quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

A ORAÇÃO EM TRÊS ATOS.

Por Rev. João d'Eça Textos: Lucas 11:1 e Mateus 6:9 A oração é um tema palpitante e ao memso tempo inesgotável. A oração tem aspectos, que na maioria da vezes, passam desapercebidos aos crentes. Vamos apresentar três aspectos da oração que nos dão ensinos edificantes para melhorar o nosso entendimento e a nossa vida de oração. 1 - LIGAÇÃO COM DEUS A oração é conversa com o Pai Eterno, mas, para que essa conversa se concretize, é preciso que haja Ligação com Ele, porém essa ligação só será efetivada se houver transformação do homem natural, porque este não pode manter comunhão com o Senhor, não pode ligar-se com Ele. O homem comum não pode orar, pois está desligado de Deus (Romanos 3:23). Na conversão, o homem pecador é transformado em filho de Deus (João 1:12), passa a ter comunhão íntima com as três pessoas da Trindade e é ligado à Deus. É aqui que o Pecador adquire a nova natureza espiritual que lhe dará afinidade com o Senhor. Sem ser nascido de novo (Jo. 3:3), sem ter sido tornado em nova criatura (II Cor. 5:17), o homem não tem como ligar-se à Deus através da oração. Para que se ore é preciso que se queira orar, se a pessoa não deseja orar, ela não orará, mas somente repetirá palavras e clichês automáticos e sem conteúdo. Digo isto, porque vejo pessoas em atidude de oração, dizendo palavras, mas não oram, não estão sintonizados em Deus, não estão ligados ao Senhor. A pessoa para oara é preciso estar atenta, porque a oração entra no campo da inteligência e do entendimento. Paulo disse: "...orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento". (I Cor. 14:14). Sem atenção não há entendimento, sem entendimento não há oração. Portanto, o crente, tendo recebido de Deus a natureza espiritual e estando atento psicologicamente, ele se ligará a Deus para a oração. O segundo aspecto é: 2 - A EXPRESSÃO DA NOSSA ALMA. A oração é uma expressão da nossa alma. Algumas vezes ela se expressa em palavras ferventes, outras vezes através de tristezas e lamentos, outras vezes ainda, silenciosamnete. Algumas orações são expressões reverentes da alma, na postura, no silêncio, na convicção de fé, na certeza de se estar perante o trono, no sentimento da presença do Eterno. A postura é sim importante, porque nós revelamos as nossas convicções e sentimentos, também através da expressão corporal. A Palavra de Deus não fixa uma determinada postura para a oração. O importante é que seja qual for a postura, a oração se expresse com sinceridade e devoção. Há muitos grupos que estimulam expressões e posturas ensaiadas e programadas, não dando nenhum valor ao conteúdo, isto temos visto se proliferar em todo lugar, pessoas que querem demonstrar uma espiritualidade que não possuem e com isso estão dando um péssimo testemunho aos descrentes. Há também os que acham que Deus é surdo, que só ouvem se eles gritarem, estes são os modernos profetas de Baal, que no embate com Elias, o profeta de Deus, no Monte Carmelo, dizia Elias: "gritem, talvês ele esteja dormindo, então acordará e virá lhes atender". (Grifo Meu). Se o homem estiver ligado a Deus, ele expressará de modo sério e conveniente a sua oração. Suas palavras serão doces e tranquilas, revelando confiança e esperança na providência do Senhor, sua postura será a mais serena, graciosa e cheia de paz que podemos perceber. Infelizmente temos presenciado pessoas orando numa expressão de desespero, com gritos e gestos contraditórios, fazendo caretas, imitando animais, dando pulos, correndo, rodopiando e fazendo tantos outros gestos, que demonstram não estarem ligados à Deus. Isto pode ser qualquer coisa, menos oração. O terceiro aspecto é: 3 - INTIMIDADE COM DEUS. A oração não só nos traz resultados práticos, mas também, nos muda, transforma a nossa vida, produz experiência com Deus. As experiências não são aquelas espetaculares (estas podem até ocorrer pela vontade exclusiva de Deus), mas falamos da experiência da alma, da paz de espírito, do reconhecimento da nossa pequenez diante da grandiosidade de Deus e que só estamos vivos por Graça e Misericórdia dEle. Os homens de Deus que tiveram experiências arrebatadoras com Ele, não iam orar com essa expectativa, eles entravam na presença do Senhor como de costume, como um momento comum em suas vidas, como algo que faziam sempre, humildemente, obedientemente, não com a postura de gente que vemos hoje, vão orar só na expectativa de terem experiências extraordinárias, mas que caem no campo da subjetividade, ou seja, a pessoa não tem elementos para poder provar a sua experiência e os outros não tem elementos para provar que ele está equivocado, ou mesmo mentindo, e, por esta razão subjetiva, muitos estão enganando aos seus pares na única intenção de parecer mais espiritual que os demais. As experiências dos homens da Bíblia, não surgiram do desejo deles de que tivessem essas extraordinárias experiências, para satisfazerem os seus caprichos pessoais. Eles queriam sim cumprir a vontade de Deus de dependência dEle. Não houve interesses pessoais em nenhum caso relatado na Bíblia envolvendo os grandes homens de Deus. CONCLUSÃO: Se nós compreendermos os ensinos da Palavra de Deus sobre a oração e não dermos atenção a modismos inventados por pessoas que querem ser dominadores e não servos do Todo-Poderoso, nós estaremos nos aperfeiçoando num trabalho de grande dignidade espiritual, a oração, e ai, não reproduziremos em nossas igrejas as heresias que proliferam mais e mais a cada dia nas igrejas e denominações.

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