domingo, 6 de setembro de 2015

A CRISE DA IGREJA NO MOMENTO ATUAL


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Rev. João d’Eça


Introdução

Não pretendo com esse artigo diagnosticar de forma precisa a crise da igreja evangélica brasileira, mas contribuir de forma resumida para a reflexão, tentando apontar caminhos de análise e de solução dos problemas que enfrentamos hoje.

Do mesmo modo que os hebreus no deserto encheram-se de consternações, ouvindo o relatório que de sua viagem fizeram os espias enviados à terra prometida, da qual esperavam tomar posse facilmente; assim como as tropas de Israel tremeram de terror ante o ousado gigante Golias que, confiado em sua força prodigiosa e nas suas armaduras guerreiras, as dasafiava para um combate por si só: a Igreja Evangélica do Brasil, por enquanto fraquíssima, como que vacila ante os muitos e quase insuperáveis obstáculos que tentam retardar em nossa pátria a esplendida vitória do Evangelho.

A crise da Igreja brasileira

A crise que estamos atravessando, inspira-nos sérios cuidados e, com toda a certeza, desfaleceríamos, se não tivéssemos plena convicção de que a santa causa que advogamos não é humana, mas divina, se não crêssemos firmemente que a sua vitória não é incerta, mas repousa sobre a infalível promessa do Filho de Deus que disse: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt. 16.18).

A igreja evangélica brasileira está num estado de lástima. Os crentes sérios, que estão no labor diário da evangelização e da educação cristã do nosso povo tem de “matar um leão por dia”. Temos uma missão muito difícil a cumprir.

Os pregadores que se preocupam com a propagação das Boas-Novas de Salvação, estão indo ao campo inimigo (que infelizmente já adentraram as portas de nossas igrejas), e estão planejando os seus ataques contra as trincheiras do mal, estes são pouquíssimos, se comparados ao exercito de falsos pastores e falsos pregadores, que capitaneados pelo príncipe das trevas, assumiram para si a vergonhosa e destruidora tarefa, de em nome de Deus, disseminar o erro e abrir as portas do inferno para milhares de almas.

A nossa tarefa dada por Deus é de altíssima responsabilidade, e o campo de nossa atividade é imenso, e a voz dos pregadores do Grande Rei, quase não é ouvida, em meio aos gritos estridentes de pessoas loucas que dizem que com seus gritos desvairados estão falando com Deus. Estes se esquecem da vida futura, post-mortem, e zombam dos avisos celestes. Esses pregadores e administradores de igrejas que conduzem o rebanho do Senhor como se fora uma empresa, lutam pelos seus interesses financeiros os mais mesquinhos, tirando em nome de Deus, até o último centavo dos incautos-cumplices.

A nossa mocidade

A Mocidade que se ergue em nossa igreja nacional, seria a esperança da nossa igreja, humanamente falando, porém, falta-lhes a fé, o entusiasmo, o engajamento e a coragem necessária para sacrificar-se no altar do nosso Senhor. Falta-lhes a coragem de ser diferente, daqueles que nos deixaram o legado.

Há uma crise de vocação no meio da nossa juventude. Não há jovens dispostos a abraçarem a vocação ministerial, os seminários estão quase vazios. Nossos jovens querem ser engenheiros, médicos, advogados, mas não querem ser pastores, a missão mais nobre, o trabalho mais digno, o serviço a Deus. É exatamente quando nos sentimos cansados que surge a verdade das palavras do Senhor Jesus: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Lc. 10.2).

O que nos aguarda o futuro?

Confiamos que Deus está no controle de todas as coisas e ele tem os seus planos, e haverá de os cumprir segundo a sua santa vontade. A voz do púlpito evangélico, muitas vezes, humanamente falando, está sem esperança para o futuro.

Ai está as dificuldades que enfrentamos, por esta razão a pregação do Evangelho está caminhando a passos morosos. A pregação do Evangelho de Cristo merece amor e sacrifício voluntário da mocidade dessa geração que hoje faz parte da igreja.

O que fazer diante de tais circunstâncias? Não podemos cruzar os braços e nos entregar vencidos diante dos obstáculos que vislumbramos. Não! Não podemos admitir sermos vencidos. Seremos a geração que deixará um legado de fé para a próxima geração.

Aqueles que nos legaram a fé travaram a luta entre o bem e o mal, entre a verdade e o erro. Devemos ser soldados fiéis à causa da cruz de Cristo, honrarmos o Evangelho santo. Ofereçamo-nos como sacrifício voluntário no altar da honra do Evangelho. Ouçamos a voz do capitão da nossa fé, Jesus, que sempre nos consola e anima no combate da fé e que nesse momento nos diz: “Trabalha como um bom soldado de Cristo”.

Conclusão

Que as bênçãos dos céus desçam abundantemente sobre nós e nos encha de um novo vigor. Que possamos enxugar as lágrimas da igreja brasileira e que a nossa vida seja para o engrandecimento do Reino de Deus no Brasil.

Que Deus levante vocacionados para fortalecer a próxima geração com fé e interesse de que o Reino de Deus se estabeleça em nossa pátria.

Que Deus nos ajude.

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