terça-feira, 30 de junho de 2015

PENSAMENTOS FORTÚITOS SOBRE A TRINDADE

O que mais chama a atenção da narração do Evangelho é a doutrina da divindade de Jesus Cristo e o valor de sua obra dirigida pelo Pai. "A humanidade não conhece o Pai, senão o Filho".

A natureza é um livro riquíssimo e precioso, mas não é o bastante para o homem conhecer a Deus. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Salmo 19.1). Foi preciso que o próprio Deus falasse ao homem em sua própria linguagem e lhe manifestasse de um modo mais positivo o seu amor imenso.

Os Evangelhos nos dizem em todas as suas doutrinas, que Jesus Cristo é Deus, e não há como contestar. Jesus é o nosso Mestre, o nosso Guia e o nosso Salvador. Todas as obras que Jesus fez, relatados nos Evangelhos, não são obras de um homem comum, mas de um Deus.

O incrédulo não compreende e não reconhece a divindade de Jesus, muito mais por temer a sua pureza doutrinária do que pela importância de suas próprias argumentações e ensinos contrários. O bem é sempre odiado pelo mal. O Evangelho exalta a Deus e abate o homem arrogante.

Era a vontade do Pai, Todo Poderoso, que seu Filho Santo Jesus Cristo morresse a morte de cruz, para que o pecador pudesse ser levantado do abatimento em que se encontrava.

O grande filósofo Sócrates foi obrigado a beber a mortal cicuta, mostrando a sua grandeza de espírito diante dos seus algozes, levantando assim a bandeira da independência de espírito, e, Platão, o seu discípulo não menos famoso, arriscou a sua vida propagando os ensinos do seu mestre, arriscando a ter o mesmo fim do de Sócrates.

Nem Sócrates e nem Platão, nem outros assim como eles, podem ser comparados ao Mestre do Gólgota, que nos revelou o Pai e nos fez participantes do Espírito e da graça infinita da Trindade, manifestando-nos Deus em seu tríplice aspecto.

Primeiro, como Deus criador invencível e de infinito poder; segundo, como Deus manifestado em carne, que pela morte na cruz garantiu a salvação ao pecador perdido, que arrependido dos seus pecados, ouve o chamado do Senhor para a salvação de sua alma; terceiro, como Deus Espírito Santo, é o guia invisível e permanente do cristão.

Vemos o Deus e Pai em Sua magna criação, assim como diz o salmo citado, e a prova disso estar o verdor dos campos, matizados de flores, contratado com o majestoso azul do firmamento, com suas luzes estelares no majestoso oceano celestial. A natureza não cessa de anunciar as grandezas de Deus, de proclamar as glórias do Criador, todas as coisas criadas e sustentadas pelo Senhor, proclamam a Sua majestade, bradando incessantemente:

“...Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és Santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos”. (Apoc. 15. 3,4).


         Nós podemos entender o Deus Espírito Santo, na parte moral dessa mesma criação, e que assume seu verdadeiro aspecto, na influência divina que exerce nos homens, nas mentes inteligentes da terra, revelando-lhes o bem, encaminhando-os pelas sendas do dever cristão e ensinando-lhes a única estrada que conduz às glórias eternas.

O Deus-homem, vemos revelado na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Nele vibram com as notas altissonantes, as mais nobres e sensíveis fibras do amor pela humanidade decaída. Jesus Cristo é a manifestação da voz de Deus, Ele é a verdade puríssima, tal qual a gravou Deus na consciência de seus filhos, e que deve servir de norma e exemplo ao gênero humano a quem veio libertar do jugo do mal.

A trindade não é produto de superstição ou de engano, não é resultado de combinação de fatos demonstrados, onde não cabe a mínima dúvida e em que não pode haver mistério. Cristo e os seus apóstolos quando ensinando a doutrina da trindade, não o fizeram por seguir as concepções do paganismo e muito menos por servilismo às antigas tradições; eles pregaram essa doutrina pela força indiscutível de uma verdade palpável para os que conhecem a Deus.

Nenhum comentário:

Minhas postagens anteriores