sábado, 6 de julho de 2013

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (PARTE 2)

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (PARTE 2)

Introdução:
Depois que o cristianismo se corrompeu com o papado, os papas começaram a aparecer como reis, ostentando ornamentos e situações que lhes fizessem parecer como soberanos.

O primeiro papa a usar a corôa foi Nicolau I (858 d.C. – 867 d.C.). Ele se serviu de documentos espúrios que apareceram em 857 d.C. conhecidos como “PSEUDAS DECRETAIS” de Isidoro. Essas falsas decretais, alegavam que era de bispos do II e III séculos que “exaltavam o poder dos papas”. Depois da morte de Nicolau I descobriram que esses documentos eram invenções corruptas dele, Nicolau mentiu dizendo que esses documentos estavam na igreja já havia séculos.

As PSEUDAS DECRETAIS colocaram a “cereja no bolo”  das mentiras papais na Idade Média, elas conseguiram fazer com que o papado, recentemente criado, se tornasse antigo. Foi o maior embuste da história. Esses falsos documentos vieram a fortalecer o papado, antecipando em 5 séculos o poder temporal dos papas e serviu de base para a promulgação das leis canônicas da igreja católica romana.[1]

A CRIAÇÃO DO ESTADO DO VATICANO

O Estado do vaticano desenvolveu-se com o papa estevão II (741 d. C – 752 d. C.), que instigou Pepino, o Breve e seu exercito a conquistar trerritórios na Itália e doá-los à igreja. Essas doações foram confirmadas no ano 774 d. C., elevando o catolicismo à posição de poder mundial, surgindo assim o SACRO IMPÉRIO ROMANO sob a autoridade do “papa-rei” que durou 1100 anos.

Quem confirmou a doação  foi Carlos Magno, que próximo à sua morte, arrependido por ter doado os territórios, na hora da sua agonia de morte, em terríveis dores lastimava-se dizendo:

Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os papas são ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram, devo merecer de Deus um severo castigo![2]


O papado esteve confinado em Avinhão na França por 70 anos, voltou a ocupar o vaticano em 1377 d. C., trazido por Gregório XI. Derramaram muito sangue em guerras políticas e religiosas até o ano de 1806, quando Napoleão Bonaparte aprisionou o papa Pio VII (1740-1823). Mais tarde tentaram reagir, mas Vítor Emanuelli no ano de 1870 derrotou as tropas do papa, tornando-se o primeiro rei da Itália, pondo fim ao SACRO IMPÉRIO ROMANO, que de santo nada tinha, esse episódio data de 20 de setembro de 1870.

Os papas ficaram confinados no Vaticano até o ano de 1929 quando Mussolini e Pio XI no tratado de Latrão legalizaram o Estado do Vaticano, estado religioso que atualmente é controlado pela Cúria Romana e governada por Cardeais que “controlam a carreira dos bispos. O papa fica fora dessa pirâmide”.[3] No Brasil os católicos são orientados por bispos, mais conhecidos pela posição política do que pela religiosidade. Eles estão divididos entre “Conservadores”, “Progressistas” e “Não alinhados”.[4]



[1] HALLEY, Pochet Bible Hand-book, pg. 685
[2] PILLATI. Londres, Ed. Thompson, tomo III, p. 64. 1876
[3] Jornal o Estado de São Paulo, 20.03.1982
[4] Revista VEJA, 30.01.1980

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