quinta-feira, 12 de setembro de 2013

DIVAGAÇÕES FORTÚITAS SOBRE A MORTE

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João d’Eça



         A morte é uma trabalhadora incansável, infatigável, que de dia, de noite, a todas as horas está trabalhando.

         Para ela não há descanso. Não sente fadiga alguma por mais aterefada que esteja. Ela trabalha e faz trabalhar ao mesmo tempo.

         Todos os homens sabem que vão morrer e a maioria se preocupa com a morte. Poucos são os que não se lembram que são mortais.

         Todos os dias assistimos o espetáculo horrendo da morte, ela ceifa a vida de ricos e pobres, de pretos e brancos, de europeus, asiáticos, americanos e latinos. Africanos aos milhares todos os dias. Gente da Oceania e de todos os lugares aonde houver gente.

         Uns estão um pouco de tempo enfermos, e morrem; outros não experimentam enfermidade alguma, não sentem a mínima dor, e são levados repentinamente. Há os que procuram a morte, brincam com ela, e a encontram nos momentos mais inesperados.

Uns chegam à velhice, e morrem em seu leito, enquanto outros são arrebatados na flor da idade, sendo feridos de repente.

Caro leitor, você pensou alguma vez nisto?

É bom que pensem para que não vivam descuidados, mas sim prontos, como diz o Evangelho, para que vocês possam entrar na vida celestial.


         A morte é traidora, e aos que estão descuidados, fere de improviso.

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