Hoje à tarde antes de sair de casa para um compromisso, um carro parou ao meu lado e vi que era um pastor amigo meu da Igreja Batista da CBB, e que a muito tempo que já não via.
Ele começou demonstrando interesse em saber como eu estava indo, como vai a minha família e como vai o meu ministério. Eu lhe disse que tudo estava indo bem, e que a família estava bem também. Quanto a igreja, eu lhe disse que já estava pastoreando uma igreja em outro bairro e que tudo ia bem e caminhando. Ele perguntou com quantos membros eu contava e lhe respondi que a minha igreja conta com um pouco mais de 100 membros, dai ele comentou que isso se dá por causa da doutrina, já que ele havia abolido, segundo ele, “esse negócio” e que estava “gerindo” a sua igreja, num tipo de “Estratégia de Gestão” que logo pude detectar como aquilo que os empresários fazem, então eu disse:
- Irmão, enquanto você diz que aboliu a doutrina, creio que tenha sido por esta razão que a maioria das Igrejas Batistas perdeu a sua identidade, pois eu creio que a doutrina é fundamental, afinal Paulo disse pra Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.” (I Tm 4: 6).
Como ele sabe que eu sou presbiteriano, me respondeu:
- Se é assim, a Igreja Presbiteriana também vai perder a identidade, porque se quiser crescer, tem de assumir uma “Estratégia de Gestão”.
Eu lhe retruquei:
- Irmão, isso não é igreja, é uma empresa, não gera discípulos, mas consumidores. Isso não é estratégia, é pragmatismo, deforma o Evangelho e só faz o que dá certo, procura agradar os consumidores e tem de se renovar sempre, cada vez uma novidade diferente, caso contrário os consumidores procurarão outra novidade em outro lugar.
Toda essa conversa me fez pensar sobre os rumos que as igrejas estão tomando. Na verdade muitos pastores já foram contaminados pelo “vírus” da mega-igreja e pagam qualquer preço para alcançar esse objetivo. A desculpa é que estão ganhando almas para o reino de Cristo.
O apóstolo Paulo em I Coríntios explica que: “Paulo plantou, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento, ou seja, independe da “estratégia” (I Cor. 3: 6), de Marketing, ou outra qualquer usada, pois se Deus não tiver no centro e no alvo, a igreja não prospera. Pode até ser que o negócio [igreja] do “pastor” prospere, mas será um negócio cheio de “consumidores”, mas não de verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.
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