terça-feira, 19 de dezembro de 2006

NATAL, TEMPO DE PAZ E DE ESPERANÇA!

Por Rev. João d'Eça O Natal é o maior símbolo de esperança, mas, ninguém poderia imaginar que aquele dia, em Belém da Judéia, poderia ser o dia de maior esperança para a humanidade, já há mais de dois mil anos. Um recém-nascido poderia ser ameaça ao poderio do Império Romano? O doce infante Jesus, contra o Grande César? Entretanto o que é feito hoje do poderoso Império Romano? Seus exércitos pertencem tão somente à história, desmoronou e hoje a sua influência é quase nula. Porém, as coisas que Jesus Cristo falou, seus ideais, seus valores, seus princípios eternos, suas palavras de esperança, sobreviveram ao mundo material e foram adquirindo força no correr dos séculos. É esse o fundamento da esperança que nasce de novo a cada dia de Natal. Parece impossível de se acreditar que o amor e a boa vontade possam triunfar sobre o ódio organizado e a força do mal que campeiam em nosso mundo! Parece uma luta tão desigual! Como podemos então, diante da dura realidade da vida, na era pós-moderna, encontrar-se esperança na história encantadora que é a história do Natal? Por onde começamos? Começamos por onde começaram os que se reuniram em tôrno da manjedoura. Nosso mundo está perturbado? Nossa época é de incredulidade? Nosso tempo é de materialismo? O deles também estava. Sentimentalizamos tanto o Natal que temos pouca compreensão do mundo sangrento, brutal e violento em que nasceu o menino Jesus. Se o grupo que estava no estábulo olhassem a realidade e a injustiça que enchiam o seu mundo, poderiam gritar de desespero: - “Vejam, o nosso mundo a que chegou!”, mas ao invés disso eles disseram com alegria: - “Vejam quem chegou ao mundo!” Como podemos fazer eco a essa esperança? Como podemos contribuir com dias melhores? Podemos começar como Deus começou, com as pequenas coisas. Quando Deus quer fazer crescer uma árvore, Ele planta uma semente. Quando Deus quer construir um universo, Ele começa com um átomo. Quando Deus quer mudar os corações dos homens, ele manda uma criança para uma manjedoura. Devemos começar com as pequenas coisas que temos nas mãos. É essencial sonhar grandes sonhos, mas a esperança não brota só de sonhos. Juntamente com o sonho deve estar a ação, como nas palavras do maior sábio da história depois de Jesus em todos os tempos, Salomão que disse: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Ecle. 9:10). Todas as grandes realizações tem um começo humilde. Começa-se a compor uma sinfonia estudando escalas. Começa-se a construir automóveis em série, aprendendo a consertar relógios numa fazenda. Começa-se a conceber a Teoria da Relatividade aprendendo a tabuada de multiplicar. “Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o!” Quem eram os doze discípulos quando Jesus os chamou? Eram a maioria, simples pescadores, outros coletores de impostos para um país estrangeiro. Eram indistinguíveis em meio a multidão, até que conheceram a Jesus, e ai, esses homens desinteressantes saíram para revolucionar o mundo para sempre e mudar o curso da história. Será isso um exemplo de que qualquer pessoa, homem ou mulher, pode influenciar os negócios de nosso mundo? Sim, esta é a verdade. Há dentro de cada um de nós, capacidades que vão além da nossa compreensão. A fé pode nos dar sabedoria para entender o nosso potencial e força para realizar as nossas potencialidades. Por mais que nos julguem incapazes, por mais que nos digam que não podemos e que não somos nada, por mais que nos desestimulem, por mais que tenhamos que enfrentar dificuldades aparentemente insolúveis, adquirimos esperança e força quando olhamos de novo para a manjedoura, para o berço daquela criança especial, no coração de um antigo Império, e aprendemos a “não desprezar o dia das pequenas coisas” (Zc. 4: 10). Todos os dias de Natal nasce uma nova esperança, uma esperança como a estrela cintilante que se tornou o dedo de deus apontando para a pequena Belém e para o futuro da humanidade. Eis a esperança do Natal: embora possa parecer sombrias as perspectivas, a única escuridão que devemos temer é a escuridão dentro de cada um de nós. O Príncipe da Paz chegou. O Emanuel, “Deus Conosco”, Deus entre nós, Deus no meio de nós e Deus por nós. Com Jesus Cristo nasceu a esperança de que um dia os homens “converterão as suas espadas em enxadões e suas lanças em foices” ( Isaias 2:4). Que importa se as notícias que ouvimos não são nada boas? “Não temais, porque vos trago Boas Novas de grande alegria” (Lucas 2:10 ).

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