segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A DISCIPLINA DA IGREJA (Mateus 18.1-22)

Introdução:

A disciplina na Igreja faz parte dos ensinamentos das Escrituras Sagradas, expresso em três doutrinas ou três fases do mesmo mandato:

1 – A ideia e função da igreja de Jesus Cristo;
2 – A razão e o método da disciplina na Igreja;
3 – O alcance e responsabilidade da disciplina.


I – A IDEIA E FUNÇÃO DA IGREJA DE JESUS CRISTO

A Igreja de Jesus cristo na sua significação mais abrangente é a reunião de pessoas nascidas de novo, em todos os tempos e épocas, no céu e na terra. Nesse sentido a igreja é identificada com o reino espiritual de Deus (João 3.3-6). Significa a função na qual Deus ou na pessoa do nosso Senhor Jesus Cristo, exerce domínio espiritual. Assim a igreja de Cristo é santa, infalível e imperecível, fora da igreja não há salvação, ela é a comunhão dos escolhidos de Deus.

A igreja porém, como instituição visível compõem-se de todos os crentes em Jesus Cristo, juntamente com os seus filhos. Alcança todas as igrejas locais que vivem o padrão do Evangelho santo, com o fim de alcançar neles mesmos e no mundo inteiro, o estabelecimento do Reino do Senhor.

Entende-se por igreja visível todas as pessoas que fazem parte da igreja local e parece incluir todos os professos, sejam eles crentes verdadeiros ou não, que como numa pesca, a rede captura tanto os peixes que servem como também os peixes que serão descartados. Em sentido geral a Igreja visível é a comunhão dos santos chamados por Deus, porém, assim como aqueles que ouviram o Evangelho e não foram tocados pelo seu poder, há aqueles que mesmo batizados, não pertencem ao reino de Deus, nem são parte da igreja invisível.

A igreja visível se diferencia da igreja invisível do seguinte modo:

1 – A igreja cristã é o povo regenerado por Cristo, o reino de Deus foi implantado desde que o primeiro pecador foi regenerado.
2 – A igreja limita-se aos crentes no Cristo histórico, inclui todos os filhos de Deus, lavados e remidos pelo sangue de Cristo vertido na cruz. Jesus disse em João 10.16: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco...”.
3 – A igreja visível está neste mundo, enquanto que o reino de Deus é composto dos fieis da igreja visível e dos regenerados que já estão na glória.
4 – A igreja é visível. O reino é invisível, composto de todos os que estão em comunhão com o Senhor.
5 – A igreja visível é um organismo imperfeito e está dividido em igrejas locais. O Reino de Deus é um, é único, é autônomo, e, é indivisível como a vontade de Deus.
6 – A igreja visível é um meio. O Reino é o fim.

Todos os crentes são chamados para fazer o possível para auxiliar a igreja a cumprir a sua missão de evangelizar o mundo. O objetivo de Jesus Cristo é que cada crente tenha os olhos no Reino de Deus e não na igreja pela igreja. A igreja local não pode e nem deve ser o fim mais alto da vida de seus membros. Segundo o cristianismo, a igreja visível é a sociedade instituída por Cristo para levar os homens a serem cidadãos dos céus.

A função da igreja é chamar o mundo para Deus e servir de escola para os que vêm a Cristo, educando-os a cultivar nos seus corações o caráter do reino celestial. Aqui na terra o Senhor Jesus Cristo governa, nutre e aperfeiçoa a sua igreja.

O texto do Evangelho de Mateus, 28.19-20 diz: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”.

Aqui está a ideia fundamental da igreja; a união dos crentes pela presença constante do Espírito Santo. A comunhão do Senhor com os santos regenerados em Cristo. A comunhão dos que são separados do mundo, dedicados a Deus; a comunhão dos que afastam-se dos pecados e seguem a justiça, daqueles que amam a Deus e ao seu próximo, por causa da Palavra de Deus.

Na Grande Comissão vemos a função primordial da igreja que é: “fazer discípulos de todas as nações”: a) Batizando-os como filhos da família e do reino de Deus, que foram chamados e aceitos pelo amor do pai, que foram remidos e reconciliados pelo sacrifício de seu Filho, com o objetivo de serem santos por meio do poder do Espírito Santo, aplicando aos seus espíritos a santidade, e b) Ensinando-os a observar todos os mandados do seu Rei e Salvador.

Ensinar às nações e a todos os povos a fazer deles discípulos professos e selados através do batismo, é a evangelização do mundo. Ensinar os batizados a serem discípulos dignos da sua profissão de fé, observadores de todas as cousas que Cristo mandou, é a disciplina da Igreja.


II - A RAZÃO E O MÉTODO DA DISCIPLINA

A razão, pois, da disciplina é a imperfeição dos crentes. É preciso disciplinar os desejos a vontade do homem até conformar-se com o espírito e vontade de Deus. Os meios que a igreja usa, pela autoridade de Jesus Cristo, para este fim, são as ordenanças do Senhor, especialmente a Palavra, os sacramentos, e a oração. Tudo o que se torna eficaz aos eleitos para a salvação. Assim é a disciplina eclesiástica no sentido literal.

Porém, em sentido mais restrito, para significar a correção dos fracos, repreensão dos que cometem erros e a exclusão dos pecadores contumazes. Com relação à disciplina eclesiástica, a Confissão de Fé de Westminster, no Cap. XXX, seção 3, diz:


São precisas as censuras eclesiásticas para corrigir e ganhar irmãos ofensores; para deter outros de semelhantes ofensas; para lançar fora o fermento que podia infectar toda a massa; para vindicar a honra de Cristo e a santa profissão do Evangelho, e para prevenir a ira de Deus, que podia com justiça cair sobre a igreja, se ela permitir que o pacto divino e seus selos sejam profanados por ofensores notórios e obstinados.


Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos em todos os tempos e épocas, quais são os preceitos da disciplina na igreja, em Mateus 18. O que é interessante aqui é que Jesus como o grande pedagogo, lhes dá uma lição que eles ainda não haviam aprendido. Como os discípulos de Cristo, como ministros do reino de Deus, poderiam conseguir qualquer bem, enquanto o seu grande negócio era o lugar de cada um no reino? Eram homens ainda cheios de paixões, de ambições e ciúmes uns dos outros.

Nesse sentido, estaria ameaçada a implantação do reino de Deus, já que esses homens ainda precisavam abandonar a prática do egoísmo, que ainda abrigavam no seu coração o mal. Dessa forma eles estariam sujeitos a fazer cair no desprezo a causa para a qual foram chamados a promover.

O trabalho de Jesus desde aquele momento, foi o de fazê-los ver o que de fato era o Reino de Deus. Jesus disse aos seus discípulos, e diz a nós também, que nós precisamos nos despir de todo o mal que habita em nós, ele então toma uma criança, põe-na no meio deles e diz: “Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. (Mt. 18.3).

O ensino de Jesus é exemplar nesse caso específico, porque é feita uma comparação: A criança nada sabe sobre inveja, orgulho, paixão mundana, em que pese, a criança também manifestar essas características do homem caído. Porém, essa inocência gera afeição, a confiança e docilidade.

Quanto mais alto subimos no reino de Deus, mais parecidos com Cristo nos tornamos. Jesus humilhou-se a si mesmo, não quis receber glórias meramente humanas, mas viveu de modo que toda a honra e toda a glória fosse de Deus, o Pai. A maioria dos homens, até mesmo quando projeta as coisas boas, geralmente o faz pensando em si próprio e não no Reino de Deus, sempre pensa em si, na sua honra, dignidade, na sua reputação, mesmo quando está fazendo o bem para o próximo. A maioria dos homens quando faz o bem, o bem que ele faz beneficia mais a si do que o seu próximo.

Os grandes no reino de Deus, porém, ao contrário, se lançam a si mesmos sem nenhuma reserva ao trabalho a que são chamados a fazer. A grande diferença entre o reino de Deus e os reinos do mundo, é que para o reino do mundo o princípio é outro: Aqui no mundo os soberbos e orgulhosos ganham lugar de honra, no reino de Cristo, as honras são dadas aos humildes.

Jesus disse, “quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe” (Mt. 18.5). Os membros das nossas igrejas deveriam se inspirar nas palavras de Jesus. Quem dera que a igreja, sempre temente a Deus, fiel aos santos, cumprisse a vontade de Deus para com aqueles que são do Reino.

No ministério de Jesus Cristo, as duas causas que são motivos de disciplina são expressas e são: 1) a falta de um espírito inocente, um crente dócil e despretensioso; 2) a falta de compreensão e ternura para com os neófitos na fé. “Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste teu irmão”.

A comunhão dos santos da igreja de Cristo está em processo de aperfeiçoamento, somos cidadãos do céu. Portanto, a disciplina na igreja tem de ter o caráter desse reino, o amor fraterno e o interesse pelo bem de todos. Isto naturalmente não significa que não haverá punição para os pecadores contumazes, mas a igreja deve agir firmemente como ensina as Escrituras, para o exemplo dos outros.

Conclusão:

Segundo o ensino do nosso Senhor Jesus, o ofendido tem de ir sozinho ao ofensor para tratar da ofensa, seja contra ele, seja contra a igreja, seja contra o nome de Cristo, talvez nesse primeiro momento seja possível leva-lo ao arrependimento. O injuriado terá de cessar a sua ira, a sua mágoa e falar com paciente amor. Esse sistema não deixa margem para maledicências (Lv. 19.16,17).

Quando ganhamos um irmão que se arrepende dos seus pecados, nosso trabalho proporcionará que a igreja não sofra as consequências do opróbrio e se conservará a unidade do espírito no vínculo da paz.

TORNA-TE PADRÃO DOS FIÉIS

O PADRÃO DOS FIÉIS
I Tm. 4.12
Rev. João d’Eça – IPMM – 29/08/2015 (EBD)

 
Introdução:

A Escritura Sagrada estabelece o padrão de santidade para todas as pessoas com base nos valores e princípios estabelecidos por Deus para o bem de qualquer sociedade em qualquer tempo ou geografia. Os cristãos são o padrão de Deus para a sociedade, falo dos verdadeiros cristãos que pautam as suas vidas pela orientação de Deus nas Sagradas Escrituras. Os cristãos portanto devem exercer a sua influência principalmente nas novas gerações, dando um exemplo positivo na construção de vidas que reflitam a imagem de Jesus Cristo.

O “padrão” na Bíblia Sagrada

O apóstolo Paulo diz: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Co. 11.1). Paulo se apresenta como o modelo a ser imitado, um modelo que sirva de padrão para os demais crentes. “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores” (I Co. 4.16). Ainda em outro texto, Paulo se coloca como exemplo, ele diz: “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós”. (Fl. 3.17). Em outro texto, ele diz a razão porque deve ser imitado, o seu comportamento é sem sombra de dívida exemplar, ele diz: “pois vós mesmos estais cientes do modo por que convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós....” (II Ts. 3. 7).

O apóstolo se coloca como modelo a ser seguido, mas ele diz que o padrão é o Senhor Jesus Cristo: “SEDE MEUS IMITADORES COMO EU SOU DE CRISTO”.


I – PRECISAMOS DE BONS EXEMPLOS

Quando a Escritura diz: “TORNA-TE PADRÃO” está dizendo, seja um bom exemplo.... Irmãos o nosso tempo clama por bons exemplos, por esta razão, nós temos a responsabilidade de ser o “padrão” para todas as pessoas que nos cercam, em especial para os nossos irmãos em Cristo.... Infelizmente os exemplos que vemos, não são dignos de serem imitados, seja em qualquer área da vida da sociedade, e para a nossa tristeza, a igreja não tem sido sal e luz, mas tem sido protagonista de escândalos e de uma vida tão rasa, que não dignifica o nome de nosso Senhor Jesus Cristo.


Os “heróis” dos nossos jovens

Até mesmo os jovens em nossas igrejas procuram os seus exemplos de vida, de acordo com os mesmos critérios do mundanismo. Os “heróis” do nosso povo já não são os grandes homens e mulheres de Deus que deixaram um legado de fé, e que viveram um padrão digno de exaltar o nome de Cristo.

O que os crentes querem hoje em dia é viver no mesmo padrão que o mundo vive.... preferem adotar os mesmos valores, os  mesmos princípios, a ter que caminhar na “contra-mão” do padrão mundano.


O mundo não abre mão dos seus padrões e a todo custo tenta “vender o seu peixe” aos desavisados ou aos de vida rasa.... mas os crentes não fazem o mesmo, preferem seguir o padrão e o estilo de vida mundanos... sendo influenciados ao invés de influênciar.


As pessoas mais admiradas pelos cristãos de hoje, são as celebridades da música, da TV ou artistas... talvez porque estão em exposição constante nos meios de comunicação, essas pessoas são imitadas..... Eles são os principais “ídolos” da nossa infância e juventude. Os crentes estão imitando as suas vestimentas, o seu estilo, a sua linguagem.... O pior é que essas pessoas que são admiradas, não estão nem um pouquinho preocupadas em exercer uma boa influência nos seus admiradores.


O que vemos com isso, é que muitos jovens crentes estão se perdendo. Perdendo a sua moral, perdendo a sua dignidade, perdendo o respeito, perdendo a grande oportunidade de ser sal e luz no meio de uma geração corrompida.... O uso de drogas já ameaça os jovens da igreja..... As festas mundanas os atraem mais e mais a cada dia..... Estão mantendo amizades infrutíferas, trazendo dor ao coração de seus pais, trazendo vergonha e escárnio ao nome de Cristo e como diz Paulo em Romanos 1.27: “recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu erro”.
 

II – PRECISAMOS DE UMA MENTE RENOVADA

 
A Escritura é clara quando diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas TRANSFORMAI-VOS pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus(Rm. 12.1,2).

O inconsciente coletivo brasileiro

Há uma atmosfera de corrupção pairando sobre as nossas cabeças. Os maus exemplos do mundo da política, os desmandos de gente investida de autoridade, a corrupção desenfreada dos detentores de mandato, a criminalidade galopante em nossos bairros, ruas e avenidas, o avanço do tráfico de drogas que tem ceifado a vida de nossos jovens ainda na flor da idade.

Essas influências diabólicas é que tem ditado as regras para o nosso sofrido povo brasileiro.... As pessoas acham normal levar vantagem indevida num negócio.... acham que ser mais esperto é opção de quem quer vencer na vida... e assim vão vivendo um cristianismo tosco, um cristianismo sem Cristo, uma vida sem vida, um vazio existencial que muitas vezes precisa ser preenchido com entretenimento e distrações dentro das nossas igrejas....  porque Deus já não é mais o motivo da nossa adoração.... Como bem disse A.W. Tozer: “Na maioria dos lugares é difícil conseguir levar alguém a uma reunião da qual a única atração é Deus”. Muitas igrejas pensam que precisam proporcionar futilidades e divertimentos para manter os jovens na igreja.... “Santos sem santidade são a tragédia do cristianismo” (Tozer)

As instituições no Brasil, inclusive a igreja estão desacreditadas... tudo isso porque nós nos tornamos rasos, vazios de Deus, mais envolvidos com o mundanismo do que comprometidos com a santidade... Deus irá nos cobrar por isso. Por esta razão a Escritura diz: “TORNA-TE PADRÃO DOS FIÉIS”.

No passado na Grécia, um filósofo chamado Diógenes, andava pelas ruas em pleno meio-dia, com uma lamparina nas mãos, dizendo procurar um homem que fosse honesto.... Nosso povo cristão quer imitar o mundo, admirar os seus personagens, as celebridades e os artistas....

A maioria dos nossos irmãos, não sabem, e nem querem saber quem foram os homens e mulheres santos que viveram o Evangelho verdadeiro em nosso país. Ninguém se preocupa em pesquisar sobre a suas vidas, buscando inspiração para um viver mais próximo de Deus. Aliás, vemos que as pessoas não estão preocupadas em viver em comunhão com o Senhor.

Os nossos irmãos também não sabem que já tivemos no Brasil, grandes e bons brasileiros, homens do quilate de José Bonifácio de Andrada e Silva, Diogo Antônio Feijó, o Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, este último profetizou com um seu pensamento:
 

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus; o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Estes grandes homens fizeram tanto pelo Brasil, que até hoje os seus exemplos servem de inspiração. Lembro-me de uma frase de um homem crente, fundador de um banco, o Bradesco, que estava inscrita, bem visível, na entrada da escola Fundação Bradesco, onde estudei, e que dizia: “O que queremos com as escolas da Fundação Bradesco é formar um novo homem brasileiro, tendo como pontos principais a idoneidade, a sinceridade, a moralidade, a disciplina e a honradez”. Só uma pessoa comprometida com Deus pode expressar valores como esses.
 

III – PRECISAMOS DE IGREJAS COMPROMETIDAS COM O EVANGELHO


E as nossas igrejas?

As igrejas foram contaminadas com o vírus do crescimento pelo crescimento. Para muitos a solução é a evangelização em larga escala, pois dizem que se o povo se converter a Cristo, o país melhorará. Porém, na verdade, esse pensamento não é tão altruísta assim, muitos que propagam essa ideia, pensam com o bolso e não com o coração, vislumbram o aumento do número de membros, e por conseguinte de dizimistas, querem fazer o negócio prosperar.

Qualquer objeção aos métodos de evangelização do nosso atual bezerro de ouro do Cristianismo recebe a seguinte resposta triunfante:

"Mas estamos ganhando os perdidos!"

- E para o que você lhes está ganhando?
- Para o verdadeiro discipulado?
- Para carregar a cruz?
- Para a negação do ego?
- Para a separação do mundo?
- Para crucificação da carne?
- Para uma vida santa?
- Para a nobreza de caráter?
- Para um desprezo dos tesouros mundanos?
- Para um total compromisso com Cristo?

Claro, a resposta para todas essas perguntas é NÃO!

Não sou contra evangelismo, pelo contrário, acredito que todo crente deva ser um evangelizador, mas que evangelize com a sua vida, mostrando no seu dia-a-dia o padrão de Deus, e que lute com todas as suas forças para ser um santo.

Mas, os fatos observados não correspondem à realidade. As igrejas evangélicas estão crescendo como nunca na história do Brasil, porém isso não tem trazido um padrão moral melhor, não tem trazido um padrão ético admirável, não tem melhorado a nossa sociedade... Até os políticos evangélicos tem decepcionado, enquanto que grande parte dos líderes das igrejas buscam notoriedade para si, querem que os holofotes se voltem para eles, na contra-mão do que disse João: “Importa que ele cresça e que eu diminua”. Os líderes religiosos nossos contemporâneos, estão tão distantes de ser padrão para nós, como a terra dista do sol.

Aplicação

É fundamental que as igrejas evangelizem, mas devem principalmente se preocupar em educar o povo biblicamente, uma educação que vise formar o caráter cristão em cada crente. Essa deve ser a primeira preocupação das nossas igrejas, afinal, que tipo de crente vamos deixar para as gerações futuras? Que tipo de influência transformadora estamos deixando para as nossas crianças e jovens?

Todos nós, indistintamente precisamos desesperadamente de homens e mulheres que sejam “padrão” dos fiéis, precisamos saber que é perfeitamente possível vivermos a vida cristã de acordo com esses padrões e que Deus espera de nós o envolvimento com a sua obra de uma maneira tal que ele possa nos dizer no último dia: “Bom está servo fiel, entra no gozo do teu Senhor!”

domingo, 30 de agosto de 2015

TODA GLÓRIA SEJA DADA A JESUS CRISTO

A pregação abaixo ocorreu no reinício dos trabalhos do Instituto de Teologia Reformada - INSTER, no qual estou como Deão Acadêmico.


I Cor. 10.31

Abertura das aulas no INSTER – 10/08/2015 – Rev. João d’Eça


Introdução:

Com base nesse versículo vemos que Deus quer que a sua vida traga glória ao Seu nome. O que esse trecho da Escritura diz pra mim e pra você, é que em tudo o que você faça, se comer ou se beber, tudo o que você sente e tudo o que você pensa, deve ter como objetivo a glória de Deus. Todos os seres humanos foram criados para esse fim, trazer glória para o nome do Senhor.

Meu desejo sincero, irmãos, é que Deus nos capacite a viver desse modo durante todas as décadas de vida que ele nos conceder.

É claro que Deus não nos chamou para vivermos uma vida que o glorifique invisivelmente, portanto, o ponto principal, não é que nós vamos viver o cristianismo invisivel, mas quando essa mudança e essa consciência ocorre em nossa vida, nós somos libertos da escravidão do pecado para vivenciar o amor, isso trona-se claro para os que nos cercam.... Dessa forma, a raiz da nossa salvação glorifica a Deus privadamente, mas o fruto dessa salvação glorifica a Deus publicamente..... Se isso é verdade na sua vida, então você está cumprindo a sua razão de existir.


Quero propor três etapas para detectar se na prática estamos vivendo assim:

- Você está totalmente satisfeito e confiante em Deus?

- Jesus Cristo é Senhor em sua vida pessoal?

- Você é livre para evidenciar no seu dia-a-dia os sacrifícios do amor?


I – VOCÊ ESTÁ TOTALMENTE SATISFEITO E CONFIANTE EM DEUS?

 
Lembre-se do nosso texto: “Quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”.

Antes de confiarmos em Jesus Cristo, nós estavamos “mortos em nossos delitos e pecados”. Nós precisamos ser ressuscitados dentre os mortos. Jesus Cristo nos deu vida. (Ef. 2. 1-10).

Temos de nos preocupar irmãos, que nos corredores das nossas igrejas, ainda há muitas pessoas que não são convertidas, apesar delas nem saberem disso. Essas pessoas não nasceram de novo, não são crentes verdadeiros, não tem a fé salvadora.

Surge então a questão?....  Qual é então a fé salvadora? - Fé salvadora é o resultado do crente está totalmente satisfeito em Jesus Cristo e experimentar Seu senhorio em sua vida.

João 6.35 diz: "... Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. - Agora, observe o paralelo: O quem VEM jamais terá fome e o que CRÊ, jamais terá sede.

Vir, é uma metáfora geográfica. A alma vem onde há uma fonte de vida, a alma vem onde há pão vivo em abundância. Jesus é a minha satisfação, Jesus é o meu tudo. Por isso a alma sedenta busca a sua satisfação em Cristo. - O pão e a água são as duas metáforas de Jesus. O mais importante é que a satisfação não é passageira, mas permanente.

Finalizo esse popnto com  Hb. 11. 6: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.

A única maneira de agradar a Deus é pela fé, crendo.


II – JESUS CRISTO É SENHOR EM SUA VIDA PESSOAL?


O que Jesus Cristo é para você?

Nosso Senhor Jesus Cristo tem supremacia em todo o universo. Ele é o criador. Por meio dele e pela sua palavra todas as coisas vieram a existência.

Pela sua palavra o Senhor sustenta o universo. Ele controla todas as coisas, das moléculas aos átomos e todo o mundo subatômico que o homem ainda nem sonhou em descobrir os seus segredos.

Poderiamos passar o resto da noite falando sobre a Soberania de Deus sobre todas as coisas. Em que pese esses conceitos e definições, o que de fato Jesus Cristo, nosso Senhor, representa em tua vida?

- Você somente o conhece de ouvir falar, ou ele é Senhor?
- Como você pode fazer de Jesus o Senhor da sua vida?

A chave é entender que Jesus já é o Senhor de sua vida. Nós não fazemos Jesus Cristo Senhor, ele é senhor.... O que devemos fazer é submeter-nos ao seu Senhorio.... Outra resposta ao Senhorio de Jesus é "submissão".

Para nós, significa ceder a nossa vontade ao seu controle.... Por exemplo, quando a Escritura ordena que nos amemos uns aos outros (João 15.17), isso é o que deve ser feito.... Significa que quando a Escritura diz que não devemos cometer adultério ou roubo (Êx. 20.14-15), estas coisas não devem ser feitas.

Deve ser entendido, que submissão ou obediência aos mandamentos de Deus, estão diretamente relacionados ao crescimento e a maturidade do crente.

Devemos perceber que a completa obediência não pode ser realizada simplesmente desejando isso, com a nossa força de vontade. Estamos sempre propensos a condutas e pensamentos pecaminosos, nossos desejos são somente para a satisfação da carne. Porém, pelo poder do Espírito Santo em nós poderemos alcançar uma vida de obediência (João 14. 16-17).

Em termos práticos, isso acontece quando o crente responde positivamente à liderança do Espírito Santo. Referindo-me às decisões do dia-a-dia:

- Responder amavelmente a alguém que tenha nos maltratado (Rm. 12.17);
- Sendo verdadeiros em nossa comunicação com os outros (Ef. 4.25);
- Sendo honestos em nossos negócios (Ef. 4.28);
- Gastando tempo em oração e estudo da Palavra de Deus como somos ordenados (II Tm. 2.15).

Estes são apenas alguns exemplos de decisões diárias que demonstram submissão a Cristo.

Sendo mais prático ainda, quando nos colocamos diante de situações de decisões difíceis, a primeira coisa que devemos fazer é orar, pedindo ao Senhor que nos ajude a tomar a decisão certa.

Para resumir a idéia do Senhorio de Cristo, ele não consiste de um ato de obediência, mas sim é medido pela soma de nossa obediência diária, e não pode ser realizada na nossa própria força ou poder, mas pela posse do poder à nossa disposição pela habitação do Espírito Santo.


III - VOCÊ TEM LIBERDADE PARA VIVER NO SEU DIA-A-DIA O AMOR DE JESUS?

O nosso maior desafio é evidenciar aquilo que Jesus nos ordenou a fazer: “amar uns aos outros?" - A Escritura deixa claro que Jesus sabia que os relacionamentos são o bem mais precioso que temos, mas, por vezes, o mais difícil de manter.

É por isso que em João 13.34 ele ensinou: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outro; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. E acrescentou: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (v, 35).

A marca distintiva do seguidor de Cristo é um amor profundo e sincero pelo seu próximo. O apóstolo João nos lembra deste fato em outro lugar: “Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1 João 4:21).

Ao dar este mandamento, Jesus fez algo que o mundo nunca tinha visto antes, Ele criou um grupo identificado por uma coisa: o amor.

Existem muitos grupos no mundo, e eles se identificam de muitas maneiras: pela cor da pele, pelo uniforme, pelo interesse comum, etc.... Um grupo tem tatuagens e piercings, outro grupo se abstém de carne.... Mas a igreja é única. Pela primeira e única vez na história, Jesus criou um grupo cujo fator de identificação é o amor.

A cor da pele não importa. A língua materna não importa. Não há regras sobre dieta ou uniformes. Os seguidores de Cristo são identificados pelo seu amor uns pelos outros.

A igreja primitiva demonstrou o tipo de amor que Jesus estava falando. Havia gente de todo mundo em Jerusalém (Atos 2.9-11). Aqueles que foram salvos se reuniram e começaram imediatamente a atender às necessidades de cada um (Atos 2. 44-45). Este foi o amor em ação, e a Escritura nos diz que causou uma boa impressão sobre o povo daquela cidade.


As declarações de Jesus em João 13.34-35 levanta perguntas que precisamos responder:

- Em primeiro lugar, como é o amor de Jesus?

·         Ele ama independente de nós (Rm. 5.8),
·         Com amor sacrifícial (II Co. 5.21),
·         Com amor que perdoa (Ef. 4.32), e
·         Eternamente (Rm. 8.38-39).

Ao mesmo tempo, o amor de Jesus é santo, e caracterizado pela pureza moral transcendente, porque Ele é santo (Hb 7.26). O ponto culminante do amor de Cristo por nós é a Sua morte na cruz, e a sua ressurreição (1 Jo, 4.9-10). Os crentes devem amar uns aos outros assim.

- Em segundo lugar, "Como pode então o crente em Cristo amar como Cristo amou?"

Como dissemos antes, o crente tem o Espírito Santo vivendo nele (1 Co. 6.19-20). Obedecendo ao Espírito, através da Palavra de Deus, o crente pode amar como Cristo amou. Ele também mostra o amor de Cristo aos amigos, aos membros da família, aos colegas de trabalho, etc. (Ef. 5.18-6. 4; Gl. 5.16, 22-23). Até mesmo os inimigos são os destinatários do amor de Cristo (Mt. 5.43-48).

Amor X Amor

O amor de Cristo visto através do crente é diferente do "amor" gerado pela carne. Este é egoísta, egocêntrico, implacável, e insincero. I Co. 13.4-8 dá uma descrição maravilhosa do que o amor de Cristo será como em e através do crente que anda no Espírito.

Para amar assim, deve haver uma mudança de coração.

Em Cristo, sabemos que somos realmente amados por Deus.

A nova vida que recebemos em Cristo nos dá a capacidade de amar como Cristo ama.

Amar uns aos outros é amar como Cristo nos ama.


Conclusão:

Prezados alunos, o nosso desafio ao nos apresentarmos para estudos aprofundados da Bíblia, é nos preparar para ajudarmos àqueles a quem o Senhor nos enviará para exercermos o nosso ministério, seja como ministro, pastor, missionário, professor, diácono ou presbítero, é ensinar as pessoas a estarem totalmente satisfeitas e confiantes em Deus, a terem Jesus Cristo como Senhor da sua vida pessoal e viverem a liberdade de vivenciar no seu dia-a-dia o amor de Jesus.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

NÃO SEJAS MORNO NA VIDA CRISTÃ

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Rev. João d'Eça, MD


"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca"
(Ap. 3.15, 16)

 
 
Introdução:

Temos a necessidade de vivermos uma vida mais perto de Deus, seguindo os princípios de sua Palavra. O Evangelho de Jesus Cristo deve ser o nosso alvo de vida.

Algum tempo atrás existia a falsa ideia de que para se alcançar a salvação bastava converter-se ao protestantismo evangélico. Hoje ninguém mais pensa assim e substituíram esse pensamento por um outro tão nocivo e pernicioso: “aqui eu nasci, aqui eu vou ficar”, referindo-se à religião de seus antepassados.


Há um erro ainda maior nas igrejas evangélicas, que é o uso de métodos empresariais para se crescer em número, vangloriando-se desses métodos, como se eles estivessem abrindo as portas do céu. O pastor Paul Washer, numa de suas pregações falou sobre isso: “São métodos mundanos para atrair gente mundana”. Esquecem-se de que o que realmente importa é crescimento em graça e sabedoria de Deus.


Motivações X verdade

Separamos em duas classes as pessoas que hoje procuram uma igreja: os que o fazem por motivos mesquinhos, conscientes de sua inaptidão e pretendendo tão somente satisfazer os seus interesses pessoais, e um outro grupo, que aderem à igreja sem nenhuma consciência da responsabilidade que assumem. Nesses dois grupos não há nenhum compromisso com as eternas verdades do Evangelho.

O modo como temos visto as pessoas vivendo nos círculos evangélicos, mostra o estado espiritual das suas almas. Abandono da vida reta, sem fervor na oração, analfabetismo bíblico. São esses e outros os resultados de uma vida longe dos valores do reino, em que pese estarem na igreja.
 

Mau testemunho

Crentes mornos são um péssimo testemunho. O Senhor diz que os mornos serão vomitados da Sua boca. Os mornos são inativos, nem vivem uma vida santa nem produzem para o reino de Deus. Os indivíduos frios também são um péssimo testemunho, eles contradizem as verdades santas e os preceitos divinos, são egoístas, avarentos e impuros. Que vergonha para a igreja de Deus são os que são frios e mornos no meio do povo de Deus.

A única razão de ser de um cristão está na propagação da moral do reino de Deus, no ideal de uma vida pura, seja privada ou publicamente. Se nos falta uma vida assim, se não mostramos com o nosso viver diário uma moral elevada, nada mais nos resta.


A influência cristã

Irmãos, se o que pregamos não faz nenhuma diferença em nossa vida e nem produz nenhum melhoramento na sociedade, então estamos faltando com a verdade da nossa fé em Deus, desonrando o nosso Senhor e desrespeitando, mentindo e enganando para a s pessoas que nos ouvem. O alvo de Cristo para nós, é que mantenhamos uma vida tão em conformidade com o Evangelho de Jesus, que esteja de acordo com a moral do Evangelho santo, que nem o mais desprezível inimigo não tenha o que dizer contra nós.

Nem sequer sonhamos com o poder que uma influência cristã pode trazer de benefícios para uma nação. É hora de pararmos para revermos os nossos conceitos e o nosso modo de vida. O que Jesus nos exorta a fazer pode fazer toda a diferença: O caráter cristão, a humildade, a pureza de pensamentos e propósitos, seu amor e o poder que recebem do alto, farão da sociedade em que vivemos um lugar agradável de se viver, enquanto aguardamos o nosso transporte para o céu.
 

Conclusão:

Está nas nossas mãos fazer essa revolução acontecer. Uma vida cristã sincera, honesta e vibrante, consegue afetar as fontes do espírito humano, consegue conquistar mais respeito, consegue fazer o mundo ler em nossa vida o Evangelho de Jesus Cristo.

O PODER RESTAURADOR DO EVANGELHO


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Rev. João d’Eça

 


Introdução

Quando paramos para observar e refletir sobre o nosso tempo, ficamos tristes porque somos crentes, mas também nos entristecemos pelo fato de sermos brasileiros. As notícias de jornais e revistas, os programas de televisão e de rádio que nos trazem notícias do estado de degradação em que se encontra o Brasil.

Uma realidade nefasta

São 150 assassinatos por dia, números de países em guerra, mas além dos assassinatos, a moral da nação está no lixo. Atentados contra o pudor invadindo as salas das nossas casas, corrupção na política, assaltos, roubos, traições, separação entre casais e destruição da família. O que antes era considerado errado, agora considera-se certo.

Todo esse cenário tem uma causa e para toda causa há uma solução. As causas são muitas e variadas, precisamos buscar a origem e diagnosticar a doença para que possamos aplicar o remédio eficaz.

As causas desse estado de coisas está no desejo do homem de ser independente, não compreende esse homem que nessa conjuntura independência é morte. Há também uma elevada ignorância dos princípios e valores religiosos e o homem vai caminhando alimentando com o mundanismo os seus instintos mais primitivos.

A disseminação do mal

Para disseminar escândalos temos parte da imprensa, que além disso, faz apologia aos vícios e exalta a desonra, sem deixar de pregar teorias materialistas. As artes estão vendidas ao mal; atores e atrizes em nome do dinheiro semeiam imoralidades nas suas atuações e são maus exemplos de vida em família a televisão é uma escola de indignidades.

A nossa sociedade jaz solapada em suas bases pelos vícios, pela superstição, pela vaidade, pela avareza e pela incredulidade. Qual a causa disso tudo? Na minha avaliação esse estado de coisas tem por culpado o romanismo, que por muitas dezenas de anos manteve o povo livre de uma educação religiosa séria e com base nos princípios do Evangelho. Dava festas pagãs para o povo e recebia em troca viciados, prostitutas, criminosos, adúlteros e a liberdade da jogatina.

O lado podre da nossa religiosidade

Do lado protestante, ao longo do tempo a igreja evangélica caminhava em busca de uma vida mais santa, vivia na contramão da sociedade, zelava por uma caminhada dentro dos valores e padrões das Sagradas Escrituras e eram respeitados por sua conduta.... mas, os tempos são outros. Desde o advento do neo-pentecostalismo com as suas práticas anti-bíblicas, com a entronização do ser humano no lugar devido a Cristo, com as negociatas entre os supostos pastores desse movimento e a política suja, parte da igreja evangélica brasileira foi contaminada de corrupção e de desmandos, os mais vergonhosos possíveis.

Essas são as causas, precisamos agora aplicar o remédio.

O remédio

O remédio para essa doença é o Evangelho de Cristo, não o falso evangelho pregado em mais de 90% das igrejas hoje, mas o verdadeiro Evangelho, que trará para o Brasil os mais valiosos princípios e proporcionará para todos os cidadãos o crescimento no mais alto nível de moralidade e honradez.

Ainda há analfabetos no Brasil e isso é inadmissível, ensinemos a eles com a Palavra de Deus. Trabalhemos crentes verdadeiros para aniquilar a superstição e a idolatria, começando já de dentro da igreja evangélica. Trabalhemos pelo bem social e não por nosso próprio egoísmo, reformemos a nossa sociedade a tal ponto que o delinquente sinta vergonha de cometer os seus atos vergonhosos e aviltantes. Não esqueçamos de ser testemunhas de Jesus Cristo e verdadeiros cidadãos da nossa pátria querida.

O Evangelho de Jesus Cristo é o remédio para as enfermidades morais, espirituais e sociais para qualquer sociedade. As doutrinas de Cristo regeneram o homem e a mulher, torna-os pessoas úteis. O Evangelho sem as superstições religiosas tanto de romanistas quanto de evangélicos proporciona prosperidade social. Sem os dias de festas que tornam o homem preguiçoso, sem a intercessão dos santos que torna o homem ignorante e sem as manifestações neo-pentecostais que o torna supersticioso, o Evangelho é a solução para o mal social.

Conclusão

Não deixe de viver o Evangelho, mas também não deixe de comunica-lo. A comunicação sem vida é hipocrisia, a vida sem a comunicação é comodismo. O Evangelho é para ser propagado e vivido de uma tal forma, que o mundo se renderá aos seus princípios e valores.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

OS BENEFÍCIOS DO SOFRIMENTO


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Rev. João d’Eça

 

 
 
E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados

por ela.

 (Hb. 12.11)

 
De acordo com as Escrituras Sagradas, a aflição, o sofrimento não é um fato natural, nem um efeito imediato da vontade de Deus, é antes, uma mancha que caiu sobre a natureza, na queda.


“No principio Deus viu que tudo era muito bom”, no entanto a queda fez com que a dor e o sofrimento entrassem na existência humana. A criatura escolheu a rebelião, preferindo a desobediência, no único tempo em que o homem parecia  ter um pouco de liberdade. O ato de afastar-se de Deus o condenou ao sofrimento.


Ninguém gosta de sofrer e o sofrimento não é nenhum bem, em que pese as lições que tiramos dele. Não há exatidão quando se afirma que “a dor purifica aos que sofrem”. Em muitos casos a aflição e o sofrimento causam efeitos desastrosos no homem.

Santo Agostinho já havia concebido essa verdade. Ele comparava a aflição ao calor dizendo que o calor “ao passo que derrete o ouro, endurece o barro, e que ao passo que favorece a germinação das sementes, promove a decomposição dos cadáveres”.

Benefícios do sofrimento:


I – O sofrimento nos ajuda a compreendermos a verdade do caráter de Deus.

A aflição nos revela a justiça e a santidade divina – Se nos fosse possível escapar ao castigo eterno, acabaríamos por acreditar que as transgreções não tem muita importância, e que podemos viver essa vida e violar as leis de Deus impunimente. Assim, as aflições revelam a bondade de Deus.

As concepções mais claras e justas que nós temos da misericórdia divina, e as experiências mais preciosas do amor de Deus, foram e são concedidos ao coração já purificado e corrigido pelo castigo. São os aflitos e não os afortunados que são os mais gratos da terra.

Da mesma forma que a noite revela o esplendor das constelações no céu, a disciplina, que é a noite da alma, revela aos olhos da fé as glórias do amor divino.

O sofrimento nos ensina a verdade com relação a nós mesmos. Uma pessoa que nunca sofreu, não pode compreender a sua própria natureza. Me lembro de uma poesia de um poeta Francisco Otaviano:


Quem passou pela vida em branca nuvem, e em plácido repouso adormeceu; quem não sentiu o frio da desgraça, quem passou pela vida e não sofreu, foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida, não viveu.

Como pode alguém conhecer a sua fraqueza sem jamais ter sido vencido? Devemos confessar as nossas fraquezas, ainda que isso nos seja pesado. O filhos pródigo nunca pensaria em voltar à casa do seu pai enquanto não sentisse em sua alma o peso da aflição.


II – O sofrimento abranda o coração

Já foi provado que enquanto o homem vive na abastança, ele tende a ser egoísta. Se a sua vida é sempre de posses e sossego, ele perde de vista o sofrimento alheio. Talvez por isso é que provérbios 30.7-9 diga:

 
Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.


Quando Deus deseja que de um coração emane o amor e a bondade constante, como de uma fonte pura derrama água cristalina, ele dá-lhe saída por meio do sofrimento. Quando uma pessoa sofre de uma doença, ele logo compadece-se do vizinho que venha a sofrer do mesmo mal.

A compaixão, essa divina inspiração por maio da qual compartilhamos dos sofrimentos dos outros, é despertada na aflição, e vem a ser o instrumento mais eficaz que o mundo possa ter conhecido para dar consolo aos que sofrem.


Conclusão:

Sejamos então agradecidos de Deus, quando ele, por meio da sua misericórdia nos visitar com aflições. “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo. 16.33). O pai nos ama e quando nos faz passar pelo sofrimento é porque deseja nos dar valiosas lições. Aprendamos isso “... mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado (Rm. 5. 3-5).

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

DEUS, SOBERANO EM TODO O UNIVERSO

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Rev. João d'Eça


Introdução:

O universo inteiro é templo de Deus. As insondáveis trajetórias do espaço, tudo proclama a glória de Deus (Salmo 19). Tudo foi criado por ele, iniciado segundo a sua palavra e o seu querer. Por observarmos as coisas que foram criadas, vemos em todas elas as virtudes eternas e a divindade do Criador.

Nós somos tão insignificantes se comparados à imensidão do vasto universo, somos um pequenino templo onde gira o globo terrestre, lugar de nossa habitação. Para onde quer que nos viremos, seja em que direção for, podemos presenciar as magnificas obras das mãos do Soberano Deus, e podemos ouvir os maviosos cânticos da melodia da criação.

A grandeza e majestade do SENHOR.

A imensidão dos mundos, a luz em volta de nós, os astros que giram em perpétua harmonia de suas órbitas, são um testemunho do conhecimento que os equilibrou nos espaços infinitos. As grandes montanhas com seus elevados cumes nevados proclamam as grandezas do seu Criador. As águas do imenso oceano, o estrondo das suas ondas e vagas quebrando na praia, como que cantando um hino de glorificação à Majestade Divina: “Não passarás daqui”.

Os caudalosos rios que deslizam as suas torrentes, levando ao longe o seu constante tributo ao Senhor sempre operante que abriu as suas fontes e os derramou pelos vales. A vasta imensidão das terras, desde o norte gelado ao quente Equador e desde ai até as gélidas terras da Patagônia, desde os rochedos nos mares até os verdes campos de vegetação; todas elas narram a história da presença criadora e providente do Deus Eterno.

As grandes famílias de plantas e a enorme variedade da fauna também dão testemunho do perene correr da fonte da vida. O rugir dos ventos nas copas das gigantescas Sequoias e o gorjear das pequenas aves, elogiam o Criador, autor de toda alegria, fonte de todo o bem-estar.

Todas as coisas, tudo o que existe, todos os organismos da natureza louvam a grandiosidade do Eterno. Tudo o que há no universo é manifestação da obra magnífica de Deus. O SENHOR é Espírito infinito e perfeito, princípio e sustento de todas as coisas, sem Deus, nada haveria, a não ser um vazio abissal.

Conclusão:

Deus está sempre presente no universo. A criação se enche com a sua Glória. Nesse sentido, tudo é sagrado. Nós homens, criados à imagem e semelhança de nosso Deus, dominadores da criação por ordem divina, devemos responder agradecidos e reverentes: Sim, SENHOR, nosso Pai, “os céus proclamam a Tua Glória”. Seja feita a tua vontade. Amém.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O MARTÍRIO DE JOÃO HUSS (7 de julho de 1415)

João Huss

O MARTÍRIO DE JOÃO HUSS (7 de julho de 1415)

Introdução

No começo século XV, a igreja católica romana era governada por dois papas, um estava radicado em Roma e o outro estava na cidade francesa de Avignon, ambos infalíveis. Qual dos dois, porém, seria o cabeça da igreja romana?

No ano de 1409, através de um concílio reunido na cidade de Pisa, foi eleito um terceiro papa, ou seja, três papas distintos e uma só igreja, alegadamente, igreja verdadeira. Eram três lobos disfarçados de humildes cordeiros.

Eles repartiram a igreja entre si, disputando cada um deles, o melhor quinhão, e pior ainda, eles se excomungaram e se amaldiçoaram reciprocamente, como um bando de ladrões que brigam para ver quem fica com a maior parte do roubo. Não resta menor dúvida de que havia dois papas.

Finalmente, em 1414, reuniu-se o Concílio de Constança, cujas sessões duraram três anos e alguns meses, pondo fim ao cisma do ocidente, que já durava um século e meio de existência, causando lamentáveis desgraças.

Entre os seus atos está a condenação de João Huss à fogueira como herege. Ele foi convidado a retratar-se do que havia escrito, mas convicto de sua fé e da pureza da doutrina que pregava, negou-se.

O dia do martírio

No dia 7 de julho de 1415, João Huss foi deposto do sacerdócio. Seus livros foram queimados e ele, João Huss, foi entregue ao poder secular. A sua sentença foi lida pelos seus inimigos de forma rancorosa. Ao invés de se defender, ele pedia a Deus que lhes perdoasse.

Os bispos designados para a cerimônia da deposição despiram-no das suas vestes sacerdotais e colocaram-lhe sobre a cabeça uma mitra de papel com demônios pintados, e com a inscrição: “Cabeça de Herege”.

Depois dessa humilhação, ele foi entregue ao imperador e este o enviou ao duque da Bavária. Conduzido à porta da Igreja ele viu as chamas do resto dos seus livros. Dali ele foi levado para fora da cidade, onde seria queimado. Antes dele ser executado, fez um apelo público da sentença dos homens para o tribunal de Deus.

A fogueira foi preparada com lenha seca e foi colada ao redor do seu corpo, que dentro de alguns minutos foi envolvido pelas nuvens negras e terríveis labaredas.

João Huss conservou-se calmo, e com tal resignação suportou as cruciantes dores do martírio, que seus inimigos ficaram constrangidos diante de tão grande prova de amor e dedicação à causa que ele defendeu.

Enquanto o fogo o queimava, João Huss cantava um hino com voz vibrante e alegre, que se ouvia distintamente através do ruído do fogo crepitando e do vozerio da multidão. Depois de um tempo, num esforço supremo, quando as chamas o envolvia, ele exclamou: “Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, tem misericórdia de mim”. Ai ele expirou!

A multidão silenciosa nesse momento, assistiu aquela terrível cena de horror, planejada pelo “sagrado Concílio, congregado com a assistência do Espírito Santo e tendo o seu poder imediatamente de Cristo!!!” A fogueira decretada em nome do Filho de Deus, a humildade personificada, a paciência de Jesus, aquele que teve por berço a manjedoura e por leito a morte de cruz!!!

As chamas se apagaram. Agora restava da fogueira somente um montão de cinzas onde se encontravam os restos mortais do mártir da fé João Huss. Ainda quentes foram cautelosamente ajuntadas e lançadas às águas do rio Reno.

Naquele momento a matéria de Huss deixou de existir, o corpo daquela alma desapareceu para sempre da terra, voltando ao pó do qual foi formado. Porém, a alma foi para a presença de Deus e os seus livros foram preservados e ainda circulam, exatamente 600 anos após a sua morte.

Conclusão

Já se vão seis séculos depois da morte de João Huss, morto por causa do ódio vingativo de papas, que na busca ansiosa pelo poder temporal, matavam os que pregavam a verdade, em semelhança aos religiosos que mataram a Jesus.

João Huss apelou para o tribunal de Deus, cheio de fé e de esperança, porque essa era a sua convicção. Deus o julgou. E hoje o julgam os tribunais da nossa civilização, emancipados da tutela da igreja de Roma, que durante tantos séculos ensanguentou o mundo.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O ANTI-CRISTO


O ANTI-CRISTO


Introdução:
Dificilmente um pastor presbiteriano trata desse assunto por temer ser rotulado de “neo-pentescotal” e por esta razão não vemos sequer pregações em nossos púlpitos com esse tema. No entanto, esse tema é mencionado na Escritura, onde tem um grande destaque, desde o Antigo até o Novo Testamento. O tema do “anti-Cristo” é na verdade uma profecia, que fala de uma grande apostasia que surgiria com o aparecimento do anti-Cristo.
O apóstolo Paulo escrevendo aos tessalonicenses (II Tes. 2.1-11), diz o seguinte:


Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.

 
Quando escreveu a Timóteo, em I Tm. 4. 1-3, Paulo lhe diz:

Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade.
 
E ainda em II Tm. 3. 1-5, ele diz:

 
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.

 
Em outras passagens da Bíblia, além das epístolas paulinas, poderíamos citar outras mais, como por exemplo, em Apocalipse, em Daniel, para provar que, entre as revelações que Deus fez a sua igreja, está a revelação de uma grande apostasia que se abateria sobre a ela.
Você pode notar que nas passagens acima, em nenhuma vez, o apóstolo Paulo usa a palavra “anti-Cristo”, mas mesmo assim, fica claro de que o “homem do pecado” mencionado acima refere-se ao “anti-Cristo” que havia de vir.
O termo “anti-Cristo” aplicado pelo homem descrito por Paulo, é bem mais cheio de significado do que o termo usado pelo apóstolo João em sua carta.
QUEM É O ANTI-CRISTO?
Muitos pais apostólicos deram a sua opinião acerca da identidade do anti-Cristo:
- Justino Mártir – Diz em seus escritos que ele seria um homem que havia de vir armado com os poderes do inferno.
- Teodoreto – Considera-o como o próprio Diabo.
- Irineu – Identificava-o como a Besta do Apocalipse e dizia que era descendente da tribo de Dã.
- Tertuliano – Identifico-o com a Besta e dizia que ele havia de desaparecer na queda do Império Romano.
- Hipólito -  Ensinava que a Besta do Apocalipse representava o Império Romano e que o falso profeta representava o anti-Cristo.
- Cipriano – Via o anti-Cristo tipificado em Antíoco Epifânio.
- Lactâncio – Julgava que ele seria um rei da Síria, filho de um espírito mau.
- Cirilo – Mantinha que ele seria uma mago, que com suas artes mágicas havia de subjugar o Império Romano.
- Crisóstomo – O chamava anti-Deus, sentado no templo de Deus.
- André de Cesária – Ensinava que ele seria um rei atuando por Satanás, que ele haveria de reconstruir o Império Romano e reinar em Jerusalém.
- Artos -  Tinha a ideia que ele seria um rei dos romanos, que havia de dominar sobre os sarracenos em Bagdá.
- Adso – Dizia que um rei franco havia de reformar o Império Romano, que ele havia de abdicar no monte Olivete e que, na dissolução do seu reino, o anti-Cristo iria aparecer.
- Tomáz de Aquino – Ensinou que ele havia de ser instruído na filosofia dos magos e que suas doutrinas e os seus milagres haviam de ser uma paródia dos milagres do Cordeiro.
- Gregório I – Dizia que seria o precursor do anti-Cristo qualquer pessoa que tivesse a sombra do poder que os papas de Roma depois tiveram.
- Arnulfo, bispo de Orleans – Disse que se o pontífice romano fosse inchado da sua ciência, era o anti-Cristo.
Joaquim de Fiore, em seus comentários sobre o Apocalipse, foi o primeiro que afirmou que o anti-Cristo havia de ser um pontífice universal, e que ele ocuparia a Sé Romana.
Os waldenses, no princípio diziam que o anti-Cristo seria um indivíduo.  No século XIV, porém, começaram a identificar o “anti-Cristo”, “Babilônia”, “as quatro bestas”, “a grande prostituta”, “o homem do pecado” com o papado. Os hussitas ensinavam a mesma doutrina, diziam que o papa a cabeça do anti-Cristo.
Walter Bruce afirmou que o bispo de Roma, intitulando-se “Vigário de Deus” e vice-rei de Cristo na terra, era o anti-Cristo.
Lutero, Calvino, Zwinglio, Melanchton, Martin Bucer, Teodoro Beza, Calixtus, Bengel, Michaelis, todos ensinaram que o anti-Cristo é o sistema papal.
Conclusão:
Muitas opiniões sobre esse assunto têm sido dadas desde o princípio do cristianismo. Entendemos que as passagens citadas acima, assim como disseram os reformadores, que o anti-Cristo é o papado. Com isso não queremos dizer que os papas são maus (apesar de que uma grande parte deles foram), nem que são contra Jesus Cristo (apesar de uma grande parte foram), mas o que queremos dizer é que o papado é uma apostasia da verdade bíblica, é uma apostasia do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande apostasia de que fala o Apocalipse, que se opõe à vontade de Deus e às doutrinas de Cristo.
O sistema papal está montado sobre um antro de apostasia. O sistema papal destronou a Deus e introduziu um outro tipo de “deus” em seu lugar, no caso, uma deusa, à semelhança da religião do antigo Egito e à semelhança do antigo paganismo.
 
Na última segunda-feira, chegou a São Luís a imagem de pau, de gesso, de ferro, sei lá do que é... Eu vi pessoas apesar de não parecer, mas totalmente ignorantes, chorando de emoção diante de um ídolo mudo. É patético ver pessoas em pleno século XXI agindo assim para com uma estátua que é monte de nada, assim como é patético que pessoas supostamente esclarecidas, adotem o culto e as manifestações neopentecostais.
As farsas do catolicismo romano provam essa afirmativa. Grande parte dos dogmas romanistas foram criados nos séculos XIX e XX, se os opositores do sistema papal de séculos anteriores e principalmente da época da Reforma, convivessem com dogmas como a “ascenção de Maria” (1950 – papa Po XII), “imaculada Conceição de Maria” (1854 – papa Pio IX), a “aparição de Maria” às três crianças, e o mais antigo, “Maria mãe de Deus”. Essas e outras heresias anti-bíblicas, provam que o papado sempre foi Anti-Cristo.

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