Se você ficar na porta de um templo religioso e perguntar às pessoas que adentram o local, por que você veio aqui hoje? Qual é o seu objetivo aqui? Com certeza você ouvirá algumas das seguintes respostas:
- Eu vim aqui em busca de uma benção. Meu marido me deixou!
- Eu vim aqui pedir oração pelo meu filho que está envolvido com gente ruim!
- Eu vim aqui em busca de uma porta de emprego!
- Eu vim aqui porque estava pensando em suicídio, por não ter nada que me preencha!
- Eu vim aqui em busca de uma esposa(o) crente!
Você não ouvirá de alguém, que ele está ali, por causa de uma necessidade espiritual, ou seja, a pessoa parou, refletiu e viu que a sua vida estava errada e que precisava sentir-se perdoada dos seus pecados e por isso foi em busca de Deus e do seu perdão. Seu objetivo principal é resolver o problema do seu pecado.
Jesus Cristo em João 6: 22-27 diz: “..vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.”
Assim como no tempo de Jesus, a motivação dos crentes hodiernos é a satisfação pessoal. Deus tornou-se um deus de algibeira, onde a pessoa se serve apenas para resolver as suas necessidades materiais, sem se preocupar com a sua real condição de pecador perdido.
Jesus continua dizendo (João 6: 27): “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque Deus o Pai, o confirmou com o seu selo”
As pessoas, no início da segunda década do século XXI no Brasil, motivadas por tele-vangelistas, adoradores de Mamom, como Edir, Valdemiro, Silas, Soares, Linhares, Alencar e tantos outros, cujo objetivo, claramente é se locupletar, onde seus negócios, com rótulo de igrejas evangélicas, altamente rentáveis, estão atraindo pessoas imaturas, não bobas, mas interesseiras, que querem as “bênçãos de Deus, mas nada querem com o Deus da bênção”.
O Evangelho no Brasil tem sido enxovalhado, por causa de gente desse naipe, que não crêem em Deus e no seu Filho Jesus Cristo, mas usam o seu nome para atrair pessoas a doarem para a sua causa pessoal. Henfil disse: “Não dou um centavo por uma pessoa que lucra com as suas próprias causas”.
A busca por soluções mágicas para os problemas da vida, está no centro da mentalidade cultural brasileira, com a miscigenação religiosa, que produziu no país uma religiosidade pagã com cara de cristã. O povo do Brasil, ainda mantêm a mentalidade católico-romana, misturada com elementos da religião pagã afro-brasileira e conseguiu produzir também, uma religiosidade supersticiosa que tenta misturar símbolos judaicos com conceitos bíblicos-cristãos.
Algum tempo atrás víamos as igrejas ostentando candelabros, bandeiras de Israel, tocando “chofar”. Líderes que organizavam caravanas a Israel para levar o povo a batizar-se no rio Jordão, como se esse rio tivesse alguma propriedade mágica.
Hoje, por exemplo, a IURD mantêm a sua liturgia com elementos essencialmente espíritas: sal grosso, fogueira santa, água benta do Jordão, terra da Terra Santa, óleo santo de Israel. “A igreja do poder de deus” do Valdomiro, vende martelinhos de metal por R$ 50,00 para as pessoas “quebrarem a maldição” do seu caminho. “Chaves” que abrem todas as portas trancadas. “Toalha milagrosa” que resolve todos os problemas, sem falar na “meia santa”, que aqueles que as calçam, são curados de todas as enfermidades. Tudo isso para pagar os jatinhos particulares nos quais eles andam pelo Brasil inteiro, administrando o seu negócio com nome de “Igreja”.
Jesus Cristo diz em Mateus 7: 21 e 22: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhe direi explicitamente: nunca vos vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.”
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