segunda-feira, 30 de outubro de 2006

31 DE OUTUBRO: DIA DA REFORMA.

Por Pr. João d'Eça A segunda maior data da história da cristandade, a REFORMA do século XVI, veio tirar o mundo de um período de 1.000 anos de trevas. A igreja havia sido desviada do CAMINHO certo por concílios e por papas que movidos de desejos de conquista e de poder, usurparam o controle da Igreja de Cristo e de modo egoista, implantaram um período de TREVAS espirituais, sem precedentes na história da humanidade. Através da instrumentalidade de Matin Lutero, Deus levantou esse homem para no momento certo trazer a Igreja de volta à Palavra de Deus. Lutero foi um gigante de Deus. Enfrentou até a morte para poder fazer a vontade de Seu Senhor e Mestre. Hoje precisamos de homens assim. Depois de romper com a estrutura eclesiástica de sua época, porque via que a Bíblia ensinava um caminho, enquanto que a igreja ensinava outro, ele preferiu ficar com o ensino da Sagrada Escritura. No correr da história há acontecimentos engendrados e manipulados pelos homens que aparentemente dão certo, "apesar" de Deus. Há também acontecimentos engendrados e manipulados por Deus, que darão certo, apesar dos homens. Apesar dos homens a REFORMA protestante aconteceu para ficar. Produto não somente de um documento sem pretensões, voltado para ps círculos acadêmicos, afixado na manhã de 31 de Outubro de 1517 à porta da capela do castelo de Wittenberg, produto muito mais da inconformidade de Deus nos homens, através da qual já se haviam erguido muitas vozes como as de John Wicliffe, Jon Huss, Savanarola, Zwinglio e aquele que se tornou o mais conhecido protagonista do movimento, Matin Lutero - A REFORMA veio confirmar os planos de Deus, apesar dos homens. Apesar dos homens porque jamais faltaram os que se opuseram a ela. Uns por interesses próprios, não querendo perder poder e posição, outros por sincero amor e zelo a uma instituição então corrompida até o mais profundo da alma, mas que para eles, era a única e verdaeira igreja. Apesar dos homens, porque se a REFORMA foi anunciada como uma necessidade e pregada como uma realidade por homens em sua maioria brilhantes, viu nesses mesmos homens, algumas vezes, um espírito de intolerância, que afastou da REFORMA o grande Erasmo de Roterdã, conhecido como o príncipe do humanismo. Naturalmente, quando falamos na REFORMA, a figura de Lutero, com sua forte personalidade, se sobressai. Quer queiramos, quer não, ele não foi o líder cristão que gostaríamos que fosse, mas foi ele, que aprouve a Deus usar - apesar dele mesmo. Ele dizia de si mesmo: - "O meu maior inimigo chama-se Martin Lutero." Cometeu erros, sim, mas realizou uma obra monumental. Traduzir a Bíblia para o alemão unificou a nação. Ao trabalhar para dar a Bíblia ao povo, abalou até os alicerces da poderosa estrutura da Igreja de Roma, "senhora das consciências" do mundo ocidental de então, abalo que até hoje não conseguiu se recuperar. Seja como for, foi este homem, cujo senso musical e poético, aflorando-lhe à pele nos alcançou com o seu "Castelo Forte é o nosso Deus". Foi um poeta e compositor que percebeu a força da música, que usou, para ensinar o povo a Palavra de Deus. Um jesuita disse dos seus hinos: "fez mais pela Reforma do que todos os seus escritos". Os escritos de Lutero renderam ao todo 66 mil páginas. Ás 3 horas da madrugada do dia 18 de Fevereiro de 1546, morreu Lutero, aos 63 anos, dizendo: - "Pater, in manus tuas commendo spiritum meum". Há sempre lições na Reforma não só didáticas, mais espirituais e práticas. Ela é um exemplo de que Deus é o Soberano Senhor da História. Apesar das aparentes "linhas tortas", o controle de Deus, liberta. A REFORMA é um exemplo daquilo que os seres humanos, mesmo imperfeitos e limitados, podem fazer, porque em termos positivos o mundo não foi mais o mesmo depois da Reforma. O mundo nunca mais foi o mesmo depois que os "reformadores" passaram por aqui. A REFORMA trouxe de volta a Bíblia à humanidade. E sobre as bases da Escritura Sagrada deve permanecer a nossa fé, a nossa caminhada presente e futura. Devemos ler e reler a Reforma, refletir sobre a sua proposta, suas dificuldades, suas contribuições, sem abrir mão do intelectualismo sério e produtivo e da pesquisa isenta, sem comprometimento com esse ou aquele sistema, mas, principalmente que não abandonemos "sola scriptura" para que o homemnão tente encontrar a Deus e até controlá-lo fora desses padrões. Fora das Escrituras, sempre pedimos Rocha, mas sempre recebemos areia. QUE DEUS NOS GUARDE. AMÉM!

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