quinta-feira, 15 de março de 2012

QUEM ERAM OS IRMÃOS DE JESUS? (Mateus 13: 53-58)

Apesar das tertúlias ecumênicas com que a Igreja Romana tem conseguido enganar alguns incautos, continua essa igreja com todos os seus desvios doutrinários, insistindo, por exemplo em que Jesus não teve irmãos. A igreja chega a forçar o texto bíblico na tentativa de defender o absurdo.

Por que a igreja do Papa tenta sustentar essa posição?

A razão é que Maria foi elevada pelos romanistas a uma posição que ela se fosse viva, com absoluta certeza, não teria aceitado, de co-redentora e a de quarta pessoa da Trindade. Esse é um absurdo lógico, teológico e bíblico.

O contexto de Mateus 13: 53-58, nos mostra que Jesus estava numa espécie de excursão missionária (Mt. 11.1), tendo pregado em várias cidades. Em Cafarnaum, cidade em que ele costumava ficar (Mt. 13.1), Ele proferiu as sete palavras relacionadas com o Reino de Deus. Depois foi para Nazaré, cidade onde cresceu e onde permaneceu, até iniciar seu ministério.

Chegando a Nazaré, Jesus, que já vinha pregando em várias cidades das redondezas, resolveu ir até a Sinagoga para expor os seus ensinos. Era grande o número de seus ouvintes ali e sua mensagem causou grande impacto aos seus ouvintes. Apesar disso, a atitude dos nazarenos foi de desdém, é que eles não aceitavam o fato de que pessoa tão simples pudesse demonstrar tamanha sabedoria e poder. Isso fez Jesus lembrar do provérbio: “Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa” (v, 57), e resolveu então não realizar nenhum milagre naquela cidade, por causa da incredulidade deles. A fé deve vir antes dos milagres.

QUEM ERAM OS IRMÃOS DE JESUS?

As referências bíblicas aos irmãos de Jesus são:

- Mateus 12: 46-47 – “Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora procurando falar-lhe. E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.”

- Mateus 13: 53-56 – “Tendo Jesus proferido estas parábolas, retirou-se dali. E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?”

- Marcos 3: 31-32 – “Nisto, chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo. Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura.”

- Marcos 6: 2,3 – “Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele.

- Lucas 8: 19-20 – “Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por causa da concorrência de povo. E lhe comunicaram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.”

- I Cor. 9:5 – “E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?”

- Gálatas 1: 18-19 – “Decorridos três anos, então, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas e permaneci com ele quinze dias; e não vi outro dos apóstolos, senão Tiago, o irmão do Senhor.”

- João 2: 12 – “Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.”

- João 7: 3-5 – “Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa este lugar e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém há que procure ser conhecido em público e, contudo, realize os seus feitos em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.”

- Atos 1: 14 – “Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.”

A base da mariolatria (Adoração a Maria), é a suposta virgindade perpétua de Maria. A posição de Maria na teologia católica romana é de superioridade ao próprio Jesus. Ela é chamada de “mãe de Deus” e, é a pessoa mais cultuada e adorada na igreja de Roma, por esta razão, seria muito importante para os romanistas que ela mantenha-se pura, incontaminada, sem manter relações sexuais com um homem, mesmo que ele tenha sido o seu marido. O ensino romanista diz que Maria manteve-se virgem mesmo depois do nascimento de Jesus e até a sua morte.

Quando expomos diante dos teólogos romanistas os textos acima, eles dão as mais esdrúxulas explicações, dentre elas, ressalto:

1.   Os irmãos de Jesus seriam filhos de José de um casamento anterior, e Maria seria a sua segunda esposa. Eles, os supostos filhos de José, seriam irmãos de Jesus somente por parte de pai;
2.   Os filhos de José seriam fruto de um casamento por LEVIRATO (em que o irmão mais velho teria de se casar com a cunhada viúva de seu irmão). Nesse caso ele teria casado com a esposa de seu irmão Clopas.
3.   Eles seriam sobrinhos de José, filhos de Clopas, os quais depois da morte do pai, teriam sido acolhidos na casa do tio e eram considerados seus filhos.
4.  A desculpa mais usada, e a mais fácil de ser refutada, é a de que a palavra “irmãos” tem o sentido de “parente”. Eram irmãos pelos laços de parentesco. Seriam primos. Nesse caso, os irmãos seriam parentes de Jesus, filhos de uma das irmãs de Maria, e não teriam nenhuma relação de sangue com José, e,
5.   Maria teria ficado viúva, pois nada mais se fala de José quando Jesus aparece já com 12 anos no templo. Nesse caso Maria teria sido amparada com Jesus, na casa de uma irmã, tornando-se os laços entre as duas famílias tão íntimos, que Jesus teria sido considerado irmãos dos primos com os quais ele convivia.

REFUTAÇÕES:

1.  Não existe nenhuma base bíblica que comprove que os irmãos de Jesus fossem fruto de um casamento anterior de José. Esse argumento é pura imaginação, sem nenhum argumento de base bíblica;
2.    O argumento de que eram primos não se sustenta, pois no aramaico (língua falada na época), como no grego, a palavra “primo” nunca foi usada com o sentido de irmão e vice-versa;
3.    Não existe nenhuma menção na Bíblia de qualquer casamento de José anterior a Maria, ou mesmo depois por força de Lei de LEVIRATO. Se um fato dessa monta tivesse acontecido, Lucas, o mais criterioso dos evangelistas (Lc. 1:3), não teria omitido o fato;
4.   Não procede também a argumentação de que eram sobrinhos de José, acolhidos depois da morte de um seu irmão. Não existe a mais leve menção na Bíblia de que isso tenha ocorrido;
5.   Embora no Antigo Testamento (Hebraico) o termo “irmão” tenha sido usado para designar “parentes”, isso não ocorre nenhuma vez sequer no Novo Testamento (Grego);
6.  Não existe nenhuma referência bíblica de que Maria tenha ficado viúva. Mas mesmo que isso tenha acontecido, não existe nenhuma referência que nos leve a supor que ela tenha ido morar com uma suposta irmã e que os supostos filhos dessa suposta irmã, tenham ficado tão íntimos de Jesus a ponto de serem considerados seus “irmãos”.

CONCLUSÂO:

            É certo de que Maria teve outros filhos depois do nascimento de Jesus, a Escritura Sagrada é farta na citação dessas informações e pelos vários autores que inclusive mencionam os seus nomes, mas também pelos motivos a seguir:

1.   Em Lucas 2: 7, Jesus é citado como o primogênito (vem de primeiro) de Maria. Ora, o escritor do evangelho não iria fazer essa referência se não houvesse Maria dado a luz a outros filhos. E mais, quem escreve é o criterioso Lucas, que como ele mesmo diz, examinou criteriosamente os fatos antes de escrever;
2.  Em Mateus 1: 25, o texto faz pressupor que Maria teve uma vida natural de esposa, tendo relações sexuais com seu marido José;
3.  Não existe nenhuma indignidade em ter Maria perdido a virgindade depois do nascimento de Jesus, para ter outros filhos, como qualquer pessoa normal, com seu próprio marido;
4.  O casamento e as relações sexuais dele decorrentes são considerados coisas dignas e elevadas, quando normais e regulares – I Tm. 4. 3,4 e Hebreus 13. 4;
5.   O nascimento de Jesus foi uma obra especial do Espírito Santo, no seio de Maria, sem a participação de José, o que tornou imaculada a concepção de Jesus – Mt. 1:20; Lc. 1: 34, 35.
6.   Quando se cumpriu o que foi profetizado acerca de Jesus, qual seria o mal se Maria fosse mãe de outros filhos legítimos?

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