quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A GRAÇA DE DEUS E A PREGAÇÃO DA PALAVRA.

Por Rev. João d’Eça

Quanto mais eu estudo e experimento o que a graça faz na minha vida e na minha pregação, mais eu percebo o tamanho da graça de Deus e a impossibilidade do ser humano de compreendê-la em toda a sua plenitude. Quando eu prego, eu sei que a minha pregação deve ser recheada da graça divina, para que os ouvintes, ao ouvir, entendam o que diz a Escritura Sagrada e não as palavras próprias do pregador.

O que a graça faz com o sermão? Ela mantêm o sermão focado em Deus e não no homem, no pregador, por exemplo. Foca no criador e não na criatura pecadora. Evita que o pregador caia na armadilha da moralidade ou do legalismo. Quando o pregador está olhando para um texto, seu foco deve ser sempre em Deus e no seu plano de graça eterna. O pregador, motivado pela graça, deve mostrar aos seus ouvintes, que tudo o que eles podem esperar alcançar vem de uma vida centrada e rendida a Cristo, porque a única esperança de alcançar a vida, é a través de Cristo e não de esforços pessoais.

Veja o que diz o texto bíblico:

Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm. 3: 22-24).

Este texto deixa claro que o resultado da nossa salvação, vem exclusivamente através da graça de Deus. A função principal do pregador, é tomar o contexto, que no caso é a própria bíblia, e explicar que é Cristo quem nos dá a salvação como um dom gratuito de sua graça e nossa salvação é garantida apenas nEle. O estilo de pregação que estamos vendo em nosso tempo, é um estilo que coloca sentimento de culpa na cabeça das pessoas, ao invés da Graça de Deus.

O pregador deve persuadir os seus ouvintes a que eles compreendam que é a graça de Deus que nos dá o que precisamos para agradar nosso Pai Celestial. Filipenses 2:13, diz: “Poque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”

Este versículo é verdade para todo crente, mas para o pregador especificamente, pode-se dizer que, embora o sermão flua através dele, a mensagem se originou em Deus e é um produto da sua maravilhosa graça.

Nesse sentido o pregador motiva os seus ouvintes para aplicar as verdades da Palavra de Deus para suas vidas, não por culpa ou medo, mas, pelo amor. Devemos ser crentes e ir aos cultos na igreja, não porque temos de fazer isso, mas motivados pelo amor. Em primeiro lugar o amor ao Senhor nosso Deus e depois o amor aos nossos semelhantes. Quando não há lucro financeiro, o que nos motiva a servir a Deus é o amor inspirado pela misericórdia de Deus na pessoa de Jesus Cristo.

Não somos escravos do pecado, somos amados de Deus, somos salvos por sua graça e misericórdia, transportados para o reino do seu Filho eterno. Assim como uma criança pequena faz com o seu pai terreno, somos motivados a agradar o nosso Pai celestial com gratidão num coração dominado pelo amor.

Meu desejo é sempre pregar dentro de um padrão da mais pura graça de Deus.

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