segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

A EDUCAÇÃO RELIGIOSA E SUAS IMPLICAÇÕES (Parte II).


Por
Rev. João d'Eça
Da última vez nós discorremos sobre a Educação Religiosa na Igreja, abordando a necessidade de atenção especial aos pequeninos, isso ningúem pode negar. Na verdade os pequeninos precisam de toda atenção e carinho por parte da igreja, e, eu penso que temos que preparar tudo para que eles sejam alcançados com a mensagem do evangelho de Jesus Cristo, justamente para que se cumpra a palavra de Salomão: "Ensina a criança no caminho em que ela deve andar, e ainda quando for velho, jamais se desviará dele" (Prov. 22: 6).
O que devemos fazer para que as crianças louvem a Deus, de modo que ela expresse toda a sua alma na adoração?
Primeiro, a criança precisa de estímulo. Ela precisa ser levada a entender qual é o verdadeiro sentido de cantar em louvor ao Todo-Poderoso. Haverá o dia exato em que todos nós estaremos cantando na presença dos anjos, diante de Deus, no Céu. Se a criança compreender isso, ela participará de modo mais significativo do louvor e experimentará uma alegria que o mundo não poderá substituir.
Concluiremos esse artigo, estabelecendo alguns critérios para que as pessoas que trabalaham com crianças na igreja, entendam a necessidade de preparo e dedicação nesse mister.
A Liderança do Dpto. Infantil.
Acima de tudo deve ser um crente fervoroso e com conhecimento da área em que está trabalhando. Ele deve ser um exemplo para as crianças, já que elas aprendem por imitação, é bom que elas vejam um bom exemplo de crente na vida do líder.
Não é preciso que seja exclusivamente uma mulher sempre. Há igrejas que desenvolvem um excelente trabalho, colocando homens com voz firme, bem timbrada, para deixar nas crianças a influência da figura do pai. Isso é muito importante, mas cuidados devem ser tomados, tanto para homens quanto para mulheres.
O Ambiente onde as crianças se reunem.
Deve ser o melhor possível, adequado, arejado, colorido, divertido e acolhedor. Devemos nos utilizar de pessoas preparadas e especialistas no assunto, para que curiosos de última hora não queiram que suas idéias sejam implementadas, muitas vezes em prejuizo do desenvolvimento do departamento infantil.
O Resultado prático de tudo isso.
Assim como pessoas antes de nós se preocuparam conosco, nós também devemos nos preocupar com as crainças ao nosso redor e lhes proporcionar a melhor maneira de se desenvolver na igreja. É preciso que entendamos que o desenvolvimento infantil passa por um planejamento sério e bem desenvolvido, não há lugar para improvisações, mas não podemos abrir mão da criatividade de última hora.
Porém se amamos à Deus de todo o coração e os seus pequeninos como a nós mesmsos, saibamos que o amor fará toda a diferença e ele nos conduzirá à perfeição.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Reverendo,
Acho que necessariamente não "é preciso que entendamos que o desenvolvimento infantil passa por um planejamento sério e bem desenvolvido" , pois nós calvinistas supostamente cremos na Soberania de Deus e que o que vai acontecer a cada indivíduo ja esta determinado nos eternos decretos de Deus. A existencia ou não de planejamento ou da improvisação pouco, ou nada, afeta qualquer desenvolvimento no mundo. Creio que o ponto crucial a ser considerado é se Deus realmente está ou não no controle de todas as coisas. Fica claro que se precisamos elaborar "um planejamento sério e bem desenvolvido" é porque na verdade parte do controle está conosco. Creio que nós reformados precisamos assumir incondicionalmente o nosso calvinismo. Caso contrário qualquer crítica ao arminianismo dos outros, sem abrir mão da pretensa responsabilidade humana, é crítica leviana, ja que acabamos admitindo o nosso calvinismo tambem encharcado com o postulado arminiano. Mesmo que insistamos em culpar as Escrituras pela antinomia da nossa crença, não consigo aceitar que estamos autorizados a manifestar o desapreço ao arminianismo dos outros, a menos que assumamos o calvinismo com todas as suas implicações,isto é, com o controle absoluto de Deus.
Sei que o nosso calvinismo precisa ser antinômico para explicar melhor as mazelas do mundo, sem contudo nos paralizar diante da vida. Tenho que admitir que o arminiano coerente (o do teismo aberto)se resolve melhor que nós, que temos medo de assumir o calvinismo coerente (o do teismo fechado). O meu comentário pouco vai mudar a nossa tradição teológica, que simplistamente responde: "não sei porque é assim, mas é assim", pois, como ja disse, precisamos ver o mundo com as lentes do calvinismo híbrido para continuar respondendo de forma fácil os processos da vida, afinal de contas, talvez para o nosso conforto, os crentes reformados pouco estão ligando para Soberania de Deus, que nós estudiosos da teologia reformada não temos conseguido explicar de forma coerente, e quando a coisa aperta esses crentes, muitos com cadeiras cativas nas nossas congregações, preferem fazer a campanha sacrificial do RR Soares, que promete que se eles assumirem o sacrifício Deus então muda as suas predestinações. Pensando bem, se dá para levar assim e o incomodo é só meu, é melhor manter a acomodação com "um planejamento sério e bem desenvolvido", mesmo que o preço a ser pago seja o da abdicação do verdadeiro calvinismo.

Um abraço,
Kilmer

Anônimo disse...

Sr. Kilmer, você está equivocado. Parece que você é hiper-calvinista e o seu hiper-calvinismo poderá se transformar em calvinismo nenhum.

Tome cuidado! O artigo fala de planejamento e organização para se receber as crianças, qualquer criança e dar a elas a devida atenção, independente de salvação ou não. Isso é com Deus.

Rev. Roberto Nunes

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