sexta-feira, 12 de julho de 2013

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS – (PARTE 5)

papa Francisco no Trono
A INFALIBILIDADE PAPAL E IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA

O mais novo papa, comandante da Igreja Católica romana, bispo de Roma, Itália, Argentino que escolheu ser chamado de Francisco, virá em sua primeira viagem internacional fora da Itália, chegará ao Brasil para a JMJ (Jornada Mundial da Juventude).

Atualmente ouvimos nas reportagens da TV e do rádio a colocação correta de que o papa é o chefe da Igreja católica romana e não mais chefe da igreja cristã como os papas eram identificados, como se eles fossem os representantes únicos do cristianismo.

A igreja romana ao longo da história gloriava-se, dizendo ser a única igreja cristã e os papas ambicionavam a infalibilidade, dogma decretado por um dos papas. O papa Gregório I foi um papa que se pronunciou contra a ideia de um “sacerdócio universal nas mãos de um único homem”. O papa Estevão VI (tido como 113º papa) no ano de 896 d.C., desenterrou o corpo do papa Formoso, cortou-lhe a cabeça e a jogou no Rio Tibre, em Roma.

O papa falecido foi acusado de excessiva ambição pelo cargo papal, e todos os seus atos foram declarados nulos. O cadáver foi despido das vestes pontifícias, e os dedos da mão direita foram amputados. Foi então enterrado em cemitério para estrangeiros, como forma de desonra. Como poderia esse papa ser infalível, se o seu sucessor o vilipendiou dessa forma, depois de morto, sem que esse pudesse se defender? Seu corpo fora recuperado mais tarde, e, por fim, enterrado na Basílica de São Pedro, com vestes papais, junto a outros pontífices mortos.

Como pode Bento XVI ser considerado infalível, se renunciou ao cargo, que segundo creem, foi chamado por Deus para desempenhar? Agora vive isolado num local para viver assim até o dia da sua morte.

Entre os anos de 1305 até 1377 a igreja foi governada por dois papas, um estava em Avinhão, França o outro em Roma, Itália. Ambos se consideravam infalíveis. Interessante é que ambos proferiam maldições um contra o outro.

A pretensa “Infalibilidade papal” começou com as “pseudas decretais de Isidoro”, muitos romanistas tentaram ao longo do tempo dizer que essa informação era falsa, mas caíram em tanta contradição e não tocaram no assunto como deveriam, que os seus argumentos que contestam a informação, é risível. Contra a pretensa infalibilidade, os concílios de Posa,  o de Constança em 1414 d.C., e o de Basiléia em 1431 d.C., disseram que os papas estão sujeitos aos concílios.

A pretensa infalibilidade papal só veio à tona novamente com o papa Pio IX, que ambicionando o poder total, no concílio Vaticano I (1869-1870), decretou a HERESIA da “infalibilidade papal”. Foi esse mesmo papa, Pio IX, que desejou cercear a liberdade de imprensa e proibir outras formas de culto; foi ele quem incentivou as superstições das “relíquias” e numa atitude despótica, sem consultar nenhum Concílio, na bula “ineffabilis Deus” decretou o dogma HERÉTICO da “Imaculada Conceição de Maria” em 1854, que diz que Maria não recebeu em nenhum momento a corrupção do pecado.


DEFESA CATÓLICO-ROMANA DA HERESIA DA IMACULADA

Revisando a linha de argumentos invocados em defesa deste dogma, salta aos olhos que são três os setores em que poderiam ser classificados: tradição, Biblia e filosofia. Vejamo-los nessa ordem.


OS PAIS DA IGREJA (Patrística)

Os romanistas alegam que os primeiros pais se expressaram em termos altamente elogiosos sobre a pureza de Maria, por esta razão só se pode deduzir que ela não foi manchada com o pecado original. Maria é mencionada como “a segunda Eva – que, por sua descendência, chegou a ser a causa da sua própria morte e da raça humana – pois também Maria, levando em seu seio o Homem predestinado (Jesus), e sendo, no entanto, uma virgem, por sua obediência, chegou a ser, tanto para ela mesma como para todo o gênero humano, a causa de salvação”.[1]

São Efrém, um dos pais sírios do século IV, dedica uma prece a Maria, na qual a invoca como “Virgem, Senhora, Mãe de Deus… Santíssima e benigníssima Senhora”, que foi “…eleita como a mais sublime de todas gerações da terra”. E acrescenta: “Bem-aventurada és por todos os séculos, gratíssima a Deus, mais resplandecente que os querubins, e mais gloriosa que os serafins”.[2]

Certo é que há outros pais e doutores da Igreja que ponderam a dignidade, a beleza e a graça de Maria, mas ainda que se pudesse entender que alguns desses elogios favorecem implicitamente a crença na Imaculada Conceição, não se pode, no entanto, afirmar que o digam.

OS ROMANISTAS E ARGUMENTOS BÍBLICOS

Para fundamentar o dogma herético, os romanistas citam as palavras do “proto-evangelho” (Gn. 3:15), ditas pro Deus à serpente e também as palavras da saudação do anjo em Lucas 1:28. Porém, qualquer estudante mediano de teologia sabe que o argumento não está explícito nessas duas passagens, não passando de meras deduções.

A argumentação dos romanistas para o primeiro texto, Gn. 3:15, fazem uma exegese pífia, valendo-se da versão latina de Jerônimo, onde se diz que a mulher esmagará a cabeça da serpente. Logo, raciocinam que, se neste versículo se faz referência à mulher, essa mulher não é outra, senão Maria.... que a promessa de que ela vencerá o diabo quer dizer que o pecado não se apoderará dela nem sequer por um instante, e, portanto, ela foi preservada de toda mancha desde o momento de sua concepção. Vê-se que essa exegese é digna de risos.

A passagem do Evangelho de Lucas, a Vulgata traduz as palavras do anjo Gabriel a Maria assim: “Ave Maria, gratia plena…”, isto é, “cheia de graça”, portanto a argumentação romanista conclui que havendo Maria sido cheia de graça, era impossível que ela alguma vez houvesse cometido pecado, resultando disso sua imaculada Conceição. Novamente meras deduções, argumentos risíveis.

REFUTAÇÃO DOS ARGUMENTOS ROMANISTAS

Precisa de uma Consistente Tradição Eclesiástica

Os romanistas se firmam na “Tradição” pouco resistente para sustentar o peso tão grande deste dogma. O fato é que os pais primitivos da Igreja não creram na “Imaculada Conceição” nem dela falaram. Os testemunhos citados a favor desta crença (lrineu, Santo Efrém e Santo Agostinho), pode-se dizer que a apoiam só por contradição, e ainda isto é duvidoso. A evidência é clara, os pais apostólicos não creram  e nem aceitaram a impecabilidade de Maria.

Tomás de Aquino, teólogo maior do romanismo, tinha um opositor hábil e dialético na pessoa de Juan Duns Escoto (1265-1308).  Tomás de Aquino é conhecido defensor da tese “concepcionista”, mas Juan Duns Escoto é mencionado no Dicionário Católico em inglês A Catholic Dictionary, que diz dele o seguinte:

Juan Duns Escoto dá sua própria opinião a favor da imaculada conceição com uma tal timidez, que claramente revela seu conhecimento de que a opinião geral estava do outro lado. Depois de sustentar que Deus poderia, se quisesse, haver isentado a bendita Virgem do pecado original, por outro lado, poderia ter permitido a ela permanecer debaixo dele por um tempo e então havê-la purificado. Acrescenta ele (Juan Escoto) que “Deus sabe” qual destas duas possíveis maneiras foi realmente tomada; “…mas se não é contrário à autoridade da Igreja ou dos santos, parece recomendável (probabile) atribuir aquilo que é mais excelente a Maria.

Se os Pais falam de Maria como “sem mancha”, “incorrupta”, “imaculada”, de nenhuma maneira se entende que eles creram que ela foi imaculadamente concebida.

Essa controvérsia que existe na igreja romana entre tomistas (Tomas de Aquino) e escotistas (Juan de Escoto) sobre o assunto da Imaculada Conceição, além de não levar a nada, sem nenhuma edificação, vem provar que a tradição alegada é um argumento fraquinho.

Os pais da igreja rejeitaram a Imaculada Conceição.

Os Pais e doutores da igreja testemunham de que não aceitavam a Imaculada Conceição de Maria. Eles afirmam categoricamente a “impecabilidade de Cristo”, mas admitem a participação que Maria teve, igualmente com todos os homens, no pecado original da raça humana.

Vejamos os mais importantes pais e o que eles disseram:

Eusébio de Cesaréia (265-340):
“Ninguém está isento da mancha do pecado original, nem mesmo a mãe do Redentor do mundo. Só Jesus achou-se isento da lei do pecado, mesmo tendo nascido de uma mulher sujeita ao pecado”.[3]

Ambrósio (século IV).
Doutor da Igreja e Bispo de Milão, comentando Salmos 118: “Jesus foi o único a quem os laços do pecado não venceram; nenhuma criatura concebida pelo contato do homem e da mulher foi isenta do pecado original; só foi isento Aquele que foi concebido sem esse contato e de uma virgem, por obra do Espírito Santo”.[4]

Agostinho de Hipona, Doutor da Igreja (354-430).
Comentando Salmos 34:3, diz: “Maria, filha de Adão, morreu por causa do pecado; e a carne do Senhor, nascida de Maria, morreu para apagar o pecado”.[5]


ESCOLASTICISMO

Abaixo a transcrição de citações de duas obras católicas romanas:

Em certo estado de desenvolvimento, a questão foi estudada pelos escolásticos e, coisa rara, quase todos creram que a doutrina da imaculada não estava em harmonia com a universalidade do pecado original e da redenção. Sto. Anselmo, Sto. Alberto, Pedro Lombardo, Alexandre de Hales, São Boaventura, Santo Alberto Magno e São Tomás, ainda que ternamente devotos da Mãe de Deus e prontos a defender seus muitos privilégios, contudo, ensinaram que havia sido concebida em pecado original.” “Entretanto, ainda que os escolásticos mais conspícuos antes do século XIV se opusessem terminantemente à Imaculada Conceição, não faltaram outros, de menos fama, que com igual resolução defenderam esta prerrogativa da Virgem por todos os meios que estavam ao seu alcance.[6]


Outra citação ainda muito interessante é a seguinte:

No século XIII, a época da escolástica, vem ao nosso encontro o fato surpreendente de que a maioria dos grandes teólogos se declara bem explicitamente contra a Conceição Imaculada. Da mesma maneira Alexandre de Hales, o próprio São Tomás nas passagens autênticas, Sto. Alberto Magno, São Boaventura, Juan de la Rochelle, Pedro de Tarentasia, Henrique de Gante, Egidio, Romano, etc”[7]


O testemunho de outros doutores e pensadores do cristianismo vem esclarecer o que estamos dizendo:

Anselmo, Doutor da Igreja, Arcebispo de Caterbury (1033-1109) disse a respeito: “Mesmo sendo Imaculada a Conceição de Cristo, não obstante a mesma virgem, da qual ele nasceu, foi concebida na Iniqüidade e nasceu com o pecado original, porque ela pecou em Adão, assim como por ele todos pecaram”.

São Bernardo (1140): “Só o Senhor Jesus Cristo foi concebido do Espírito Santo, porque era o único santo antes da conceição; com sua exceção, se aplica a todos os nascidos de Adão o que Alguém confessou humilde e verazmente de si: Eis que eu nasci em pecado, e em pecado me concebeu minha mãe.”

Boaventura, apesar de ser o guia dos teólogos franciscanos, escreveu o testemunho de que “todos os santos que fizeram menção deste assunto com uma só voz asseveraram que a bendita virgem foi concebida em pecado original”.

Tomás de Aquino (século XIII). Este célebre Doutor da Igreja, o mais renomado dos teólogos católicos, foi o paladino dominicano na controvérsia contra a Imaculada Conceição. Em sua famosa obra Suma Teológica, , diz:

“Santificação da Bem Aventurada Virgem Maria”, art. II. “A bem Aventurada Virgem foi santificada antes de receber vida?” Respondemos que a santificação da bem-aventurada Virgem não pode entender-se antes de receber a vida… se a bem-aventurada Virgem houvesse sido santificada de qualquer modo antes de receber a vida, nunca teria incorrido na mancha do pecado original; e, portanto, não teria necessitado da redenção e da salvação, que é por Cristo, de quem se diz: …porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mat. 1.21).[8]


Na continuidade do argumento o maior teólogo do catolicismo romano assevera:

Mas é inconveniente que Cristo não seja o salvador de Todos os homens como se diz (I Tm. 4.10). Logo, segue-se que a santificação da bem-aventurada Virgem nunca houvesse sido contagiada do pecado original, isto derrocaria a dignidade de Cristo, que não necessitou ser salvo como salvador universal, a maior pureza seria a da bem-aventurada Virgem: porque Cristo de maneira alguma contraiu pecado original senão que foi santo em sua mesma conceição segundo o texto (Luc. 1.35)… ao passo que a bem-aventurada Virgem contraiu o pecado original, mas foi purificada dele antes que saísse do seio (materno).[9]


Assim, fundamentamos que o catolicismo romano no que tange a essas duas doutrinas basilares da igreja, está eivado de erros e ensinando a seu próprio povo esse erro infernal.

Oro para que pessoas honestas que se sentirem desafiadas a investigar profundamente o romanismo o façam sem paixão, mas com espírito investigativo, afinal, está em jogo o seu próprio benefício espiritual.




[1] AGAINST HERESLES, til, 22:4; Translations of the Writings of the Fathers, p. 36, Ed. pelo Rev. Alexander Aoberts e James Donaldson, Vol. V, Edinburg: T. and T. Clark, 38, George Street, 1868.
[2] LOS SANTOS PADRES, Edições Desclée, De Brouwer, Buenos Aires, 1946, Tomo II, p. 448.

[3] GAY, Teófilo. DICCLONÂRLO DE CONTROVERSIA, Junta Bautista de Publicaciones, Buenos Aires, p. 423.
[4]  lbid., p. 423
[5] ENARR. Santo Agostinho. in Salmos 34:3. Rev. Ricardo Federico Littledate,
Razones Sencillas contra los Errares Y Ias Innovaciones dei Romanismo, p. 16.

[6] ROSANAS Juan, S.1. Historia de los Dogmas, iii, Ed. cultural, Buenos Aires, 1945, pp. 173 e 174.
[7] Enciciopedia de ia Reilgión Católica, Art. “Concepciõn lmmaculada de lá Santissima Virgen”.

[8] AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. Parte III, pergunta XXVII.
[9] Ibidem.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O CATOLICISMO ROMANO E SUAS ORIGENS (PARTE 4)

A CONFISSÃO AURICULAR E AS FARSAS ROMANISTAS

Os fiéis católicos aprendem que devem confessar seus pecados mortais pelo menos uma vez por ano a um sacerdote humano, pois isso é essencial para a obtenção do perdão de Deus. Examinamos a doutrina da Confissão Auricular à luz dos escritos do catolicismo romano e da Bíblia Sagrada.
O Catolicismo ensina que existem dois tipos de pecado: mortal e venial.
"Escolher deliberadamente, isto é, sabendo e querendo, uma coisa gravemente contrária à lei divina e ao fim último do homem é cometer pecado mortal. Este destrói em nós a caridade, sem a qual é impossível a bem-aventurança eterna. Caso não haja arrependimento, o pecado mortal acarreta a morte eterna. O pecado venial constituiu uma desordem moral reparável pela caridade, que ele deixa subsistir em nós. A repetição dos pecados, mesmo veniais, produz os vícios, entre os quais avultam os pecados capitais.[1]

Continuando a argumentação o catecismo diz:

"Para que um pecado seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo: 'É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente."[2]

O Catecismo explica como é que um pecado para ser venial, o que precisa. Basicamente precisa de duas coisas:
"Comete-se pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento."[3]

Quando o católico entra no confessionário, uma cabine escura com um lugar para se ajoelhar diante de uma janela fechada e contemplar seus pecados até que o sacerdote abra a janela e ouça o penitente relatar seus pecados secretos mais sujos, vis, profundos e tenebrosos da carne e do coração. O penitente é instruído a confessar todos os seus pecados, especialmente os pecados mortais, visto que, como diz o Catecismo no item 1874, "...o pecado mortal acarreta a morte eterna.".

O confessionário sempre serviu para “devassar os lares”. Na Espanha e em Portugal, os dois países mais católicos do mundo em termos proporcionais desde séculos, a igreja católica romana sempre usou com eficiência o confessionário, para descobrir e informar as autoridades o pensamento político dos generais, através da confissão de suas esposas.

A igreja católica romana também conseguiu ao longo dos séculos, doações de pessoas beatas, e viúvas que em busca de “absolvição”, eram levadas a entregar casas, terras, fazendas, propriedades e fortunas. Isso fez com que a igreja católica, principalmente no Brasil, viesse a ser uma grande proprietária de terras e patrimônio. Em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, de 25 de fevereiro de 1980, diz: “a igreja no Brasil tem um vultoso patrimônio imobiliário”.

Um dos doutores da Igreja, São Bernardo (Bernardo de Claraval) [1090 – 1153], exprime-se com muita amargura, quando diz: “o clero se diz pastores, mas são na verdade roubadores, não satisfeitos com a lã das ovelhas bebem o seu sangue!”[4]

Esse doutor da igreja, por discordar de muitas práticas anti-bíblicas, foi cortado da lista de doutores da igreja. Se você procura-lo nas lista da igreja católica romana, ele terá sido retirado.

Como a Igreja católica romana americana é a maior doadora de recursos para o Vaticano e este está cada vez mais nadando em dinheiro, sendo a corte mais suntuosa da Europa, hoje, os doadores americanos de Chicago, tem exigido ver os balancetes de relatórios financeiros das aplicações do dinheiro doado, conforme reportagem de O Estado de São Paulo.[5]

DECLÍNIO DO CATOLICISMO ROMANO

Até mesmo no Brasil, considerado o maior país católico romano do mundo em termos numéricos, o catolicismo tem diminuído a sua membresia a cada ano. Na década de 80 e 90 a saída de católicos romanos para outras formas de cristianismo e até para outras religiões estava no patamar de 600 mil por ano. A igreja católica romana brasileira, reagiu e começou a mudar a sua liturgia, fazendo-a como os cultos protestantes, apesar de não acabar com as missas, passaram também a apoiar os movimentos carismáticos, cujos cultos e músicas são extraídos da liturgia dos evangélicos, e sem nenhuma crise de consciência, passaram a fazer igual como os evangélicos, no intuito de reverter a debandada dos seus arraiais. Hoje até os padres estão se vestindo como se fora pastores evangélicos, sem a indumentária pesada que sempre caracterizou o clero católico romano.

PERDA POR DENTRO E POR FORA

A influência da Igreja católica romana no mundo de hoje tem sido questionada em todos os meios sociais e até mesmo dentro das hostes do romanismo. Padres, bispos, cardeais e até mesmo papas, tem questionado a forma da igreja trabalhar pelo poder temporal e desprezar a alma dos seus adeptos.

O ex-padre Dr. Aníbal Pereira Reis, convertido ao protestantismo depois de ler o livro de provérbios, denunciou vários dogmas da igreja romana e dentre muitos livrois que escreveu à partir dai, A farsa da Aparição de Fátima, é esclarecedor para mostrar como a igreja é capaz de inventar coisas terríveis (como foi a farsa da aparição), contribuindo para a morte de duas crianças, só para não perder os privilégios com o governo português. O padre Mário de Lixa também denunciou a farsa de Fátima, veja vídeo clicando http://youtu.be/715bepotJv8.

Assim caminha a Santa Sé. Recentemente o papa Benedicto XVI, renunciou ao seu mandato papal e agora a igreja tem um papa e um ex-papa convivendo no mesmo espaço. O livro do jornalista alemão Andreas Englisch O Homem que não queria ser papa, está disponível nas livrarias do país e é esclarecedor para mostrar os bastidores do “reino” do Vaticano.




[1] Catecismo da Igreja Católica, Edições Loyola, itens 1874-1876.
[2] Ibidem, item 1857.
[3] Ibidem, item 1862.
[4] ERNESTO. L. Oliveira. Roma, a igreja e o anticristo. Pg. 178
[5] O Estado de São Paulo, 26.06.1985

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (Parte 3)

OS RECURSOS DO VATICANO E O PURGATÓRIO


O maior doador de recursos ao Vaticano é a igreja católica americana. Mas houve um tempo em que a Igreja católica romana estava de cofres vazios e apelou para estratégias não muito “santas” para encher os seus cofres. A mais famosa dessas estratégias foi a cobrança de indulgências (Venda de títulos de propriedades do céu), quem os adquiria, pagando uma quantia volumosa, tinha os seus pecados passados, presentes e futuros imediatamente perdoados. As indulgências foram cobradas em toda a Europa por João Tetzel, que para convencer o povo dizia: “ainda que tenhas violado Maria a mãe de Deus, descerás para casa perdoado e certo do paraíso”.

Também em outros momentos de sua história, a igreja católica romana usando de blefes canalizava vultosas somas de dinheiro para os seus cofres, negociando cargos eclesiásticos e venda de títulos de Cardeal, que valiam grandes fortunas.

O papa Leão X (1518), o papa do tempo de Lutero e das 95 teses, usou de um expediente nada ortodoxo para arrecadar visando a restauração da igreja de São Pedro em Roma. Ele mandou colocar inscrições nos cofres de arrecadação das indulgências, que tinham entre outras, inscrições que diziam: “No tilintar da moeda no fundo do cofre, uma alma desprega do purgatório e voa para o paraíso!”[1]

AS MISSAS

A igreja católica romana inventou o fogo do “purgatório” para amedrontar os fiéis prometendo aliviar os sofrimentos das almas, cobrando pelas missas em favor do defunto. A maioria das pessoas e fiéis católicos são pessoas crédulas e desprovidas de conhecimento da Escritura Sagrada, tornando-se presas fáceis para os expedientes matreiros do catolicismo romano.

Em busca de arrecadação de fundos, o papa João XXIII (1410 – Não confundir com o papa mais recente com esse mesmo título), cobrava impostos dos prostíbulos contabilizando no orçamento do Vaticano.

O PURGATÓRIO

O purgatório é o nervo exposto da igreja. Recentemente a igreja acabou com um outro absurdo criado pelos papas, o “limbo”. O purgatório, segundo a opinião do historiador Cesare Cantú é a “galinha dos ovos de ouro da igreja” e o ex-padre Dr. Humberto Rhoden diz que esse expediente da Igreja católica romana, arrecada em todo o mundo a quantia de 500 milhões de dólares!

Interessante é que nos primeiros séculos da igreja cristã, nenhuma alma ia para o purgatório porque ele não existia; foi posteriormente criado por um decreto papal. No protestantismo e nas outras religiões cristãs esse lugar não existe, é somente para as almas católicas. Com esse engodo, a igreja católica romana peca duas vezes e cria um problema de consciência para os padres: primeiro por oficializar uma inverdade, segundo por receber dinheiro em nome dessa inverdade!

O purgatório tornou-se “comercio espiritual” a partir de 1476 com o papa Sixto IV, a igreja católica é a única instituição no mundo que “negocia com as almas dos homens”. (Apoc. 18:13). Nesse sentido a igreja nunca informa quando as almas deixam o tormento do purgatório, celebram missa por uma pessoa falecida sempre que haja alguém para pagar! Não existem textos bíblicos de apoio a esse dogma, não tem respaldo na Escritura Sagrada.




[1] TAYNE. História da Literatura Inglesa, coroado pela Academia Francesa, vol. II p. 35, de O papa e o Concílio.


sábado, 6 de julho de 2013

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (PARTE 2)

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (PARTE 2)

Introdução:
Depois que o cristianismo se corrompeu com o papado, os papas começaram a aparecer como reis, ostentando ornamentos e situações que lhes fizessem parecer como soberanos.

O primeiro papa a usar a corôa foi Nicolau I (858 d.C. – 867 d.C.). Ele se serviu de documentos espúrios que apareceram em 857 d.C. conhecidos como “PSEUDAS DECRETAIS” de Isidoro. Essas falsas decretais, alegavam que era de bispos do II e III séculos que “exaltavam o poder dos papas”. Depois da morte de Nicolau I descobriram que esses documentos eram invenções corruptas dele, Nicolau mentiu dizendo que esses documentos estavam na igreja já havia séculos.

As PSEUDAS DECRETAIS colocaram a “cereja no bolo”  das mentiras papais na Idade Média, elas conseguiram fazer com que o papado, recentemente criado, se tornasse antigo. Foi o maior embuste da história. Esses falsos documentos vieram a fortalecer o papado, antecipando em 5 séculos o poder temporal dos papas e serviu de base para a promulgação das leis canônicas da igreja católica romana.[1]

A CRIAÇÃO DO ESTADO DO VATICANO

O Estado do vaticano desenvolveu-se com o papa estevão II (741 d. C – 752 d. C.), que instigou Pepino, o Breve e seu exercito a conquistar trerritórios na Itália e doá-los à igreja. Essas doações foram confirmadas no ano 774 d. C., elevando o catolicismo à posição de poder mundial, surgindo assim o SACRO IMPÉRIO ROMANO sob a autoridade do “papa-rei” que durou 1100 anos.

Quem confirmou a doação  foi Carlos Magno, que próximo à sua morte, arrependido por ter doado os territórios, na hora da sua agonia de morte, em terríveis dores lastimava-se dizendo:

Como me justificarei diante de Deus pelas guerras que irão devastar a Itália, pois os papas são ambiciosos, eis porque se me apresentam imagens horríveis e monstruosas que me apavoram, devo merecer de Deus um severo castigo![2]


O papado esteve confinado em Avinhão na França por 70 anos, voltou a ocupar o vaticano em 1377 d. C., trazido por Gregório XI. Derramaram muito sangue em guerras políticas e religiosas até o ano de 1806, quando Napoleão Bonaparte aprisionou o papa Pio VII (1740-1823). Mais tarde tentaram reagir, mas Vítor Emanuelli no ano de 1870 derrotou as tropas do papa, tornando-se o primeiro rei da Itália, pondo fim ao SACRO IMPÉRIO ROMANO, que de santo nada tinha, esse episódio data de 20 de setembro de 1870.

Os papas ficaram confinados no Vaticano até o ano de 1929 quando Mussolini e Pio XI no tratado de Latrão legalizaram o Estado do Vaticano, estado religioso que atualmente é controlado pela Cúria Romana e governada por Cardeais que “controlam a carreira dos bispos. O papa fica fora dessa pirâmide”.[3] No Brasil os católicos são orientados por bispos, mais conhecidos pela posição política do que pela religiosidade. Eles estão divididos entre “Conservadores”, “Progressistas” e “Não alinhados”.[4]



[1] HALLEY, Pochet Bible Hand-book, pg. 685
[2] PILLATI. Londres, Ed. Thompson, tomo III, p. 64. 1876
[3] Jornal o Estado de São Paulo, 20.03.1982
[4] Revista VEJA, 30.01.1980

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (Parte I)

O CATOLICISMO E SUAS ORIGENS (Parte I)

A origem do papado.

Como conhecemos hoje, o papado teve a sua origem, desenvolvendo-se gradativamente, sustentado a princípio pelo Império Romano. Não teve uma data de nascimento, não foi instituído por Cristo nem pelas igrejas. É um intruso no cristianismo e não se enquadra na Bíblia. (DEV).

O catolicismo romano assim como as igrejas evangélicas são estruturadas da seguinte forma: A igreja romana, sua estrutura é a de ordens religiosas, sob a direção de um chefe visível, é uma monarquia absoluta. As demais igrejas cristãs são estruturadas em forma de denominações, todas com uma só base doutrinária, a Bíblia.

Pontos em comum

Tanto católicos quanto evangélicos creem na Trindade, em Cristo como Salvador pela sua morte substitutiva, ensinam a existência do céu e do inferno e o seu livro texto é a Bíblia. Em que pese as crenças em comum, as duas igrejas cristãs caminham separadas.

Até o IV século da era cristã havia uma e somente uma igreja cristã. A caminhada da igreja continuou desde Cristo até o tempo de Constantino, quando este cristianizou o Império Romano, tornando a religião cristã, antes considerada ilegal, como a religião do Império.

Nesse tempo não havia hierarquia entre os líderes cristãos, bispos, pastores, presbíteros e evangelistas, esses eram homens veneráveis como Policarpo, Papias, Inácio, Justino, Irineu, Orígenes, Eusébio, João Crisóstomo, etc. O único que fugiu fora desse padrão foi o bispo Calixto que foi repreendido por Tertuliano de querer ser o “bispo dos bispos”, isso aconteceu em 208 d.C.

Igreja Católica, apostólica e romana? Que negócio é esse?

No Concílio de Constantinopla que foi presidido pelo imperador romano Teodósio, que decretou no ano de 381 d.C, o “CUNCTUS POPULUS”, a igreja passou a ser chamada de Apostólica. Apostólica ela não é, pois se baseia numa interpretação sofrível de Mt. 16: 13-23, e também não sabemos como pode ser Católica e romana ao mesmo tempo.[1]

A história do surgimento dos papas aconteceu no IV século, quando as várias igrejas espalhadas pelo Império se viram dominadas por cinco dentre os bispos, eram eles: o bispo de Antioquia, o de Jerusalém, o de Constantinopla, o de Alexandria e o de Roma. O Concílio de Calcedônia no ano de 451 concedendo igualdade de poder entre o bispo de Constantinopla e o bispo de Roma. Com o passar do tempo e com o envolvimento político com os imperadores, o bispo de Roma foi tendo a hegemonia e concentrando o poder sobre os outros bispos em sua mão, os que não obedeciam eram destronados.

Voltando um pouco no tempo

Em 325 d.C., o Imperador romano Constantino, depois de uma suposta conversão ao cristianismo, convocou o primeiro Concílio das Igrejas (protótipo do domínio político religioso que dura até hoje – continuidade do Império Romano), e este concílio foi dirigido por Hósia Cordova, com 318 bispos presentes. Constantino, querendo agradar aos bispos que tinham domínio sobre o povo, resolveu construir uma templo a qual deu o nome de “Igreja do Salvador”, posteriormente os papas passaram a ocupar um palácio oferecido por Fausta. Bem mais tarde, no século XV, demoliram a Igreja do Salvador e construíram no lugar a Basílica de São Pedro.

Depois de Constantino, já no século IV, as igrejas que eram livres começaram a perder a sua autonomia com o bispo Inocêncio, que foi feito papa Inocêncio I, no ano 401 d.C., que se auto denominava “governante das igrejas de Deus” e exigia que todas as controvérsias fossem levadas a ele. 40 anos depois, em 440 d.C., o papa Leão I, na tentativa de impor mais temor aos outros bispos dizia que: “resistir a sua autoridade seria ir direto para o inferno!”. Esse papa aumentou o seu domínio, bajulando o Imperador Valentiniano III no ano 445 d.C., que cedeu ao que ele pretendia, que era exercer autoridade sobre as igrejas, até então nas mãos do Estado.

Como historiadores comentam, “era o papado emergindo das ruinas do Império Romano que se desintegrava, herdando dele o autoritarismo e o latim como língua”. Antes do século V, todos os bispos ocidentais eram chamados de papa (pai), aos poucos foram restringindo esse tratamento a somente o bispo de Roma. Até então ninguém ousava supor ou dizer que o apóstolo Pedro havia sido um papa.

Acompanhe o caminhar da história no próximo post.




[1] RIVAUX, História Eclesiástica, Tomo 1, p. 347

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