“Mais fácil é provar o erro que achar a
verdade; o erro está na superfície, a verdade está no fundo”. (Goethe)
Introdução
Não há nenhuma incompatibilidade entre ciência e religião,
o que existe são somente áreas de estudos diferentes. Porém os que se entregam
ao estudo das ciências, muitas vezes se enchem de empáfia e tratam a Teologia
de forma leviana, rotulam os crentes de ignorantes, ultrapassados e levantam a
bandeira da incredulidade na qual está escrito: “Nós não cremos, nós temos
convicções.
Recentemente um cientista inglês escreveu um livro
intitulado Deus um delírio, no qual
ele questiona a fé de pessoas simples, e, com o seu cabedal de conhecimento
científico na área da matemática, ele despreza a fé dessas pessoas simples.
Lógico, ele irá vencer essa batalha.
Não vemos os supostos sábios e inteligentes, homens
e mulheres, questionarem os grandes tratados de Teologia, como os de Lutero e
Calvino, por exemplo, porque eles se confessam ignorantes em matéria religiosa.
A base de suas intransigências não estão tampouco nos próprios princípios
verificados e estabelecidos pela ciência, porque nós também os estudamos e não
encontramos nenhum antagonismo com as verdades da fé.
O teólogo Dr. Hodge, diz numa de suas obras: “I am
as sure as I am of my existence that there is nothing in the discoveries of science
which can give Christians any ground for fear.” (Tão certo eu estou de que não há
nada nas descobertas da ciência que dê motivos de receio aos cristãos, como
estou certo de minha própria existência).[1]
Qual o critério e o fundamento da ciência, emitidos
contra as verdades teológicas?
É que eles muita vez confundem a intolerância e os
dogmas do romanismo, com os preceitos simples e santas do Evangelho. É que em
seus estudos superficiais e cheios de preconceitos e argumentos infantis,
chamam de ciência o que não passa de vãs filosofias. Aceitam como ciências
algumas especulações filosóficas e condenam os princípios da fé religiosa.
Muito pouca gente hoje em dia, em nosso meio
social, faz a devida distinção entre o que seja verdadeiro cristianismo, como
revelado nas Sagradas Escrituras, e as doutrinas que vem de homens
inescrupulosos. É também necessário não confundir os postulados e as
especulações arrogantes dos filósofos, com os fatos verificados e demonstrados
pela ciência.
O que parece dividir a ciência e a fé, é apenas um
debate entre a religião e a filosofia, principalmente dos naturalistas. São dois
sistemas que remontam a um fato fundamental de fé, que trata de admitir quer
seja uma fé filosófica ou uma fé bíblica.
Por esta razão, quando alguém nos fala sobre as “gerações
espontâneas”, sobre a “seleção natural”, sobre “as origens das espécies, etc.,
admiramos nessas teorias (e não são mais nada além de teorias), o gênio
inventivo de seus autores, que as criam para ganhar notoriedade e dinheiro
dando palestras em universidades ao redor do mundo, mas vemos desde cedo que
não se trata de ciência, mas de especulações filosóficas, que muitas vezes é
preciso mais fé para se crer nelas, do que para se crer nas Escrituras
Sagradas.
Nós estudamos esses sistemas sem perder a nossa fé,
sem medo de encontrar nessas obras puramente humanas, a condenação de nossos
princípios de fé que estão nas Sagradas Escrituras.
Somos teólogos e somos crentes, mas isso não nos
impede de estudarmos essas teorias humanas, inventadas pela especulação
filosófica. Não temos receio de admirarmos as descobertas que constituem o
patrimônio sagrado da inteligência humana.
Examinamos, duvidamos e nos empolgamos nas
investigações, porém, não largamos a bússola da nossa mão, não abandonas a fé.
E seguindo na realidade incontestável dos nossos princípios, levantemos sempre
a bandeira do cristianismo, onde estão escritas as palavras do Evangelho:
“Eu
cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos...”
(II Co. 4.13).
Nenhum comentário:
Postar um comentário