Introdução:
A eternidade
refere-se à vida eterna, é o tempo que não tem fim, que jamais acaba. No que se
refere à salvação, trata do destino das pessoas após a sua morte física, cujo
destino será, vida eterna com Deus na recompensa celestial, ou, vida eterna, na
escuridão, longe de Deus, no que a teologia chama de inferno.
Muitas pessoas não aceitam que se fale em vida eterna,
porque para elas não é uma realidade, mas é motivada por crendices de pessoas
ignorantes. Seguindo o discurso de céticos em todas as áreas da sociedade, não
existiria uma alma imortal.
Não podemos negar que a Sagrada Escritura é quem revela a
realidade da alma imortal. Os que não creêm nas Escrituras, não admitem que
haja imortalidade, mas os que aceitam a Sagrada Escritura como Palavra de Deus,
não podem deixar de depositar a sua confiança na sua revelação.
O Deus revelado nas Escrituras é Eterno, cada vez que a
Escritura trata de eternidade, deixa bem claro que Deus é Eterno. A Bíblia
deixa bem claro que a alma é perpétua, ou seja, dura para sempre, mas diferente
de Deus, que não tem começo e nem fim, a alma é eterna porque Deus a fez assim,
a alma humana tem origem em Deus. A alma foi criada por Deus, por isso a alma é
eterna, e sendo eterna, é imortal.
Nesse sentido, a Escritura diz qual é o destino da alma
humana, ou vai para o “gozo e felicidade eterna”, o céu, ou vai para o
“tormento eterno”, o inferno. Vamos analisar essas duas condições ou destinos:
1 – A ALMA
TENDO COMO DESTINO O “TORMENTO”, INFERNO.
Naturalmente essa
condição é o destino dos ímpios, daqueles que rejeitam o Senhor Jesus Cristo,
daqueles que odeiam a Deus e não querem se submeter ao Seu Senhorio.
Deus mostra aos homens o sacrifício de Jesus Cristo na cruz,
e oferta a eles a salvação por meio desse sacrifício de Nosso Senhor, que
sofreu na cruz o que todos os homens deveriam sofrer. Ele foi o substituto dos
homens. Aquilo que era para os homens sofrerem ele sofreu, ou seja, pagou o
preço do pecado.
Deus estabeleceu que para redimir o homem da culpa e da
condenação do pecado, seria necessário que a dívida fosse paga, mas para pagar
essa dívida seria necessário o sacrifício de um homem perfeito. Não havia na
terra nenhum homem perfeito para pagar a dívida, pois para que esse pagamento
fosse realizado, só um ser divino poderia ter essa perfeição. Mas jamais surgiu
na terra um homem que fosse ao mesmo tempo, humano-perfeito e divino.
Então, o próprio Deus, se fez homem na pessoa de Jesus
Cristo, reunindo em si mesmo, a condição de homem perfeito e divino, podendo
então assumir a culpa humana e pagar a dívida do pecado.
O que é a eternidade em tormentos?
É a
condição de desespero espiritual, escuridão total, ausência de qualquer beleza,
privação de qualquer tipo de bem e da presença de Deus. Lugar onde não há o
brilho de nenhuma luz, onde não se pode ver o sorriso de uma criança, nem mesmo
a lembrança de algo bem é possível, não há nenhum bem-estar, mas somente, como
diz a Escritura, “choro e ranger de dentes” ( ).
Jesus não deixou que as pessoas ficassem sem o vislumbre do
que seria a eternidade no inferno. Eles ilustrou essa realidade, mostrando o
local, num vale, onde eram queimados os dejetos, o lixo da cidade de Jerusalém.
Os judeus chamavam esse lugar de “vale dos filhos de Hinon”
(II Rs. 23.19), este lugar tornou-se o cenário onde eram sacrificadas crianças
ao “deus” pagão, Moloque. Os próprios pais jogavam os seus filhos pequenos nos
braços incandescentes da estátua desse ídolo pagão.
No ano de 624 a.C., o rei Josias coibiu essa prática
horrenda e determinou que fosse extinta tal prática, decretando o lugar como
“lugar imundo”. O profeta Jeremias amaldiçoou o lugar (Jr. 7.30-34). O lugar ficou
para ser usado como depósito de dejetos e lixo e que esses dejetos e lixos,
seriam queimados, na intenção de destruir o lixo e melhorar o ar por perto, mas
sabemos, pela realidade de hoje, que esses lugares onde o lixo é queimado, são
lugares insalubres, onde o ar é fétido o tempo todo.
Jesus ilustra esse lugar com as seguintes palavras: “onde
o bicho não morre e o fogo nunca se apaga” ( ). Os pecadores que desprezam a Deus e o
Seu Santo conhecimento, terão como destino de suas almas, esse terrível e
indesejável lugar.
Jesus também diz que nesse lugar “o fogo nunca se apaga”.
Nas palavras de Jesus esse fogo, assim como no lixão da cidade, se via a fumaça
o tempo todo, dando a ideia de que havia fogo por baixo daqueles dejetos. Assim
é o inferno segundo Jesus, lugar de “fogo inextinguível”. Esse lugar está
reservado para os ímpios, onde o diabo e os seus anjos já foram jogados para a
eternidade.
Algumas ideias e filosofias humanas rejeitam o relato das
Escrituras e baseados nas suas ideias humanistas e liberais, não aceitam o fato
de o homem ter de sofrer castigo tão extremo. Ocorre que o homem é destinado
para o inferno por sua própria vontade, porque prefere usufruir do pecado nesse
mundo, a ter de se submeter à graça salvadora de Cristo.
2 – A ALMA
TENDO COMO DESTINO A VIDA ETERNA
Vida eterna
fala de duas características dessa vida: a duração e a qualidade.
Referindo-se à duração da vida eterna, o termo usado na língua grega
original, é o mesmo usado para definir o tormento eterno, a Bíblia diz: “para
todo sempre”, “sem fim”, “etrno”.
A vida eterna, é uma vida que não se finda jamais. É uma
vida cuja qualidade é compatível com o tempo de sua duração, ou seja, uma vida
de qualidade para a eternidade. Nesse sentido a vida eterna para a alma humana
não pode ser entendida como uma vida simplesmente interminável. É uma vida cuja
qualidade tem a ver com a natureza de Deus e a recompensa que ele dá aos seus
eleitos, é uma vida sem nenhuma relação com a vida terrena e passageira que
conhecemos.
Os ímpios reprovados não participarão dessa vida de
qualidade, o que lhes caberá será “pranto e ranger de dentes”. Para os
justos, redimidos e eleitos, a recompensa é semelhante ao que diz o profeta
Daniel: “os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do
firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e
eternamente” (Dn. 12.3). Aqui no mundo os justos são silenciados,
obscurecidos e não são vistos, mas na eternidade, serão brilhantes, iluminados,
conhecidos, como a luz do sol ao meio dia.
Conclusão:
A eternidade é uma realidade inquestionável,
seja para os salvos, seja para os perdidos. Os que ficarem à esquerda de Jesus
Cristo, serão lançados no fogo eterno, diferente dos que ficarem à sua direita,
que serão introduzidos nas bem-aventuranças eternas.
As palavras de Jesus Cristo para os ímpios, naquele dia
final de julgamento, será: “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos
conheci. Apartai-vos de mim os praticais a iniquidade” (Mt. 7.23).