Vou já dizendo que não vou entrar em conceituação
de religião ou discutir os males que homens maus, fazendo mau uso da religião
tem causado pelo mundo afora, inclusive muitos que se auto-denominam “crentes”
ou “cristãos”, mas que são na verdade, aquilo que Jesus disse que seriam:
“sepulcros caiados” (Mt. 23.27).
Minha proposta neste artigo é tratar de religião da
forma como deve ser vista de acordo com os valores do Evangelho. Quando falo de
religião, não me refiro ao sistema religioso, mas ao homem religioso que
procura viver segundo os ditames do Evangelho.
A verdadeira religião do Evangelho faz a grandeza do homem, a verdadeira religião do Evangelho é
como uma coroa de honra e enche de nobreza o que a pratica. Quando me refiro a religião, excluo o que não é religião, mantendo firme a certeza de que somente o cristianismo do Evangelho é a verdadeira religião.
Um homem que não tem religião é como um corpo sem
cabeça, é um pobre miserável que não sabe como explicar o enigma da vida e que
caminha para a morte em completo desespero sem saber o que lhe aguarda. O
homem sem religião não sabe de onde vem e nem para onde vai e não tem nenhuma
ideia acerca da sua existência nesse mundo.
Um homem sem religião ignora a bondade do Deus
Todo-Poderoso, ele não reflete sobre as perfeições do Altíssimo e quando em meio ao sofrimento, o homem sem religião não tem nenhum alento, nenhuma
esperança.
O homem sem religião ignora completamente que nos seus dias de tristeza, há um Deus
misericordioso que estará ao lado do fiel que sofre, para sustentar os seus passos e animar o
seu espírito abatido. O homem sem religião é um homem sem Deus e caminha
sozinho pelo deserto que é este mundo.
O homem sem religião ao abrir as páginas do
Evangelho de Cristo, não atenta para a epopeia do amor Deus e nada ali
desperta no seu coração algum entusiasmo, ele não é despertado por causa da
sua incredulidade, nenhuma emoção lhe alcança diante da figura do herói nas páginas imortais
da história.
Um homem sem religião passa diante da Cruz do
Calvário com seu drama augusto, mas nada sacode a sua frieza, ele não dá nenhuma atenção
para as operosidades milagrosas do Senhor do Calvário e em vão, diante do
espetáculo da redenção, não sente nenhuma emoção, assim é o homem sem religião.
O homem sem religião nada entende, permanece frio e indiferente diante das cenas comoventes. Continua apático e
entorpecido. O homem sem religião caminha para a morte como o boi caminha para
o matadouro, mal sabendo a sorte que o aguarda. O homem sem religião não
compreende o sentido nem da vida nem da morte, está rodeado de densas trevas é
"um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”. (Ap. 3.17).
Verdadeiramente o homem sem religião está morto,
ainda que esteja vivo.... é um infeliz. Qual será o seu despertar, quando
diante do Supremo Tribunal, tiver de dar conta da sua vida, a qual negligenciou
e recusou os convites de salvação e rejeitou o perdão e a misericórdia.
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