segunda-feira, 9 de abril de 2007

CATOLICISMO EM FRANCA RECUPERAÇÃO?


Por
Rev. João d'Eça.
Indo na onda da visita do papa ao Brasil, esta semana o Vaticano irá divulgar o número de católicos no nosso país. Segundo as contas da santa sé, no Brasil há 155 milhões de católicos, que daria 84% da população. Ora num país de 185 milhões de habitantes, sobrariam apenas 30 milhões de adeptos das outras religiões e de quem não tem religião nenhuma.
Pela estatística do Vaticano, podemos constatar que o catolicismo está em franca recuperação. Será isso verdade?
É certo que ser católico no Brasil, não é ser praticante, frequentador de missas ou alguém que acompanha a dinâmica da igreja. Ser católico no Brasil é simplesmente ser rotulado como tal, mesmo que como católico, esse que é rotulado apenas, frequente cultos afros, espiritismo kardecista, budismo, macumba, passeatas do orgulho Gay e tantas outras manifestações contrárias ao ensino da igreja romana.
Qualquer uma dessas pessoas que não valorizam os cultos católicos romanos e não se engajam na militância da igreja, são contados como católicos, dai, a conta vai lá pra cima.
Sabemos que se fosse contado com um critério bem mais sério, talvês tivessemos a surpresa de termos não o maior país católico do mundo, mas sim, o maior país indiferente à religião do mundo, sendo que os verdadeiros católicos, talvês não chegassem a 15% da população.
O problema é que a contagem do Vaticano leva em consideração o número de batismos informados pelas suas dioceses, contando também o número de padres, bispos e arcebispos, ou seja, é uma contagem por amostragem e que pode não refletir a verdadeira realidade.
E OS EVANGÉLICOS?
Dos 30 milhões que sobram da população brasileira, quanto será o número de evangélicos?
Por evangélicos conta-se todas as ramificações denominacionais, inclusive aqueles que os próprios evangélicos não consideram evangélicos, como as testemunhas de Jeová, Adventistas do 7º dia e outras.
Dizem que o número de evangélicos chega hoje a 30 milhões, se for assim, não sobra número para as outras manifestações religiosas, ficando o Brasil como um país polarizado entre católicos e evangélicos, ou os números do Vaticano estão errados.
CRESCIMENTO E DECRÉSCIMO.
Nos últimos 20 anos temos visto um crescimento maior de evangélicos do que as outras religiões no Brasil e na América Latina, porém, nos últimos 5 anos, ao meu ver, tem havido um decréscimo, principalmente pelo fato de que a população perdeu a credibilidade a partir de igrejas que militam no Brasil e que claramente não são igrejas, mas locais de arrecadação de dinheiro sem nenhum princípio espiritual, sem pregação séria do evangelho, sem conversões genuinas, cujo principal objetivo é lucrar cada vez mais, ou seja, o "deus" deles é o dinheiro, que compra canais de TV, rádio e jornais para divulgar os seus "negócios" extremamente lucrativos, sendo só essa a preocupação.
Com isso, a população do país, acaba avaliando o movimento evangélico por baixo, identificando os evagélicos como se todos tivessem a mesma postura desses "espertalhões" e "pilantras" que ainda, descaradamente se auto-intitulam "neo-pentecostais".
Se houver um decréscimo no Brasil do número de evangélicos, isso se deve a esses grupos de "lobos devoradores" que com suas práticas anti-cristãs, estão implantando fortemente no inconsciente coletivo da população uma ojeriza às igrejas evangélicas, onde grupos sérios como presbiterianos, batistas, ADs, metodistas, luteranos, episcopais, cristãos evangélicos e outras igrejas históricas, estão sendo jogadas na mesma "vala comum" dos que buscam somente tirar o dinheiro do povo.

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