O ANTI-CRISTO
Introdução:
Dificilmente um pastor
presbiteriano trata desse assunto por temer ser rotulado de “neo-pentescotal” e
por esta razão não vemos sequer pregações em nossos púlpitos com esse tema. No
entanto, esse tema é mencionado na Escritura, onde tem um grande destaque,
desde o Antigo até o Novo Testamento. O tema do “anti-Cristo” é na verdade uma profecia, que fala de uma grande
apostasia que surgiria com o aparecimento do anti-Cristo.
O apóstolo Paulo escrevendo aos tessalonicenses (II Tes.
2.1-11), diz o seguinte:
Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos
demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito,
quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha
chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não
acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da
iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se
chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus,
ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Não vos recordais de que, ainda
convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém,
para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério
da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o
detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará
com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o
aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e
sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem,
porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
Quando escreveu a
Timóteo, em I Tm. 4. 1-3, Paulo lhe diz:
Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de
demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a
própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos
que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por
quantos conhecem plenamente a verdade.
E ainda em II Tm. 3.
1-5, ele diz:
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão
tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos,
arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados,
implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores,
atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma
de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.
Em outras passagens
da Bíblia, além das epístolas paulinas, poderíamos citar outras mais, como por
exemplo, em Apocalipse, em Daniel, para provar que, entre as revelações que
Deus fez a sua igreja, está a revelação de uma grande apostasia que se abateria
sobre a ela.
Você pode notar que
nas passagens acima, em nenhuma vez, o apóstolo Paulo usa a palavra “anti-Cristo”,
mas mesmo assim, fica claro de que o “homem do pecado” mencionado acima
refere-se ao “anti-Cristo” que havia de vir.
O termo “anti-Cristo”
aplicado pelo homem descrito por Paulo, é bem mais cheio de significado do que
o termo usado pelo apóstolo João em sua carta.
QUEM É O ANTI-CRISTO?
Muitos pais
apostólicos deram a sua opinião acerca da identidade do anti-Cristo:
- Justino Mártir – Diz em seus escritos que ele seria um
homem que havia de vir armado com os poderes do inferno.
- Teodoreto – Considera-o como o próprio Diabo.
- Irineu – Identificava-o como a Besta do Apocalipse e dizia que era descendente
da tribo de Dã.
- Tertuliano – Identifico-o com a Besta e dizia que ele
havia de desaparecer na queda do Império Romano.
- Hipólito - Ensinava que a Besta do Apocalipse
representava o Império Romano e que o falso profeta representava o anti-Cristo.
- Cipriano – Via o anti-Cristo tipificado em Antíoco
Epifânio.
- Lactâncio – Julgava que ele seria um
rei da Síria, filho de um espírito mau.
- Cirilo – Mantinha que ele seria uma
mago, que com suas artes mágicas havia de subjugar o Império Romano.
- Crisóstomo – O chamava anti-Deus, sentado no templo de
Deus.
- André de Cesária – Ensinava que ele
seria um rei atuando por Satanás, que ele haveria de reconstruir o Império
Romano e reinar em Jerusalém.
- Artos - Tinha a ideia que ele seria um
rei dos romanos, que havia de dominar sobre os sarracenos em Bagdá.
- Adso – Dizia que um rei franco havia de reformar o Império Romano, que ele
havia de abdicar no monte Olivete e que, na dissolução do seu reino, o
anti-Cristo iria aparecer.
- Tomáz de Aquino – Ensinou que ele havia de ser instruído na
filosofia dos magos e que suas doutrinas e os seus milagres haviam de ser uma
paródia dos milagres do Cordeiro.
- Gregório I – Dizia que seria o
precursor do anti-Cristo qualquer pessoa que tivesse a sombra do poder que os
papas de Roma depois tiveram.
- Arnulfo, bispo de Orleans – Disse que se o pontífice romano fosse
inchado da sua ciência, era o anti-Cristo.
Joaquim de Fiore, em seus comentários sobre o Apocalipse, foi
o primeiro que afirmou que o anti-Cristo havia de ser um pontífice universal, e
que ele ocuparia a Sé Romana.
Os waldenses, no princípio diziam que o anti-Cristo seria
um indivíduo. No século XIV, porém,
começaram a identificar o “anti-Cristo”, “Babilônia”, “as quatro bestas”, “a
grande prostituta”, “o homem do pecado” com o papado. Os hussitas ensinavam a
mesma doutrina, diziam que o papa a cabeça do anti-Cristo.
Walter Bruce afirmou que o bispo de Roma, intitulando-se “Vigário
de Deus” e vice-rei de Cristo na terra, era o anti-Cristo.
Lutero, Calvino, Zwinglio, Melanchton, Martin
Bucer, Teodoro Beza, Calixtus, Bengel, Michaelis, todos ensinaram que o anti-Cristo é o sistema
papal.
Conclusão:
Muitas opiniões
sobre esse assunto têm sido dadas desde o princípio do cristianismo. Entendemos
que as passagens citadas acima, assim como disseram os reformadores, que o
anti-Cristo é o papado. Com isso não queremos dizer que os papas são maus
(apesar de que uma grande parte deles foram), nem que são contra Jesus Cristo
(apesar de uma grande parte foram), mas o que queremos dizer é que o papado é
uma apostasia da verdade bíblica, é uma apostasia do Evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo, é a grande apostasia de que fala o Apocalipse, que se opõe à vontade
de Deus e às doutrinas de Cristo.
O sistema papal está
montado sobre um antro de apostasia. O sistema papal destronou a Deus e
introduziu um outro tipo de “deus” em seu lugar, no caso, uma deusa, à
semelhança da religião do antigo Egito e à semelhança do antigo paganismo.
Na última segunda-feira, chegou a São Luís a imagem de pau, de gesso, de ferro, sei lá do que é... Eu vi pessoas apesar de não parecer, mas totalmente ignorantes, chorando de emoção diante de um ídolo mudo. É patético ver pessoas em pleno século XXI agindo assim para com uma estátua que é monte de nada, assim como é patético que pessoas supostamente esclarecidas, adotem o culto e as manifestações neopentecostais.
As farsas do
catolicismo romano provam essa afirmativa. Grande parte dos dogmas romanistas foram
criados nos séculos XIX e XX, se os opositores do sistema papal de séculos
anteriores e principalmente da época da Reforma, convivessem com dogmas como a “ascenção
de Maria” (1950 – papa Po XII), “imaculada Conceição de Maria” (1854 – papa Pio
IX), a “aparição de Maria” às três crianças, e o mais antigo, “Maria mãe de
Deus”. Essas e outras heresias anti-bíblicas, provam que o papado sempre foi
Anti-Cristo.
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