terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SER PASTOR

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Rev. João d'Eça, MD
 
 
Introdução:
         Desde que eu era criança, aos 9 anos de idade, senti o chamado para ser pastor. Não era de uma família cristã protestante e nem praticavam a religião, os meus parentes. Mas eu gostava de ver os jovens e outras pessoas passarem aos sábados e domingos pela minha rua indo para igreja  vestidos naqueles paletós tradicionais. Aquilo me encantava e eu sonhava o dia em que iria vestir um paletó e caminhar para a igreja.
         Eu, sem nem ainda ter contato com os crentes, mas já lia a Bíblia, pelo menos o Novo Testamento ganho da escola pelos Gideões Internacionais. Eu reunia os meus amigos e pregava para eles, como via os pregadores ao ar-livre fazer e eles gostavam, levavam tudo na brincadeira, achavam aquilo uma palhaçada, mas para mim era sério, na minha inocência de 9 anos de idade eu me transportava mentalmente para o púlpito de uma igreja e já nem percebia quem estava ao meu redor.... Até que passava aquela viagem mental.
Pastor na Bíblia
         A palavra “pastor” aparece nas Escrituras oito vezes no Antigo Testamento e uma no Novo. Significa uma pessoa encarregada de vigiar, guiar um rebanho, cuidar de sua alimentação e defende-los dos perigos e assaltos dos lobos.... Afinal, ama-lo e governa-lo.
         A Escritura nos conta que o povo, certa vez foi surpreendido com a Boa-Nova contada pelos pastores que guardavam os rebanhos nos campos de Belém e que anunciavam o nascimento de Jesus Cristo, uma das cenas mais espetaculares das Sagradas Escrituras.
         Com o conhecimento que temos da vida pastoril do Oriente Médio, não é difícil fazer a imaginação voar e ver aquelas verdejantes colinas, onde descansando o rebanho, também estavam os pastores vigiando-os, quando a mais saudosa antífona ecoou pelos vales afora, vindo do céu esta voz: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens a quem ele quer bem”.
         Outra cena igualmente encantadora naquela parte do mundo no tempo de Jesus era ver pela manhã os pastores levando os seus rebanhos às verdes pastagens, e, à tarde, à torrente das águas cristalinas. Era interessante o conhecimento que essas ovelhas tinham da voz do pastor; não atendiam nem conheciam a voz de outro, que para elas era estranho. O cuidado do pastor era tal que apesar do tamanho do rebanho, ele podia chamar cada uma delas pelo seu nome.
         Esse é o trabalho do pastor de almas!
 
         O árduo e difícil trabalho pastoral é para aqueles que se dedicam corpo e alma ao bom Senhor. Ele não pode dormir, e deixar sozinhas as almas confiadas ao seu cuidado.
A missão do pastor
         Não podemos esquecer que somos ministros da palavra, não podemos desperdiçar o tempo e as forças, cuidar de nossos próprios corpos, pregar regularmente três ou quatro vezes por semana e às vezes mais, dependendo do caso, pois os crentes estão sedentos de ouvir uma pregação, o cuidado do estudo para dar alimento conveniente ao rebanho, a visitação que é um dos trabalhos importantes do pastorado, pois é pela visita que o pastor pode conhecer a felicidade, a tristeza, as esperanças, o triunfo, os temores, o combate, a condição espiritual do seu povo, para poder ministrar os confortos do evangelho. Muitos ministros caem em descrédito porque não estão na convivência com o seu rebanho; ignoram a sua condição, porque não estão junto do rebanho.
         Muitos se queixam por não poder visitar o rebanho, isso porque muitos estão acumulando trabalhos além das suas forças. O apóstolo Paulo disse a seu filho na fé Timóteo: “Cuida bem de ti, e do rebanho”. Muitos pastores não sabem dosar a sua carga de trabalho.
 
Conclusão:
 
De suma importância é que o ministro ou pastor seja amigo de seu povo. Seja o pastor, o conselheiro, o mestre, o guia, o confortador do seu povo. Se assim o fizer terá cumprido a sua missão nobremente, ser pastor.

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