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João d’Eça
A
morte é uma trabalhadora incansável, infatigável, que de dia, de noite, a todas
as horas está trabalhando.
Para
ela não há descanso. Não sente fadiga alguma por mais aterefada que esteja. Ela
trabalha e faz trabalhar ao mesmo tempo.
Todos
os homens sabem que vão morrer e a maioria se preocupa com a morte. Poucos são
os que não se lembram que são mortais.
Todos
os dias assistimos o espetáculo horrendo da morte, ela ceifa a vida de ricos e
pobres, de pretos e brancos, de europeus, asiáticos, americanos e latinos.
Africanos aos milhares todos os dias. Gente da Oceania e de todos os lugares
aonde houver gente.
Uns
estão um pouco de tempo enfermos, e morrem; outros não experimentam enfermidade
alguma, não sentem a mínima dor, e são levados repentinamente. Há os que
procuram a morte, brincam com ela, e a encontram nos momentos mais inesperados.
Uns chegam à
velhice, e morrem em seu leito, enquanto outros são arrebatados na flor da
idade, sendo feridos de repente.
Caro leitor,
você pensou alguma vez nisto?
É bom que
pensem para que não vivam descuidados, mas sim prontos, como diz o Evangelho,
para que vocês possam entrar na vida celestial.
A
morte é traidora, e aos que estão descuidados, fere de improviso.
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