quarta-feira, 22 de novembro de 2006
A SUPERIORIDADE DO CRISTIANISMO.
Por
Pr. João d'Eça
“Portanto quem quiser ser meu discípulo, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” ( Mateus 16: 24 ).
Confesso que pensei bastante antes de começar a escrever este artigo. Refleti, porque pode parecer pedantismo de cristão, dizer que o cristianismo é religião melhor que os outros sistemas religiosos. Não quero aqui referir-me à religião como é entendido pela sociedade, ou seja, um sistema de princípios e valores, éticos e morais que as pessoas aderem em busca de uma vida melhor.
Não é a isso que quero me referir, mas ao cristianismo como é revelado na Escritura Sagrada, um relacionamento com a divindade. Esse relacionamento, faz parte da iniciativa de Deus em buscar o homem, em regenerá-lo, em salvá-lo e “transportá-lo para o Reino do Seu Filho amado”, adotando-o também como filho.
Assim é-nos ensinado na Bíblia: Deus, vai em busca do homem morto em seus delitos e pecados e lhe dá a vida eterna. Essa é a essência do evangelho, não podemos mudar o que está Revelado por Deus em Sua Palavra, apesar de vermos que estão querendo colocar o cristianismo como mais uma religião dentre muitas outras, e, que a atitude correta, seria respeito mútuo e convivência pacífica, é o que chamam de Tolerância.
Creio que o a pregação do evangelho é fundamental para o desenvolvimento da sociedade. O bem-estar da família passa pela observância dos princípios e valores da Palavra de Deus, o desenvolvimento da sociedade passa pela aplicação desses valores, porque não dá pra brincar de cristianismo, a nossa atitude tem consequências temporais e eternas.
No texto acima Jesus exige dos seus discípulos, o rompimento das antigas associações, que ele deixe tudo para seguí-lo. O chamado de Jesus Cristo, exige mais, muito mais do que somente conhecer a sua filosofia. Nos nossos dias a pessoa pode até conhecer vários autores, vários pensamentos, várias idéias e extrair um pouquinho de cada um deles, mas seguir a Jesus é totalmente diferente, porque Jesus Cristo não pode ser apenas mais um no Panteão de líderes, filósofos ou pensadores. O chamado de Jesus é de uma exigência total: “Negue-se a si mesmo”. Quem estiver disposto a seguir a Cristo tem de negar-se a si mesmo, tem de assumir todas as responsabilidades desse chamado.
O tipo de crucificação que Jesus exige aqui, não é crucificação sacrificial de carregar um madeiro pesado. Infelizmente muitos ainda pensam que fazer assim agrada ao Senhor, mas o que Ele exige de nós é a negação do Eu, a crucificação da vontade, do desejo, dos pensamentos contrários aos valores do Reino de Deus. Jesus Cristo exige de nós uma postura diferente das religiões, não é só assimilar conceitos, mas a coisa é muito mais profunda. Se queremos ganhar a vida, sermos felizes, curtir ao máximo, temos que perder a vida, não perder no sentido de morrer fisicamente e esperar somente as recompensas no céu, não, mas a recompensa no céu, passa por perder a vida aqui, em deixar essa vidinha que a sociedade propõe, vidinha de diversão, de festas de “bagaceira”, de dinheiro fácil, de vaidades, de futilidades e ainda querer acrescentar Jesus a tudo isso, como se Ele não passasse de mais um em meio a tantos outros.
A maioria das pessoas estão vivendo essa vidinha, optando por um bem menor, ao invés de procurar viver a vida abundante. Para a maioria das pessoas, principalmente as da alta elite do país, seguir um “guru”, um “curandeiro”, um pregador de filosofias, um Paulo Coelho, um Dali Lama, o Budismo e tantos outros, basta aprender os seus escritos, as suas filosofias, os seus pensamentos. Seguir a Jesus no entanto, exige do seguidor, mudança de vida, mudança de atitude, a mortificação das vontades e do desejo em função de se ganhar um bem maior. Jesus não aperfeiçoa a vidinha rasteira que se vive, ele pede a morte dessa, para se ganhar uma vida muito melhor, de melhor qualidade, de valor eterno.
Quem não entende essas coisas, é porque está habituado às porcarias da sub-vida, está acostumado com o lado negro da alma, está enraizado no porão da existência. Como um louco, uma pessoa desajuizada, que bebe esgoto e come comida estragada como se isso fosse um banquete. Como uma criança que sem nada conhecer, aprecia comer terra, suas próprias fezes, formigas, coisas sujas. Como a criança está em um plano inferior, ela não tem noção, pra ela aquilo está bom, é assim mesmo. Um trago, uma cerveja, gargalhadas, conversas fúteis, fala-se da mulher, do homem, fala-se disso, daquilo, Há, há, há, há. Que legal, que vida é essa!
As pessoas da nossa sociedade brasileira, pobres ou ricos, vivem mascarando a sua dor, suas vidas perderam o sentido e para mascarar a dor, começam a ter casos e mais casos, encher a cara de uísque, de cachaça, de drogas, de sexo. È a essência da vida vazia, no plano rasteiro, onde se engana e se é enganado, onde a busca pela felicidade escraviza a pessoa, que faz coisas que agente vê por ai todos os dias, gente que mente, que engana, que mata, que desvirgina, que paga pensão para inúmeras mulheres, porque de modo irresponsável fez filhos por ai. E o sujeito ainda chama isso de vida. É como o louco que se contenta com a água suja e com a comida estragada nos porões da existência.
A quem você seguirá? Pedro disse a Jesus: “Só tu tens as palavras da vida eterna.” A pessoa de Jesus confunde-se com a sua Palavra, porém tudo resulta em vida eterna. Com quem você fez aliança? Os crentes estão em aliança com o Senhor, estão conhecendo a Jesus a cada dia, estão crendo na Sua Palavra e reconhecendo que somente Jesus Cristo é o Santo de Deus.
É nesse princípio que reside a superioridade do Cristianismo.
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