quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A ORIGEM PROTESTANTE-FRANCESA DE SÃO LUÍS (1612 – 1615)

Por


Rev. João d’Eça


Introdução:

Hoje, 08 de setembro de 2011, São Luís completa 399 anos de fundação. Muitos tem escrito relatos do início da cidade de São Luís, mas quase que nenhum dos historiadores comentam o fato de que inicialmente Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiere veio para o Maranhão com autorização do Rei Henrique IV de França para aqui fundar a França Equinocial, sob os valores e princípios do protestantismo calvinista do Rei, que mesmo depois de ter dito “Paris vale uma missa”, para garantir a coroação já que o clero católico não aceitaria um protestante como rei, Henrique nunca deixou de ser protestante. Foi ele o rei do Edito de Nantes que deu liberdade religiosa a todos os huguenotes (protestantes franceses) e que deu cartas patentes a La Ravardiere com esse propósito.

Não fosse o Papa juntamente com a rainha Maria de Médicis ter assassinado o rei protestante Henrique IV, a França Equinocial teria vingado e hoje nós seríamos uma comunidade diferenciada no Brasil, com uma mentalidade de cultura de desenvolvimento de busca pelo saber, de avanço tecnológico nos moldes de Quebec no Canadá.

Hoje São Luís faz 399 de fundação pelos franceses. Foi degenerada a sua cultura e os seus costumes por obra e graça dos portugueses. Esperamos que São Luís se recupere com o tempo e reconstrua a sua cultura de saber e desenvolvimento, voltando a ser a “Atenas Brasileira”.

AS TENTATIVAS DE COLONIZAÇÃO FRANCESA
Na época do descobrimento, a França tentou estabelecer colônias em terras brasileiras, em pelo menos duas regiões do país. Foram duas tentativas de estabelecimento de comunidades calvinistas/protestantes que acabaram não se consolidando devido a oposição da igreja católica, que ainda vivia o período da Contra-Reforma e estava decidida a não permitir o avanço dos protestantes estivessem eles em qualquer lugar do mundo conhecido da época.

O primeiro Brasil francês foi a França Antártica, no Rio de Janeiro em 1555, no início da segunda metade do século XVI, cinqüenta anos depois do descobrimento. A primeira investida foi com Villegaignon e Jean de Léry (huguenote). Villegaigon veio para o Brasil para fundar uma colônia. Com o avanço dos problemas, principalmente na área religiosa, Villegaignon escreveu cartas a João Calvino (reformador de Genebra), para que lhe enviasse um contingente de partidários da fé reformada para solucionar o problema da colônia. Calvino atendeu o pedido e lhes enviou 14 huguenotes (protestantes franceses) em 1557. No meio desses huguenotes, desembarcaram dois pastores: Pierre Richer (50 anos) e Guillaume Chartier (30 anos), versados da sã doutrina e exemplares na conduta, acompanhados por colonos mulheres e artesãos. Na chegada em 7 de março de 1557, foram recebidos por Villegaignon com grande alegria e apresentaram ao comandante suas credenciais assinadas por João Calvino.

Na colônia, Villegaignon sofreu pressão dos católicos por ter solicitado a presença de protestantes calvinistas e os conflitos religiosos da França, foram reproduzidos ali, na pequena ilha onde estavam acampados os franceses. O comandante Villegaignon que era de origem protestante, tendo até estudado com Calvino, com medo de perder o posto de comandante da empreitada, e em meio a disputas religiosas, preferiu agradar aos católicos e começou a hostilizar os pastores e os huguenotes que vieram da França a pedido dele.

A QUESTÃO EUCARÍSTICA
As controvérsias se deram entre os protestantes e Villegaignon, devido a celebração da Ceia do Senhor (Eucaristia). A primeira Santa Ceia, segundo o rito reformado, foi oficiado pela primeira vez num domingo, 21 de março de 1557 . O comandante Villegaignon, havia recebido cartas do cardeal de Lorena, membro da poderosa família Guise, censurando-o fortemente por haver deixado a fé católica e ele, temeroso das conseqüências, teria mudado de opinião . Sofrendo enorme pressão dos padres que não aceitavam o entendimento calvinista do significado da Ceia do Senhor resolveu pressionar os pastores e usar esse argumento para acusá-los de heresia e ter motivos para enviá-los de volta à França. Muitos dos que vieram, preferiram abdicar da sua fé e ficar, ao invés de enfrentar a oposição do comandante Villegaignon, traidor da fé que antes dizia professar.

O comandante privou os calvinistas até de víveres diários, e estes acabam deixando a ilha e se fixaram no continente entre os Tupinanbá. Jean de Léry escreve a respeito do assunto:

Acomodamo-nos na praia, do lado esquerdo, à entrada daquele rio da Guanabara [...] E assim como nós lá íamos, íamos e vinhamos, freqüentávamos, comiamos a bebiamos entre os selvagens (que nos foram incomparavelmente mais humanos do que aqueles que, sem que nada lhes tenhamos feito de mal, não nos pode suportar consigo) também eles, por sua vez, trazendo-nos víveres e outras coisas de que necessitávamos, nos vinha com freqüência visitar.[1]

Foi à partir dessa experiência que nos chegou um dos mais importantes relatos sobre o Brasil do século XVI. No livro, a Histoire d’um Voyage faict em La terre Du Brésil, do protestante calvinista Jean de Léry, que alcançou enorme sucesso desde a sua primeira edição, em 1578. O principal objetivo de Jean de Léry foi o de desmentir “as mentiras e erros” contidos no livro do monge André Thevet, Les Singularitez de La France Antarctique, publicado em 1557-1558. Assim também, Abbeville, ganhou notoriedade contando mentiras e lendas no seu livro sobre a expedição a São Luís, 60 anos depois.

Depois de hostilizar os seus antes companheiros de fé protestante, o traidor e infiel, Villegaignon vai à França em busca de reforços para a sua colônia. Ele já se julga dono do lugar e mais tarde fica conhecido como “Rei da América”. Um homem que em nome do lucro e do poder temporal, aliou-se aos católicos, abandonou a fé e traiu seus amigos, perseguindo-os, torturando-os e por fim assassinando-os.

OS PROTOMÁRTIRES.
Enquanto estavam presos os pastores protestantes calvinistas, proto-mártires: Jean Du Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon escreveram uma declaração de fé que veio a ser o mais antigo documento da fé reformada na América, A Confissão de Fé da Guanabara (1558), escrita por Jean du Bourdel. Contém 17 capítulos e foi assinada pelos seus companheiros depois de lida e aprovado por eles, estando estes dispostos a morrer pelo que declararam sobre sua fé naquele documento, o que de fato aconteceu. Villegaignon os assassinou, jogando seus corpos na baia de Guanabara.


O SEGUNDO BRASIL FRANCÊS
Ocorreu no Maranhão, mais precisamente na fundação da cidade de São Luís, no ano de 1612, a 08 de setembro, a segunda tentativa de estabelecimento de uma colônia francesa no Brasil, de origem protestante calvinista.

Desde as primeiras incursões, em maio de 1594 com Jacques Riffault, os franceses tentam conquistar o país pelo norte, parte que eles conheciam bem e que os portugueses desprezavam. Depois do fracasso dessa primeira incursão, uma parte dos tripulantes ficam na ilha, entre eles Charles des Vaux, que após longa estada entre os Tupinanbás, decide regressar à França e tentar convencer o Rei Henry IV da importância de uma campanha colonial na Região Norte do Brasil. Henrique IV ordena então ao senhor de La Ravardiere que acompanhe des Vaux a uma expedição de reconhecimento a ilha do Maranhão .

Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiere, protestante, tem seu nome associado ao dos Montgomery. Charles Montgomery, almirante da França e da Bretanha, autoriza o senhor de La Ravardiere a armar navios para empreender viagem pelas costas da África, da América, do Brasil, da Guiana, de Cuba, de São Domingos, Perú, México e Flórida. Dessa expedição origina-se o projeto colonial do Maranhão, a França Equinocial .

A rainha Maria de Médices instigada pelo clero católico planejam e executam a morte do rei protestante Henrique IV, por causa do Edito de Nantes (promulgado por ele), que dava liberdade religiosa a todos os huguenotes (protestantes franceses), onde quer que ele se encontrassem sob o domínio da França e por causa das intensões do Rei protestante Henrique IV de criar colônias calvinistas no Novo Mundo. Mesmo com o rei assassinado, a rainha-regente Maria de Médices, não poderia impedir a expedição de La Ravardiere, já que por ser regente, não tinha autoridade de revogar uma lei promulgada por um rei legítimo, portanto, não poderia anular o Edito de Nantes, já que o Rei-menino, Luís XIII, ainda era muito criança e não podia reinar em plenitude. Com isso, La Ravardiere continuou o seu intento e veio para o Maranhão. Mesmo contrariada, a rainha tentou limitar as ações de Daniel de La Touche, colocando na expedição os frades capuchinhos, dentre eles, o mentiroso Abbeville. Em carta de 23 de abril de 1611, endereçada ao padre Leonard de Paris, provincial dos Capuchinhos da rua Saint-Honoré (fundado por Catarina de Médici em 1575), a rainha escreve:

Padre Léonard – escreve a rainha – O senhor de Razilly lugar-tenente-geral das Índias Ocidentais, pelo Sr. Rei meu filho nomeado, disse-me da possibilidade de ai se introduzir a religião cristã, sendo recomendável o envio de alguns religiosos de vossa ordem para ficarem nessas terras e tratar na medida de suas forças, de esclarecer a fé cristã. Por esse motivo vos dirijo a presente, rogando-vos para lá enviardes até quatro religiosos, entre os que julgardes mais dignos e capazes. Aos quais haveis de ordenar que sigam em companhia de quem o senhor de Razilly lhes enviar para guiaá-los. Estou convencida de que, tratando-se de pessoas de grande caráter e devoção, grandes serão os frutos e que sua obra aumentará ainda mais a glória de Deus e a boa reputação de vossa ordem. Não tendo esta outro objetivo, rogo a Deus, Padre Léonard, que vos conserve em sua guarda. Escrita em Fontainebleau aos 23 de abril de 1611. Maria Phelypeaux.[1]

Os padres escolhidos foram: Yves d’Evreux, Claude d’Abeville, Arsene de Paris e Ambroise d’Amiens. Os Supervisores da Provincia de Paris designam o padre Yves d’Evreux como superior da Missão no Brasil, em 27 de agosto de 1611.

Daniel de La Touche, apesar da oposição de Maria de Médices, consegue persuadi-la a manter a expedição. A rainha-regente num primeiro momento não desaprova a empreitada e motivada pela promessa de La Ravardiere de interceptar os navios espanhóis em volta pra Espanha carregado de metais preciosos nomeia-o como “lugar-tenente do rei no Maranhão” junto a François de Razilly. Essa associação é legalizada por um contrato lavrado em Paris em 4 de outubro de 1610, junto ao notário Pacqué. Esse mesmo contrato é aprovado e ratificado pelo rei e sua mãe, um ano depois, em 16 de setembro de 1611 .

Em cerimônia celebrada no Louvre, a flâmula real é confiada aos “lugares-tenentes do rei”, com a promessa de lealdade e de construir um forte – que será denominado Santa Maria, em homenagem à rainha-regente. Nasce assim uma nova França, chamada França Equinocial, no Palácio do Louvre, em 1610.


08 DE SETEMBRO, FUNDAÇÃO DE SÃO LUÍS.
Os navios “Régent”, “Charlotte” e “Saint Anne”, deixam o Porto de Cancale em 19 de março de 1612. Os primeiros a desembarcar na “Ilha Grande” (Upaon Açu), foram Daniel de La Touche e o senhor de Razilly, nela encontraram 400 franceses, assim co mo dois navios de Hâvre e de Dieppe, pilotados pelos capitães Du Manoir e Gérard. Os capuchinhos dirigen-se para lá em 5 de agosto e são recebidos alegremente pelos índios. Fazem o reconhecimento do lugar onde os franceses construirão o forte São Luís. A cruz é plantada na “Ilha de Maranhão” em 08 de setembro, próxima ao local escolhido para a construção do forte.
Os católicos franceses e espanhóis, motivados pelo acordo de casamento entre Luís XIII e a infanta Ana d’Austria, conspiram contra La Ravardiére e intentam reduzi-lo a nada no comando. Ele percebe e começa a providenciar a sua saída da empreitada. No Arquivo Geral de Simancas encontra-se uma nota secreta enviada ao Conselho de Estado espanhol datada do mês de abril de 1612, a respeito dos armamentos que se estavam fazendo em Saint-Malo para ir conquistar algumas paragens na América. A nota informa que os chefes da expedição eram os senhores “Rasil” e “La Ravardiere”, precisando que os franceses deixaram o Porto de Cancale para se dirigir a uma ilha que se situava “mais acima que o Rio da Prata”, que sua intensão era de estabelecer laços de amizade com os selvagens e que a empresa contava com o assentimento da rainha regente. O autor da nota que o senhor de La Ravardiere, “um calvinista herege conhecedor da costa brasileira.” A intensão era tirar do comando o protestante Daniel de La Touche e deixar somente o católico François de Razilly.

Daniel de La Touche então resolve deixar a empreitada e ir para outro lugar, sabendo que nunca terá o apoio da coroa, dominada que era pelo papado e ele protestante calvinista, estava correndo risco de vida, nessa hora, seria melhor deixar o forte e partir.

GUAXINDUBA
Guaxembduba ou Guaxinduba é o nome dado pelos historiadores portugueses para a suposta batalha que dá fim à França Equinocial, e para dar um tom épico à narrativa, o padre Abbeville conta uma estória mentirosa da virgem Maria aparecendo na praia e transformando a areia em pólvora para abastecer as armas do portugueses.

Em 18 de junho, o Régent chega a um local chamado “Buraco das Tartarugas” (praia de Jericoacoara – CE), onde os portugueses se instalaram sob o comando de Manuel de Sousa d’Eça vindo de Pernambuco dez dias antes, com a finalidade de interceptar a expedição francesa. Em 19 de novembro os franceses decidem atacar por terra. Eles eram superiores em número, possuíam 200 franceses e 1.500 índios Tupinanbá que lutavam ao lado dos franceses, sob o comando de Pezieu. Como a maré secou La Ravardiere não pode desembarcar com os reforços e a estratégia de Pezieu deu errado, eles foram cercados e 115 franceses, entre eles o capitão Pezieu foram mortos. Oito dias após essa batalha uma trégua de um ano é proposta e acordada.

Apesar de ter documentos que foram acordados em Paris, de obediência dos capuchinhos ao lugar-tenente, Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiere e as cartas patentes do rei Luís XIII, a empreitada de La Ravardiere está desapoiada e quase no fim. Os reforços para resguardar o forte de São Luís, esperados por La Ravardiere, nunca chegarão. Em 1º de fevereiro de 1615, antes do término da trégua de uma ano, uma aramada de nove navios comandados pelo capitão Alexandre de Moura, carca os franceses na “grande ilha”, enquanto as forças comandadas por Jerônimo de Albuquerque se dirigem no dia seguinte, para o Forte São Luis, onde La Ravardiere acaba rendendo-se sem resistência. Ai Abbeville inventa a história da batalha de expulsão dos franceses, que na realidade nunca existiu.

PORTUGUESES ROTULAM LA RAVARDIERE DE PIRATA.
Alexandre de Moura leva La Ravardiere para Lisboa, onde ele permanece preso por alguns anos na Torre de Belém. Num de seus relatórios, Alexandre de Moura escreve sobre La Ravardiere e a decisão de não deixá-lo voltar ao Brasil:

[...] não permiti fosse em sua companhia Sr. de La Ravardiere querendo ele ir-se e para o tirar levando-o comigo de ser contínuo corsário como foi infestando sempre os mares de V. Magestade; [...] Não desejei permitir que o Sr. de La Ravardiere partisse em sua companhia [dos 50 franceses que voltaram], embora ele mesmo quisesse ir-se; levei-o comigo, a fim de impedi-lo de continuar o corsário que era, sempre infestando os mares de V. Magestade. [...] pelo mal que poderia resultar de sua conversação assim por serem hereges (protestantes) como pela prática que faziam ao gentio.[1]

Depois de um tempo, Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiere é libertado e decide ir para outro lugar, no sonho de fundar a França Equinocial, chega até a Guiana, que mais tarde viria a ser a Guiana Francesa. Dali ele vai ao Canadá onde termina os seus dias. Não teve o sucesso que pretendia no Maranhão, mas uma grande comunidade calvinista existe no Canadá até hoje, graças ao incentivo e apoio, mesmo que pequeno, do rei Henrique IV. Depois de 240 anos os reformados chegaram ao Brasil, dessa vez para ficar e construir uma grande obra de evangelização do nosso país através da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Notas:

[1] De LÉRY, Jean. Histoire d’um Voyage fait em La terre Du Bresil. Genebra, Droz, 1975, p. 67.

[2] DAHER (48). A carta de Maria de Médices é reproduzida pela primeira vez em 1614, por Claude d’Abbeville em Histoire de La Mission, p. 17.

[3] Conforme relatório de Alexandre de Moura.



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

A Tragédia da Guanabara - Jean Crespin

Sementes do Calvinismo no Brasil Colonial - Osvaldo Henrique Hack

O Brasil Francês - Andrea Daher

História do Maranhão - A Colônia - Carlos de Lima

História do Maranhão - Mário Meireles

Anais Históricos da História do Maranhão - Bernardo Berredo

A Fundação Francesa de São Luís e seus Mitos - Maria de Lourdes Lacroix

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa noite, sei que a reportagem é de 2011, mas só agora que li. Gostaria de fazer algumas correções e erros históricos que o amigo faz quando se refere alguns eventos no Maranhão a época dos franceses em 1612 a 1615.
Você chama o padre capuchinho de mentiroso, no qual o mesmo teria dito ou contado, uma estória mentirosa sobre a Batalha de Guaxenduba, travada entre portugueses e franceses.
Bem, a informação é inverídica, pois Claude d'Abbeville, nunca falou isso, mesmo por que a sua estadia aqui no Maranhão durou pouco até o dia 1º de dezembro de 1612, quando ele parte junto com Razilly para França. Por tanto, ele não narrou o episódio de Guaxenduba que foi em 2015. No seu livro, História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas, ele narra somente o período que esteve no Maranhão, fazendo as missões nas aldeias dos tupinambás, em nenhum lugar de sua obra, ele narra eventos que só veria a acontecer três anos depois.
Claude d'Abbeville, é francês e não português, esse episódio não resta dúvida que fora narrado pelos historiadores portugueses, exaltando de forma milagrosa a empreitada portuguesa sobre os franceses.
Bem, era essas minhas observações.

Minhas postagens anteriores