domingo, 8 de abril de 2007

"ELE NÃO ESTÁ AQUI, MAS RESSUSCITOU COMO HAVIA DITO" (Mateus 28:6).


Por
Rev. João d'Eça.
Todos os anos na época da páscoa, do natal e de outras datas importantes do cristianismo, os escritores de plantão aproveitam para escrever artigos, resenhas e ensaios sobre a vida e obra de Cristo, sua morte e Ressurreição.
Na maioria das vezes, esses escritores de plantão aproveitam para lançar suas “pérolas” repetitivas, escrevem sobre o que não sabem, sobre o que não estudaram, sobre o que não pesquisaram com seriedade e só repetem o que outros já disseram, acrescentando aqui e ali os seus erros tradicionais e superticiosos. Conhecem Jesus só de ouvir falar, não experimentaram a vida de Cristo fluindo de si mesmos, como um derramar de um rio perene que vem para lavar o amargor da vida sem fé, sem submissão à Deus e aos princípios do Evangelho (Boa Nova) de Jesus, o Emanuel que quer dizer “Deus Conosco”, Deus em nós, Deus entre nós, Deus por nós.
Com base no método Histórico-Crítico e no Pós-Modernismo, autores estão escrevendo o que lhes vem na mente, sem responsabilidades, sem critérios sérios, só pra levantar uma polêmica. Não enxergam sob a ótica de quem de fato deseja aprender, mas vêem de uma ótica mercantlista, polêmica que visa lucro somente.
Os escritores de plantão citam autores dos séculos XIX e XX na tentativa de confundir os leitores menos desavisados e dar respaldo em seus escritos, assim como se fossem os donos da verdade. Jonh Dominic Crossan, Jack Miles, Renan, Rudolph Bultman e tantos outros autores que notadamente são parciais na sua argumentação e cujos escritos foram produzidos visando obterem lucro em cima dessas questões. Assim como aconteceu com Friedrich Nietzsche, que de tanto combater a fé cristã e Jesus Cristo, enlouqueceu, e nos seus últimos 5 anos de vida esteve em um manicômio escrevendo cartas e assinando-as como "O Crucificado".

Espiritualmente, entretanto, aqueles que se desviam para evitar o Calvário e procuram um evangelho sem cruz, como é oferecido hoje em muitos lugares, perdem o principal. Um evangelho sem cruz não é um evangelho diferente, trata-se de puro engano e de um absurdo espiritual. O caminho para a salvação sempre passa pelo Calvário e pela ressurreição: "Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus" (1 Co 1.18).
O SEPULCRO VAZIO.
No silencioso oásis em volta do Sepulcro do Jardim, o túmulo vazio prega um sermão para nós. Sim, ele está vazio, graças a Deus! Na parte de dentro alguém escreveu: "He is not here – He is risen" ("Ele não está aqui – Ele ressuscitou"). Foi isso que o anjo anunciou às mulheres na manhã da Páscoa. E o apóstolo Pedro testemunhou triunfalmente às pessoas que haviam se reunido no Pentecoste: "ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela" (At 2.24).
Por que a morte não conseguiu reter a Jesus? – Justamente porque Deus o ressuscitou! E o próprio Jesus teve a vitória sobre a morte porque era sem pecado. Seu santo e puro sangue não estava sujeito à lei da morte pelo veneno do pecado. Pois a morte é o salário do pecado (Rm 6.23). Por isso Ele pôde derrotar a morte e o diabo e também tem o poder de libertar da morte todos aqueles que estão unidos com Ele em Sua morte. "Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com Ele" (2 Tm 2.11).
Essa é a mensagem do sepulcro vazio: "Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem" (Hb 2.9). Glória e honra foram a conseqüência de Seu sofrimento e de Sua morte: "Pelo qual também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome" (Fp 2.9).
Ser unido a Jesus, identificar-se com Sua morte, tem por conseqüência que os filhos de Deus alcançam glória e honra junto com Ele. Cristo quer compartilhar Sua glória e honra com aqueles que estão intimamente ligados com Ele. Por isso Ele pede ao Pai: "Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo" (Jo 17.24). "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2.4-6).
Para mim vale a pena levar o opróbrio de Cristo, passar a vergonha que Ele passou. Só que esse caminho passa pela fornalha do sofrimento. Mas Ele está do nosso lado, Ele nos apóia e nos ajuda a termos um discipulado genuíno e corajoso. Um mundo moribundo não precisa admiradores de Jesus, precisa é de discípulos autênticos, que sirvam a Ele sendo bons samaritanos e pescadores de homens. Aos filhos de Deus desanimados Ele diz: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.23). "Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder" (1 Co 6.14).
Absurdamente os homens não querem submeter-se ao senhorio de Cristo, não querem viver a vida que ele ensinou a viver, preferem viver pelo seus próprios estômagos, pelo seu próprio egoismo, trazendo ao mundo um estilo de vida contrário ao do evangelho, difícil de se viver, um mundo do salve-se quem puder. Com certeza, este estilo de vida sem responsabilidades espirituias, levará, fatalmente os que vivem assim como Jezabel, quando foram procurar o seu corpo, ela havia sido comida por cães.

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