segunda-feira, 31 de outubro de 2011

REFORMA PROTESTANTE - JOHN KNOX E O CALVINISMO ESCOCÊS

Ainda são sentidos até hoje os efeitos da Reforma protestante como uma época de tomada de decisões que geraram mudança no mundo cristão, não só na religião em si, mas também nos costumes, política, literatura e na vida cotidiana. A mudança ocorrida com a publicação das 95 teses de Lutero teve lugar sucessivamente, uma mudança confessional, com o Calvinismo, a partir de Genebra, influenciado o desenvolvimento de outros países, incluindo a Escócia. Devido à sua proximidade geográfica e política para com a Inglaterra, a Reforma nesta parte norte da Grã-Bretanha deve ser sempre colocada no contexto de sua geografia.

A abordagem de John Knox
Para sermos capazes de apreciar a abordagem de John Knox, devemos antes de tudo contornar o seu escopo. A Escócia no Séc. XVI, ainda estava dominada por um sistema de anarquia feudal caracterizado por estruturas de clãs. A população era de cerca de um milhão de pessoas, dos quais aproximadamente 90% viviam em áreas rurais. Todos os reis nos 100 anos antes do nascimento de Knox, tiveram uma morte violenta, nenhum deles tinha mais de 42 anos. Por causa de uma sequência de reis menores de idade, as decisões eram tomadas por uma espécie de deputados que tutoriavam os reis menores.

A Reforma Luterana
Nos anos após a publicação das 95 Teses de Lutero em Wittemberg, houve uma efervescência de propaganda reformista. O Novo testamento foi traduzido para o inglês na fronteira escocesa. Na Inglaterra, a Bíblia foi queimada imediatamente, logo depois de publicada, no entanto, na Escócia, os problemas foram muito maiores para conter a onda dos livros se espalhando rapidamente. Na primavera de 1543, a posição dos protestantes na Escócia mudou quase que do dia pra noite. Seguiu-se a morte do Rei Tiago V.

Maria, a sanguinária
Em 1554, o governante escocês rompeu com Mary, a Católica de Guise, mãe de Mary Stuart. O conde Arran estava no trono escocês. Mary se casou com o delfim francês em 1558, que reforçou a aliança Escócia-França. Após a morte de seu marido, Mary foi elevada à rainha da Escócia, em agosto de 1561. A maioria da nobreza era calvinista. Alguns dos súditos de Mary estavam a serviço da rainha Elizabeth I, que não poupou esforços para aproveitar e incorporar a Escócia a seu império. Eles queriam coroar Maria Stuart como rainha da Escócia, esperando que ela resolvesse os problemas religiosos de seu país.

John Knox nasceu no início do reinado de Tiago V, provavelmente em 1505. Alguns historiadores mais recentes datam o seu nascimento em 1513 ou 1514. O local do seu nascimento foi a região mais fértil de Lothian, que tinha o status de uma cidade real livre. A sua densidade populacional era relativamente baixa, com de 1500 habitantes (comparado com 50 mil em Londres, 200 mil em Paris e 15 mil Edinburgo). A base da economia era principalmente de comerciantes e artesãos.

A vida de John Knox era difícil e simples. O solo da região não era muito fértil, o que contribuiu para o uso de métodos primitivos e para a pobreza no país. A situação levou muitos escoceses a migrarem para o exterior, muitas vezes como imigrantes indesejados. Pouco se sabe sobre a família de John Knox. A família Knox não estava muito bem colocados na estrutura social, mas seu pai William era um homem livre na sua cidade natal, de acordo com Ridley.

John Knox quando criança, se apresentou com uma inteligência acima da média, que levou-o a ter os estudos garantidos para ingressar na igreja – naquela época, para um homem da Igreja, era necessário um nível mínimo de educação. Muitos padres escoceses do século XVI não eram alfabetizados. De 1531 ou 1532 Knox, estudou com John Major, um dos principais intelectuais da Europa do seu tempo, de três a quatro anos de teologia na Universidade de St. Andrews.

Knox se distinguiu por suas realizações acadêmicas e foi recompensado ainda muito jovem, com um título acadêmico “Bachelor of Divinity”. Mesmo antes de atingir a idade de costume, ele foi ordenado sacerdote em 1536. Apesar desta brilhante carreira acadêmica, Knox foi confrontado com um problema. Já haviam muitos sacerdotes, na Escócia, para Knox era impossível ganhar a vida desta forma. Quatro anos depois de sua ordenação não tinha conseguido localização. Em 1540 ele entra como um notário público nas imediações do Haddington. No ano 1545-1546, ele foi temporariamente designado companheiro de John Wishart e Andrew Lang. Wishart, reformador escocês e mártir, havia em seu exílio suíço, entrado em contato com Calvino e se tornou um de seus apoiadores fiéis.

O contato com Wishart é provavelmente um dos motivos principais para a afinidade de Knox com os ensinamentos de Calvino. Sob as ordens do cardeal Beaton, líder do partido anti-protestante, Wishart foi condenado como herege e queimado na fogueira. Em seguida, um grupo de protestantes ocuparam o castelo de St. Andrews e causaram a morte do cardeal. Provavelmente John Knox não se envolveu ativamente nessa questão do assassinato do cardeal, mas deu o seu apoio, de acordo com Lang. O castelo foi ocupado e em julho de 1547 com o cerco francês, Knox e outros foram feitos prisioneiros e passaram os próximos anos, até o início do ano 1549, como escravos a serviço da França. Depois de libertado sob o reinado de Eduardo VI, foi levado seguro para a Inglaterra protestante. Ele foi oficialmente um pregador licenciado em Berwick, onde conheceu sua futura esposa. A partir de 1551-1554 ele foi contratado como capelão do rei em Newcastle.

Vivendo escondido na Inglaterra, Knox evitou criticar a rainha Mary Tudor. Só mais tarde, na segurança da França, ele falou publicamente contra a monarca Inglês. Ele estabeleceu-se em Dieppe por algum tempo, e de lá foi para Genebra, no final de março de 1554, onde ele via pela primeira vez a oportunidade de um encontro pessoal com João Calvino.

A Reforma na Escócia é baseada no declínio da Igreja Romana. Gordon Donaldson diz que o papado já estava próximo de ser expulso da "Máquina eclesiástica escocesa". Na introdução à História de Knox da Reforma na Escócia, o editor William Croft Dickinson denominou-a de “uma revolução, uma revolta do povo contra a Igreja”. Ele falou não só dos aspectos religiosos, mas também explicitamente se voltaram contra as injustiças já existentes na vida política e social do país.

A adoção da fé protestante também serviu a muitos interesses mundanos, e supõe-se que nem todos os que apoiaram a Reforma, pertenciam as denominações protestantes ou queriam se converter. James Kirk fala de uma chegada relativamente tardia da Reforma na Escócia, e isso proporcionou uma vantagem na medida em que tal assimilação do material teológico existente na Europa continental tornou-se possível.

Mesmo diante do decreto de Edimburgo de 1525, que proibia a importação de escritos Luteranos, a literatura reformada invadiu a Escócia, proporcionando a transformação da sociedade. Do exílio de Genebra Knox foi chamado para uma guerra religiosa contra Marie de Guise e sua "igreja de Satanás". Os nobres predominantemente protestantes se uniram para formar um movimento de resistência, apoiados secretamente por Elizabeth I da Inglaterra.

Para os reformadores e para John Knox, o objetivo não era somente obter tolerância para sua própria fé, mas sim erradicar a Igreja Católica completamente. Uma vez que esta era explicitamente a religião dos governantes, na Escócia, com isso, por causa das suas ações, eles receberam o status de rebeldes.

Em 6 de Julho foi ratificado o Tratado de Edimburgo que gerou a retirada das tropas francesas da Escócia. Em 1559 ocorreu a vitória final do protestantismo. No mesmo ano a rainha Elizabeth I, fundou a Igreja Anglicana.

Em 1560, a Igreja Reformada da Escócia, já era totalmente calvinista. O calvinismo foi declarado como religião de Estado. A força do impacto, na Escócia de Knox é especialmente evidente no referido estabelecimento da Igreja. Os paralelos são evidentes com o modelo de Genebra, que pode ser devido à proximidade ideológica de Knox e seu mentor, João Calvino. Knox é o mediador entre os europeus e a Reforma escocesa.

GENEBRA E A ESCÓCIA
Em comparação com a cidade de Genebra e a reforma calvinista lá, a Escócia era um grande país selvagem, caracterizado por estruturas anárquicas e feudais. Mas existem diferenças mais profundas entre a Escócia e Genebra. Há diferenças, mesmo no conteúdo teológico, que um olhar mais atento encontrará. Comuns a ambos os reformadores, que fizeram da Bíblia a base de sua teologia. Knox lia o Velho Testamento muitas vezes, literalmente, e viu-o como um guia preciso para sua ação política. Enquanto Calvino procurava a longo prazo, uma harmonia entre a Igreja e o Estado. Na opinião de Knox, o Estado deve atribuir determinadas tarefas para a prosperidade da Igreja Protestante na Escócia.

O ponto mais marcante de diferença é encontrado nos pontos de vista e comentários sobre a resistência armada contra as autoridades. Calvino é veementemente contra ela. Knox, depois da experiência com Maria, a sanguinária, mudou essa opinião. Para ele as pessoas têm o direito de resistência armada. Esta alteração no calvinismo escocês é provavelmente justificada pelas circunstâncias externas com as quais Knox teve que lidar em oposição a Calvino.

A conclusão comparativa pode-se dizer que o calvinismo escocês seguiu a doutrina de Calvino como um todo. Por que o calvinismo na Escócia teve um sucesso tão grande? Foi uma combinação de diferentes fatores. O calvinismo encontrou na Escócia um trabalho de base bem feito. A Reforma, foi uma revolução de baixo para cima. Knox foi um calvinista, antes de se tornar um calvinista. A razão pela qual ele se adaptou facilmente ao calvinismo foi na sua própria opinião, a proximidade ideológica com a doutrina de Calvino. O fato é que sem a pessoa de John Knox, com todas as suas peculiaridades pessoais, a Reforma na Escócia, provavelmente teria tomado um curso totalmente diferente.

Bibliografia:
- GONZALES. Just L. A era dos Mártires - vol. 1
- GONZALES. Justo L. Uma história do pensamento Cristão.
- MAGRATH. Alister.  Teologia Histórica
- SATNLEY J. Grenz e OLSON. Roger - Teologia do século 20

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Anotações nos Salmos - Salmo 34: 11-22

O segredo de uma vida feliz, aprendemos aqui com o rei Davi. Davi chama os seus filhos para sentarem em redor de si e orienta-os em lições maravilhosas qwuanto ao segredo de uma vida felliz.

O quinto Mandamento chama os jovens à reflexão quanto a honrar os seus pais, afim de que tenham a sua vida, dada por Deus, prolongada sobre a terra (Ex. 20: 12). A vida pode ser prejudicada tristemente por maus hábitos. Davi portanto adverte os filhos para que pretem atenção principalmente no seguinte:

1 - Controlem a sua língua (v, 13) - Palavras duras suscitam ira. Nenhum mal é mais prejucial dentro de um lar ou de uma família, do que as contendas. A ira tem o poder de abreviar a vida.

2 - Evitem a prática da maldade (v, 14) - "Abstende-vos de toda aparência do mal" (I Tess. 5: 22), conservando uma boa consciência cristã, exercitada na Palavra de Deus.

3 - Façam o bem a todos (v, 14) - Deixar de fazer o mal e aprender a fazer o bem, é uma tomada de decisão capaz de reverter consequências desastrosas.

4 - Lembrem-se que o Senhor a tudo vê (v, 15) - Deus enxerga tudo. Todas as nossas ações e reações, nossos planos sonhos e desejos. Até a palavra que sairá da nossa boca (Salmo 139).

5 - Que os seus filhos deviam entender e crer no Libertador (salvador). Ele está sempre presente para redimir as suas almas (v, 22).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O GRANDE LIVRAMENTO DO REI DAVI - SALMO 34: 1-10

Neste Salmo o rei Davi dá graças a Deus pelo grnade livramento.

O Salmo inicia dizendo as circunstâncias em que ele foi escrito. Foi um momento de desonra para Davi.

Davi, por falta de fé e por não agir discretamente, fingiu-se de louco para não morrer (I Sm. 21: 10-15). Apesar da sua esperteza para se livrar do aperto em que se encontrava, essa atitude foi indigna de um crente, de um homem de Deus.

Sempre que os crentes querem tomar as rédeas da sua vida, eles geralmente entram em situações difíceis, porque optam por não permanecerem no caminho da fé. Todas as vezes que isso acontece eles se metem em apuros. Deus, porém não deixa que os seus servos sofrerem todas as consequências de sua loucura.

Deus, por graça, usa os fracassos dos que entram nesses apuros, para dar-lhes lições valiosas que servirão de exemplos para outros. Foi desse modo com Davi. A sua loucura e insensatez foi mudado em motivo de benção.

Sem nenhuma dúvida, essa razão o levou a escrever esse belo Salmo. Davi pode então gloriar-se no Senhor dando exemplos para que os humildes também possam se alegrar.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O PASTOR: UM HOMEM IRREPREENSÍVEL.

Antigamente muitos homens fugiam do ofício pastoral por julgarem-no de um padrão muito elevado, afinal o ensino claro da Palavra de Deus diz que o pastor “deve ser um homem irrepreensível”. Sua conduta ética e moral deve ser vivida de uma forma que ninguém tenha o que lhe dizer de errado. Isso é tão sério que o apóstolo Paulo tratou do assunto em suas cartas, especialmente em I e II Timóteo e na carta a Tito.

O homem que não cumprisse com os pré-requisitos expostos pelo apóstolo dos gentios, estaria desqualificado para o ofício, não poderia assumir o púlpito e ensinar a verdade da Palavra de Deus e nem ser oficial na igreja, aquele que tivesse a sua conduta manchada pelo pecado.

Todos somos pecadores, isto é um fato. Pecamos por pensamentos, por palavras e por ações, todos os dias. Porém existem pecados que o “homem de Deus” não pode e não deve cometer, são aquelas qualificações especiais de que fala Paulo nas cartas mencionadas.

Em 1 Timóteo 3:1-7, Paulo mostra os requisitos para os pastores, presbíteros ou diáconos: a importância de viver "acima de qualquer suspeita." Romanos 13:13 diz: "Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revestí-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.”

O claro ensino das Escrituras é a idéia de que os líderes da igreja deve estar vivendo acima do padrão do mundo: “Não vos conformeis com este mundo” (Rom. 12: 1, 2). Afinal de contas, os pastores e presbíteros são exemplos para as pessoas que os estão ouvindo e vendo o seu procedimento, semana após semana, e eu acredito que Deus deseja um padrão de vida mais elevado de seus líderes. Isso não quer dizer que pessoas que não são pastores, presbíteros ou diáconos, podem fazer o que quiserem e Deus não vai se importar, não é isso, só que Deus exige dos líderes que sejam irrepreensíveis.

Esse padrão não é decidido por mim e nem por qualquer homem, ele já está expresso na Palavra de Deus, foi o Senhor quem os definiu e os revelou por meio das Escrituras. Homens que atuam em outras profissões não lhe são exigidos viverem no padrão de Deus, por esta razão, o médico pode ser médico e ser mentiroso no seu dia-a-dia, dificilmente o dono do hospital o demitirá por isso. O advogado pode trabalhar normalmente e ser um opressor da sua esposa e filhos, quase ninguém irá se importar com isso. O psicólogo pode ser adúltero e continuará a ter os seus clientes no seu local de trabalho. O empresário pode ser um depravado moral e continuará vivendo em sociedade. Mas o pastor não!

A vida do pastor é como um copo de leite, se ali cair um pequeno cisco, é visto por todos, porém, outros homens, em outras profissões e carreiras vivem suas vidas como um copo de café, se ali cair um barata e afundar, ela não será vista.

A mancha moral e ética na vida de um pastor o desqualifica para a continuidade do trabalho de expor a verdade de Deus, de ensinar, de exortar e de aconselhar o rebanho. Não podemos permitir que o pecado nos desqualifique para sermos arautos, proclamadores e exemplos de homens transformados pelo poder da Palavra de Deus.

Paulo usou palavras muito semelhantes em Timóteo e Tito para falar da irrepreensibilidade que se deve encontrar na vida de um pastor. Apesar de palavras diferentes, elas são semelhantes, pois são termos jurídicos que têm a ver com a acusação de atividade criminosa.

Em outras palavras, para ser irrepreensível significa que o homem não pode ser envergonhado como se ele fosse um criminoso, porque não há acusação ou qualquer coisa que pode ser encontrado como motivo para acusá-lo. A palavra que expressa essa verdade é “irrepreensível.”

Um homem qualificado, inimputável, sem culpa, que está acima de qualquer suspeita, é alguém conhecido como um cidadão honesto. Quando Paulo escreveu a Tito, ele usou essa palavra um pouco diferente. Em Tito, significa que o homem é inocente sem culpa, não pode ser acusado de erro. Ele é inocente. O uso que Paulo faz destas duas palavras mostra que o homem qualificado para ser um pastor, não é alguém que é conhecido por impropriedades. Por exemplo, não há nenhuma razão para acusá-lo como um molestador de crianças, ou um fraudador, ou um mentiroso, ou um adúltero, ou um bêbado. Tudo isso significa, alguém que está acima de qualquer reprovação. É um homem que ninguém irá apontar o dedo, é um homem que até os incrédulos terão vergonha de acusar, pois não haverá nenhum motivo.

O que ouviremos do homem irrepreensível é mais ou menos as seguintes frases:

"Ele é um cara decente."
"Ele é um cidadão cumpridor das leis".
"Ele é um marido fiel e pai amoroso."
"Ele é conhecido por ser verdadeiro."

No sentido cristão, você poderia ouvir ou dizer algo como:

"Ele vive a palavra de Deus."
"Ele manifesta os frutos do Espírito de uma maneira consistente."

Agora pense sobre isso por um momento. Considere-se que esta qualificação especial para o pastoreio é uma obrigação, porque das duas principais áreas de influência dos pastores, estão a pregação e o ensino. Pense em como os pastores tem a responsabilidade de estabelecer um elevado padrão de piedade na comunidade da igreja.

Traço de caráter, cidadãos cumpridores da lei, que são conhecidos por manifestar os frutos do Espírito, influencia as pessoas. Pense em quando um pastor tropeça em um pecado que até mesmo a cultura do mundo perdido desaprova. O mundo lá fora tratará o pastor com mais rigor do que alguém comum em tais casos. A igreja também irá fazer isso.

Por outro lado, quando os pastores manifestarem os frutos do Espírito, com decência onde todos vejam, então, mesmo a cultura do mundo perdido entenderá que esta é a forma correta dos pastores viverem. Jesus disse que a nossa “justiça deve exceder em muito a dos escribas e fariseus”.

Os perdidos são implacáveis com os cristãos, estão a todo momento investigando para ver se encontram falsidade e hipocrisia na vida de um crente. Mas quando um pastor ou oficial é irrepreensível, ele é visto como um cristão autêntico, que é bem diferente da hipocrisia e falsidade que as pessoas não salvas estão tão familiarizadas.

Infelizmente, homens que deveriam carregar sobre si o nome de Cristo, como uma bandeira de dignidade e irrepreensibilidade, estão na verdade, trazendo opróbrio ao evangelho. Muitos por falta de caráter cristão, outros por falta de conversão e uma minoria por falta daquilo que Jesus disse a Pedro, Tiago e João no jardim do Getsêmane: “Vigia e orei para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26: 41).

sábado, 8 de outubro de 2011

FELIZ A NAÇÃO, CUJO DEUS É O SENHOR - SALMO 33: 12-22

As nações assim como os indivíduos são responsáveis diante de Deus. As bençãos de de Deus repousa sobre as nações cujo Deus é o Senhor (v, 12). Nenhuma nação é piedosa no seu todo. Em todo país há asempre aqueles que andam de acordo com as suas cobiças e ímpias paixões, sem o temor a Deus. Deus não destrói esta nação por amor aos eleitos (Gn 18: 26, I Rs. 15: 4).

O rei ou governante que se vangloria nas suas armas ou no número de seus exércitos, é repreendido no versículo 16. Não há rei que se salve com grande exército, nem por grande força se livra um poderoso. Os olhos do Senhor (v, 18), estão sobre os que esperam na sua benignidade. Se o povo de Ninive, que não conhecia a Deus, pode dizer - "Quem sabe se voltará Deus... e se apartará do furor da sua ira, para que não perecemos?"

Certamente nós que conhecemos o Seu nome, podemos descansar na certeza de que ninguém confia nele em vão.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

UM NOVO CÂNTICO - Salmo 33: 1-11

Um crente sadio é um crente que louva o Senhor. O Louvor é a manifestação de alegria expontânea. Está alguém entre vós alegre? Cante louvores (Tg. 5:13). Neste Salmo, o salmista convida a todos para o louvor. Alegremo-nos no Senhor.

Conhece-se o homem pela maneira como expressa o seu contentamento. Quando o descrente está alegre (geralmente por causa do álccol), ele deixa extravasar o seu pecado; seu riso é como o estalar de espinhos debaixo de uma panela (Ecl. 7:6). Porém o crente, o filho de Deus exprime a sua alegria cantando louvores ao Senhor, em quem se rejubila:

1 - É um cântico Novo - As palavras podem até ser conhecidas, mas adquirem um novo sentido, brotam expontaneamente de júbilo, assim como o evangelho que é sempre novo.

2 - Não dispensa o auxílio da música (v, 2). A música de qualidade sempre tem ajudado os santos de Deus a cantar, enquanto não é degenerada em vã manifestação artística.

3 - O tema é o caráter de Deus - Sua verdade, Seu poder criador (v, 6-9), e seu conselho (v, 11).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

JUSTIÇA IMPUTADA SEM AUXÍLIO DE OBRAS

Salmo 32
1 Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.
2 Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo.
3 Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.
4 Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.
5 Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.
6 Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão.
7 Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.
8 Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.
9 Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem.
10 Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá.
11 Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.

 Sabemos de Romanos 4:6-8, que Davi descreve neste Salmo a bem-aventurança do homem a quem Deus atribui justiça sem obras. Ele previu que Deus justificaria o ímpio (Rm. 4:5), quando este cresse em Jesus. Refere-se a uma benção quadrupla, que são:

1 - A transgreção perdoada. A quebra da lei de Deus perdoada através da Graça;
2 - O pecado coberto. O pecado que se comete através da carne, é agora expiado, apagado pelo poder do sangue remidor de Jesus Cristo, nosso Salvador;
3 - O pecado agora é totalmente perdoado e a iniquidade do pecador, uma vez perdoado, remido e lavado pelo sangue de Cristo, não lhe é mais imputado. Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus (Rm. 8: 33);
4 - Arrancada da alma toda malícia pelo sacrifício remidor de Cristo, agora a alma regozija-se na remissão dos pecados. E como resultado da ãção de Deus, o pecador agora remido, tem no Senhor o seu esconderijo (v, 7).

Minhas postagens anteriores