. Eleição é a doutrina que ensina que Deus, na sua soberania e misericórdia, antes da fundação do mundo, baseado tão somente no seu infinito amor, escolheu aqueles que seriam salvos, permitindo que os demais continuassem no seu caminho de perdição.

- No versículo 26, vemos Jesus dizer aos seus interlocutores: “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.” Dai entendemos que aqueles incrédulos, que morrem na sua incredulidade, não pertencem a Deus, “não fazem parte do conjunto de suas ovelhas”.

- No versículo 27, Jesus diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; (a pregação da Palavra) eu as conheço, e elas me seguem. Quem é de Deus ouve a Palavra de Deus.

- No versículo 28, Jesus enfatiza o tema do seu discurso, (Vida Eterna), ele diz: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. E no versículo 29, “Aquilo que o Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” Ou seja, os eleitos são eleitos pra sempre. Os salvos em Cristo são salvos pra sempre. Não importa a forma como foram mortas. Ninguém os arrebatará das mãos de Deus.

- Em Romanos 8:35, diz: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” E nos versículos 38 e 39, arremata: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Concluindo essa primeira parte, Jesus nos ensina em João 10 24-30, que nada poderá nos arrancar das mãos de Deus. Se fosse possível, nosso Deus seria um Deus incapaz, sem poder, onde aquele que conseguisse nos arrancar das suas mãos, seria muito mais forte que ele.

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Resposta do Rev. João d'Eça: No que se refere às questões do livro e o comentário da autora, segundo todos os especialistas que tenho estudado sobre o assunto SUICÍDIO, dizem que a prática do suicídio é a mais egoísta e vingativa possível, ou seja, não é uma atitude nobre, o que está por trás do suicídio, é o EGOISMO humano exacerbado, a não ser que seja um caso de patologia psíquica, mas até ai é possível controlar com o uso de medicamentos específicos.

- O suicídio é resultado do pecado humano e suicidar-se é pecado, e como tal, tem a sua merecida punição. Não há nobreza no suicídio.

- Provérbios 4: 23 diz:

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

- Mateus 12: 34 diz: “... Porque a boca fala do que está cheio o coração.”

-Todo o pecado tem origem no coração humano. A dinâmica do coração desde a queda é uma dinâmica idolátrica. As pessoas são influenciadas maleficamente de dentro do seu coração, vide os textos acima.

- Toda forma de pecado tem origem no amor absoluto do “EU”. Ao invés de amar a Deus sobre todas as coisas, o maior problema do homem, depois da queda, é que ele passou a “amar a si próprio” acima de todas as coisas. O homem caído idolatricamente ama a si mesmo em busca da sua satisfação plena. Ocorre que o “EU” não pode fornecer essa satisfação plena, então ele busca satisfação nos ídolos menores como, beleza, poder, dinheiro, etc. Esses ídolos menores são descartáveis, caso não alcancem o objetivo do “EU”, então é imediatamente substituído ou deslocado.

- Nesse sentido é que o SUICÍDIO é EGOÍSTA. A pessoa que se mata via de regra, está querendo atingir ao outro. Por exemplo, o fato de não ter coragem ou não poder matar alguém, matando-se, quer atingir aquele a quem queria ferir, ou seja, a motivação é pecaminosa, é egoísta.

- Um outro exemplo é quando as pessoas não querem enfrentar uma situação que elas próprias criaram e que se reverteu de alguma forma contra si. Não agüentando as conseqüências dos seus atos e não querendo enfrentar a vergonha de passar por aquilo, dão cabo da sua própria vida. Novamente aqui, a motivação é EGOÍSTA.

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CM: Já teve alguma experiência desse tipo? Se sim, como lidou? Se não, como lidaria? Qual tipo de preparo os pastores e líderes têm nesse sentido?

Resp. Rev. João d'Eça: Sim já passei por situações dessas no meu ministério, mas o aconselhamento reverteu a situação.

O preparo dos pastores, via de regra, é adequado, porém daqueles que se preparam em um Seminário idôneo, ou os que buscam esse preparo numa escola séria para que seu ministério seja melhor exercido.

No entanto, com a proliferação dos ministérios neo-pentecostais, onde a maioria dos pastores ou não tem o preparo adequado, ou julgam que esse preparo não é necessário, vemos a proliferação de crentes neurotizados, escravizados por problemas mentais que poderiam ser sarados, mas por causa da falta de preparo e de ser mais fácil atribuir as coisas ao Diabo (Não que ele não seja responsável em muitos casos!), as pessoas não tem sido tratadas adequadamente, à partir de uma abordagem bíblico-referente.

Agora queremos saber dos leitores, como sua igreja e/ou família tem lidado com esse tema. Você já teve alguma experiência desse tipo? Gostaria de compartilhar conosco? Deixe sua resposta nos comentários.

O Caminho de Memórias agradece à disponibilidade do Rev. João que nos atendeu prontamente. Muito obrigada!


Rev. João d’Eça tem 44 anos, é Bacharel em Teologia pelo SCEN – Seminário Cristão Evangélico do Norte, em São Luís-MA e Mestrando em Teologia (Habilitação em História da Teologia), pelo Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo-SP.


Pastor da Igreja Presbiteriana Betsaida em São Luís-MA.


Casado há 21 anos, pai de um filho de 18 anos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

OSSUÁRIO ENCONTRADO COMPROVA RELATO BÍBLICO

Em 1990 o ossuário de Caifás, o Sumo Sacerdote que presidiu o julgamento de Jesus (Mt 26:57-67), foi descoberto. Porém cerca de três anos atrás, uma descoberta mais importante ainda veio a tona, houve um outro ossuário descoberto, desta vez dedicado a Miriam, a neta de Caifás. A inscrição no ossuário diz: "Miriam, filha de Yeshua, filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Inri".

Agora em 29 de junho o Jornal Washington Post, (LeiaAqui) noticiou que os estudiosos israelenses concluíram que o ossuário é realmente genuíno.

Ontem Christopher Rollston, professor de Antigo Testamento e Estudos semitas no Emmanuel Christian Seminary, postou um artigo que visa avaliar as provas e a sua importância na confirmação da identidade e da existência de Caifás como sumo sacerdote e como isso prova as evidências referentes ao relato do Novo Testamento.

Ocorre que há uma legião de críticos bíblicos que sempre estão criando polêmica acerca da veracidade do testemunho das Escrituras e de forma irresponsável e ousada, escrevem e dão entrevista dizendo coisas que não podem provar ao contrário, na clara intenção de somente gerar polêmica, mas que são desmascarados com descobertas do tipo dessa noticiada pelo Jornal Washington Post. Portanto, temos mais um exemplo de como descobertas arqueológicas, continuam a apoiar a veracidade dos relatos bíblicos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

NEGAR-SE A SI MESMO - (Mateus 16: 21-28)

Introdução

Na semana passada vimos nesta passagem como algumas observações feitas por um dos discípulos levaram Jesus a falar sobre a natureza do verdadeiro discipulado.

Jesus disse aos seus discípulos que Ele iria enfrentar provações dolorosas em Jerusalém, dizendo que seria condenado à morte, e iria ressuscitar dos mortos ao terceiro dia.

Daí Pedro repreendeu a Jesus dizendo que isso não deveria acontecer. Devido à sua falta de compreensão, Pedro não percebeu o que estava dizendo. Jesus sabia que era necessário passar pelo sofrimento para alcançar a nossa salvação.

Discípulo de Cristo é a pessoa que vive para a Sua glória, que vive para fazer a Sua vontade, e que tem o desejo de refletir a Cristo no seu pensamento, palavras e ações.

Depois de domingo passado pedi que vocês irmãos fossem pra casa e pensassem o que significa ser discípulo de Cristo, o que significa negar-se ao si mesmo.

Uma vez que este é o primeiro passo no discipulado, é preciso ter isso bem definido na nossa mente.

Este primeiro passo no discipulado, auto-negação. Não existe servir a Cristo sem NEGAR-SE A SI MESMO. Comportando-se como Ele se comportou e desejando que ele desejava .

Fácil ou não, a auto-negação é o primeiro passo: não há como fugir disto. Renunciar a si mesmo de modo que você possa se concentrar em glorificar a Deus com a sua vida, é o que é exigido de nós todos.

Jesus negou-se a si mesmo. Diz a Escritura que ele deixou a sua glória no céu para vir a este mundo sofrer a nossa dor e pagar os nossos pecados. Ele, mesmo sendo Deus, glorificado no céu, preocupou-se conosco, simples seres humanos, um grão de poeira no meio do universo tão vasto.

O exemplo de nosso Salvador nos mostra que qualquer outro interesse de nossa parte, que não seja glorificá-lo com a nossa vida, deve tornar-se secundário.

Isso não significa que nós nunca devemos fazer o que nos agradar, mas que nós não somos guiados apenas por aquilo que nos agrada. Isso foi o que Jesus fez, porque essa era a única maneira que poderíamos ser salvos.

Eu não sei, se vocês fizeram algum progresso real em matéria de negar-se a si mesmo, como você pensou sobre isso na semana passada.

TOME A SUA CRUZ!!

Essa é a figura usada por Jesus. Tome a sua cruz. "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga- Me".

Jesus Cristo usou a figura da cruz que ele iria enfrentar, para que quando acontecesse, os seus discípulos tivessem uma visão clara do que ele queria.

Essa cruz representa o que ele tinha que fazer para nos salvar. Essa cruz representa a ira que Ele iria suportar em nosso lugar. A cruz é o símbolo do sacrifício de Cristo em favor da liberdade do seu povo. Quando vemos uma cruz lembramos o sacrifício de nosso Salvador.

Pedro pensava que Jesus poderia fazer o bem necessário, evitando a cruz, isto é, evitando o sacrifício que era exigido pela cruz. Jesus compara a nossa responsabilidade como Seus seguidores, com o que foi exigido dele para ganhar a nossa redenção.

O QUE VOCÊ PENSA QUE É SEGUIR A CRISTO?

Poucas pessoas possuem a visão certa do que significa seguir a Cristo.

Mas se você por em prática o ensinamento de Jesus em sua vida, você saberá o impacto que isso causará sobre a sua família.

Irmãos, todos nós vivemos por alguma coisa, algo que nos influencia e nos leva a tomar as decisões que tomamos. Seria maravilhoso se o nosso verdadeiro amor por Cristo fosse o motivador da nossa vida!

Ser discípulo de Cristo, portanto, começa com um compromisso com a auto- negação.

Deixar o nosso egoísmo, os nossos sonhos mesquinhos e carnais. É para isso que Jesus nos chama a ser. Eu não posso servir a mim mesmo e aos outros ao mesmo tempo. Isto é impossível.

Eu não posso levar a minha cruz sem pagar nenhum preço.

Minha cruz é uma cruz de gratidão. Porque Cristo me ama e o seu amor demonstrado na sua morte de cruz por mim, minha resposta deve ser a de amar o meu próximo em seu nome.

Tudo isso está implícito quando Jesus diz que eu devo tomar a minha cruz e segui-Lo. Eu só posso segui-lo se eu andar no caminho que Ele andou.

Quando abrimos o nosso coração para Cristo, nós assumimos a responsabilidade de honrar esse nome. E nós o honramos não apenas por nos afastar do mal, mas também pela prática de uma vida santa.

VOCÊ REPRESENTA O SEU CRISTO.

Você percebe que, para muitas pessoas neste mundo, você é o único "Cristo" que ela vai encontrar?

-Se nós estamos executando corretamente o nosso dever de viver como Cristo viveu, essas pessoas terão uma boa idéia do maravilhoso Salvador que Deus deu ao mundo.

-Se não estivermos cumprindo com o nosso dever: “NEGAR-SE A SE MESMO E CARREGAR A SUA CRUZ” como Jesus ensinou, então, POR TUA CAUSA, essas pessoas vão formar uma opinião errada do Salvador e do evangelho.

Não existe tal coisa como seguir a Jesus sem carregar a cruz. Para ser discípulo de Cristo, é exigido que você carregue a sua cruz. Ela exige esse padrão em nossa vida. Eu diria que todo verdadeiro cristão nascido de novo está fazendo exatamente isso , de uma forma ou de outra. O problema é que a maioria de nós não compreende a profundidade desse dever de viver para Cristo.

O ponto é que nós precisamos entender que nossas vidas são um reflexo de nosso Salvador. Ao invés de nos contentar com um testemunho medíocre, porque não trabalhamos com a ajuda de Deus para dar um testemunho extraordinário.

Jesus nos ensina que podemos ganhar o mundo inteiro e não termos nada. Ou seja, você pode viver de acordo com os desejos da carne e ganhar tudo o que este sistema caído tem para oferecer. No final, porém, você não terá nada de verdadeiro valor e ainda terá perdido sua alma. Não importa quão grande está o teu tesouro terrena, nunca será suficiente para resgatar sua alma.

Aplicação

Em primeiro lugar, eu espero que você leve a sério a exortação de Jesus a respeito dessa vida abnegada. Este passo não é apenas benéfica para nós, é realmente obrigatório se de fato, nasceu de novo.

Quando você tiver oportunidade, escolha fazer o bem para o próximo. Lembre-se o que Jesus fez por você.

Em segundo lugar, você deve olhar para Jesus. Você vai sempre encontrar nele um exemplo inspirador e informativo. Assim é com a questão da auto-negação. Você certamente vai lutar com suas preocupações, mas esse é precisamente o tempo para mudar seus olhos em direção ao Salvador e lembrar do seu belo exemplo.

Em terceiro lugar, note que essa passagem é um lembrete de que a nossa maneira de viver influencia na forma como os outros veêm o nosso Salvador.

-Nós podemos fazer um grande dano à imagem de Cristo. Alegando ser Seus seguidores, mas vivendo diferente do que ele quer de nós.

Em quarto e último, lembre-se que Jesus tratou essa questão relacionado a como perder ou ganhar a vida.

-Não é fácil viver neste mundo sem ser influenciado por ele. Lembre-se que está em jogo, o destino final da sua alma.

Finalmente, Não perca o que Cristo conquistou pra você. Pelo contrário, empenhe-se para viver a vida em Cristo e por Cristo.

Sirva-o procurando torná-lo conhecido de outros, através da sua conduta e compaixão, você irá experimentar a verdadeira vida, Jesus promete. Você vai viver uma vida que conduz à felicidade no mundo vindouro.

Sermão pregado na noite de domingo 03 de julho, pelo Rev. João d'Eça na IPB Betsaida.

sábado, 25 de junho de 2011

SAGRADA ESCRITURA, AUTORIDADE INQUESTIONÁVEL

A mensagem do Novo Testamento e o seu contexto.

Desde Jesus, seus discipulos e Paulo, bem como os que vieram após a era apostólica, pregaram a mensagem evangélica com base nas escrituras do Antigo Testamento, por exemplo (ver João 5:39, Atos 2:22-28, Atos 17:1-3).

Recentes ataques contra a autoridade das Escrituras.
A autoridade das Escrituras era quase que universalmente aceita até meados do século 18, quando o movimento da alta Crítica começou ... O ataque à autoridade das Escrituras começou naquele momento.

A correta abordagem
a) A Nossa leitura da Escritura deve ser vista como um todo.
O mais importante é começar com a Bíblia toda, e em seguida considerar os detalhes à luz do todo, e não na ordem inversa.

b) Sem fé é impossível agradar a Deus.
A Palavra de Deus, em última análise, quando se fala de autoridade das Escrituras é uma questão de fé e não de argumentação.

c) A verdade deve ser afirmada
A autoridade das Escrituras não é uma questão a ser defendida como em um tribunal, não, ele deve ser afirmada e pronto.

d) Toda a Bíblia é a Palavra de Deus
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento, são uma só e a verdadeira Palavra de Deus. Nosso Senhor fala claramente aceitando as Escrituras do Antigo Testamento.

A singularidade das Escrituras
A unidade da Escritura ... é algo que simplesmente não pode ser explicado exceto nestes termos, que as Escrituras são a Palavra de Deus do começo ao fim ...

As próprias Escrituras reivindicam essa autoridade
Frases como "O Senhor disse: 'são usados 3.808 vezes no Antigo Testamento.

O Ensino claro de Jesus Cristo.

Jesus disse: "... a Escritura não pode falhar ..." João 10:35

O Novo Testamento testifica do Antigo
O apóstolo Pedro escreveu: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo " 2 Pedro 1:20-21.

A autoridade dos Apóstolos
Um apóstolo ... havia sido chamado e escolhido especialmente para ser apóstolo pelo próprio Senhor.

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão."
(Mat. 24:35).

"Eu não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.
Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras,
tem quem o julgue: a palavra que tenho pregado,
a mesma o julgará no último dia. "
(João 12:47-48).

Extraido de Martin Lloyd Jones

sábado, 18 de junho de 2011

OS ERROS NOSSOS DE CADA DIA

Todos nós erramos, afinal, ninguém é perfeito. O erro faz parte da vida. Conhecemos esses momentos como: vacilo, pisada na bola, pernada, etc.

Errar é comum para asa pessoas. Minha avó dizia: “Errar é humano,permanecer no erro é burrice.” Sábia a minha avó!

Davi era conhecido como “o homem segundo o coração de Deus”, não porque ele não errasse, mas porque ele não repetia os mesmos erros. Repetir erros, esse é o primeiro problema!

1. Repetir os erros

Erros fazem parte da vida. Todos ao redor de nós erram. Enquanto os erros são normais, repetir os erros não precisa ser. Depois que cometemos o erro, diante de nós se coloca a oportunidade para melhorar, rever conceitos e atitudes e não errar de novo. Ficou parado por falta de gasolina, não esqueça de abastecer sempre. Faça dos erros cometidos um aliado para a prática da aprendizagem para nunca mais repetí-los. A escola da vida é um grande professor, como uma escola cara que você não quer pagar duas vezes por ter ficado reprovado.

2. A pessoas erradas

O erro no ministério pastoral é uma coisa muito difícil, porque as pessoas devem ser sempre, prioridade. A tendência, no entanto, é a negligência de ter de fazer decisões difíceis relacionadas com os irmãos de fé. Às vezes a conversa não é fácil, mas é necessária. Essa é na verdade, a decisão certa. Se você tiver de confrontar com alguém na sua igreja que precise dessa confrontação, não espere para agir. Não deixe que certos problemas tragam problema para toda a igreja, corte op mal péla raiz. Isto pode soar seco e frio, mas às vezes, temos de arriscar ferir o outro para o bem de todos.

3. Seja decidido, sábio e rápido

Isto está intimamente ligado ao meu ponto anterior, mas um pouco mais amplo. Às vezes, temos medo de fazer uma confrontação dura. Às vezes, estamos atolados no excesso de burocracia. Às vezes, somos consumidos com "o que os outros irão pensar." Devemos sim orar pelo problema e pela sua possível solução, mas não devemos prolongar por muito tempo. Se você tiver de agir, tome a decisão rápido. Muitas vezes, esperamos muito tempo para decidir e, quando resolvemos fazê-lo, a janela da oportunidade já passou. Aprenda a tomar decisões sábias, o mais rapidamente possível.

4. Falta de excelência

As pessoas que decidem as coisas de forma sábia e rápida possuem um ditado que diz: "Excelência é invisível." Em outras palavras, as pessoas realmente percebem quando algo está errado, mas elas nem sempre percebem quando as coisas dão certo. Se a sua liderança, programas de ensino, recursos, ministérios e instalações não são excelentes, as pessoas vão notar, e serão menos susceptíveis de cooperar. Manter a excelência, levam as pessoas a contribuir voluntariamente. Negligenciar a excelência será sempre prejudicial ao desenvolvimento e a cooperação.

5. Promessas não cumpridas

Nunca crie expectativa de que você não tem intenção de ajudar ou de fazer algo que você não tem intenção de fazê-lo. Nunca publique no boletim ou no seu blog que você tem um "excelente ministério com crianças" se você realmente não tem. Evite gerar expectativas, que você sabe não serão cumpridas. Quando o pastor lidera o seu rebanho e entrega a eles menos do que é necessário, ai ele começa a matar o seu ministério.

Estes são apenas alguns erros nossos de cada dia que estão na minha mente. Que outros erros do seu dia-a-dia você tem experimentado ou visto?

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