segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O CULTO A DEUS - A PREGAÇÃO DA PALAVRA


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Rev. João d'Eça, MDiv

Publiquei um texto com o mesmo assunto em 5 de janeiro e agora, um pouco modificado, mas abordando outros princípios, republico-o. 
 

Introdução
 
         A pregação da Palavra de Deus é o ponto alto do culto público que é realizado em nossas igrejas. A pregação é, portanto, uma matéria de grande responsabilidade. O pregador é o responsável por explicar, à partir do púlpito, as grandes verdades acerca da salvação, porque em tese, foi para isso que ele foi chamado por Deus.
 

         Pregar é ter a responsabilidade de transmitir com fidelidade a Palavra de Deus. Já que as pessoas darão contas de suas palavras frívolas e ociosas, a responsabilidade de ser fiel às Escrituras no púlpito é muito maior, porque o resultado será para toda eternidade.
 

         O Catecismo Maior de Westiminster na resposta à pergunta 155 diz:


“O Espírito de Deus torna a leitura, e especialmente a pregação da Palavra, um meio eficaz para iluminara, convencer e humilhar os pecadores; para lhes tirar toda confiança em si mesmos e os atrair a Cristo; para os conformar à sua imagem e os sujeitar à sua vontade; para os fortalecer contra as tentações e corrupções; para os edificar na graça e estabelecer os seus corações em santidade e conforto mediante a fé para a salvação.”
 

Como deve ser feito o sermão


         O sermão nunca deve ser feito de improviso. O pregador tem a responsabilidade de estudar e meditar com todo esmero e cuidado. O lema de Calvino nesse particular era “Orare et Labutare” [Oração e Trabalho]. O pregador deve possuir bons comentários bíblicos e uma boa biblioteca. O pregador deve estar constantemente estudando, sua leitura deve ser constante e ele deve aproveitar bem cada oportunidade para estar lendo bons livros.
 

Nenhum pregador está devidamente pronto, logo ao sair do seminário. Após os estudos, os estudos continuam. Paulo dando conselho a Timóteo diz: “Até à minha chegada, aplica-te à leitura....” (I Tm. 4.13).


O conteúdo dos sermões        


         Os sermões podem ser aplicados à partir de um texto das Escrituras ou podem ser expositivos, com textos bem maiores, com pelo menos mais de três versículos. Podem ser pregados com ênfase de edificação, de instrução ou evangelização, cujo objetivo principal é alcançar os corações dos pecadores não convertidos.
 
         Todo pregador tem o dever de apresentar uma mensagem fiel à igreja, onde o sermão precisa ser bem estudado e meditado. Ele deve se lembrar que, entre os ouvintes, embora não podendo ser visto, está o Senhor Jesus Cristo. Assim, sendo o púlpito um lugar de responsabilidade, deve haver muito cuidado na escolha de um substituto ao pastor em suas ausências. Quem não tem o devido preparo não deve se meter a pregador.

Críticas aos pregadores


         Em todo lugar há os críticos, que se arvoram em aparentar que são bons pregadores pelo simples fato de criticarem os outros. Para muitos, o pregador é avaliado pela tonalidade da sua voz. O de voz mais aguda tende a ser para esses críticos, o mais eloquente. No entanto, os críticos nunca se lembram do texto da pregação que criticam, costumam apontar para os supostos erros de homilética ou hermenêutica e se limitam a criticar por criticar.

Conclusão:


A nossa tarefa como ouvintes é apresentarmo-nos na casa de Deus com júbilo e desejar ouvir o que o SENHOR fala através dos seus servos, os pregadores do Evangelho. Com isso não estou dizendo que todo sermão é digno de se ouvir, pois há sermões sofríveis, fruto de falta de leitura e estudo árduo, no entanto, devemos ouvir a Palavra de Deus com espírito de mansidão e humildade, respeitando a Palavra de Deus que está sendo pregada, pois como disse o profeta Isaias:
 

“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!”

(Isaias 52.7)

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