terça-feira, 11 de outubro de 2011

O PASTOR: UM HOMEM IRREPREENSÍVEL.

Antigamente muitos homens fugiam do ofício pastoral por julgarem-no de um padrão muito elevado, afinal o ensino claro da Palavra de Deus diz que o pastor “deve ser um homem irrepreensível”. Sua conduta ética e moral deve ser vivida de uma forma que ninguém tenha o que lhe dizer de errado. Isso é tão sério que o apóstolo Paulo tratou do assunto em suas cartas, especialmente em I e II Timóteo e na carta a Tito.

O homem que não cumprisse com os pré-requisitos expostos pelo apóstolo dos gentios, estaria desqualificado para o ofício, não poderia assumir o púlpito e ensinar a verdade da Palavra de Deus e nem ser oficial na igreja, aquele que tivesse a sua conduta manchada pelo pecado.

Todos somos pecadores, isto é um fato. Pecamos por pensamentos, por palavras e por ações, todos os dias. Porém existem pecados que o “homem de Deus” não pode e não deve cometer, são aquelas qualificações especiais de que fala Paulo nas cartas mencionadas.

Em 1 Timóteo 3:1-7, Paulo mostra os requisitos para os pastores, presbíteros ou diáconos: a importância de viver "acima de qualquer suspeita." Romanos 13:13 diz: "Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revestí-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.”

O claro ensino das Escrituras é a idéia de que os líderes da igreja deve estar vivendo acima do padrão do mundo: “Não vos conformeis com este mundo” (Rom. 12: 1, 2). Afinal de contas, os pastores e presbíteros são exemplos para as pessoas que os estão ouvindo e vendo o seu procedimento, semana após semana, e eu acredito que Deus deseja um padrão de vida mais elevado de seus líderes. Isso não quer dizer que pessoas que não são pastores, presbíteros ou diáconos, podem fazer o que quiserem e Deus não vai se importar, não é isso, só que Deus exige dos líderes que sejam irrepreensíveis.

Esse padrão não é decidido por mim e nem por qualquer homem, ele já está expresso na Palavra de Deus, foi o Senhor quem os definiu e os revelou por meio das Escrituras. Homens que atuam em outras profissões não lhe são exigidos viverem no padrão de Deus, por esta razão, o médico pode ser médico e ser mentiroso no seu dia-a-dia, dificilmente o dono do hospital o demitirá por isso. O advogado pode trabalhar normalmente e ser um opressor da sua esposa e filhos, quase ninguém irá se importar com isso. O psicólogo pode ser adúltero e continuará a ter os seus clientes no seu local de trabalho. O empresário pode ser um depravado moral e continuará vivendo em sociedade. Mas o pastor não!

A vida do pastor é como um copo de leite, se ali cair um pequeno cisco, é visto por todos, porém, outros homens, em outras profissões e carreiras vivem suas vidas como um copo de café, se ali cair um barata e afundar, ela não será vista.

A mancha moral e ética na vida de um pastor o desqualifica para a continuidade do trabalho de expor a verdade de Deus, de ensinar, de exortar e de aconselhar o rebanho. Não podemos permitir que o pecado nos desqualifique para sermos arautos, proclamadores e exemplos de homens transformados pelo poder da Palavra de Deus.

Paulo usou palavras muito semelhantes em Timóteo e Tito para falar da irrepreensibilidade que se deve encontrar na vida de um pastor. Apesar de palavras diferentes, elas são semelhantes, pois são termos jurídicos que têm a ver com a acusação de atividade criminosa.

Em outras palavras, para ser irrepreensível significa que o homem não pode ser envergonhado como se ele fosse um criminoso, porque não há acusação ou qualquer coisa que pode ser encontrado como motivo para acusá-lo. A palavra que expressa essa verdade é “irrepreensível.”

Um homem qualificado, inimputável, sem culpa, que está acima de qualquer suspeita, é alguém conhecido como um cidadão honesto. Quando Paulo escreveu a Tito, ele usou essa palavra um pouco diferente. Em Tito, significa que o homem é inocente sem culpa, não pode ser acusado de erro. Ele é inocente. O uso que Paulo faz destas duas palavras mostra que o homem qualificado para ser um pastor, não é alguém que é conhecido por impropriedades. Por exemplo, não há nenhuma razão para acusá-lo como um molestador de crianças, ou um fraudador, ou um mentiroso, ou um adúltero, ou um bêbado. Tudo isso significa, alguém que está acima de qualquer reprovação. É um homem que ninguém irá apontar o dedo, é um homem que até os incrédulos terão vergonha de acusar, pois não haverá nenhum motivo.

O que ouviremos do homem irrepreensível é mais ou menos as seguintes frases:

"Ele é um cara decente."
"Ele é um cidadão cumpridor das leis".
"Ele é um marido fiel e pai amoroso."
"Ele é conhecido por ser verdadeiro."

No sentido cristão, você poderia ouvir ou dizer algo como:

"Ele vive a palavra de Deus."
"Ele manifesta os frutos do Espírito de uma maneira consistente."

Agora pense sobre isso por um momento. Considere-se que esta qualificação especial para o pastoreio é uma obrigação, porque das duas principais áreas de influência dos pastores, estão a pregação e o ensino. Pense em como os pastores tem a responsabilidade de estabelecer um elevado padrão de piedade na comunidade da igreja.

Traço de caráter, cidadãos cumpridores da lei, que são conhecidos por manifestar os frutos do Espírito, influencia as pessoas. Pense em quando um pastor tropeça em um pecado que até mesmo a cultura do mundo perdido desaprova. O mundo lá fora tratará o pastor com mais rigor do que alguém comum em tais casos. A igreja também irá fazer isso.

Por outro lado, quando os pastores manifestarem os frutos do Espírito, com decência onde todos vejam, então, mesmo a cultura do mundo perdido entenderá que esta é a forma correta dos pastores viverem. Jesus disse que a nossa “justiça deve exceder em muito a dos escribas e fariseus”.

Os perdidos são implacáveis com os cristãos, estão a todo momento investigando para ver se encontram falsidade e hipocrisia na vida de um crente. Mas quando um pastor ou oficial é irrepreensível, ele é visto como um cristão autêntico, que é bem diferente da hipocrisia e falsidade que as pessoas não salvas estão tão familiarizadas.

Infelizmente, homens que deveriam carregar sobre si o nome de Cristo, como uma bandeira de dignidade e irrepreensibilidade, estão na verdade, trazendo opróbrio ao evangelho. Muitos por falta de caráter cristão, outros por falta de conversão e uma minoria por falta daquilo que Jesus disse a Pedro, Tiago e João no jardim do Getsêmane: “Vigia e orei para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26: 41).

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