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João d’Eça
Introdução:
Quando
o assunto é o dízimo, constatamos que são poucos os fieis a Deus nessa área.
Aqueles que restituem ao Senhor, dono da prata e do ouro, a décima parte de
seus rendimentos, são escassos. Quando não retém parte do que é exigido por
Deus para que sejam fieis, eles desonram o Senhor, não entregando absolutamente
nada.
Já
falei tanto de dízimo que já estou me tornando antipático para com muitos dos
irmãos que não querem tratar desse assunto ou ver esse assunto em discussão.
Porém, como pastor, ministro de Deus chamado para ensinar os princípios da
Palavra de Deus ao rebanho sob os meus cuidados, não cessarei de falar,
principalmente quando vemos tantos irmãos e irmãs, passando tremenda
dificuldade financeira, atolados em dívidas, com problemas familiares ou de
saúde, e atormentados na mente, simplesmente porque estão roubando o Senhor,
quando não entregam os seus dízimos.
Qual será o
motivo de existir tão poucos irmãos fieis à Deus?
Muitos que se dizem discípulos de Jesus, não
entregam a décima parte de seus rendimentos mensais, ou seja, o dízimo, porque
não acreditam que o Senhor é o seu supridor, outros porque são avarentos mesmos
e são tão apegados ao dinheiro que o tem como seu “deus”, ao qual Jesus Cristo
chamou de Mamon (Mateus 6.24).
Há os que dizem que o
sistema de taxação de contribuição dizimal era para o Antigo Testamento, mas
que na nova dispensação essa norma foi abolida, deixando que o crente decida
com liberdade, qual é o valor da sua contribuição com dízimos e ofertas. Os que
seguem esse raciocínio, esquecem de que caso estejam certos, o Senhor, em
nenhum lugar do Novo Testamento aboliu o dízimo, então se Deus não aboliu,
ainda permanece a obrigatoriedade da contribuição da décima parte de seus
rendimentos, a novidade seria que o máximo não é estipulado, apenas o mínimo,
então o crente é livre para contribuir com mais de 10%, nunca menos, se Deus
assim colocar no seu coração o desejo de contribuir com mais. Entregar menos de
10% ou não entregar nada é ROUBAR ao Senhor. Ai acompanhará o infiel, todas as
maldiçoes registradas em Malaquias 3.
Qual o motivo
para a entrega do dízimo?
No
Antigo Testamento era para sustento da obra de Deus, para manutenção do culto,
para sustento dos sacerdotes levitas. Muitos alegam que tudo isso estava
relacionado à Lei Mosaica e que tudo foi abolido. Dizem que o domingo sucedeu o
shabbat judaico, o batismo sucedeu a circuncisão e a santa ceia sucedeu a
páscoa. Mas em nenhum lugar na Bíblia se diz que o dízimo foi sucedido por
outro sistema qualquer, pelo contrário, Jesus quando confrontado pelos fariseus
acerca do dízimo, diz: “... fazei estas cousas, sem omitir aquelas” [dízimo –
grifo meu] (Mateus 23.23).
Diante disso pergunto: Ainda
temos de contribuir? Sim, claro, ninguém pode em sã consciência contestar isso.
Ainda existem os motivos para se entregar o dízimo? Sim! Então com quanto eu
devo contribuir para a disseminação do Evangelho de Cristo? Com 10% ou mais,
nunca menos disso. Ora se o judeu que não tinha os mesmos privilégios que nós
temos em Cristo Jesus, ofertavam os seus dízimos e as suas primícias, deve você
irmãos, se colocar em plano inferior ao do judeu do Antigo Testamento?
Certamente que não! Por isso, decida em seu coração, prometa a Deus entregar o
que lhe é exigido e com a ajuda de Deus ofereça muito mais.
O texto sagrado diz: “Deus
ama ao que dá com alegria” (II Cor. 9.7). Isto implica que esse amor de Deus
não o atinge se você for avarento, negar-se a entregar o dízimo ou entregar
retendo parte dele, assim como fizeram Ananias e Safira, e que por isso,
morreram (Atos 5). Porém, esse amor de Deus será ainda maior quando a sua
oferta for entregue ao mesmo tempo, com toda a liberalidade de um coração
agradecido por todas as bençãos com que o crente é beneficiado.
Por que o
crente deve mudar a sua atitude para com o dízimo?
-
Porque essa é a ordenança de Deus para cada um de nós;
- Porque
a tesouraria da igreja está quase vazia e as contas chegando;
-
Porque o telhado da igreja está precisando de conserto;
-
Porque a obra missionária precisa continuar, sem dinheiro, não dá.
Os que são fieis ao Senhor, estão cooperando com os
seus dízimos e ofertas, para que “haja mantimento” na casa de Deus (Malaquias
3.10). Havendo crentes fieis, não avarentos, não egoístas, HAVERÁ mantimentos
na Casa de Deus. Mas se os crentes se mantiverem EGOISTAS, AVARENTOS e
INCRÉDULOS, a obra de Deus sofrerá solução de continuidade. Deus AFASTARÁ os
infiéis e LEVANTARÁ outros para serem abençoados.
Conclusão:
Sejam dizimistas fieis e a Casa de Deus
terá sempre o mantimento devido. Essa é a promessa do Senhor para a igreja e
para os crentes individuais.
Os
crentes precisam pagar o preço da fidelidade, porque “sem fé é impossível
agradar a Deus” (Hebreus 11.6). Cumpra com o seu dever e receba os privilégios da
sua fidelidade, assim você irá satisfazer “Aquele que sendo rico se fez pobre”
por amor a nós.
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