segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A HISTÓRIA DOS VICES.


Por
Rev. João d'Eça

Virou moda, os partidos políticos agora estão apelando para sensibilizar os evangélicos, escolhendo para Vice nas chapas majoritárias, evangélicos (de preferência pastores), com a clara intenção de garantir o voto dos "irmãos" para eleger os seus candidatos.

Eles estão prometendo cargos e nomeações para pastores e seus parentes em troca dos possíveis votos dos "currais" evangélicos. Consta que somente um líder denominacional em São Luís possui centenas de nomeações e que portanto, ele se julga como o líder maior e representantes dos evangélicos na cidade.

As informações dão conta de que esse líder que tem centenas de nomeações nas esferas de poder municipal e estadual vetou o nome de um possível candidato a prefeito, bem cotado nas pesquisas, porque ele está separado da sua esposa e já está vivendo com outra, ou seja, tem duas famílias. Até ai tudo bem, afinal, essa prática contraria os princípios bíblicos. Porém é sabido em toda a cidade que o atual prefeito, que está inelegível por já ser de segundo mandato, mas que é o detentor da "máquina", também está separado da sua esposa e "desfila" pela cidade com outra mulher, já tendo assumido o seu novo romance, inclusive sendo visto em festas de jovens (como se fosse um deles), e ninguém diz nada. Os líderes denominacionais calam a boca, dão apoio, fazem acordo e agem como se nada estivesse acontecendo.
Porque podem vetar o nome de alguém que está vivendo de um jeito e não vetam o nome de outro que vive de igual modo? Será porque o primeiro não tinha "bala na agulha" para financiar a campanha e o segundo além de ter a "bala" ainda insistiu que o vice fosse um pastor?
Esse negócio de lançar um "evangélico" como vice em alguma chapa majoritária com intenção de ganhar o voto e a confiança dos "irmãos" não funciona, pelo menos comigo, pois não entro nessas "negociatas", elas de nada adiantam, não rende nenhum benefício para a comunidade evangélica como um todo, além do que, depois de eleitos, esses candidatos "evangélicos", sequer recebem os "irmãos" com alguma reivindicação, a não ser que lhes traga algum dividendo.
Poderia contar aqui inúmeras experiências de campanha, quando candidatos ditos "evangélicos", mandam recado, telefonam, mandam acessores convidar-nos para almoços, jantares, coffee-breacks, festas de aniversário, reuniões etc, mas que nos evitam e nunca tem tempo de nos receber depois de eleitos. Dizem que são políticos de todos e não de um só grupo, que atendem a todos que os procuram, que são muito ocupados. Acontece que durante as campanhas eles nos reconhecem nas ruas, visitam as nossas casas, perguntam das nossas necessidades, indagam do que precisamos, mas depois de eleitos, esquecem-se de nós e dão a desculpa de que nós não os procuramos.
Portanto, quero deixar claro que essa história de vice evangélico para convencer crentes a votar nos candidatos de determinado partido não é 100 % aceita, diria que se restringe tão somente à denominação do candidato a vice, que aqui em nossa cidade representa somente 20% de toda a população de evangélicos. Os demais grupos (que por sinal não ganham nada, estão fora do processo), são livres pra escolher quem vão apoiar ou se não vão apoiar ninguém.

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