O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (Parte I)
A origem do papado.
Como conhecemos hoje, o papado teve a sua origem, desenvolvendo-se
gradativamente, sustentado a princípio pelo Império Romano. Não teve uma data
de nascimento, não foi instituído por Cristo nem pelas igrejas. É um intruso no
cristianismo e não se enquadra na Bíblia. (DEV).
O catolicismo romano assim como as igrejas evangélicas são
estruturadas da seguinte forma: A igreja romana, sua estrutura é a de ordens religiosas, sob a direção de um
chefe visível, é uma monarquia absoluta. As demais igrejas cristãs são
estruturadas em forma de denominações,
todas com uma só base doutrinária, a Bíblia.
Pontos em comum
Tanto católicos quanto evangélicos creem na Trindade, em Cristo como Salvador
pela sua morte substitutiva, ensinam a existência do céu e do inferno e o seu
livro texto é a Bíblia. Em que pese as crenças em comum, as duas igrejas
cristãs caminham separadas.
Até o IV século da era cristã havia uma e somente uma igreja cristã. A
caminhada da igreja continuou desde Cristo até o tempo de Constantino, quando
este cristianizou o Império Romano, tornando a religião cristã, antes
considerada ilegal, como a religião do Império.
Nesse tempo não havia hierarquia entre os líderes cristãos, bispos,
pastores, presbíteros e evangelistas, esses eram homens veneráveis como
Policarpo, Papias, Inácio, Justino, Irineu, Orígenes, Eusébio, João Crisóstomo,
etc. O único que fugiu fora desse padrão foi o bispo Calixto que foi
repreendido por Tertuliano de querer ser o “bispo dos bispos”, isso aconteceu
em 208 d.C.
Igreja Católica, apostólica e
romana? Que negócio é esse?
No Concílio de Constantinopla que foi presidido pelo imperador romano
Teodósio, que decretou no ano de 381 d.C, o “CUNCTUS POPULUS”, a igreja passou
a ser chamada de Apostólica. Apostólica ela não é, pois se baseia numa interpretação
sofrível de Mt. 16: 13-23, e também não sabemos como pode ser Católica e romana
ao mesmo tempo.[1]
A história do surgimento dos papas aconteceu no IV século, quando as
várias igrejas espalhadas pelo Império se viram dominadas por cinco dentre os
bispos, eram eles: o bispo de Antioquia, o de Jerusalém, o de Constantinopla, o
de Alexandria e o de Roma. O Concílio de Calcedônia no ano de 451 concedendo
igualdade de poder entre o bispo de Constantinopla e o bispo de Roma. Com o
passar do tempo e com o envolvimento político com os imperadores, o bispo de
Roma foi tendo a hegemonia e concentrando o poder sobre os outros bispos em sua
mão, os que não obedeciam eram destronados.
Voltando um pouco no tempo
Em 325 d.C., o Imperador romano Constantino, depois de uma suposta
conversão ao cristianismo, convocou o primeiro Concílio das Igrejas (protótipo
do domínio político religioso que dura até hoje – continuidade do Império
Romano), e este concílio foi dirigido por Hósia Cordova, com 318 bispos
presentes. Constantino, querendo agradar aos bispos que tinham domínio sobre o
povo, resolveu construir uma templo a qual deu o nome de “Igreja do Salvador”,
posteriormente os papas passaram a ocupar um palácio oferecido por Fausta. Bem
mais tarde, no século XV, demoliram a Igreja do Salvador e construíram no lugar
a Basílica de São Pedro.
Depois de Constantino, já no século IV, as igrejas que eram livres
começaram a perder a sua autonomia com o bispo Inocêncio, que foi feito papa
Inocêncio I, no ano 401 d.C., que se auto denominava “governante das igrejas de
Deus” e exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele. 40 anos depois,
em 440 d.C., o papa Leão I, na tentativa de impor mais temor aos outros bispos
dizia que: “resistir a sua autoridade seria ir direto para o inferno!”. Esse
papa aumentou o seu domínio, bajulando o Imperador Valentiniano III no ano 445
d.C., que cedeu ao que ele pretendia, que era exercer autoridade sobre as
igrejas, até então nas mãos do Estado.
Como historiadores comentam, “era o papado emergindo das ruinas do
Império Romano que se desintegrava, herdando dele o autoritarismo e o latim
como língua”. Antes do século V, todos os bispos ocidentais eram chamados de
papa (pai), aos poucos foram restringindo esse tratamento a somente o bispo de
Roma. Até então ninguém ousava supor ou dizer que o apóstolo Pedro havia sido
um papa.
Acompanhe o caminhar da história
no próximo post.
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