segunda-feira, 7 de junho de 2010

HÁ PASTORES LIBERAIS NO PRESBITRIANISMO MARANHENSE?

Por

Rev. João d'Eça

Na última década o presbiterianismo maranhense teve um crescimento significativo principalmente entre a liderança pastoral. Quero dizer com isso, que foram ordenados mais pastores em uma década no Maranhão, do que nos últimos 60 anos antes na história da Igreja.


O que se diz é que o problema está em que a maioria desses pastores estudaram em Seminários não presbiterianos, e consequentemente, não foram instruídos na Teologia Reformada e, portanto, foram influenciados ou pelo pentecostalismo ou pelo liberalismo teológico e o seu método histórico-crítico.

Pior ainda, dizem, são os pastores que estudaram em Seminários presbiterianos, mas que, sabe-se lá porque, aderiram ao liberalismo teológico, talvez por causa da influência de amigos de Universidade e ou professores de outras denominações que os influenciaram.

O fato é que muitos criticam a postura de alguns pastores presbiterianos maranhenses que segundo dizem, assumiram posturas liberais em sua liturgia, pregação, conversas, amizades e comportamento. Ninguém é obrigado a estudar em uma Escola Confessional Presbiteriana, mas mesmo que não estude, deve saber separar o “joio do trigo”. Devem ter senso crítico para perceber a nocividade dos sistemas teológicos e do pós-modernismo que avança contra a igreja e tem arrastado inúmeros adeptos por onde passa.

A desculpa que os “liberais” de hoje usam para tirar o foco de cima de si, é acusar os defensores da Fé Reformada de “neo-puritanos”. Se por “neo-puritanos” eles se referem aos que engessaram a igreja, fechando-se para toda e qualquer manifestação contemporânea relacionada a liturgia e soteriologia, eles tem razão, apesar de eu não conhecer nenhuma igreja assim em solo maranhense, porém, se eles se referem às igrejas e pastores que defendem a fé Reformada pura, os documentos oficiais, a eclesiologia reformada, estão redondamente enganados, estão demonstrando falta de conhecimento do que seja Presbiteriano e deveriam ser coerentes com o seu posicionamento e sair da igreja.

Acusam o CPAJ (Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper) de ter “neo-puritanos” em seu quadro de professores, eu desconheço, e digo isto porque estudo lá, porém, eu preferia que os professores fossem “neo-puritanos” do que “liberais”. Os chamados “neo-puritanos” são crentes, são piedosos, tem zelo pela Palavra, enquanto que os liberais não são crentes, são mundanos, não crêem na Palavra de Deus.

Os liberais de hoje são libertinos, vivem uma vida dupla, sua visão da Bíblia é distorcida, aliás a Bíblia para eles é como um livro qualquer, não é inspirado por Deus. Para os liberais-libertinos de hoje, uma poesia de Fernando Pessoa ou Vinicios de Moraes é tão inspirada quanto a Bíblia.

Eu não rezo pela cartilha liberal, mas também não “rezo” pela cartilha fundamentalista e nem tampouco pela cartilha “neo-puritana” (pejorativamente falando), nem me considero um Puritano no verdadeiro sentido da palavra. Se eu dissesse que sou Puritano, estaria desonrando o nome dos puritanos, já que ainda estou muito longe de viver a vida zelosa e santa que eles viveram. Ainda tenho muito o que caminhar para chegar ao nível espiritual de um Puritano.

Uma coisa eu sei, quando um liberal vem a público denegrir a memória dos puritanos, isso me alegra, pois os que se levantam contra os puritanos, estão se levantando contra a sã doutrina, estão mostrando a cara, estão se revelando como sem dignidade, como aqueles que não merecem credibilidade.

Nenhum comentário:

Minhas postagens anteriores